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Constituições Brasileiras
Constituição de 1824
A primeira constituição brasileira surgiu em 1824, inserida no contexto de pós independência do Brasil, onde ocorreu grandes confrontos das forças políticos da época.
Dom Pedro I, depois de declarar a Independência do Brasil em 1822 convocou em 1823 uma Assembleia Geral Constituinte e Legislativa formada por alguns cidadãos conhecidos por ele, e de portas fechadas com ideais marcadamente liberais, que logo em seguida veio a ser dissolvida arbitrariamente, vista com existência de divergências nas pretensões e ideais. Essa assembleia foi substituída por um Conselho de Estado com intenção de tratar os negócios de maior monta e elaborar novos projetos com vontade da Majestade Imperial 
A Constituição brasileira que foi marcada por forte centralismo administrativo e político, tendo em vista a figura do Poder Moderador, constitucionalizado e também unitarismo e absolutismo foi outorgada e denominada semirrígida, nos termos do art. 178, quanto a sua alterabilidade em 25 de março de 1824 com influência da constituição francesa de 1814, tornando dentre todas a que mais durou, cerca de 66 anos.
Algumas características importantes a sarem destacadas são:
A escolha do governo, onde constitui um governo monárquico, hereditário, constitucional e representativo, tratado de forma unitária de Estado com centralização político-econômica.
As terras de antigas capitanias hereditárias foram transformadas em províncias que poderiam ser subdivididas, onde eram subordinadas ao Poder Central e tinham um presidente nomeado pelo Imperador, que poderia ser removido a qualquer momento.
Essa constituição estabeleceu a religião oficial como sendo a Católica Apostólica Romana, admitindo, todavia, os cultos domésticos de outras religiões.
Foi nomeada a Capital do Império brasileiro a cidade do Rio de Janeiro no período de 1822 a 1889, onde em 1834 foi transformada em Município Neutro ou Município da Corte
Foi reconhecido seguindo as ideias de Benjamim Constant e descartando a de Montesquieu a organização dos Poderes divididas em quatro: o Poder Legislativo, o Poder Moderador, o Poder Executivo e o Poder Judicial. Onde o Poder Legislativo era exercido pela Assembleia Geral com a sanção do Imperador, que era composta por duas câmaras, dos Deputados sendo eletiva e temporária e Senadores vitalícia, tendo seus membros nomeados pelo o Imperador escolhidos de uma lista enviada pela província. A eleições para o Legislativo eram indiretas. Já o Poder Executivo tinha sua função exercida pelo Imperador, por intermédio de seus de seus Ministros de Estado. O Poder Judiciário era independente e composto por juízes, que aplicavam as leis e os jurados, que se pronunciavam sobre os fatos. Já o Poder Moderador, foi o mecanismo que assegurou a estabilidade do trono do Imperador durante o reinado no Brasil.
Não podemos esquecer a triste manutenção da escravidão que teve sua abolição quando da assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel. E a garantia do habeas corpus, prevista no decreto nº 114 de 23.05.1821 com alvará de Dom Pedro I.
Características gerais
A Constituição de 1824 diferencia-se da atual (1988) por ter sido outorgada (efetivada sem participação popular) e semi-rígida (possibilitava modificações em seu texto). Em todo o resto, as características são idênticas, sendo ela uma Carta formal e escrita (é um documento sistematizado de regras), analítica (ou prolixa, dispondo minuciosamente sobre vários tópicos) e dogmática (elaborada por um órgão constituinte).
Constituição de 1891
Depois da Proclamação da República, tendo em vista a necessidade de uma nova constituição, em 1890 foi eleita uma Assembleia Constituinte para constituir a mesma, denominada a primeira Constituição da República do Brasil, repleta de interesses, principalmente da elite oligárquica latifundiária, com destaque para os cafeicultores e a segunda do constitucionalismo promulgada e rígida entrou em vigor em1891passando por uma pequena reforma em 1926 vigorando até 1930.
A segunda constituição teve como relator o senador Rui Barbosa, que teve grande influência da constituição norte-americana de 1787, modificando o sistema de governo para presidencialista, de Estado para Federal, abandonando o unitarismo e a forma de governo republicana em substituição à monárquica.
Algumas características dessa constituição são:
Foi a adoção do regime representativo, a República Federativa, proclamada em 15 de novembro de 1889. Declarando ainda a união perpétua e indissolúvel, transformando em Estados Unidos do Brasil.
Nos termos do 2° artigo da constituição de 1891, a capital do Brasil tendo sua sede no Rio de Janeiro, o antigo Município Neutro foi transformado em Distrito Federal, sendo a Capital da União.
O Brasil foi constitucionalizado um como um país leigo, laico ou não confessional, separando a igreja e o Estado.
Foi reorganizado os Poderes, extinguindo o Poder Moderador e adotando a teoria clássica de Montesquieu da tripartição dos poderes. Nesses termos, o art. 15 da constituição estabeleceu como órgãos da soberania da nacional o Poder Legislativo caracterizando a ideia bicameralismo estadual, que tinham a Câmara dos Deputados (Estaduais) e um Senado Estadual, Executivo e Judiciário, harmônicos e independentes entre si. 
