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13/09/2016 1 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PEDIATRIA Prof. Marcelo Grandini Spiller Fisioterapia na Saúde Criança Processo contínuo de coleta e organização de informações diagnóstico e prognóstico / planejamento de tratamento Ampla visão das dificuldades da criança e de seu significado funcional equipe multidisciplinar = fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos FISIO ADAPTAÇÃO MOTORA AMPLA BÁSICA DA CRIANÇA AO AMBIENTE Avaliação em Pediatria MÉTODOS BÁSICOS DE AVALIAÇÃO ENTREVISTA Com a criança e os pais área de maior preocupação (QUEIXA PRINCIPAL) dos pais e a idade e circunstâncias nas quais o problema foi descoberto pela 1ª vez HISTÓRIA Consta de registros médicos (exames), hipótese diagnóstica, medicação, informações sobre a família e sua história genética, sobre a gravidez, o parto (eventos peri e neonatais, a HISTÓRIA DA GESTAÇÃO E PARTO) Avaliação em Pediatria 13/09/2016 2 MÉTODOS BÁSICOS DE AVALIAÇÃO PERGUNTAS SIMPLES Avaliação em Pediatria Figueiras et al. 2005 MÉTODOS BÁSICOS DE AVALIAÇÃO OBSERVAÇÃO CLÍNICA Observação da criança em repouso e em movimento em diferentes posturas e também a interação da criança com o ambiente, a comunicação, resposta social e cognição Avaliação em Pediatria MÉTODOS BÁSICOS DE AVALIAÇÃO estado de alerta, apatia, IMPORTANTE AVALIAR - Aspectos de comportamento: irritabilidade; - Aspectos da comunicação: como a criança interage com os pais, se a comunicação ocorre através de gestos, sons, apontando com a mão ou dedo, apontando com os olhos ou se usa palavras; - Aspectos da compreensão: se a criança segue sugestões para se mover, o que ela aparenta compreender; Avaliação em Pediatria 13/09/2016 3 MÉTODOS BÁSICOS DE AVALIAÇÃO IMPORTANTE AVALIAR - Aspectos da postura: em qual posição prefere ficar, se assume essa postura sozinha ou com ajuda, como participa; - Aspectos de controle postural e alinhamento: o quanto de suporte a criança precisa para estabilização postural, se descarrega mais peso em uma parte do corpo, se fica muito desalinhada para se manter estável; Avaliação em Pediatria Foto: http://www.pcand.pt MÉTODOS BÁSICOS DE AVALIAÇÃO IMPORTANTE AVALIAR - Uso dos membros e mãos: deve-se observar como os membros se movem para mudar de posição e para realizar diferentes tarefas em determinadas posturas, observar se as mãos são usadas simetricamente, o tipo de preensão, a precisão do alcance e da ação da mão, movimentos involuntários, tremores ou espasmos; - Aspectos sensoriais: observar visão, audição, tato, a percepção de cheiros e temperatura em tarefas relevantes; Avaliação em Pediatria MÉTODOS BÁSICOS DE AVALIAÇÃO IMPORTANTE AVALIAR - Forma de locomoção: observar como a criança é carregada, como usa a cadeira de rodas ou órteses para a marcha, como rola, rasteja, engatinha e outras formas de locomoção; - Deformidades: observa-se as posições que se mantém nas diversas posturas e testa-se a ADM passiva Avaliação em Pediatria 13/09/2016 4 MÉTODOS BÁSICOS DE AVALIAÇÃO INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO / EXAME FÍSICO Uso de testes de desenvolvimento padronizados; testes específicos de funcionalidade (goniometria, testes musculares, escalas de avaliação de tônus muscular, avaliação de AVDs com ou sem uso de órteses ou dispositivos auxiliares de locomoção) obtenção e registro de medidas úteis na avaliação e que serão utilizadas posteriormente como parâmetro de reavaliação Avaliação em Pediatria EXAME FÍSICO Avaliação do tônus muscular Padrões motores estereotipados, movimentos flutuantes involuntários e ausência de movimentos espontâneos indicam a presença de anormalidades do tônus alterado, aumentado ou