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PORTUGUÊS INSTRUMENTAL II Exerc. 9

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PORTUGUÊS INSTRUMENTAL II
9a aula
		
	 
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	Exercício: CCJ0215_EX_A9_201601491107_V3 
	Matrícula: 201601491107
	Aluno(a): JOÃO ANTONIO DE SOUSA SANTOS
	Data: 13/03/2017 01:33:47 (Finalizada)
	
	 1a Questão (Ref.: 201602591099)
	 Fórum de Dúvidas (0)       Saiba  (0)
	
	CATAR FEIJÃO
           Catar feijão se limita com escrever:
jogam-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na da folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
                                 (...)
NETO, João Cabral de Melo. A educação pela pedra e depois. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
Após a leitura do fragmento do poema Catar feijão de João Cabral de Melo, assinale a única interpretação INACEITÁVEL em relação ao texto lido.
		
	
	         É possível considerar que boiará no papel está sendo empregado como sendo uma alusão ao fato de que, ao serem escritas num papel, as palavras não mais poderão, em princípio, ser retiradas dali, a não ser por um princípio de seleção consciente por parte do poeta. Ou seja, enquanto os grãos indesejáveis boiam visivelmente, as palavras supérfluas ou desnecessárias precisam ser sentidas como tal e eliminadas do texto.
	
	    Observa-se que o poema Catar feijão apresenta a função metalinguística da linguagem, pois nele o eu lírico reflete sobre o ato de escrever, para ressaltar as semelhanças e diferenças entre essas duas ações.
	
	         No poema de João Cabral, o poeta utilizou-se da linguagem conotativa, ou seja, a metafórica, aquela empregada no sentido figurado da língua, ao aproximar, e depois limitar, duas ações bastante corriqueiras na vida de muitas pessoas, que são catar feijão  e  escrever .
	
	   Levando-se em conta nosso conhecimento de mundo, boiar quer dizer flutuar/nadar, e apenas um leitor atento perceberia que boiar está sendo empregado, no quarto verso, como uma metáfora, uma vez que palavras não podem boiar, a não ser no nível figurativo. O poeta fez uma comparação: os grãos boiam na água, e as palavras boiam no papel.
 
	 
	         No poema Catar feijão, passamos a refletir sobre a força que as palavras exercem sobre nossos pensamentos, emoções, enfim, sobre nossas vidas. Daí, a escolha das palavras não ser fruto apenas de inspiração, mas sim de um árduo trabalho. Contudo não há a comparação metafórica  catar feijão e escrever  como intenção primeira  para ressaltar as semelhanças e diferenças entre essas duas ações.
	
	
	
	
	 2a Questão (Ref.: 201602591022)
	 Fórum de Dúvidas (0)       Saiba  (0)
	
	Retrato
Cecília Meireles
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
¿ Em que espelho ficou perdida
A minha face?
            Na leitura do poema Retrato, de Cecília Meireles podemos extrair o seguinte tema:
 
		
	
	A decepção por encontrar-se já fragilizada.
	 
	A consciência súbita sobre o envelhecimento.
	
	A revolta diante do espelho.
	
	A recordação de uma época de juventude.
	
	A falta de alternativa em  face ao envelhecimento.

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