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PRÁTICA SIMULADA I. CASO CONCRETO SEMANA 4. ESTÁCIO. FIC. 2017

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ALUNO: FRANCISCO MAXSUEL GOMES DOS SANTOS
MATRÍCULA: 201407372874
CASO CONCRETO 4
Joaquim Maranhão, Antônio Maranhão e Marta Maranhão, todos residentes e domiciliados em Nova Friburgo/RJ, procuraram seu escritório, a fim de que promova medida judicial para resguardo de seus interesses, pois seus pais, Manuel Maranhão e Florinda Maranhão, com o objetivo de ajudar o neto, Ricardo Maranhão, filho de Marta, que não possuía casa própria, venderam-lhe um de seus imóveis, neste caso, representado por um sitio situado na rua Bromelia, nº138, Centro, Petrópolis/RJ., pelo preço certo e ajustado de R$200.000,00 (duzentos mil reais), através de Escritura de Compra e Venda lavrada no dia 20/09/2015, no Cartório do 4º Ofício da de Nova Friburgo e devidamente transcrita no Registro de Imóveis competente, sem que os demais filhos se manifestassem sobre o referido ato jurídico. Os alienantes e ao adquirente residem na cidade de Nova Friburgo /RJ Esclarecem ainda, que não concordam com o mencionada venda, visto que, o valor de mercado do imóvel, na época da realização do negócio jurídico, era de R$350.000,00. Elaborar a peça processual cabível, para invalidar a venda do imóvel e por consequência para resguardar os direitos de seus clientes.
PEÇA INICIAL:
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE À VARA CÍVEL Nº__DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO-RJ
	JOAQUIM MARANHÃO, ANTÔNIO MARANHÃO E MARTA MARANHÃO, irmãos, brasileiros, estados civis ignorados, residentes e domiciliados em Nova Friburgo-RJ, inscritos no registro geral sob os correspondentes números:______ e no cadastro nacional de pessoas físicas Nºs___________, vêm, mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração acostada aos autos, com registro na ordem dos advogados do Brasil sob o nº: XXX-XX-CE, PROPOR, EM LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO UNITÁRIO, PELO RITO COMUM, AÇÃO REAL ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO DE COMPRA E VENDA CUMULADO COM PEDIDO DE CANCELAMENTO DE REGISTRO DE ESCRITURA PÚBLICA DO IMÓVEL ATINGIDO, em face de MANUEL MARANHÃO e FLORINDA MARANHÃO, pais dos autores, brasileiros, casados, residentes e domiciliados em Nova Friburgo-RJ, identificados sob os respectivos números de registro geral de pessoas físicas ignorados, PELOS MOTIVOS QUE PASSA A EXPOR:
I. DAS PRELIMINARES
I.II. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA
Requer os Autores, nos termos da lei nº 1.060 de 1950, e do artigo 98 e seguintes do CPC, que lhes sejam deferidos os benefícios da justiça Gratuita, tendo em vista em que os mesmos não podem arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio e de suas famílias. Nesse sentido:
Art. 98.  A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. (CPC)
I.III. DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
É competente o presente foro para a propositura desta ação anulatória, haja vista o cerne do caso em tela tratar-se de discursão acerca da efetiva validade de negócio jurídico de compra e venda, e com isso, resta-se nítido tratar-se de direito pessoal, podendo, pois, a presente demanda ser postulada no domicílio dos réus, conforme dicção do artigo 46, caput, do CPC/15. Nesses termos:
Art. 46.  A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. (CPC)
II. DOS FATOS
		Ocorre que os Réus Manuel Maranhão e Florinda Maranhão, pais dos Autores, com o objetivo de ajudar o neto, Ricardo Maranhão, filho de Marta, que não possuía casa própria, venderam-lhe um de seus imóveis, no caso em tela, um sitio situado na Rua Bromélia, nº138, Centro, Petrópolis/RJ., por preço certo e ajustado em R$200.000,00 (duzentos mil reais), venda consagrada através de Escritura de Compra e Venda lavrada no dia 20/09/2015, no Cartório do 4º Ofício da de Nova Friburgo e devidamente transcrita no Registro de Imóveis competente. O negócio jurídico fora celebrado sem a expressa anuência dos demais filhos acerca do referido contrato de compra e venda. É o que se tem de mais imperioso a relatar. Passa-se agora à análise do mérito da questão. 
