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* * ENZIMAS Profª Drª Ângela de Mattos Dutra * * ENZIMAS São proteínas que facilitam a reação entre os reagentes e aumentam intensamente a velocidade da reação. As enzimas atuam diminuindo a energia de ativação das reações químicas. * * Enzimas Com exceção de um pequeno grupo de moléculas de RNA que possuem atividade enzimática e são chamadas de RIBOZIMAS, todas as enzimas são PROTEÍNAS * * Enzimas Proteínas especializadas Aceleram reações químicas * * Enzimas Catalisadores de reações nos sistemas biológicos Grande eficiência catalítica Alto grau de especificidade por seus substratos Funcionam em soluções aquosas em pH e temperaturas fisiológicas * * Enzimas Proteínas Ribozimas RNAs Simples Conjugadas Holoenzima Apoenzima Cofator + apoenzima Estrutura Enzimática * * Enzimas Catalisadores Aumentam a velocidade das reações Atuam diminuindo a energia de ativação * * Características da enzima Tem especificidade (atuam sempre com a mesma substância). Exemplos: gorduras (lipo - grego) - LIPASE amido (amylon - grego) - AMILASE proteínas - PROTEASE. * * Enzimas Importância Biomédica Biocatalisadores regulam as velocidades de todos os processos fisiológicos Papel fundamental na saúde e na doença * * Saúde Enzimas Processos Fisiológicos Ocorram de modo ordenado Homeostasia * * Estados patológicos Enzimas do ciclo da uréia Lesão tecidual grave Cirrose Hepática Prejudica a síntese de enzimas pelo tecido Amônia (tóxica para o organismo) Uréia (não tóxica) COMA HEPÁTICO * * Estados patológicos Doenças Genéticas - EIM Incapacidade ou capacidade parcial de sintetizar enzimas Sintomatologia variada * * Estados patológicos Determinação da atividade de enzimas específicas no plasma proporciona ao clínico informações importantes para o diagnótico Lesão cardíaca grave Infarto do miocárdio Extravasamento de enzimas intracelulares * * Enzimas - Histórico História da Bioquímica começa com pesquisas sobre enzimas Catálise biológica início séc.XIX estômago - digestão da carne saliva - digestão do amido Década de 30 1830 - amilase ou ptialina 1836 - pepsina e tripsina * * O nome enzima provém de "in yeasts", no qual suspeitava-se que as catálises biológicas estavam envolvidas com a fermentação do açúcar em álcool. Payen e Persoz em 1833, quando encontraram uma substância termolábil no precipitado do álcool, extrato de malte, que convertia amido em açúcar, mais tarde denominada amilase. Pasteur em 1860 postulou que as enzimas estão associadas à estrutura e a vida da célula * * Década de 50 (±1850) Louis Pasteur - concluiu que: açucar álcool pela levedura era catalisada por “fermentos” inseparáveis da estrutura das células vivas do levedo FERMENTAÇÃO “Fermentos” foram posteriormente denominados de ENZIMAS * * Pasteur (± 1850) “fermentos” eram inseparáveis das células Eduard Buchner (1897) Extratos de levedo (livre de células) AÇUCAR fermentação ÁLCOOL * * Em 1877 Buchener extraiu enzimas de células de leveduras que catalisavam a fermentação alcóolica catalisam a maioria das vias metabólicas energéticas e podem funcionar independentemente da sua estrutura. Summer em 1926 isolou urease de feijão e evidenciou que estes cristais consistem em proteínas. * * Enzimas - Histórico Início do Século XX 75 enzimas isoladas e cristalizadas ficou evidenciado caráter protéico Atualmente + de 2000 enzimas são conhecidas * * Enzimas - Nomenclatura No século XIX - poucas enzimas identificadas Adicionava-se sufixo ASE ao nome do substrato enzima que hidrolisam gorduras (lipo - grego) - LIPASE amido (amylon - grego) - AMILASE proteínas - PROTEASE Nomes arbitrários Tripsina e pepsina - proteases Catalase - H2O2 * * Enzimas - Nomenclatura No século XX - quantidade de enzimas descritas Nomenclatura existente se tornou ineficaz Década de 60 - IUB - União Internacional de Bioquímica adotou um novo sistema de nomenclatura e classificação mais complexo sem ambigüidades baseado no mecanismo de reação * * Enzimas - Nomenclatura Sistema Oficial IUB Cada enzima - no de código (E.C.