diminuído. oferecida Como avaliar? Observação, palpação e movimentação passiva Músculo espástico aumenta a resistência para os movimentos mais velozes A rigidez oferece uma resistência constante Avaliação em Pediatria Avaliação da Espasticidade Avaliação em Pediatria Ashwort, 1964 Sposito e Riberto, 2010 Hipotonia Não há resistência durante o movimento. Tônus normal não apresenta alterações normal hipertonia leve hipertonia moderada hipertonia intensa hipertonia leve hipertonia extrema 13/09/2016 5 EXAME FÍSICO Avaliação do trofismo muscular Relativo a quantidade de massa muscular atrofia/hipotrofia, hipertrofia, pseudohipertorfia Como avaliar? Observação, palpação e cirtometria/perimetria Avaliação em Pediatria EXAME FÍSICO Avaliação dos reflexos osteotendinosos Realizada através da percussão dos tendões bicipital, estilorradial, tricipital, patelar e aquileu Como avaliar? 0 = sem resposta; sempre anormal (arreflexia) 1+ = resposta leve mas presente (hiporreflexia) 2+ = uma resposta viva; normal 3+ = uma resposta viva aumentada (hiperreflexia) 4+ = clônus presente; sempre anormal Avaliação em Pediatria Walker, 1990 Avaliação em Pediatria EXAME FÍSICO Avaliação dos reflexos osteotendinosos O clônus é avaliado por rápido estímulo de alongamento O clônus é a resposta sustentada de contração ao estiramento do tendão = contrações reflexas rítmicas SINAL DE HIPERRREFLEXIA 13/09/2016 6 Avaliação em Pediatria EXAME FÍSICO Avaliação do equilíbrio estático e dinâmico Observação da manutenção do equilíbrio em ortostatismo e durante a marcha Como avaliar? Sinal de Romberg Posição ereta, com os pés unidos e os olhos fechados. O teste é positivo quando o corpóreas, qualquer paciente apresenta oscilações com tendência à queda em direção. Avaliação em Pediatria EXAME FÍSICO Avaliação do equilíbrio estático e dinâmico Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP) - Desenvolvida a partir da Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) utilizada em idosos e adultos - Desenvolvida em Nova York como medida de capacidade funcional de equilíbrio de crianças (5-15 anos) com déficit motor de leve a moderado - Simples, tempo total de 15 minutos - Traduzida para o português e validada para crianças com PC níveis I e II de GMFCS Franjoine et al. 2003 Ries et al. 2012 Avaliação em Pediatria Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP) Ficha de pontuação -Tarefas demonstradas antes de realizar (14 itens) - Pontuação varia de 0 a 4 de acordo com cada item - Permite várias tentativas -Alguns itens registram além da pontuação o tempo 13/09/2016 7 Avaliação em Pediatria EXAME FÍSICO Avaliação da coordenação Avaliação com testes específicos onde o paciente não consegue atingir o alvo ou o faz de modo imperfeito apresentando dismetria e/ou decomposição dos movimentos. Como avaliar? Prova índex-nariz: com os MMSS abduzidos o paciente é solicitado a tocar a ponta do nariz com o dedo indicador. A prova deve ser repetida várias vezes, com os olhos abertos e depois fechados. EXAME FÍSICO Avaliação em Pediatria Avaliação da coordenação Como avaliar? Prova calcanhar-joelho: em DD com os MMII estendidos, o paciente deve tocar seu joelho com o calcanhar do lado oposto. A prova deve ser repetida várias vezes, com os olhos abertos e depois fechados. EXAME FÍSICO Avaliação do grau de força muscular Avaliação em Pediatria 13/09/2016 8 EXAME FÍSICO Avaliação damobilidade Testes simples de flexibilidade e goniometria Avaliação em Pediatria EXAME FÍSICO Avaliação de sensibilidade Superficial tátil, térmica e dolorosa - algodão, tubo com água gelada e quente e estilete rombo Profunda cinético-postural, barestésica, dolorosa profunda e vibratória (diapasão) Avaliação em Pediatria