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Aula 4 - Contabilidade Internacional

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Contabilidade Internacional - Aula 04: Imposto de Renda (IAS 12) e a norma internacional IFRS SME
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Reconhecer o objetivo da IAS 12;
2- Identificar o registro contábil dos efeitos fiscais de transações e de outros eventos que contabiliza as próprias transações eventos;
3- Distinguir o conceito de prejuízo fiscal definido nas normas brasileiras e internacionais;
4- Analisar o conceito da norma internacional IFRS SME direcionado as pequenas e médias empresas.
IAS 12 – Tributos sobre o lucro
O pronunciamento internacional IAS 12 (income taxes) tem o objetivo de estabelecer o correto tratamento contábil a ser dado à tributação incidente sobre a renda, a qual está relacionada a todos os impostos nacionais e estrangeiros que possuem por bases os lucros tributáveis.
 Adicionalmente, ele estabelece os princípios e fornece orientação contábil para as consequências fiscais correntes e futuras das operações empresariais com relações a tributos. Regulamentado em âmbito nacional pelo pronunciamento CPC 32 (tributos sobre o lucro), esta norma. 
O IAS 12 versa sobre o reconhecimento dos impostos sobre a renda que possuem relação com o exercício financeiro atual e os ativos ou passivos fiscais diferidos, provenientes de diferenças temporárias ou de prejuízos fiscais.
Esta norma internacional estabelece que a empresa realize o registro contábil dos efeitos fiscais de transações e de outros eventos da mesma maneira que contabiliza as próprias transações e eventos. 
Como consequência da aplicação dessa regra, todos os itens reconhecidos na demonstração do resultado do exercício possuem seus impactos tributários reconhecidos, de maneira semelhante, no resultado do exercício. 
Para operações que contemplem itens reconhecidos no patrimônio líquido devem ter os efeitos fiscais, também, apropriados no patrimônio líquido.
Principais aspectos conceituais
É normal que as operações contábeis que são geradoras de resultados econômicos, representadas pelas receitas e despesas, sejam reconhecidas de maneira diferenciada quando se trata de normas contábeis e fiscais de cada localidade, seja ela municipal, estadual ou federal. Mesmo em outros países, isto ocorre com certa frequência.
 Pensando na situação brasileira, esta diferença apenas possui um lastro temporal separando-as (as operações), e a estrutura fiscal é denominada como Lucro Real, a qual se refere ao segundo momento.
A norma internacional estabelece que estas diferenças entre os momentos de divulgação do lucro contábil e da correspondente despesa tributária gerada devem ser zeradas, inexistindo estas diferenças entre os momentos de reconhecimento das duas situações.
Sendo assim, o ativo fiscal diferido corresponde a diferenças temporais identificadas entre os valores não dedutíveis de um montante, compondo a base de tributação em determinado período e que, eventualmente, podem ser dedutíveis em exercícios financeiros vindouros.
ATENÇÃO
Com raciocínio oposto e denominadas obrigações fiscais diferidas, estas correspondem a diferenças provenientes de valores que não foram tributados em um determinado exercício financeiro e que serão tributados em exercícios financeiros subsequentes.
Principais aspectos conceituais
A norma internacional, de maneira direta, evidencia o conceito de obrigação fiscal diferida como o valor total de tributos que incidem sobre a renda e que devem ser pagos em exercícios financeiros vindouros, relativos a estas diferenças temporárias tributáveis.
Já o ativo fiscal diferido representa o valor total de tributos incidentes sobre a renda que uma empresa tenha a recuperar em exercícios financeiros vindouros e que sejam provenientes de diferenças temporárias, desde que dedutíveis, da compensação futura de prejuízos fiscais incorridos, quando esta é permitida por lei e, por fim, da compensação, em tempo futuro, de créditos fiscais que não tenham sido usados por ela (a empresa).
O conceito de prejuízo fiscal, também definido pela normatização internacional, está ligado aos valores totais de prejuízos acumulados, que tenham sido apurados de acordo com as regras estabelecidas pelas autoridades tributárias, servindo como base para serem definidos os impostos a compensar no futuro.
As obrigações tributárias tidas como correntes, ou seja, aquelas geradas em período atual ou em períodos anteriores, desde que ainda não tenham sido liquidadas, devem ser reconhecidas como passivo corrente. Apenas nos casos de o montante já liquidado ser maior do que o valor total devido, esta diferença deverá ser reconhecida como ativo.
No tocante à obrigação fiscal diferida, esta necessita ser reconhecida de acordo com as diferenças temporárias tributáveis existentes. Entretanto, os ativos fiscais diferidos apenas devem ser reconhecidos quando existir probabilidade de ocorrência de lucros em exercícios vindouros que sejam suficientes para se compensarem os prejuízos fiscais, os créditos fiscais existentes ou as diferenças temporárias existentes.