- Enzime Comission) com 4 dígitos que caracterizam o tipo de reação 1o dígito - classe 2o dígito - subclasse 3o dígito - sub-subclasse 4odígito - indica o substrato * * Enzimas - Classificação ATP + D-Glicose ADP + D-Glicose-6-fosfato IUB - ATP:glicose fosfotransferase E.C. 2.7.1.1 2 - classe - transferase 7 - sub-classe - fosfotransferase 1 - sub-subclasse - fosfotransferase que utiliza grupo hidroxila como receptor 1 - indica ser a D-glicose o aceptor do grupo fosfato Hexoquinase * * Enzimas - Nomenclatura N0 Classe Tipo de reação catalisada 1 Oxirredutases Transferência de elétrons (íons hidreto ou átomos H) 2 Transferases Reações de transferência de grupos 3 Hidrolases Reações de hidrólise 4 Liases Adição de grupos em ligas duplas ou remoção de grupos com a formação de ligas duplas 5 Isomerases Transferência de grupos dentro da mesma molécula para formar isômeros 6 Ligases Formação de ligações C-C, C-S, C-O, C-N pelo acoplamento da clivagem do ATP * * Oxido-redutases (reações de oxidação-redução ou transferência de elétrons. Ex: Desidrogenases e Oxidases) * * Oxirredutases:transferência de e- Lactato desidrogenase AH2 + B A + BH2 Exemplo Ácido Lático Desidrogenase COOH NADH NADox COOH ( ( CO H-C- OH ( ( CH3 CH3 Ácido Pirúvico Ácido Lático * * . Oxirredutases – transferência de elétrons Etanol Acetaldeído * * Transferases (transferem grupos funcionais como amina, fosfato, acil, carboxil. Ex: Quinases e Transaminases) * * Transferases transferência de grupos * * Hexoquinase * * Exemplo: Aminotransferase - TGP TRANSFERASES - transferência de grupos * * GLICOGÊNIO SINTASE * * GLICOGÊNIO SINTASE * * HIDROLASES Lactose (-D-glicopironosil--D-galactopiranose ) H2O Glicose + Galactose Exemplo: Lactase * * HIDROLASES Reações de hidrólise de ligação covalente. Ex: Peptidases) * * HIDROLASES:Quimiotripsina * * LIASES: Fumarases adição ou remoção de grupos (H2O, NH4+, CO2). * * Liases: Catalisam a quebra de ligações covalentes e a remoção de moléculas de água, amônia e gás carbônico. Dehidratases e Descarboxilases * * ISOMERASES Transferência de grupos dentro da mesma molécula, formação de isômeros Triose Phosphate Isomerase * * ISOMERASES Reações de interconversão entre isômeros óticos ou geométricos - Epimerases * * LIGASES Reações de síntese com consumo de ATP Piruvato carboxilase * * Ligases (catalisam reações de formação de novas moléculas a partir da ligação entre duas pré-existentes, sempre às custas de energia. Ex: Sintetases) * * Formação de um complexo enzima-substrato Reação enzimática = enzima + substrato complexo Ligação através do sítio ativo “Fenda” na estrutura protéica específica * * Sítio de ligação * * Ação enzimática: sítio ativo (substrato) * * * * * * Enzimas Energia de ativação: Diferença entre os níveis de energia do estado basal e do estado de transição * * Cinética enzimática A cinética enzimática é a parte da Enzimologia que estuda a velocidade das reações enzimáticas bem como os fatores que a influenciam. * * Cinética enzimática Os princípios gerais da