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Caso Clínico: Estágio de Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia I Luana Machado Viveiros Dados pessoais Nome: A.L.N.F. Data de nascimento: 12/02/1965; Idade: 52; Sexo: F; Ocupação: Servidora no cemitério municipal; Estado civil: casada. Anamnese Diagnóstico médico: cervicalgia (artrose) Queixa principal: dor na região cervical e torácica H.D.A: Queixa-se dessa dor há muitos anos devido principalmente de atividade laboral (seu trabalho consiste em quebrar lápides - ocasionalmente - e escrever durante cerca de 8h a mão), mas nos últimos 5 anos houve uma piora significativa, sendo que a dor não mais regride completamente com o repouso, sente dificuldade em atividades que exigem flexão de ombro acima de 90 graus (estender roupas), referindo fraqueza e formigamento em MMSS. Relata zubido “dentro da cabeça” e dores de cabeça. Anamnese H.D.P.: Diabetes tipo 2 (2013), Hipotireoidismo (2007), hiperuricemia (2015), Asma; Medicamentos: Metformina, Alopurinol, Levotiroxina; Exames Complementares: 5/10/15 - Rx: osteoartrose das articulações zigoapofisárias dorsal, esclerose óssea dos planaltos vertebrais e osteófitos anteriores relacionados a discopatia. Anatomia cervical Corpos pequenos; Os processos transversos de C2 a C6 são póstero-laterais ao forame transverso (estrutura por onde passa a artéria vertebral, a veia vertebral e o nervo vertebral); Grande ADM e pequena estabilidade; Espaço estreito da canal espinhal e forame transverso. (DUTTON, 2010) Anatomia cervical Articulação zigoapofisária: Articulação sinovial com cartilagem hialina; A faceta superior apresenta-se voltada para cima e posteriormente enquanto a faceta inferior para baixo e anteriormente; Na zona média da cervical essa articulação permite grande ADM, enquanto mais próximo da junção cervicotorácica é menor. (DUTTON, 2010) Artrose zigoapofisária dorsal Processo crônico, com desenvolvimento osteofitário caracterizada como degenerativa; Desidratação do NP o que reduz seu volume e distensão do AF lateralmente; Aumento do estresse mecânico nas articulações uncovertebrais e facetas. (ANTÔNIO, PERNANBUCO; 2014) Artrose zigoapofisária dorsal Aparecimento acima dos 40 anos, quase unanimidade após os 70 anos; Sintomas: dor, restrição de movimento; A dor pode ser referida em região póstero-lateral de pescoço, área escapular, ombro e MS; A dor ocorre devido aos discos prolapsados que estreitam o forame vertebral; Com a compressão de raízes nervosas os sintomas de dor, adormecimento, parestesias, fraqueza muscular e alteração de reflexos; (ANTÔNIO, PERNANBUCO; 2014) Artrose zigoapofisária dorsal (DUTTON, 2010) Esclerose óssea dos planaltos vertebrais Aumento da densidade óssea; Estruturas que suportam o peso são mais afetadas; Decorre de um desgaste da cartilagem, que está associado ao aumento do atrito entre as partes ósseas. (SAÚDE E FITNESS, 2012) Osteófito anteriores Crescimento anormal do osso; É uma formação adaptativa causada pela ação da gravidade, quando essa excede a capacidade de resistência; (ZAVANELA et al., 2008) Exame Físico Inspeção: normal; Perimetria/medidas de comprimento: Medida real de MI - E 79,5cm - D 78,5cm. Medida aparente de MI - E e D 78cm. ADM ativa Flexão cervical 20 65 Extensão cervical 20 50 Inclinação cervical E 22 - D 38 40 Rotação cervical E 28 - D 26 55 Flexão lombar 18 95 Extensão lombar 22 35 Inclinação lombar E 14 - D 20 40 Rotação lombar E 30 - D 12 35 TFM Esternocleidomastóideos 3*,** Escalenos anterior, médio e posterior; longo do pescoço, longo da cabeça 3*,** Esplênio da cabeça e esplênio do pescoço 3*,** Deltóide anterior, médio e posterior (C5) 4*,** Extensor do punho (C6) 4*,** Extensores do cotovelo (C7) 5* Flexor profundo do 3 dedo (C8) 5* * achados bilaterais **limitados pela dor Reflexos e Sensibilidade Reflexos bicipital, tricipital e estilorradial = normorreflexia; Sensibilidade tátil e dolorosa testada em dermátomos (C3, C4, C5, C6, C7, C8, T1, T4) = normal. Palpação Pele tipo normal, temperatura fria; PG em quadrado lombar E, mm trapézio nas três porções. Testes especiais T. Adams: gibosidade torácica D; T. compressão cervical: +; T. separação cervical: +; T. Romberg: -; T. apoio unipodal: + (olhos abertos D 13s, E 10s - olhos fechados D 5s, E 3s); T. de força do CORE: + (manténs 5s posição devido dor torácica alta). Testes especiais T. de estiramento do nervo mediano: +; T. de estiramento do nervo radial: -; T. de estiramento do nervo ulnar: -; T. de Adson: -; Manobra de Valsava: -. Diagnóstico fisioterapêutico Quadro álgico em cervical e torácica alta; Diminuição da ADM ativa de coluna cervical e torácica; Diminuição da força dos músculos da região cervical, deltóide, flexores do cotovelo, extensores do punho; Redução do equilíbrio e propriocepção; Encurtamento neural do nervo mediano; Desalinhamento postural. Objetivos e condutas Reduzir quadro álgico: Fonte: Google Imagens Objetivos e condutas Aumentar ADM Fonte: Google Imagens Objetivos e condutas Aumentar força de músculos fracos Fonte: Google Imagens Objetivos e condutas Melhorar o alongamento neural: N. mediano. (KISNER, COLBY, 2005) Objetivos e condutas Melhorar equilíbrio e Propriocepção. Fonte: Google Imagens Objetivos e condutas Melhorar alinhamento postural Fonte: Google Imagens Referências DUTTON, Mark. Fisioterapia ortopédica: exame, avaliação, intervenção. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. ANTÔNIO, Sílvio Figueira; PERNAMBUCO, Roberta de A. Diagnóstico diferencial das cervicalgias. RBM Rev Bras Med [Internet], 2014. FTNESS, Saúde e. Esclerose do quadril. Disponível em: <http://saude-info.info/esclerose-do-hip.html#comments>. Acesso em: 27 març. 2017. KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn Allen. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 4. ed. Barueri: Manole, 2005. ZAVANELA, Plínio Marcos et al. Incidência de osteófitos na coluna vertebral. Rev Med, São Paulo, v. 87, n. 2, p.148-153, jun. 2008.
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