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Curso: ENGENHARIA ELÉTRICA Disciplina: HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE Professor (a): Rubiana Santana de Souza Data: _14_/___03_/2014 Período: 1º Aula05 - SOFISTAS os primeiros mestres na arte da argumentação O período pré-socrático foi dominado, em grande parte, pela investigação da natureza. Essa investigação tinha, um cosmológico. Era a busca de explicações racionais para o universo manifestada na procura de um principio primordial para todas as coisas existentes. Seguiu-se a esse período um nova fase filosófica, caracterizada pelo interesse no próprio homem e nas relações do homem com a sociedade. Essa nova fase foi marcada, no início pelos sofistas. Sofista –significa “sábio” entretanto, com o decorrer do tempo , ganhou o sentido de “impostor”, devido sobretudo, às críticas de Platão. Os sofistas eram professores viajantes que, por determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de filosofia. Davam aulas de eloqüência e de sagacidade mental. Ensinavam conhecimentos úteis para o sucesso nos negócios. As lições dos sofistas tinham como objetivo, o desenvolvimento do poder de argumentação, da habilidade retórica, do conhecimento de doutrinas divergentes. Eles transmitiam, todo um jogo de palavras, raciocínios e concepções que seria utilizado na arte de convencer as pessoas, driblando as teses dos adversários. Nem heróis nem vilões Foi devido a Platão que considerou sofística, uma atitude viciosa do espírito, uma arte de manipular raciocínios, de produzir o falso, de iludir os ouvintes, sem qualquer amor pela verdade. O relativismo, fundamenta-se numa concepção flexível sobre os homens, a sociedade e a compreensão do real. Para os sofistas, as opiniões humanas são infindáveis, diversas e não podem ser reduzidas a uma única verdade. Não existem valores ou verdades absolutas. É importante lembras que não existe uma doutrina sofística única. O que há são alguns pontos comuns entre as concepções de certos sofistas, como Protágoras, Górgias e outros Obs Os sofistas eram um grupo importante de instrutores gregos do quinto século AC. Eles ensinavam que a opinião popular determinava as normas do que é certo e do que é errado. Um desses instrutores disse: “Aquilo que parece certo e aceitável para uma cidade, continuará sendo certo e aceitável naquele lugar enquanto os que moram ali pensarem assim Em Atenas, e, com o tempo, em toda a Grécia, dava-se muita importância à filosofia. Entre os principais grupos filosóficos estavam os sofistas, que sustentavam que a verdade era uma questão de opinião individual; este conceito sofria oposição de famosos filósofos gregos tais como Sócrates, seu discípulo Platão, e o discípulo de Platão, Aristóteles A Retórica e os Sofistas � *conceitos A retórica é a arte de convencer os outros pelo discurso, convencer de que a opinião apresentada é melhor e mais justa. A retórica nasceu no século V a.C., na Sicília, e foi introduzida em Atenas pelo sofista Górgias, desenvolvendo-se nos círculos políticos e judiciais da Grécia antiga. A idéia original visava persuadir uma audiência dos mais diversos assuntos, mas acabou por tornar-se sinônimo da arte de bem falar. Os sofistas eram pensadores da Grécia Antiga dos séculos IV V a.C. que praticavam a retórica. Eles ensinavam em vários locais, viajando por várias cidades. O foco de seus ensinamentos concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação. Os mestres sofistas alegavam que podiam “melhorar” seus discípulos. Eles ensinavam sobre vários conhecimentos: física, química, geometria, medicina, astronomia, retórica, artes e a filosofia em si. Diferente de Sócrates que ensinava pela paixão, essas aulas eram cobradas pelos cidadãos que queriam aprender, e era cobrado caro. A visão de mundo dos sofistas era egoísta e utilitária diante dos problemas práticos, o que opôs os sofistas ao filósofo Sócrates e seus discípulos. Os sofistas dominavam técnicas de convencimento e discurso, a retórica, eles se preocupavam em dominar essas técnicas de um modo que quem está ouvindo se convencesse rapidamente sobre o que estavam discursando. Os sofistas não se preocupavam se aquilo que estavam falando era vera verdade, porque o essencial para eles era conquistar a opinião do público. Ao contrário da maiêutica de Sócrates, a retórica dos sofistas não se propunha a levar o interlocutor a questionar-se sobre a verdade dos fatos, dos princípios éticos ou dos sentimentos, mas buscava passar ao ouvinte ideologias que sejam aproveitáveis para manipulação do povo. Uma das mais famosas doutrinas sofistas é a teoria do contra-argumento. Eles ensinavam que todo argumento poderia ser contraposto por outro, e que a efetividade de um argumento residiria na verossimilhança(aparência de verdadeiro, mas não necessariamente verdadeiro) perante uma platéia. Defendiam a ideia de que a verdade surgia pelo consenso dos homens. O termo “sofista” tem uma conotação pejorativa nos dias de hoje, mas na Grécia antiga os sofistas eram profissionais muito bem remunerados e respeitados.
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