EXAME FÍSICO Avaliação de posturas e transferências Capacidade de assumir independentemente e de manter uma determinada postura e de realizar transferências de postura com ou sem auxílio Avaliação em Pediatria 13/09/2016 9 EXAME FÍSICO Avaliação da marcha Realizada solicitando que o paciente caminhe uma certa distância e retorne sob a observação do terapeuta. Atenção !!! Desequilíbrios musculares, desvios laterais da pelve e tronco, marchas patológicas Avaliação em Pediatria AVALIAÇÃO DO LACTENTE Conhecimento da sequência normal do desenvolvimento MARCOS MOTORES, REFLEXOS E REAÇÕES Avaliação baseada na observação de comportamentos MOTORES espontâneos da criança TESTES SELETIVOS DE DESENVOLVIMENTO TESTES DE FUNÇÃO MOTORA AVALIAÇÃO DE CAPACIDADES FUNCIONAIS Avaliação em Pediatria OBJETIVOS DOS TESTES DE DESENVOLVIMENTO -Promover intervenção precoce; -Auxiliar na determinação do diagnóstico (área do desenvolvimento afetada); -Orientar o planejamento de um programa de intervenção; -Monitorizar os progressos funcionais reavaliação e alta terapêutica; - Instrumentos de pesquisa clínica avaliação da efetividade das condutas aplicadas Avaliação em Pediatria 13/09/2016 10 Avaliação em Pediatria VISÃO GERAL DOS TESTES TESTES SELETIVOS Utilizados para identificar déficits no desempenho de uma criança encaminhamento a serviços especializados TESTES DE FUNÇÃO Utilizados para avaliar componentes de áreas específicas de funcionamento do SNC, como a avaliação da função motora ampla ou estado reflexo, por exemplo TESTES DE CAPACIDADE FUNCIONAL Utilizados para avaliar habilidades funcionais necessárias ao desempenho completo da criança no ambiente familiar ou escolar TESTES SELETIVOS -Utilizados para diferenciar pessoas saudáveis das que não são; -Levantamento de questionamentos guia para seleção de medidas formais de avaliação e para traçar objetivos e metas de intervenção = determinação de condutas TESTE DE DESENVOLVIMENTO MOTOR DE MILANI-COMPARETTI TESTE SELETIVO DE DESENVOLVIMENTO DE DENVER (TSDD) E DENVER II Avaliação em Pediatria Avaliação em Pediatria TESTE DE MILANI- COMPARETTI -1967 neurologistas italianos Milani-Comparetti e Gidoni -1977 forma de pontuação original foi modificada pelo Instituto de Reabilitação de Crianças Louis Meyer (Nebraska, EUA) - 1987 revisão (3ª ed.) explicações sobre procedimenos de teste e pontuação 13/09/2016 11 TESTE DE MILANI-COMPARETTI - Objetivo do teste examinar sistematicamente a integração dos reflexos primitivos e a emergência de reações posturais -Observação do comportamento espontâneo evoca respostas que incluem: endireitamento, reações protetoras e de equilíbrio e reflexos primitvos selecionados - Público-alvo crianças do nascimento até os 2 anos de idade Avaliação em Pediatria TESTE DE MILANI-COMPARETTI Propósitos do teste -Identificar uma disfunção motora em crianças ao nascimento até os 2 anos de idade - Estabelecer a base de um programa de intervenção precoce - Adicionar dados científicos sobre DNPM -Obter conhecimento acerca das habilidades motoras em crianças com OU sem deficiência Avaliação em Pediatria TESTE DE DENVER (TSDD) - 1967 Frankenburg e Dodds (TSDD) e revisto na década de 90 = DENVER II - Medidas do teste e população-alvo - 4 áreas de desenvolvimento - Pessoal- social relacionamento e preocupação com necessidades pessoais - Adaptação motora-fina coordenação olho-mão, manipulação de objetos e solução de problemas - Linguagem audição, compreensão e uso da linguagem - Motricidade ampla sentar, andar, pular e movimentos amplos Avaliação em Pediatria 13/09/2016 12 TESTE DE DENVER (TSDD) Objetivos do teste Não é utilizado para diagnóstico mas para identificar desvios no desenvolvimento que necessitem de intervenção = TESTE DE TRIAGEM Comparar o desempenho de uma determinada criança em uma variedade de tarefas com o desempenho de crianças da mesma idade Utilizado em escolares Padronizado 2.000 crianças avaliadas no Colorado, EUA População-alvo Crianças entre o nascimento e os 6 anos de idade que estão “aparentemente bem” Avaliação em Pediatria TESTES DE FUNÇÃO MOTORA -Avaliação do comportamento motor o FISIOTERAPEUTA preocupa-se primariamente com esta avaliação - Avaliação da FUNÇÃO MOTORA AMPLA e da FUNÇÃO MOTORA FINA vários testes TIMP (Test of Infant Motor Performance) ESCALA MOTORA INFANTIL DE ALBERTA MEDIDA DE FUNÇÃO MOTORA AMPLA (GMFM) ESCALA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR DE PEABODY (PDMS) TESTE DE PROFICIÊNCIA MOTORA DE BRUININKS-OSERETSKY (BOT) Avaliação em Pediatria TIMP (Test of Infant Motor Performance) - 1993 - Criado por Campbell e col. fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais - O teste avalia a postura e o movimento em lactentes: - controle de cabeça e de tronco; - controle seletivo dos MMSS e MMII - População-alvo Lactentes pré-termo e a termo de 34 semanas de IG até os 4 meses de idade corrigida em lactentes prematuros ou até os 4 meses de idade cronológica nos neonatos a termo. - Alta sensibilidade e especificidade em idades precoces e realizada em UTI neonatal Avaliação em Pediatria 13/09/2016 13 TIMP (Test of Infant Motor Performance) - O TIMP pode ser utilizado para: - identificar lactentes abaixo da idade de 4-5 meses com ADNM; - medir mudanças no desenvolvimento de lactentes típicos com precisão de períodos de 2 semanas; - desenvolver objetivos de intervenção para lactentes com ADNM; - medir as mudanças resultantes da intervenção; - educar os pais quanto ao DNM do lactente. Avaliação em Pediatria TIMP (Test of Infant Motor Performance) - O TIMP, segundo os autores, avalia através de itens observados e elicitados: (1) a habilidade de orientar e de estabilizar a cabeça no espaço e em resposta a estímulos visuais e auditivos nas posturas SUPINA, PRONA, DE LADO E VERTICAL, e durante a transição de uma postura para a outra; (2) alinhamento do corpo quando a cabeça é manipulada; (3)controle seletivo distal dos dedos, dos punhos, das mãos e dos tornozelos; (4)controle antigravitacional dos movimentos do braço e da perna. Avaliação em Pediatria 13/09/2016 14 Escala Motora Infantil de Alberta (AIMS – Alberta Infant Motor Scale) -1994 – Piper e col. Departamento de Reabilitação da Universidade de Alberta no Canadá avaliar o DM -Escala de avaliação observativa que avalia a evolução das aquisições motoras amplas em lactentes - População-alvo Lactentes nascidos a termo e pré-termo até os 18 meses de idade (locomoção independente) - Objetivo principal Avaliar o DM sequencial das crianças em quatro posturas: PRONO, SUPINO, SENTADO e EM PÉ Avaliação em Pediatria Escala Motora Infantil de Alberta (AIMS – Alberta Infant Motor Scale) -Procedimentos Observação de movimentos espontâneos, sem restrições, manuseios e facilitações -Possui 58 itens que avaliam os padrões motores e as posturas observando 3 critérios: - alinhamentopostural; - movimentos antigravitacionais; - superfície de contato (sustentação de peso). - Observacional = baixo custo e proporciona aprendizado sobre DNM para o examinador Avaliação em Pediatria Escala Motora Infantil de Alberta (AIMS – Alberta Infant Motor Scale) - As sub-escalas da AIMS são determinadas SUPINO por cada postura: PRONO (21), (09), SENTADO (12) E EM PÉ (16) 1 ponto para cada item observado 13/09/2016 15 Escala Motora Infantil de Alberta (AIMS – Alberta Infant Motor Scale) Pontuação TOTAL comparada com os escores de referência para a idade e de acordo com os percentis a)DM normal/esperado = acima de 25%; b)DM suspeito = entre 25% e 6%; c)DM anormal = menor ou igual a 5% Mélo, 2011 Venturrella et al. 2013 MEDIDA DE FUNÇÃO MOTORA AMPLA (GMFM – Gross Motor Function Measure) Utilizada para avaliar a função motora da criança no sentido de identificar habilidades atuais, bem como para quantificar mudanças nessa função ao longo do tempo decorrentes do desenvolvimento da criança ou de terapias instituídas. Avaliação em Pediatria Gross Motor Function Measure 66/88 (GMFM-66 & GMFM-88) Marcos do desenvolvimento motor normal Escalas validadas internacionalmente (GMFM-88 & GMFM-66) para PC, Síndrome de Down e ADNM GMFM é formado por 88 itens agrupados em cinco diferentes dimensões: A: deitar e rolar B: sentar C: engatinhar e ajoelhar D: ficar em pé E: andar, correr e pular 13/09/2016 16 Esperado que os 88 itens possam ser completados por uma criança de 5 anos com habilidade motora grossa normal Tempo necessário para avaliação é de 45 a 60 minutos (a ponderar) Há instruções específicas de equipamentos e vestuário utilizado e do ambiente utilizado para a avaliação Gross Motor Function Measure 66/88 (GMFM-66 & GMFM-88) Gross Motor Function Measure 66/88 (GMFM-66 & GMFM-88) Pontuação dos itens de 0 a 3: 1. não inicia 2. inicia (< 10%) 3. parcialmente completa (10< x < 100%) 4. completa (100%) Para cada item a posição é definida antes dos (:) O restante da descrição é a conclusão da tarefa Gross Motor Function Measure 66/88 (GMFM-66 & GMFM-88) 13/09/2016 17 Gross Motor Function Measure 66/88 (GMFM-66 & GMFM-88) Exemplo - Dimensão A – deitar e rolar 1.Supino, cabeça na linha média: vira a cabeça com extremidades simétricas 1. não mantém a cabeça na linha média 2. mantém cabeça na linha média de 1 a 3 segundos 3. mantém cabeça na linha média, vira a cabeça com extremidades assimétricas 4. vira a cabeça com extremidades simétricas Posição Inicial (...) Instruções (...) 13/09/2016 18 http://motorgrowth.canchild.ca/ 13/09/2016 19 Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) ≠ Entre os níveis I e II Crianças do nível II têm mais dificuldades nas trocas posturais e na marcha comunitária. Requerem uso de corrimão para subir e descer escadas. Não são capazes de correr e pular. Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) ≠ Entre os níveis II e III Crianças do nível III necessitam de apoio para a marcha, enquanto as do nível II não mais precisam após os 4 anos. Precisam de dispositivo sobre rodas para andar na comunidade. 13/09/2016 20 Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) ≠ Entre os níveis III e IV Crianças do nível III sentam de forma independente e locomovem-se no chão, arrastando-se ou engatinhando. As de nível IV sentam apenas com suporte e só se locomovem se transportadas. ESCALA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR DE PEABODY (PDMS) -Avaliar a execução das habilidades motoras fina e ampla de crianças até ≈ 7 anos de idade -1969 a 1982 versão original desenvolvida por Folio e Fewell - Revisada em 2000 PDMS-2 (Folio & Fewell, 2000) - avaliar a competência motora; - identificar déficits motores fino e amplo; - avaliar o progresso da criança; - determinar a necessidade de intervenção clínica; - instrumento de medida na investigação científica. Avaliação em Pediatria ESCALA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR DE PEABODY (PDMS-2) 13/09/2016 21 ESCALA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR DE PEABODY (PDMS) -Ambas as escalas podem ser aplicadas em 45 a 60 min. - Pontuação de 0,1 ou 2 1. A criança não pode ou não tenta realizar o item. 2. O desempenho da criança mostra uma clara lembrança ao critério do item, mas não preenche completamente (habilidades emergentes). 