Sobre os ativos fiscais
Os ativos fiscais diferidos (provenientes de prejuízos fiscais ou de créditos fiscais que não tenham sido utilizados)apenas devem ser reconhecidos quando existir probabilidade de a empresa gerar lucros tributáveis que sejam suficientes para a realização do ativo antes da finalização do prazo para extinção do direito de exercer esta compensação. 
E este prazo deve ser estabelecido pela legislação fiscal específica.
 Tanto os ativos fiscais diferidos como as obrigações fiscais diferidas devem ser avaliados com a utilização das alíquotas dos tributos esperados para o período de realização do ativo ou liquidação do passivo, respectivamente, com base no especificado nas alíquotas vigentes pela legislação fiscal.
De maneira adicional, a norma internacional estabelece que algumas informações devem ser divulgadas, considerando os tributos que incidem sobre o lucro das empresas.
ATENÇÃO
O pronunciamento internacional ainda veda o desconto a valor presente tanto do crédito tributário diferido quanto da obrigação fiscal diferida. Na avaliação do IASB, esta prática é considerada como inapropriada.
CLASSIFICAÇÃO
Quanto à organização dos ativos fiscais:
	Também devem ser evidenciados os valores totais referentes aos tributos diferidos e correntes que possuam relação com os itens que estejam devidamente registrados na estrutura do Patrimônio Líquido das empresas.
 Deve ser realizada a evidenciação da conciliação entre a despesa tributária incorrida e o valor resultante do lucro contábil aplicado à alíquota do respectivo tributo, sendo divulgada, também, a base de cálculo para o tributo, podendo ser substituída pela conciliação entre a alíquota efetiva média do tributo e a alíquota aplicada para cobrança de tal tributo.
Quando existirem valores relativos a diferenças dedutíveis com características temporárias, prejuízos fiscais e créditos fiscais que não tenham sido utilizados e que não tenham sido reconhecidos no Balanço Patrimonial como ativo fiscal diferido, eles devem ser divulgados de maneira completa.
Os valores totalizados relativos tanto a ativos quanto a passivos fiscais diferidos reconhecidos no Balanço Patrimonial devem ser apresentados de acordo com cada exercício financeiro finalizado, sendo necessária a separação do tipo de diferença temporária existente.
Por fim, devem ser divulgados em sua totalidade, os montantes relativos a ativos fiscais diferidos (além das respectivas bases de sustentação para o devido reconhecimento) quando a utilização do ativo fiscal diferido estiver condicionada a lucros tributáveis vindouros (que supere os lucros provenientes de reversões de diferenças temporárias tributárias já existentes) e quando a empresa tiver incorrido em prejuízo no exercício financeiro atual ou em exercícios financeiros anteriores, sendo considerada a mesma jurisdição fiscal a que o ativo fiscal diferido estiver relacionado.
Para o caso do Brasil, são consideradas a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.SAIBA MAIS
Simplificações aplicadas por pequenas e médias empresas
Como já visto anteriormente, o pronunciamento CPC PME possui um conjunto completo de normatizações contábeis.
Isto significa dizer que ele não necessita ser aplicado com nenhuma outra norma análoga, ou seja, não precisa de nenhum outro pronunciamento técnico emitido pelo CPC aplicado em conjunto.
 Para que sejam aplicados, se comparados com o conjunto de todos os pronunciamentos existentes, existe uma enorme simplificação.
ATENÇÃO
Seguem alguns pontos em que estas simplificações aparecem de forma mais clara, deixando evidente o objetivo do IASB, que é permitir à maioria das empresas a aplicação das normas internacionais de Contabilidade.
Simplificações aplicadas por pequenas e médias empresas
Considerando os ativos intangíveis, no caso dos pronunciamentos aplicáveis a todas as empresas, os custos de desenvolvimento devem ser capitalizados quando alguns critérios específicos estabelecidos pelo pronunciamento técnico são seguidos. 
Já no caso do pronunciamento direcionado para as pequenas e médias empresas, a totalidade dos custos de pesquisa e desenvolvimento deve ser reconhecida como despesa do mesmo período.
Ainda falando sobre os ativos intangíveis, aqueles que possuem vidas úteis indefinidas, aqui incluídos os valores relacionados a ágio, não devem ser amortizados. No entanto, devem ainda passar pelo teste de impairment uma vez ao ano, mesmo que não existam evidências de perda de valor nos ativos. No caso do pronunciamento para pequenas e médias empresas, define-se que todos os ativos intangíveis, com a inclusão do valor relativo ao ágio, devem ser considerados como tendo vidas úteis definidas, além de serem amortizados.
Com relação a custos de empréstimos realizados, no caso dos CPCs aplicáveis às empresas que não sejam pequenas ou médias, aqueles que são atribuídos diretamente à aquisição, à produção ou à produção de um ativo qualificado devem ser capitalizados. Quaisquer valores adicionais relacionados a custos de empréstimos deverão ser considerados como despesas.
