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Direito Constitucional I

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INSTITUIÇÕES DE DIREITO 
Direito Constitucional 
O Direito Constitucional é um ramo do direito público que vai se 
preocupar com o estudo das constituições. 
Nossa atual Constituição foi promulgada em 1988. Promulgada 
porque houve uma participação popular, através de seus 
representantes. 
Foi elaborada por um Assembleia Nacional Constituinte, 
convocado para sua feitura. Foi uma época de grandes mudanças, já 
que havíamos saído de um regime ditatorial para uma democracia. 
Poder Constituinte significa o poder de criar ou modificar uma 
constituição. Pode ser Originário ou Derivado, tema que trataremos 
mais adiante. 
. 
Alexandre de Moraes assim conceitua constituição: “[...] 
Constituição deve ser entendida como a lei fundamental e suprema 
de um Estado, que contém normas referentes à estruturação do 
Estado, à formação dos poderes públicos, forma de governo e 
aquisição do poder de governar, distribuição de competências, 
direitos, garantias e deveres dos cidadãos.” 
Assim, podemos extrair o seguinte: 
Uma Constituição... 
 É a norma suprema de um país; 
 Limita o Poder do Estado; 
 Regulamenta as funções do Estado; 
 Traz direitos e garantias fundamentais da sociedade 
 
Voltando ao tema do Poder Constituinte, é imperativo distinguir o 
Poder Constituinte Originário do Poder Constituinte Derivado: 
O Poder Constituinte Originário é autônomo e ilimitado. Tem o 
objetivo de criar uma nova constituição. Não está limitado ou 
condicionado a qualquer ordem jurídica. Em princípio, poderá tratar 
sobre qualquer assunto. 
O Poder Constituinte Derivado visa a modificação de uma 
constituição já existente. Tem a característica de ser subordinado, já 
que limitado pelo poder originário, o qual estabeleceu que certos 
temas não podem sofrer alteração, as chamadas cláusulas pétreas. 
Está condicionado a certas regras estabelecidas pelo poder 
constituinte originário, tais como o procedimento para aprovação de 
uma emenda constitucional. 
O Poder Constituinte Derivado pode, ainda, ser de reforma ou 
decorrente. O poder de reforma diz respeito ao poder de modificar 
normas constitucionais, ao passo que a decorrente é o poder que o 
Estado-membro detém para criar sua própria constituição. 
Nesse sentido, quanto à limitação do Poder Constituinte Derivado, 
assim dispõe a Carta Maior: 
Art 60 [...] 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda 
tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais 
 
 
Espécies de Constituição 
As constituições são classificadas por diversos autores a fim de 
possibilitar sua distinção. A classificação mais adotada pela maioria 
dos autores é a seguinte: 
1. Quanto ao conteúdo: 
 - Material: normas constitucionais que podem estar ou não 
inseridas no texto constitucional 
 - Formal: normas que estão inseridas no texto constitucional 
 
 
2. Quanto à forma 
 - Escrita 
 - Não escrita 
 
3. Quanto ao modo de elaboração: 
 -Dogmática (elaborada por órgão constituinte) 
 - Histórica (produto da evolução histórica 
 
4. Quanto à origem 
 - Promulgada (elaborada por representantes eleitos pelo povo) 
 - Outorgada (elaborada sem a participação de representantes 
eleitos pelo povo 
 
5. Quanto à estabilidade: 
 - Rígida (exige procedimento especial para sua revisão) 
 - Semirrígida (parte flexível e parte rígida) 
 -Flexível (não há procedimento especial de revisão) 
 - Imutável (sem possibilidade de revisão) 
 
6. Quanto à extensão 
 - Analíticas (dispõe sobre vários aspectos, inclusive matérias 
que poderiam estar em leis ordinárias) 
 - Sintéticas (dispõe apenas de aspectos fundamentais da 
organização do Estado) 
 
No caso da Constituição Federal de 1988, assim é classificada: 
Formal, escrita, dogmática, promulgada, rígida e analítica. 
 
Controle de Constitucionalidade 
Como a Constituição é a lei maior de um país, as demais leis 
devem estra em consonância com ela. 
Nesse sentido todo e qualquer legislativo ou normativo que não 
estiver de acordo com a constituição será considerado 
inconstitucional. 
Assim sendo, faz-se necessário o devido controle das normas, em 
face da constituição para que aquelas não adentrem no ordenamento 
jurídico, ou sejam dela retirada. 
Existem três critérios para este controle: difuso, concentrado e 
misto. O controle difuso é aquele em que todos os integrantes do 
Poder Judiciário podem exercê-lo. No concentrado apenas um 
tribunal constitucional pode exercer o controle de constitucionalidade 
e, finalmente, o misto é aquele em que o controle de 
constitucionalidade pode ser exercido por ambos critérios. 
Ademais, existem dois sistemas para o controle de 
constitucionalidade das normas, o em concreto e o em abstrato. 
Controle em concreto ou indireto é aquele em que o Juiz diz o 
direito no caso concreto. É alegado pelas partes. No caso do réu em 
sede de defesa e o autor em qualquer ação. O efeito é inter partes, 
ou seja, atinge tão somente as partes envolvidas. 
O controle em abstrato ou direto tem por objeto a própria 
inconstitucionalidade da norma e, portanto, deve ser interposta 
perante o Supremo Tribunal Federal. Neste caso, seus efeitos são 
erga omnis, ou seja, produz efeitos para todos. 
 
Modalidades de ação para o controle de constitucionalidade 
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) 
Visa a declaração de ato normativo federal ou estadual em face 
da constituição. Para o caso, tem o Supremo Tribunal Federal 
competência originária para apreciar a referida ação. 
A competência para propor ADIn está previsto na CF/88: 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e 
a ação declaratória de constitucionalidade: 
 I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa 
do Distrito Federal; 
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - o Procurador-Geral da República; 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no Congresso 
Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito 
nacional. 
 
 
Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 
Visa declarar a constitucionalidade de uma lei ou ato normativo 
federal. Seu objetivo precípuo é afastar a insegurança jurídica ou 
incerteza sobre a validade de lei ou ato normativo federal. 
 
 
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 
O objetivo desta ação é evitar ou reparar lesão a preceito 
fundamental. 
Caberá diante de relevante fundamento de controvérsia sobre lei 
ou ato normativo federal, estadual ou municipal. Tal ação não será 
permitida se houver outro meio para reparar o dano lesivo. 
A legitimidade para propor a ADPF é a mesma prevista para a 
ADIn e ADC.

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