3. A criança realiza o item de acordo com o critério especificado. Avaliação em Pediatria ESCALA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR DE PEABODY (PDMS) -Os resultados são expressos em três domínios do comportamento motor: - O quociente motor fino (QMF); - O quociente motor grosseiro (QMG) e - O quociente motor total (QMT) , que resulta dos dois anteriores. -QMG = posturais (PO), locomotores (LO) e de manipulação de objetos (MO), aos quais se acrescenta um 4º [reflexos (RF)], para crianças até os 12 m. - QMF = manipulação fina (MF) e visuo-motores (VM) Avaliação em Pediatria TESTE DE PROFICIÊNCIA MOTORA DE BRUININKS-OSERETSKY (BOT) -Desenvolvido pelo Dr. Robert H. Bruininks e está baseado na adaptação americana do teste de proficiência motora de Oseretsky -Para Bruininks, o termo Proficiência Motora é definido como “o comportamento motor avaliado pelo seu teste“; isto é, um "termo genérico que se refere à performance obtida numa vasta gama de testes motores". - 46 itens agrupados em 8 subtestes medidas específicas da motricidade AMPLA e da motricidade FINA Avaliação em Pediatria 13/09/2016 22 TESTE DE PROFICIÊNCIA MOTORA DE BRUININKS-OSERETSKY (BOT) TESTE DE PROFICIÊNCIA MOTORA DE BRUININKS-OSERETSKY (BOT) -População-alvo Crianças de 4 anos e ½ até 14 anos normais ou com deficiência - Bateria de 45 a 60 min. - Há uma versão reduzida = 14 itens -Teste e procedimentos padronizados e pontuação normatizada - Valioso instrumento de pesquisa Avaliação em Pediatria TESTE DE PROFICIÊNCIA MOTORA DE BRUININKS-OSERETSKY (BOT) Exemplos de subtestes 13/09/2016 23 TESTE DE PROFICIÊNCIA MOTORA DE BRUININKS-OSERETSKY (BOT) Exemplos de subtestes TESTE DE PROFICIÊNCIA MOTORA DE BRUININKS-OSERETSKY (BOT) Exemplos de subtestes TESTE DE PROFICIÊNCIA MOTORA DE BRUININKS-OSERETSKY (BOT) 13/09/2016 24 TESTES DE CAPACIDADES FUNCIONAIS -Avaliação das habilidades essenciais no ambiente da criança no lar ou escola - Conceitos-chave: - deficiências importantes nem sempre são refletidas pelo nível de limitação funcional ou incapacidade; - déficits funcionais podem ou não levar a uma restrição em atividades sociais e em papéis importantes na infância; - fatores ambientais, expectativas familiares e o contexto das tarefas funcionais desempenham um papel importante na determinação do nível da limitação funcional e da incapacidade da criança Avaliação em Pediatria TESTES DE CAPACIDADES FUNCIONAIS - Instrumentos de avaliação funcional contém: -Itens de mobilidade, transferência, autocuidados e função social; - Incluem medidas de dimensões de equipamentos adaptativos e de assistência; -Incorporam estágios de desenvolvimento de alcance de habilidades funcionais. PEDI – Inventário de incapacidades WeeFIM – Medidas de independência funcional Avaliação em Pediatria 13/09/2016 25AVALIAÇÃO PEDIÁTRICA DO INVENTÁRIO DE INCAPACIDADES (PEDI – Pediatric Evaluation of Disability Inventory) -Década de 90 desenvolvida por Haley e col. -Avalia o desempenho funcional de crianças em 3 campos: - (1) autocuidado; - (2) mobilidade; - (3) função social. -Público-alvo crianças com idade entre 6 m. aos 7 anos e 6 m. - Pode ultrapassar estas idades acompanhamento evolutivo Avaliação em Pediatria AVALIAÇÃO PEDIÁTRICA DO INVENTÁRIO DE INCAPACIDADES (PEDI – Pediatric Evaluation of Disability Inventory) Castilho-Weinert & Forti-Bellani, 2011 AVALIAÇÃO PEDIÁTRICA DO INVENTÁRIO DE INCAPACIDADES (PEDI – Pediatric Evaluation of Disability Inventory) Castilho-Weinert & Forti-Bellani, 2011 13/09/2016 26 MEDIDAS DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL PARA CRIANÇAS (WeeFIM – Functional Independence Measure for Childrens) -Adaptação da Medida de Independência funcional para adultos (FIM) -18 itens em 6 áreas