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mandado de segurança

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) PRESIDENTE DA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS DO ESTADO DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
 JORGE ANTONIO MAGALHÕES, brasileiro, casado, empresário individual, inscrito no CPF sob o n° 094.874.241-40, residente e domiciliado Av. Centenário, bairro: Centro, CEP: 88831-000, Criciúma/SC;
 Vem por sua advogada (procuração em anexo) propor MANDADO DE SEGURANÇA contra:
 Meritíssimo JUIZ DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL DA COMARCA DE CRICIÚMA/SC; pelas razões que passa a expor:
  DOS FATOS:
 Trata-se que o IMPETRANTE está sendo executado na ação do juizado especial da comarca de Criciúma/SC sob o n° 000232-43.2015.8.024.0020, em decorrência do inadimplemento de três duplicatas aceitas com o valor total de R$30.00,00 (trinta mil reais).
 Em despacho proferido na fase de execução, o IMPETRADO determinou ao oficial de justiça que efetuasse diligência no sentido de executar a ordem de penhora e avaliação dos bens. Ao chegar no estabelecimento comercial do IMPETRANTE, o oficial arrestou os seguintes bens: 
- 2 freezers e refrigerador horizontal metalfrio no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) cada;
- 1 balcão refrigerado Superpop no valor de R$2.300,00 (dois mil e trezentos reais);
- 1 TV colorida de “42” Philips no valor de R$ 1.900,00 (mil e novecentos reais);
- 1 forno elétrico profissional 80 litros Turbo Fast no valor de R$ 2.700,00 (dois mil e setecentos reais);
Sendo esses bens de suma importância para o impetrante manter seu estabelecimento e o sustendo de sua família. Sendo que o comercio é o seu único meio de renda, aonde tem o ponto comercial herdado do seu pai, aonde trabalha a mais de 15 anos. Não sabendo desenvolver outra atividade a não ser essa.
 Devido a esta situação o impetrante quer reformar a decisão combatida e, conceder a segurança, para sustar a penhora de seus bens.
 
  DO DIREITO:
 A conduta praticada pelo MM. Juiz do Juizado Especial da comarca de Criciúma/SC, fere o ordenamento legal - no que é direito líquido e certo do impetrante quando se diz que o mandado de segurança exige a comprovação de direito líquido e certo, está-se a reclamar que os fatos alegados pela impetrante estejam, desde já, comprovados, devendo a petição inicial vir acompanhada dos documentos indispensáveis a essa comprovação. Daí a exigência de a prova, no mandado de segurança, ser pré-constituída.
 É o que ocorre no presente caso, em que o impetrante, não pode ficar com os bens penhorado, sendo que os utensílios são de suma importância para exercer sua profissão, e manter sustento da família.
 A constituição e alguns autores traz que o mandado de segurança tem que proteger direito líquido e certo, nos seguintes pontos:
Constituição Federal – art. 5° 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
Citando Antonio Raphael Silva Salvador Osni de Souza, em “Mandado de Segurança Doutrina e Jurisprudência”, ed. Atlas, p.16: 
“Certeza e Liquidez aludem aos fatos que, previstos nas regras aplicáveis, gerem o direito alegado, ou a alegada a ausência de dever. Há certeza e liquidez quando a instrução probatória, documental, baste para revelar tais fatos”.
 Contudo, é pacífico o entendimento na doutrina e na jurisprudência acerca do cabimento do mandado de segurança para controle de atos judiciais. Neste sentido, a nova Lei do Mandado de Segurança (Lei 12.016/2009), consagrando posição já consolidada pelos tribunais, determina que
Art. 5 – Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 
I – de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; 
II – de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito sus- pensivo; 
III – de decisão judicial transitada em julgado sendo assim, do dispositivo legal depreende-se, a contrário sensu, ser cabível mandado de segurança em face de 
i) decisão judicial da qual não caiba recurso com efeito suspensivo e 
ii) decisão judicial não transitada 
em julgado.
Tendo o impetrante com vistas a proteger direito violado ilegalmente ou com abuso de poder, sendo nesse caso o juiz não fez pelo modo menos gravoso, aonde penhorou bens aonde o impetrado utiliza para o sustento de sua família.
Segundo o Código do Processo Civil:
Art. 805 Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
 
 E conforme o dispositivo do Código de Processo Cível, informa que utensílios úteis ao exercício da profissão do executado é impenhorável.
 Art. 833 São impenhoráveis:
V – os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;
 Desta forma, nobre julgador, vem o impetrante a presença deste juízo requerer que seja concebido seu pedido de mandado de segurança.
DO PEDIDO DE LIMINAR:
 Conforme já demonstrado pelo impetrante que seus bens de exercício da profissão são impenhoráveis pois compromete a sua situação não podendo trazer sustendo a sua família, aonde depende exclusivamente dos bens penhorado.
 O art. 7º, inciso III, da Lei 12.016/2009, dispõe que a liminar será concedida, suspendendo-se o ato que deu motivo ao pedido, quando for relevante o fundamento do pedido e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida.
O deferimento liminar da segurança, INALDITA ALTERA PARS, se faz necessário ante a ofensa ao direito líquido e certo e o perigo da demora. 
 DOS PEDIDOS:
Ante o exposto, requer: 
 a) seja concedida a liminar, a fim de suspender a ordem de arresto e liberar os bens, sob pena de restar fatalmente comprometido o mérito do provimento judicial pretendido;
 b) A notificação da autoridade coatora para apresentar informação;
 c) Certificação do órgão de representação jurídica.
 d) Intimação do Eminente Membro do Ministério Público para o que lhe competi, tomar as providências legais.
 e) seja examinado o mérito, para conceder-lhe definitivamente a pretendida liberação dos bens penhorados, por ser os atos manifestamente contrários ao ordenamento jurídico, e praticados contra os princípios constitucionais;
 f) condenar a autoridade apontada como impetrado a pagar as custas processuais;
 g) Concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita nos termos das Leis 1.060/50 e 7.115/83 e art. 98 cpc.
 h) protestar por todas as provas;
	 Dá-se à causa o valor de R$ 11.900,00 (onze mil e novecentos reais reais).
 Nestes termos,
 Pede deferimento.
Criciúma, 16 de maio de 2016.
 xxxxxxxxxx
 OAB/SC 13.981

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