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Antonia Regiane P. Duarte ENFERMEIRA COREN-PÁ 163568 A expressão tempos cirúrgicos caracteriza a sequência de procedimentos utilizados na manipulação dos tecidos e vísceras durante o ato operatório, sendo identificada por quatro tempo básicos: TEMPOS CIRÚRGICOS Diérese Hemostasia Exérese Síntese É o rompimento da continuidade ou contigüidade dos tecidos, dividir, separar, cortar, consiste na separação dos planos anatômicos ou tecidos orgânicos para possibilitar a abordagem de um órgão ou região. Mecânica: Punção: Introdução de uma agulha ou trocater nos tecidos. Corte: utilização de lâminas de bisturi. Secção: Segmentação dos tecidos com tesouras rombas ou afastadores. Curetagem: Raspagem da superfície, de um órgão com auxilio de cureta. Dilatação: Processo através do qual se procura aumentar a luz de um órgão tubular Difulsão: É o afastamento dos tecidos nos planos anatômicos sem seccioná-los; Física: Térmica: Uso de calor. Ex.: Bisturi Elétrico: • Crioterapia • Laser INSTRUMENTAL DE DIÉRESE Processo no qual se impede, detém ou previne o sangramento no período trans-operatório, com o objetivo de manter limpo o campoe evitar formação de coleção sanguínea e coágulos que favoreçam a infecção. A hemostasia pode se dar por ação : Natural; Pinçamento; Garroteamento; farmacológica INSTRUMENTAL DE HEMOSTASIA kocher kelly Halstead É o tempo cirúrgico fundamental, que consiste na realização do tratamento cirúrgico, seja de caráter diagnóstico, corretivo, paliativo ou estético. Farabeuf Collin Adison Babcock Finochietto É a união, junção; sendo o procedimento utilizado para aproximar ou coaptar as bordas de uma ferida, com a finalidade de estabelecer a continuidade dos tecidos e facilitar as fases do processo de cicatrização. Pode ser: Cruenta : Através da utilização de agulhas de sutura, fios cirúrgicos, etc.; Incruenta : Através da utilização de gesso, esparadrapo, etc... INSTRUMENTAL DE SÍNTESE INSTRUMENTAL ESPECIAL Este grupo é formado pelos instrumentais específicos utilizados em cada tipo de cirurgia. INSTRUMENTAL DE APOIO OU AUXILIAR; Pinça gêmea de Abadie Pinça Satinsky Backaus Pinça Pean Afastador de Israel São materiais utilizados para a ligadura dos vasos, união e coaptação de tecidos orgânicos lesados, afim de facilitar o processo de cicatrização; O aspecto final da cicatriz guarda relação importante com a qualidade do fio de sutura utilizado (ANGER, 1995). Os fios de sutura classificam-se em: Absorvíveis: são fios digeridos pelas enzimas do organismo durante o processo de cicatrização da ferida.(catgut simples e cromado) Não absorvíveis: são feitos de diversos materiais que não são afetados pelas enzimas. Podem ser de origem: animal, vegetal, sintética ou mineral; (seda, algodão, nailon, aço) É importante saber que os fios de sutura possuem tamanhos e curvaturas diferentes nos padrões de agulhas, estas podem ser: cilíndricas, triangular, losangular e rombas cortantes, retas ou curvas; Os fios possuem numeração de identificação que vão desde o 0 ao 10-0, quanto maior o nº, menor a espessura, portanto mais fino. PERDA DA RESISTÊNCIA E ABSORÇÃO Fios Cirúrgicos Perda de resistência Absorção Categut Simples 07 a 10 dias 70 dias Categut Cromado 21 a 28 dias 90 dias Poliglactina 35 dias 56 a 70 dias O bisturi elétrico e um aparelho eletrônico que tem a propriedade de transformar a corrente elétrica alternada comum em corrente elétrica de alta freqüência, sem causar lesão orgânica nem excitação nervosa. O efeito físico da eletrocirurgia se baseia na Lei de Joule, ou seja, na energia térmica produzida de alta freqüência aquece a ponta metálica do eletrodo positivo, passa através do corpo do paciente e é eliminada através da placa dispersiva que está direta ou indiretamente ligada ao fio-terra. TIPOS DE BISTURI Bisturi Elétrico Aterrado: Bisturi Elétrico com sistema REM Eletrocoagulação: Oclusão de vasos sangüíneos e linfáticos, através da coagulação das substâncias protéicas ou retração dos tecidos. Dissecção: Consiste na secção dos tecidos. Fulguração: Coagulação superficial, sendo indicado para remoção de proliferações celulares cutâneas e remover manchas. • Oclusão de vasos sangüíneos e linfáticos, através da coagulação das substâncias protéicas ou retração dos tecidos. ELETROCOAGULAÇÃO • Consiste na secção dos tecidos. DISSECÇÃO • Coagulação superficial, sendo indicado para remoção de proliferações celulares cutâneas e remover manchas. FULGURAÇÃO CUIDADOS NA COLOCAÇÃO DA PLACA Contato regular e homogêneo da placa com o corpo do paciente. Os locais mais utilizados para este fim são a panturrilha, a face posterior da coxa e a região glútea. Deve-se evitar colocar a placa dispersiva sobre saliências ósseas, áreas muito pilosas ou de tecido escarificado. Utilizar sempre gel condutor A queimadura é uma complicação do uso inadequado do bisturi elétrico e que pode se dar nos seguintes casos: Quando há contato insatisfatório entre a placa dispersiva e o paciente; Quando há conexão inadequada entre aparelho e a placa dispersiva e/ou a unidade de eletrocirúrgia e o fio- terra sala de cirurgia; Quando há contato do paciente com partes metálicas da mesa cirúrgica. BIANCHI, Estela, R.F; CARVALHO, Rachel. Enfermagem em Centro Cirúrgico e Recuperação (Série Enfermagem), 1 ed, São Paulo, Manolle, 2007. ROSA, M. T. L. Manual de Instrumentação Cirúrgica. São Paulo: Rideel, 2009. SILVA, Maria D’.A.A, Enfermagem na Unidade de Centro Cirúrgico, 2 ed, São Paulo, EPU, 1997 Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC). Práticas recomendadas SOBECC. 5ª ed. São Paulo: SOBECC; 2009. Humildade não te faz melhor que ninguém, mas te faz diferente de muitos
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