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Controle de Constitucionalidade O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 1 www.cursoenfase.com.br Sumário 2. Controle concentrado ................................................................................................. 2 2.7 Advogado Geral da União ..................................................................................... 2 2.8 Amicus Curiae ........................................................................................................ 3 2.8.1 Pressupostos para admissibilidade ................................................................ 3 2.8.2 Quanto a sua atuação..................................................................................... 3 2.8.3 Limites da atuação .......................................................................................... 3 2.9 Audiência pública e peritos ................................................................................... 4 2.10 Cautelar ............................................................................................................... 4 2.11 Decisão final ........................................................................................................ 4 2.11.1 Efeitos da decisão ............................................................................................ 5 Controle de Constitucionalidade O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 2 www.cursoenfase.com.br 2. Controle concentrado 2.7 Advogado Geral da União ADI – Defesa da constitucionalidade da norma fazendo uma espécie de contraditório. Exceção: Quando já houver decisão anterior do STF pela inconstitucionalidade da norma; DIREITO CONSTITUCIONAL. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.522, DE 11.10.96. ALTERAÇÃO DO ARTIGO 38 DA LEI Nº 8.112/90. SUSBSTITUIÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS INVESTIDOS EM CARGOS DE DIREÇÃO E CHEFIA OU DE NATUREZA ESPECIAL. REEDIÇÕES DE MEDIDA PROVISÓRIA FORA DO PRAZO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO CONGRESSO NACIONAL PARA DISPOR SOBRE OS EFEITOS JURÍDICOS DAÍ DECORRENTES. RESOLUÇÃO DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 62, PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO. DEFESA DO ATO IMPUGNADO DE QUE EXISTEM PRECEDENTES DO STF. POSSIBILIDADE. 1. A Medida Provisória nº 1.522, de 11.10.96, alterou o disposto no artigo 38 da Lei nº 8.112/90. As substituições dos servidores investidos em cargos de direção e chefia ou de natureza especial passaram a ser pagas na proporção dos dias de efetiva substituição que excedam a um mês. 2. A Resolução do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, que entendeu expedidas fora do prazo algumas das reedições da Medida Provisória nº 1.522/96, repristinou o artigo 38 da Lei nº 8.112/90. Violação ao parágrafo único do artigo 62 da Constituição, por ser da competência exclusiva do Congresso Nacional disciplinar as relações jurídicas decorrentes de medida provisória tornada ineficaz pela extemporaneidade de suas reedições. 3. Violação ao disposto no artigo 62, caput, da Constituição Federal, que negou força de lei à Medida Provisória nº 1.522, de 11 de outubro de 1996. Precedentes. 4. O munus a que se refere o imperativo constitucional (CF, artigo 103, § 3º) deve ser entendido com temperamentos. O Advogado- Geral da União não está obrigado a defender tese jurídica se sobre ela esta Corte já fixou entendimento pela sua inconstitucionalidade. Ação julgada procedente para declarar inconstitucional a Resolução Administrativa do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, tomada na Sessão Administrativa de 30 de abril de 1997. (STF - ADI: 1616 PE, Relator: MAURÍCIO CORRÊA, Data de Julgamento: 24/05/2001, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJ 24-08-2001 PP-00041 EMENT VOL-02040-02 PP-00303) ADC – não há a atuação. A própria ação já é a defesa da norma. ADO – o relator poderá solicitar sua manifestação. ADPF – idem ADI. ADI estadual – Procurador-Geral do Estado ou Advogado-Geral do Estado. Representação interventiva – manifestação como Advogado-Geral da União. Controle de Constitucionalidade O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 3 www.cursoenfase.com.br 2.8 Amicus Curiae O amicus curiae está previsto no art. 7º, § 1º da Lei 9.868/99 e terá aplicação em todas as ações. A expressão em latim amicus curiae significa amigo da corte que pode ser algum órgão ou entidade que é admitida no processo com a finalidade de pluralização (ou democratização / abertura) do debate (ou interpretação) constitucional. A ideia é que quanto maior é a abertura, mais democrática é a decisão do Supremo. 