Quando se trata de ativos e passivos financeiros, para as empresas que utilizam os pronunciamentos que não para pequenas e médias empresas, por exemplo, estes ativos e passivos necessitam ser classificados necessariamente em 4 categorias distintas, a saber:
• ativos e passivos financeiros avaliados ao valor justo com contrapartida no resultado do exercício;
• investimentos que sejam mantidos até o correspondente vencimento;
• empréstimos e valores recebíveis; e
• ativos financeiros que estejam disponíveis para a venda.
O IASB trabalha em uma nova norma, que versa especificamente sobre ativos financeiros, a IFRS 9. Esta nova norma internacional fará com que estas 4 categorias sejam diminuídas para apenas duas. Em se tratando dos ativos financeiros para as pequenas e médias empresas, o CPC PME divide os instrumentos financeiros entre básicos e complexos. 
Os instrumentos financeiros que forem enquadrados em critérios específicos devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou pelo custo de aquisição amortizado. Já os demais instrumentos financeiros devem ser avaliados pelo valor justo, tendo como contrapartida o resultado do exercício.
Na adoção plena das normas internacionais, assim como na aplicação do CPC PME, existem algumas isenções facultativas quando elas são adotas pela primeira vez. Estas isenções são presentes apenas para facilitar o processo de implementação de tais normas.
De acordo com David Tweedie, que é chairman do IASB, “a publicação do IFRS para pequenas e médias empresas é um grande avanço para companhias em todo o mundo. Esta norma pode ser aplicável para algo em torno de 95% das companhias ao redor do mundo”.
Porém, o processo de adoção das IFRS para as pequenas e médias empresas não necessariamente devido à estrutura mais simplificada é um processo mais simples, pois esse modelo traz além de novas regras uma nova forma de se pensar a contabilidade (Girotto, 2010). 
Outro problema advindo da implantação das IFRS para os escritórios de Contabilidade é a questão dos custos adicionais. Eles terão que adaptar planos de conta, além dos próprios sistemas de Contabilidade bem como gastos com treinamento, outro gasto também surgirá com o tempo que se levará para fazer a contabilidade das empresas o que demandará por consequência mais pessoal para contabilizar as empresas que antes tinham uma forma mais simples de reconhecimento, porém isso, futuramente, terá outros benefícios, como a integração mundial dos processos de Contabilidade permitindo um maior entendimento entre os diferentes países do mundo.
Nesta aula, você:
Conheceu o objetivo da IAS 12 que é estabelecer o correto tratamento contábil a ser dado à tributação incidente sobre a renda, a qual está relacionada a todos os impostos nacionais e estrangeiros que possuem por bases os lucros tributáveis;
Estudou o registro contábil dos efeitos fiscais de transações e de outros eventos que contabiliza as próprias transações eventos;
Analisou o conceito de prejuízo fiscal definido nas normas brasileiras e também nas normas internacionais;
Entendeu o conceito da norma internacional IFRS SME direcionado as pequenas e médias empresas.
 1.Segundo a norma internacional IAS 12, diferenças temporais podem ocorrer no impacto dos impostos. Aponte uma diferença temporal no Brasil:
Parte superior do formulário
 1) As compras a prazo de matérias-primas para a produção, já que não exigem desembolso de caixa. 
 2) Os gastos pré-operacionais, pois são desembolsados anteriormente ao início das atividades empresariais. 
 3) O reconhecimento dos gastos com folha de pagamento, os quais são pagos apenas no mês seguinte. 
 4) Não existem diferenças. 
 5) O LALUR, que difere do cálculo do lucro contábil. 
Parte inferior do formulário
2.O que a norma internacional IAS 12 estabelece que deve ser feito com as diferenças de prazo entre divulgação de lucro e as despesas tributárias?
Parte superior do formulário
 1) Deve ser feito o estorno do lançamento da divulgação quando for feito o registro da despesa tributária 
 2) Tais diferenças devem ser zeradas entre os respectivos momentos de reconhecimento. 
 3) Deve ser cancelada a despesa tributária quando for divulgado o lucro. 
 4) Estas informações não devem ser alteradas, para não ferirem o Princípio do Registro pelo Valor Original. 
 5) Não é preciso que seja feito nada com relação a este fato. 
Parte inferior do formulário
3.Aponte a alternativa evidenciando as ações que uma empresa deve tomar quando utiliza o pronunciamento internacional IAS SME e deixa de ser considerada pequena ou média:
Parte superior do formulário
 1) Não muda nada na estrutura contábil, já que possuía o direito garantido de utilizar as normas do IAS SME. 
 2) Passa a ser obrigada a utilizar as normas internacionais na integralidade. 
 3) Pode optar por deixar de utilizar as normas internacionais sem qualquer ônus. 
 4) Deve, em conjunto com a norma IAS SME, utilizar a integralidade das normas internacionais emitidas pelo IASB. 
 5) Não existe normatização com relação a este fato. 
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