ou campos: - autocuidado; - controle esfincteriano; - mobilidade; - locomoção; - comunicação; - cognição social. -Público-alvo crianças com idade entre 6 m. aos 7 anos e 6 m. e indivíduos de todas as idades com deficiências mentais e de desenvolvimento Avaliação em Pediatria MEDIDAS DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL PARA CRIANÇAS (WeeFIM – Functional Independence Measure for Childrens) ÁREAS da WeeFIM MEDIDAS DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL PARA CRIANÇAS (WeeFIM – Functional Independence Measure for Childrens) NÍVEIS da WeeFIM Validade em 1990 por McCabe e Granger 13/09/2016 27 Escalas de Avaliação em Pediatria TESTES SELETIVOS DE DESENVOLVIMENTO AVALIAÇÃO DE CAPACIDADES FUNCIONAIS TESTES DE FUNÇÃO MOTORA TESTE DE DESENVOLVIMENTO MOTOR DE MILANI- COMPARETTI TESTE SELETIVO DE DENVER (TSDD) E DENVER II TESTE DE PROFICIÊNCIA MOTORA (BOT) TIMP AIMS GMFM PEABODY (PDMS) PEDI WeeFIM Avaliação em Pediatria Uso da informação obtida na avaliação: - Planejar um programa de tratamento; - Identificar áreas de progresso ou da falta de (...); - Identificar ou eliminar a existência de um problema; - Fornecer informação diagnóstica. Definição de OBJETIVOS da intervenção terapêutica a curto prazo evolução do paciente Definição de METAS a longo prazo Esboço sugerido para avaliação em Pediatria: 1. Identificação da criança (nome, data de nascimento, idade, data da avaliação) 2. História A. Perinatal B. Médica (relevante) C. Desenvolvimento (descrito pelos pais) 3. Observações clínicas A. Desenvolvimento neurológico (reflexos, tônus muscular, equilíbrio e repostas de proteção, comportamento motor espontâneo) B. Músculo-esquelética (ADM, testes de força muscular) C. Estado sensorial (visual e auditiva) D. AVDs (alimentação, higiene, etc.) 1. Resultado dos Testes de Desenvolvimento e Função 13/09/2016 28 Referências Bibliográficas TECKLIN, J. S. Fisioterapia Pediátrica. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed. 2002. POUNTNEY T. Fisioterapia Pediátrica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008, 372 p. Organização Pan-Americana da Saúde. Manual para vigilância do desenvolvimento infantil no contexto da AIDPI. FIGUEIRAS, A.C.; SOUZA, I.C.N. DE; RIOS, V.G.; BENGUIGUI, Y. (Org.). Washington, D.C.: OPAS, 2005, 52p. SANVITO, W.L. Propedêutica Neurológica Básica. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2010, 288 p. RIES, L. G. et al. Adaptação cultural e análise da confiabilidade da versão brasileira da Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP). Ver. Bras. Fisioter., São Carlos, 2012, 16 (3): 205-215. WALKER,H. K. Deep Tendon Reflexes. In: Clinical History, Physical and Laboratory Examinations. 3ed. Methods: The WALKER HK, HALL WD, HURST JW (ed). Boston: Butterworths; 1990, p 365-368. Referências Bibliográficas MÉLO, T. R. Escalas de Avaliação do desenvolvimento e habilidades motoras: AIMS, PEDI, GMFM e GMFCS (capítulo 2). In: Castilho- Weinert e Forti-Bellaine (Eds.). Fisioterapia em Neuropediatria. 2011. Disponível em: http://omnipax.com.br/livros/2011/FNP/FNP-cap2.pdf HERRERO, D. et al. Escalas de desenvolvimento motor em lactentes: Test of Infant Motor Performance e a Alberta Infant Motor Scale. Rev. Bras. Cresc. e Desenv. Hum. 2011; 21(1): 122-132. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/jhgd/article/viewFile/20001/22087 SPOSITO, M. M. DE MELLO, RIBERTO, M. Avaliação da funcionalidade da criança com paralisia cerebral espástica. Acta Fisiatr. 2010; 17(2): 50 – 61. Disponível em: http://www.actafisiatrica.org.br/detalhe_artigo.asp?id=53# Can Child – Center for Childhood Disaility Research. http://www.canchild.ca/en/
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