2.8.1 Pressupostos para admissibilidade Existem dois pressupostos para a admissibilidade do amicus curiae, são eles: a) Relevância da matéria; b) Representatividade do postulante. Na ADPF 54 o STF admitiu diversas entidades que representavam parcela da sociedade naquela matéria. Não faria sentido se admitir, por exemplo, o sindicato de metalúrgicos nessa ADPF, pois tratou do aborto de anencéfalos. O juízo de admissibilidade é feito pelo relator e se o relator não admitir o amicus curiae cabe agravo. 2.8.2 Quanto a sua atuação Quanto a sua atuação, o amicus curiae pode: b) Memoriais; a) Manifestação oral; 2.8.3 Limites da atuação O amicus curiae não pode: a) Ampliar o objeto da demanda; b) Recorrer da decisão final. Controle de Constitucionalidade O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 4 www.cursoenfase.com.br 2.9 Audiência pública e peritos Também vale para todas as ações. Quando o STF se deparar com alguma matéria controversa que envolva circunstâncias fáticas que envolvam conhecimento não jurídico ou muito técnico poderá o Supremo ouvir especialistas na matéria. Já na audiência pública o STF faz um edital público aberto com algumas condições à sociedade informando que deseja ouvir especialistas sobre determinado assunto e os especialistas se inscrevem e o STF designa dia para ouvir o especialista. 2.10 Cautelar A cautelar é possível em todas as ações, a diferença entre elas é a finalidade: ADI – suspensão da eficácia da norma. ADC – suspensão dos processos em que se discute aquela matéria. O prazo é de 180 dias. ADO – suspensão da eficácia da norma no caso de omissão parcial; suspensão de processos judiciais ou administrativos; ou outra medida que o STF considere razoável. ADPF – suspensão da eficácia do ato; suspensão de processos; suspensão de decisões judiciais sem trânsito em julgado; ou suspensão de medidas pertinentes à matéria discutida. ADI estadual – idem ADI genérica. Representação interventiva – suspensão do ato. Em todos os casos a cautelar gera efeitos erga omnes e vinculante. 2.11 Decisão final Para todas as ações temos a presença mínima de 2/3 do STF e o quorum de decisão é maioria absoluta (maioria do total de membros). No Tribunalde Justiça será aplicada a mesma lógica de forma proporcional, ou seja, presença mínima de 2/3 dos ministros e decisão da maioria absoluta. Controle de Constitucionalidade O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 5 www.cursoenfase.com.br 2.11.1 Efeitos da decisão Para todas as ações, o efeito é erga omnes e vinculante. Afetados Demais órgãos do Judiciário Vinculante Administração pública direta ou indireta Não afetados STF Legislativo (legislador). Exemplo: A Súmula Vinculante 13 veda a pratica do nepostimo e atinge não apenas o Poder Judiciário, Administração Pública, mas também o Legislativo porque se trata de função administrativa. Na função legislativa significa que o legislador pode, depois de o STF declarar uma norma inconstitucional, fazer outra norma idêntica. Se um órgão do Poder Judiciário decidir de forma contrária a decisão do STF ou se um órgão da Administração Pública praticar um ato contrário a decisão vinculante tanto a decisão quanto o ato podem ser impugnados por meio de reclamação constitucional no próprio Supremo. Se o STF julgar procedente a reclamação isso implicará a cassação da decisão judicial ou a anulação do ato administrativo para que a respectiva autoridade decida ou atue novamente de maneira correta. Efeito temporal: ex tunc (retroativo), porém cabe modulação. As fundamentações da modulação são a segurança jurídica e excepcional interesse social. Efeito represtisnatório: Exemplo: Lei A foi revogada pela Lei B que é inconstitucional (nula ab ovo), logo, a revogação também é nula. Sendo assim, a Lei A automaticamente vai sofrer a repristinação. O STF pode, expressamente, determinar o afastamento expresso do efeito repristinatório (efeito repristinatório indesejado), na hipótese de a lei restaurada também for inconstitucional. Observação: Represtinação é um termo genérico que significa a restauração de uma norma revogada e pode ter duas causas diferentes: na forma da LINDB (revogação da revogadora e aí essa represtinação somente pode ser expressa) ou como efeito da declaração de constitucionalidade. Controle de Constitucionalidade O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 6 www.cursoenfase.com.br Observação2: O efeito represtinatório também ocorre na cautelar da ADI.
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