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TUTORIA – Problema 6 Indiferentismo farmacológico: quando cada um dos fármacos age independentemente dos demais. Interação farmacológica: quando uma das drogas interfere de algum modo sobre as outras, alterando o efeito esperado. Há interações farmacológicas em 3 a 5% dos pacientes que recebem poucos fármacos. Esse índice só aumenta para 20% quando são usados de 10 a 20 fármacos. SINERGIA Efeito do fármaco de aumentar ANTAGONISMO PARCIAL Efeito de diminuir CESSAR Antagonismo total e antidotismo VANTAGENS DA SINERGIA: aumento da eficácia terapêutica, redução de efeitos tóxicos. Antagonismos também são úteis quando se deseja anular efeito indesejável de certo fármaco ou inativar composto causador de intoxicação. CLONAZEPAM: absorve-se por via oral em torno de 80%; se distribui rapidamente pleo SNC; metaboliza-se no fígado. BENZODIAZEPÍNICOS: apresentam maior índice terapêutico e menor potencial para dependência física; não provocam indução enzimática hepática e produzem um sono mais fisiológico. Diminui a frequência cardíaca com que a pessoa acorda durante a noite, aumentando a duração do sono total. Além dos efeitos ansiolíticos, são capazes de produzir sedação, relaxamento muscular (em altas doses). Eles absorvem-se por via oral, embora com velocidade em função da lipossolubilidade diferentes. A ingestão concomitante de alimento tende a diminuir a velocidade de absorção. Critérios para diagnóstico de depressão e doença bipolar: frequência e duração dos sintomas. DISTIMIA: neurose depressiva que ocorre em 3,3% da população. DEPRESSÃO MELANCÓLICA: 40 a 60% de todas as hospitalizações por distúrbios afetivos. O efeito terapêutico dos antidepressivos decorre de alterações no SNC desencadeadas por drogas que facilitam a neurotransmissão serotonérgica ou noradrenérgica. A presença de neurotransmissores é essencial para a ocorrência dessas alterações e resposta clínica. Muitas vezes os pacientes deprimidos, atendidos ambulatoriamente por médicos não psiquiatras, recebem benzodiazepínicos clássicos, como o diazepam e clordiazepóxido. Entretanto, está comprovada a falta de efeito de antidepressivos desses compostos. Além disso, os mesmos parecem acentuar a depressão e o risco de suicídio. O tratamento se inicia com pequenas doses e é incrementado gradualmente. DEPRESSÃO: perda de interesse ou prazer, alteração psicomotora ou de sono, redução da concentração, variação de peso, perda de energia, menor disponibilidade de serotonina. NEUROTRANSMISSORES: substâncias químicas que atuam como transmissores sinápticos. Substâncias produzidas pelos neurônios. São liberadas quando o axônio de um neurônio pré-sináptico é excitado. A disfunção na quantidade produzida e utilizada de neurotransmissores está ligada à depressão. Principais neurotransmissores: acetilcolina, endorfina, dopamina, noradrenalina e serotonina. ACETILCOLINA: é o neurotransmissor de maior quantidade no corpo; controle do aprendizado e nas emoções; baixos níveis de acetilcolina causam falta de concentração e esquecimento. O corpo sintetiza acetilcolina a partir de nutrientes da colina, lecitina, vitamina C, B1, B5 e B6, além de minerais como o zinco e cálcio. ENDORFINA: atua como calmante natural e alivia a sensação de dor. Responsável pelo sentimento de euforia e êxtase. DOPAMINA: é um inibidor; portanto, compromete as quantidades de neurotransmissores, o que pode resultar em pensamentos incoerentes, como na esquizofrenia. NORADRENALINA: conhecida também como norepinefrina. É hormônio precursor da adrenalina. Eleva a pressão sanguínea por meio de vasoconstrição periférica generalizada. Também é utilizada no sistema que nos faz ficar alerta e ter uma boa memória. SEROTONINA: estímulo dos batimentos cardíacos; início do sono e luta contra a depressão. As drogas que