Vistas nos termos do art. 1º das Disposições Transitórias da Constituição de 1891, a previsão e conquista das eleições diretas, que na primeira eleição da Republica foi indireta, pelo Congresso Nacional elegendo o Presidente Marechal Deodoro da Fonseca e o vice dos Estados Unidos do Brasil Marechal Floriano Peixoto. O Presidente era auxiliados pelos Ministros de Estados, que eram agentes de confiança nomeados e demitidos livremente.
Constituição de 1934
A terceira constituição, denominada Era Vargas, onde Getúlio Vargas era o presidente, veio em meio uma crise econômica no ano de 1929, uma crise com diversos movimentos sociais por melhores condições de trabalho, abalando os ideais liberais econômico de democracia liberal presente na constituição anterior, esse fato deu origem a promulgação da constituição de 1934, rígida nos termos do artigo 178, caput onde a constituição poderia ser emendada, desde que não alterasse a estrutura de sua política do Estado presentes em alguns artigos como o 178, 5 onde fixou como cláusula pétrea a forma federativa.
Grandes doutrinadores afirmam que esse texto constitucional sofreu grandes influências da Constituição de Weimar da Alemanha de 1919, destacando os direitos humanos de segunda geração ou dimensão como muitos falam, causando assim uma perspectiva de um Estado de social de direito (democracia social).
Nessa constituição foram mantidos alguns princípios fundamentais como a tripartição de poderes e a República. Mas também estabeleceu novas medidas como a declaração de direitos, presentes nos termos do art. 108, onde constitucionalizou o voto feminino, com o mesmo valor do voto masculino, também o voto secreto, conhecido como voto australiano, estabeleceu também o mandado se segurança, a ação popular, a criação da Justiça do Trabalho, Leis trabalhistas, estabeleceu ainda, a ordem econômica e social.
Um fato que deve ser lembrado é que essa foi a constituição com menor duração.
Constituição de 1937
A quarta constituição outorgada em 1937 ainda na Era Vargas, onde seu mandato termina em 1938 e para continuar no poder ele deu um golpe de Estado, dizendo que foi obrigado a fazer isso para proteger o povo brasileiro das ameaças comunistas, assim tornando-o um ditador, foi apelidada como Polaca, em razão da influência da Constituição polonesa fascista de 1935.
A constituição de 1937onde Vargas intitulou de nascer da Nova Era, influenciada por ideias autoritárias e fascistas, instalando a ditadura (Estado Novo) com a finalidade da redemocratização. Onde Getúlio e o Governo tiveram apoio do Congresso Nacional, decretou o Estado de Guerra.
Apesar do regime extremamente autoritário, na medida em que o Estado, centralizador, atuavadiretamente na economia, não se pode negar o seu importante crescimento nesse setor.
Buscando o apoio da população, a política desenvolvida foi denominada populista, consolidando as Leis do Trabalho (CLT) e importantes direitos sociais como o salário mínimo.
Podemos destacar algumas características dessa constituição:
A eleição indireta foi estabelecida para a escolha do Presidente da República, que cumpriria mandato de 6 anos.
Declaração de direitos, onde não houve previsão do mandado de segurança nem da ação popular, o direito de manifestação do pensamento foi restringindo, a censura prévia da imprensa, do teatro, cinema e da rádio onde as autoridades competentes proibia a circulação, a difusão ou a representação. Nenhum jornal poderia recusar a inserção de comunicados do Governo, nas dimensões taxadas em lei.
Foi declarado o Estado de Guerra, com a restrição aos direitos fundamentais.
A utilização da tortura como forma de repressão. 
Criação de decretos e leis, onde praticamente o Presidente da República exercia todo o poder legislando e aplicando as leis. 
Constituição de 1946
Durante a segunda guerra mundial, onde o Brasil declarou ofensiva contra os países do Eixo, entrando no confronto ao lado dos Aliados, que resultou na criação da FEB – Força Expedicionária Brasileira, isso fez com que Vargas perdesse o grande apoio do Manifesto dos Mineiros que acarretou a vários fatos que culminaram com sua expulsão do poder pelos Generais Gaspar Dutra e Góis Monteiro, sendo assim, deposto pelas forças armadas. Isso resultou com o Executivo sendo exercido pelo então Presidente do STF, ministro José Linhares, escolha feita pelas forças armadas, onde o então Ministro governou de 29 de outubro de 1945 a 31 de janeiro de 1946.
Esses acontecimentos resultaram em uma nova assembleia constituinte que promulgou no dia 18 de setembro de 1946, uma nova constituição, redemocratizando o Brasil. Onde praticamente restabeleceu os textos de 1891 e 1934.
Destacando algumas características dessa constituição:
Juscelino Kubitschek, além de suas importantes realizações na economia, implementa a construção de Brasília, onde será a nova capital do Brasil, inaugurada em 21 de abril de 1960.
Restabelecimento do mandado de segurança e a ação popular.