cinética das reações químicas aplicam-se às reações catalisadas enzimaticamente, embora estas também mostrem um padrão distinto que não é usualmente encontrado nas reações não enzimáticas: saturação com o substrato. * * Modelo chave - fechadura Enzima + Substrato [Enzima-substrato] Enzima + Produto ETAPA REVERSÍVEL ETAPA IRREVERSÍVEL * * * * Fatores que influenciam na reação enzimática Temperatura: Quanto maior a temperatura, maior a velocidade da reação, até se atingir a temperatura ótima; a partir dela, a atividade volta a diminuir, por desnaturação da molécula. * * Fatores que influenciam na reação enzimática pH: Idem à temperatura; existe um pH ótimo, onde a distribuição de cargas elétricas da molécula da enzima e, em especial do sítio catalítico, é ideal para a catálise. * * Inibição competitiva Uma molécula apresenta estrutura semelhante ao substrato da enzima que se liga para realizar a catálise, ela poderá aceitar esta molécula no seu local de ligação, mas não pode levar ao processo catalítico, pois ocupando o sítio ativo do substrato correto. Portanto o inibidor compete pelo mesmo local do substrato. * * Inibição enzimática: reversível competitiva * * Inibição não competitiva Ocorre quando um molécula ou íon pode se ligar em um segundo local na superfície enzimática (não no sítio ativo). Isto pode distorcer a enzima tornando o processo catalítico ineficiente. * * Inibição não competitiva O inibidor não competitivo pode ser uma molécula que não se assemelha com o substrato, mas apresenta uma grande afinidade com a enzima. É o mecanismo inverso do inibidor competitivo, porque inibe a ligação do complexo ES e não da enzima livre. * * Inibição enzimática: reversível não-competitiva * * Inibição enzimática irreversível Algumas substâncias se ligam covalentemente às enzimas deixando-as inativas. Na maioria dos casos a substância reage com o grupo funcional no sítio ativo bloqueando o local do substrato, deixando a enzima cataliticamente inativa. * * Inibição enzimática irreversível Inibidores irreversíveis podem ser extremamente seletivos pois são semelhantes ao substrato. São muito utilizados como resíduos, os quais apresentam grupos de átomos que se configuram semelhantemente ao estado de transição que se ligam ao substrato. * * Inibição alostérica * * Papel da enzima no aumento da velocidade de reação através da redução da ENTROPIA * * Enzimas Componentes da Reação Enzimática E + S E S E + P E - Enzima S - Substrato(s) ES - Complexo Enzima -Substrato P – Produto(s) * * Enzimas Componentes da Reação Enzimática E + S E S P + E * * Enzimas - Via Metabólica Substrato inicial * * Enzimas Substratos Complexo ES (Enzima-Substrato) Ligação Sítio Ativo Chave-fechadura Incaixe induzido Liberação do Produto + Enzima inalterada * * Enzimas Ligação da Enzima ao Substrato 2 modelos propostos: Chave-Fechadura Encaixe Induzido * * Ligação da enzima ao substrato Modelo Chave-Fechadura * * Modelo Encaixe Induzido Modelo Encaixe Induzido combinado com a tensão do substrato Enzimas Modelos de ligação da enzima ao substrato * * Alteração conformacional da hexoquinase induzida pela glicose Bennett, W.S.Jr and Steitz, T.A. J.Mol. Biol. 140: 211,1980. * * Ligação do hexassacarídeo ao sítio ativo da lisozima Redesenhado baseado no modelo proposto por Imoto, T et al., Em P. Boyer (Ed.) The Enzimes 3rd ed., Vol 7. New York Academic Press, 1972, p. 713. a- grupo acetamido (NHCOCH3) p – cadeia lateral lactil ( CH3CHCOOH) * * Centro Catalítico / Sítio Ativo Região da molécula enzimática que participa