tratam a depressão preocupam-se em elevar os níveis de serotonina no cérebro. NEUROTRANSMISSORES E A DEPRESSÃO: Quimicamente a depressão é causada por um defeito dos neurotransmissores responsáveis pela produção de hormônios como a serotonina e a endorfina, os quais dão a sensação de conforto, prazer e bem estar. Na depressão acontece uma diminuição na quantidade de neurotransmissores liberados, mas a bomba de receptação e a enzima continuam trabalhando normalmente. Dentro da célula nervosa, uma bomba de receptação retira parte dos neurotransmissores da sinapse e uma enzima específica metaboliza o restante das substâncias. Ao se combinar com receptor, o neurotransmissor GABA altera a conformação e essa deformação transmite-se ao canal de cloro, abrindo-o. Em consequência, íons cloro penetram na célula, onde sua concentração é menor do que no exterior. Com isso, ocorre uma hiperpolarização da membrana pós-sináptica que inibe os disparos do neurônio pós-sináptico por dificultar a despolarização de sua membrana, necessária para a geração de impulso nervoso. BAIXA PRODUÇÃO NO CÉREBRO DE NORAEPINEFRINA E/OU SEROTONINA: tristeza, pesar, desespero, miséria, perda de apetite. TRATAMENTO: fármacos que aumentem a secreção de norepinefrina e serotonina. Antidepressivos tricíclicos (imipramina e amitriptilina): bloqueiam a receptação da norepinefrina e serotonina pelos terminais nervosos, fazendo-os permanecer mais tempo ativos depois de liberados. Inibidores de monoamina oxidose: bloqueia a degradação de norepinefrina e serotonina quando formados. CLONAZEPAM: tratar crises epiléticas, espasmos infantis, ansiolíticos em geral, distúrbios do pânico, fobia social, depressão. Pertence a classe dos benzodiazepínicos, medicamentos que causam a inibição leve do SN, com consequente ação anticonvulsionante, sedativa leve, relaxante muscular e tranquilizante. Intoxicação: não tomar clonazepam com álcool e/ou depressores do SNC, essa combinação pode aumentar os efeitos do medicamento, com sedação grave, depressão cardiovascular e/ou respiratória. O clonazepam pode causar dependência física e psicológica. Os benzodiazepínicos causam sonolência, confusão mental, ataxia. Eles aumentam os efeitos de outros depressores do SNC, incluindo o álcool. METAPROLOL: pertence a um grupo de medicamentos chamados de betabloqueadores. Eles reduzem a pressão sanguínea nas veias por dilatar os vasos sanguíneos. (diminuem a FC) METFORMINA: usado no tratamento do diabetes para normalizar os níveis de açúcar no sangue. DEPRESSÃO DO SNC: Pode ser desencadeada tanto por narcóticos quanto por medicações. A ingestão de muitos fármacos, álcool, sedativos, medicação anticonvulsionante, pode levar a essa condição. Os sintomas de depressão do SNC: lentidão da respiração e FC, comprometimento do raciocínio, fala arrastada, reflexos lentos e fadiga. Depressão do SNC: diminuição na atividade do SNC. Depressores do SNC ( barbitúricos e benzodiazepínicos): são capazes de deprimir várias áreas do cérebro; causam calma e relaxamento. Os benzodiazepínicos promovem a ligação do ácido GABA., principal neurotransmissor inibidor, a receptores na membrana dos neurônios. Com isso, permitem um aumento de correntes iônicas através dos canais de cloreto, inibindo a atividade neuronal. Flumazenil é o antagonista específico dos benzodiazepínicos, revertendo o coma. ESCALA DE GLOSGOW: escala neurológica que avalia o nível de consciência do paciente. Compreende 3 testes: OCULAR (4 comandos), VERBAL (5 comandos) e MOTOR (6 comandos). Pontuação: de 3 a 15 (intubação em 8) 3 Coma profundo (85% de chance de morte, estado vegetativo) 4 Coma profundo 7 Coma intermediário 11 Coma superficial 15 Normalidade COMANDOS DO GLASGOW: ABERTURA OCULAR RESPOSTA VERBAL RESPOSTA MOTORA Não abre os olhos. Emudecido Não se movimenta. Abre os olhos em estímulos