Vedou-se, caracterizando de cunho humanitário a pena de morte, nos termos do art. 141, § 31.
Reconhecimento de direito de greve nos termos do art. 158, e outras várias garantias dos trabalhadores já conquistada durante o “Estado Novo” foram mantidas, fato importante na evolução social do país. 
Constituição de 1967
Com a deposição do então Presidente Jânio Quadros, pelos militares, sobre uma nova ditadura, agora a militar, dando toda liberdade aos governantes para combater qualquer ameaça inimiga contra eles, mantendo a constituição de 1946, com várias restrições a direitos, publicando novos Atos Institucionais, onde basicamente estabeleceu a política de “Segurança nacional”, usada como instrumento de repressão política. Promulgou em 24 de janeiro de 1967 a sexta Constituição brasileira.
Onde o Presidente da república é eleito de forma indireta, por um colégio Eleitoral, estabelecendo uma política de suspensão dos direitos individuais em inúmeras situações de perigo duvidoso. 
Podemos destacar algumas características:
A forma de Governo como República.
A forma de Estado onde nos termos do art. 1° estabelecesse ser uma República Federativa, constituída sob o regime representativo, pela União indissolúvel dos Estados, percebesse que foi um duro golpe no federalismo, mais se aproximando de um Estado unitário centralizado, muito diferente do que se diz no artigo, que deveria ser federalismo.
Capital da União nos termos do art. 2° continua sendo Brasília, lembrando que os Poderes da República já havia sendo transferido em 21 de abril de 1960.
Emenda N° 01/69 de 17/10/1969
Em 1969, a Constituição teve sua Emenda de n° 01, onde muitos acreditam ter sido apenas uma forma anônima de outorgar uma nova Constituição, onde o texto alterou o nome do Estado. Essa Emenda objetivou ser mais totalitária que a de 1067, suprindo as garantias dos parlamentares, ampliando a censura às publicações, estabelecendo eleições indiretas para os governantes.
Porem essa Emenda não foi escrita pelo Presidente da República Costa e Silva, onde se encontrava com problemas de saúde, tornando-o impossibilitado de governar e nem pelo seu Vice-Presidente Pedro Aleixo, fato muito estranho. Consagrando no Brasil um Governo de Juntas Militares, permitindo que enquanto o Presidente não voltasse a governar, o cargo seja exercido pelos Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica Militar, já que o Congresso Nacional estava fechado.
Fato importante a ser ressaltado é que durante o Governo de Ernesto Geisel que durou de 15 de março de 1974 a 13 de março de 1979, o país foi marcado por forte infração e grave crise econômica.
Com essa emenda podemos caracterizar alguns acontecimentos:
Aumento de do mandato do Presidente de 5 para 6 anos.
A Lei N° 6.683/79 Denominada Lei da Anistia.
A Lei N° 6.767/79 da Reforma Partidária, colocando fim ao bipartidarismo, regulamentando o pluripartidarismo partidário.
Outra Emeda em 21.11.1980, onde ocorreu um marco histórico que foi as eleições diretas em âmbito estadual
A Direta já, proposta pelo Deputado Federal Dante de Oliveira em 18.04.1983.
Constituição de 1988 e atual.
Com o fim de uma nova ditadura, o Brasil precisava de uma ordem que estabelecesse a redemocratização do país, onde foi promulgada em 05 de outubro de 1988 uma nova e atual constituição sendo democrática e liberal, sofrendo influências da Constituição portuguesa de 1976, que foi denominada por Ulysses Guimarães, Presidente da Assembleia Nacional Constituinte de “Constituição Cidadã”, onde estabelece uma nova República. Com ela houve uma reforma eleitoral, combate ao racismo, garantias dos índios, novos direitos trabalhistas.
Na Constituição de 1988, o povo elegeu pelo voto direto Fernando Collor de Mello, onde teve seu nome envolvido em vários escândalos de corrupção, que levou a Câmara dos Deputados autorizar o processo para seu impeachment, mas alguns meses depois Collor renuncia seu cargo, onde seu Vice-Presidente Itamar Franco assume interinamente a Presidência da República.
Algumas características dessa Constituição:
A nomeação pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva da primeira mulher Dilma Rousseff, como chefe do Executivo Federal no mandato.
O primeiro plebiscito no Brasil, onde resultou a manutenção da República Constitucional e do Sistema Presidencialismo do Governo.
Fixação a manifestação do Poder Constituinte derivado revisor.
Foi instituído um Estado Democrático segundo os termos do preâmbulo da CF/88. Assegurando valore supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceito, harmônica socialmente. Com comprometimento de solucionar pacificamente controvérsias como: o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, a igualdade, a justiça, o bem-estar e o desenvolvimento.
Embora houvesse a previsão de “Deus” no preâmbulo, a Constituição traz a inexistência de religião oficial.
Brasília é a Capital Federal, segundo os termos do art. 18, § 1° onde o Distrito Federal passou a ser considerado ente federativo autônomo.
Foi retomada a teoria clássica da tripartição de “Poderes” de Montesquieu.

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