da reação com o substrato Pode possuir componentes não protéicos cofatores Possui aminoácidos auxiliares e de contato * * Enzimas = Catalisadores Propriedades Aceleram as reações Não são consumidos na reação Atuam em pequenas concentrações Não alteram o equilíbrio das reações * * Enzimas - Propriedades - Aceleram reações químicas * * Enzimas - Propriedades - Não são consumidos na reação ES * * Enzimas - Propriedades - Atuam em pequenas concentrações 1 molécula de Catalase decompõe 5 000 000 de moléculas de H2O2 pH = 6,8 em 1 min Número de renovação TURNOVER NUMBER * * Enzimas - Propriedades - Não alteram o estado de equilíbrio no nível basal (forma estável), S e/ou P contém uma quantidade característica de energia livre o equilíbrio entre S e P reflete a diferença em energia livre dos seus estados basais * * Comparação entre a hidrólise de vários substratos por: Catalisador Inorgânico e Enzima Enzimas- Especificidade Hidrólise catalisada pelo HCl a quente Proteínas Aminoácidos Triacilgliceróis Glicerol + ác. Graxos Glicogênio Glicose Hidrólise catalisada por uma enzima específica para o glicogênio Proteínas Inalteradas Triacilgliceróis Inalterados Glicogênio Glicose + Maltose + Oligossacarídeos ramificados * * Enzimas Especificidade Estereoquímica * * Enzimas Especificidade de Grupo Tipo de ligação e um dos fragmentos devem ser específicos Ex: maltase digestão de glicídios Metade da molécula deve ser a glicose Frutose Galactose Arabinose Xilulose * * Enzimas Cofatores * * Cofatores enzimáticos Para alguns tipos de processos biológicos, apenas a cadeia protéica não é suficiente, por isso a proteína requer uma molécula denominada cofator a qual pode ser uma pequena molécula orgânica, denominada coenzima ou um íon metálico. * * Cofatores enzimáticos Os cofatores são geralmente estáveis em temperatura alta. A catálise ativa enzima-cofator é denominada holoenzima, quando o cofator é removido, se mantém a proteína, a qual é catabolicamente inativa e é denominada apoenzima * * Cofatores * * Enzimas - Cofatores Porção protéica APOENZIMA Cofator Moléculas orgânicas ou inorgânicas que condicionam a atividade das enzimas * * Enzimas - Cofatores Íons Cofatores inorgânicos Exemplos: Magnésio - Reações de fosforilação Manganês- Superóxido dismutase mitocondrial Zinco - Anidrase carbônica, Carboxipeptidase * * Cofatores Ativadores - Íons Magnésio - co-substrato para o ATP * * Enzimas - Cofatores Mg +2 como Ativador Hexoquinase - transferência do fosfato do ATP para a glicose * * Enzimas - Cofatores Coenzimas Cofatores orgânicos Maioria deriva de vitaminas hidrossolúveis Classificam-se em: transportadoras de hidrogênio transportadoras de grupos químicos * * Coenzimas A molécula orgânica que se liga às enzimas para ativar uma reação, é denominada coenzima, cada tipo apresenta uma função química particular, algumas são agentes oxi-redutoras, outras transferidoras etc. * * Coenzimas NAD/NADP+ * * Coenzimas: oxidação e redução * * Coenzimas: ATP - ADP * * Coenzimas: processos endergônicos e exergônicos * * Coenzimas transportadoras de hidrogênio * * NAD+ Nicotinamida adenina dinucleotídio (B3) * * FAD – Flavina Adenina Dinucleotídio (B2) * * Exemplo da ação do FAD como coenzima Reação da sucinato desidrogenase * * Coenzimas transportadoras de grupos químicos * * Síntese da CoA 4-fosfopantotenato 4-fosfopantotenoilcisteína 4-fosfopantetoína Defosfocoenzima A * * Piridoxal fosfato (B6) Coenzima: Transaminação Descarboxilação Desidratação
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