de dor. Emite sons incompreensíveis. Extensão a estímulos de dor. Abre os olhos em resposta ao chamado. Pronuncia palavras desconexas. Flexão anormal a estímulos dolorosos. Abre os olhos espontaneamente. Confuso, desorientado. Flexão inespecíficaOrientado, conversa normalmente. Localiza estímulos dolorosos. Obedece a comandos. A depressão de longa duração parece ter dois componentes: uma alteração no número de receptores pós-sinápticos e uma alteração nas isoformas das proteínas do receptor. Várias doenças do SN são relacionadas com problemas na transmissão sináptica, como: Parkinson, esquizofrenia e a depressão. FASES DE INTOXICAÇÃO: FASE: aparece no primeiro dia, manifestação anticolinérgica, mucosa seca, taquicardia, convulsão. FASE: após o final do primeiro dia até o terceiro dia. Diminuição da consciência e coma, depressão respiratória, hipotermia. FASE: após 72h. Agitação e delírio. Neurotransmissores excitatórios: glutamato e aspartato estão difusamente distribuídos pelo SNC. O ÁLCOOL E O SNC: Para o bom funcionamento do sistema nervoso existem neurotransmissores específicos para causar o efeito inibitório ou excitatório das atividades neuronais, como exemplo, podemos citar o glutamato, com efeito, excitatório e o GABA com efeitos inibitórios. O GABA é um aminoácido simples com atividade de neurotransmissão, e é secretado por neurônios. Apresenta a capacidade de estimular sinapses inibitórias, podendo ser identificados dois receptores: GABA A – responsável por controlar um canal cloreto e o GABA B- que controla um canal de potássio. No receptor GABA A existem cerca de cinco sítios de ligação. No primeiro sítio temos o GABA; No segundo liga-se a família das drogas tranquilizantes, chamadas de benzodiazepínicos, provavelmente também o álcool; No terceiro sítio ligam-se os barbitúricos; No quarto sítio os esteroides No quinto é específico para um veneno encontrado em plantas da Índia chamado de picrotoxina. O álcool tem sua ação preferencial sobre as membranas celulares, que por sua vez, funcionam como barreira ou porta de saída e entrada de substâncias específicas. Ao afetar as células e o seu funcionamento o etanol consegue prejudicar todo o organismo. Porque a grande quantidade ingerida, pode tornar as membranas endurecidas ou enfraquecidas, podendo até se dissolverem. Uma vez destruídas, substâncias venenosas penetram nas células, enquanto seu citoplasma sai. Essa destruição é uma das causas da cardiopatia alcoólica, por exemplo. E é o princípio básico da ação nociva do álcool sobre o Sistema Nervoso Central (SNC). METABOLIZAÇÃO DO ÁLCOOL: Quando digerido o álcool é absorvido pelo estômago e intestino delgado, e sua velocidade de absorção depende da concentração de álcool na bebida consumida e se a pessoa está ou não em jejum. Em razão de o álcool ser facilmente solúvel em água ou gordura, boa parte é absorvida diretamente na mucosa do estômago. Caso este órgão esteja vazio a absorção é acelerada e sua chegada ao cérebro e fígado mais rápida, apresentando maior probabilidade de causar riscos à saúde e a embriaguez é produzida mais rapidamente. O pico de concentração é atingido em meia ou duas horas após a ingestão. A metabolização hepática ocorre principalmente por oxidação, devido à ação da enzima citoplasmática álcool-desidrogenase (ADH), que o transforma em aldeído acético . O aldeído acético é uma substância tóxica e é rapidamente convertida pela enzima aldeído-desidrogenase (ALDH) em acetato, que por sua vez se transforma em acetil-coenzima A que participa do ciclo de Krebs, liberando gás carbônico e água. As moléculas de acetil-coenzima A podem também ser utilizadas nas reações anabólicas, como síntese de colesterol, ácidos graxos ou outros componentes do tecido. Gabrielle Azambuja – ATM 2022/1
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