III. DO MÉRITO
		III. I. DA ANULABILIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
			Excelência, o negócio jurídico do caso ora sob análise, não deixa dúvidas sobre a sua passividade de anulação, por inequívoco convencimento de que ocorrera a venda do imóvel sem o consentimento expresso dos demais descendentes, havendo, pois a possibilidade de anulação nos termos do artigo 496 do CC e jurisprudência pacificada no Superior Tribunal de Justiça. Veja-se.
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. (CC)	
RECURSO ESPECIAL Nº 953.461 - SC (2007/0114207-8) (f)
RELATOR: MINISTRO SIDNEI BENETI
RECORRENTE : PATRICK SANTOS GOMES
ADVOGADO : ALEX SANDRO SOMMARIVA
RECORRIDO : ARLEY GOMES E OUTRO
ADVOGADO : CRISTIAN ESMERALDINO FERREIRA
EMENTA
DIREITO CIVIL. VENDA DE ASCENDENTE A DESCENDENTE SEM ANUÊNCIA DOS DEMAIS. ANULABILIDADE. REQUISITOS DA ANULAÇÃO PRESENTES.
1.- Segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial majoritário, a alienação feita por ascendente à descendente é, desde o regime originário do Código Civil de 1916 (art. 1132), ato jurídico anulável. Tal orientação veio a se consolidar de modo expresso no novo Código Civil (CC/2002, art. 496).
2.- Além da iniciativa da parte interessada, para a invalidação desse ato de alienação é necessário: a) fato da venda; b) relação de ascendência e descendência entre vendedor e comprador; c) falta de consentimento de outros descendentes (CC/1916, art. 1132), d) a configuração de simulação, consistente em doação disfarçada (REsp 476557/PR, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, 3ª T., DJ 22.3.2004) ou, alternativamente, e) a demonstração de prejuízo (EREsp 661858/PR, 2ª Seção, Rel. Min. FERNANDO GONÇALVES, Dje 19.12.2008; REsp 752149/AL, Rel. Min. RAUL ARAÚJO, 4ª T., 2.10.2010).
3.- No caso concreto estão presentes todos os requisitos para a anulação do ato.
4.- Desnecessidade do acionamento de todos os herdeiros ou citação destes para o processo, ante a não anuência irretorquível de dois deles para com a alienação realizada por avô a neto.
5.- Alegação de nulidade afastada, pretensamente decorrente de julgamento antecipado da lide, quando haveria alegação de não simulação de venda, mas, sim, de efetiva ocorrência de pagamento de valores a título de transferência de sociedade e de pagamentos decorrentes de obrigações morais e econômicas, à ausência de comprovação e, mesmo, de alegação crível da existência desses débitos, salientando-se a não especificidade de fatos antagônicos aos da inicial na contestação (CPC, art. 302), de modo que válido o julgamento antecipado da lide.
6.- Decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina subsistente, Recurso Especial improvido. (Grifos nossos)	
			Deste modo, por todo exposto, requer os Autores, a declaração de anulação do contrato de compra e venda do imóvel aqui discutido. 
III. II. DO CANCELAMENTO DO REGISTRO DA ESCRITURA PÚBLICA DO IMÓVEL
	Conforme se demonstrou no tópico anterior, uma vez julgado pelo ínclito Magistrado a nulidade do contrato de compra e venda firmado no caso ora sob análise, deve-se ater-se, em ato contínuo, acerca da carência de cancelamento do registro da escritura pública que se deu na data de 20 de setembro de 2015, em consonância ao dispõe o artigo 250, inciso I, da Lei de registros públicos (lei nº 6015/73), devendo regressar a propriedade do bem imóvel em questão aos antigos donos. 
IV. DOS PEDIDOS
	Por todo o exposto, uma vez constatado a efetiva anulabilidade do negócio jurídico celebrado, requer, desde logo, os Autores: 
I. A declaração de anulação do contrato de compra e venda do imóvel aqui discutido, nos termos do artigo 496 do CC;II. O cancelamento do registro da escritura pública, tendo em vista a patente ilegalidade do ato originário, devendo, pois, ocorrer a expedição de ofício à autoridade competente para que haja a efetiva regressão do direito de propriedade aos antigos donos do imóvel;
III. Protestar em provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, estando já em poder de certidões de nascimento, cópia da escritura pública do imóvel; 
V. Deixar expresso a NÃO POSSIBILIDADE para audiência de mediação e conciliação; 
VI. Honorários advocatícios em 20% sobre o valor da causa. 
VII. O deferimento do pedido de justiça gratuita, visto que os mesmos são pobres no sentido jurídico do termo.
Dar-se-á o valor da causa em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Fortaleza-Ce, segunda-feira, 27 de março de 2017.
MAXSUEL GOMES
OAB/CE XX.XXX-X

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