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Direito Civil II 23

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Direito Civil II 23/08/2016
Obrigações (Dever) Vêm sempre carregadas de um dever.
Anotações: No sentindo jurídico sempre que se falar em obrigação deve-se pensar em uma prestação.
Obrigações Jurídicas = Prestação
Dar = entregar 
Fazer -> exigida do credor para o devedor
Não Fazer
Normalmente a obrigação é uma via de mão dupla. Para Nelson Rosenvald a obrigação é um processo, pois há a necessidade de cumprimento de direito por ambas as partes.
Para que se configure uma relação obrigacional é necessário que a prestação tenha valor patrimonial.
Com o cumprimento da prestação tem-se a extinção da relação obrigacional. (Ela existe enquanto durarem as prestações avençadas.) Pode ser extinta pelo cumprimento ou pelo não cumprimento das prestações.
Conceito de Obrigações: Obrigação é o vinculo jurídico que une duas ou mais pessoas assumindo estas a qualidade de credor e devedor em caráter transitório e com conteúdo necessariamente patrimonial (economicamente apreciável). 
Diferenças Concretas:
Obrigação ≠ Responsabilidade
Quando não se cumpre o dever originário surge a responsabilidade. A responsabilidade é a consequência do descumprimento da obrigação.
A responsabilidade pelo não cumprimento de uma prestação é exclusivamente patrimonial. (Somente seu patrimônio responde pelos seus débitos). O devedor é assegurado pelo mínimo existencial como forma de preservar a dignidade da pessoa humana.
É possível débito sem responsabilidade? 
Sim, é possível caso o debito esteja prescrito.
As dividas de jogos não autorizados tbm não possuem responsabilidade patrimonial. 
É possível ter responsabilidade patrimonial sem débito? (O meu patrimônio pode responder por uma divida que não é minha?)
Sim, no caso do fiador. Ele não é o devedor, mas seu patrimônio responde pelo debito.
Obrigação ≠ Estado de Sujeição
Está atrelado ao direito potestativo onde o titular tem o poder jurídico sobre outrem, ou seja tem o poder de modificar a esfera jurídica de outrem sem que este possa evitar os efeitos.
Obrigação ≠ Ônus Jurídico (Algo que alguém faz a fim de obter uma vantagem)
O descumprimento de uma obrigação/prestação trás como consequência a responsabilidade patrimonial.
O ônus jurídico por sua vez, caso não realizado faz com que o titular perca determinada vantagem (Ex: Descumprimento de encargo) ou careça de uma segurança jurídica (não realização de registro imobiliário). Isso porque o ônus jurídico assegura a quem o cumpre as referidas vantagens e segurança.
Figuras Híbridas (Algo que é misturado)
Direito Pessoal: 
As relações de direito pessoal sempre ocorrem entre 2 pessoas
São transitórias
Tem conteúdo patrimonial
Os efeitos se dão tão somente “inter partes”
Só existirá mediante a voluntariedade das pessoas
Atípico 
Direito Real: (Rés = coisa) Ex: Direito de Propriedade 
É uma relação de poder entre uma pessoa e uma coisa
Tem caráter perpétuo
Não há necessidade de conteúdo patrimonial 
Possui efeito “Erga Omnes” (contra todos)
Efeitos involuntários a partir do momento que se exerce o poder de uma coisa 
Típicos (Art. 1225 c.c) São taxativos, se não estiverem na lei não podem ser criados. 
OBS: Figuras híbridas são chamadas assim, pois possuem características do direito real e do direito pessoal.
Tipos de figuras híbridas
Obrigação Propter Rem (Por causa da coisa)
É aquela que advém do fato de o sujeito ser titular de um direito real, independente da sua manifestação de vontade.
*Nas dividas provenientes de obrigações ”propter rem” ou “ob rem” ou “ambulatória” ou obrigações reais o debito anterior a titularidade do direito constitui divida do antigo titular es que exercente do poder sobre a coisa. Entre tanto, esse debito tem como característica acompanhar a coisa nas mãos de quem quer que se encontre. Assim, o novo titular não pode ser considerado devedor mas, também é inevitável a conclusão de que caso ele não pague pela divida o seu imóvel responderá pelo débito. Por conta disso cabe a efetuar o pagamento e posteriormente ser ressarcido pelo antigo titular mediante ação regressiva. 
Obrigação com Eficácia Real
Ex: Art 8° da Lei 8245/91
1° Parte do art 8° da Lei 8245/91
Locador 	Locatário
 24 meses 	O terceiro que comprou o imóvel pode dar até 90 dias 
	para o locatário entregar a casa.
Após 10 meses quer vender 
Terceiro compra o imóvel 
2° parte do art. 8° da Lei 8245/91 (Exceção) 
(Clausula de vigência) Para que o novo proprietário reconheça a locação é necessário que a clausula de vigência esteja registrada/averbada junto a matricula do imóvel, pois quando a clausula é registrada possui eficácia real, ou seja, erga omnes, contra todos.
Obrigação com ônus real 
São situações jurídicas que limitam o exercício pleno de um direito real. Normalmente são limitadores do direito de propriedade. 
 É o poder de usar, gozar, fruir e dispor. 
 Alienar e doar.
Ex: USUFRUTO. Percepção dos Frutos.
*Quando o imóvel estiver em usufruto o proprietário não poderá usar e nem fruir da coisa enquanto estiver presente o usufruto, mas para que tenha eficácia contra todos (erga omnes) é necessário fazer o registro.
Fontes das Obrigações
Imediatas 
São aquelas que provêm da lei.
Mediatas: 
Contratos 
Atos unilaterais (Ex: Promessa de Recompensa caso encontre o cão. Caso alguém encontre o cachorro o ato unilateral passa a ser uma relação obrigacional, pois no momento em que alguém encontra o cachorro passa a ser o devedor (tem obrigação de entregar o cachorro) e o dono do cachorro passa a ser o credor).
Ato Ilícito (Contrario a lei, a moral e aos bons costumes) Ex: art. 186 c.c
Elementos das Obrigações
Subjetiva (credor e devedor)
Objetiva
Imaterial ou Espiritual
Modalidades das obrigações
Obrigação de dar Transferir 
 Entregar
 Restituir 
Obrigação de fazer
Obrigação de não fazer
Obrigação cumulativa/ conjuntiva
Obrigações alternativas/ disjuntivas 
Obrigação divisível
Obrigação indivisível
Obrigação solidaria
Obrigação natural
Subjetivo: Parte Todas as pessoas P.F
 P.J
 Entes despersonalizados
Condomínio 
Massa falida 
Espólio 
b) Objetivo:
 Dar	Para saber o que é o objeto mediato 
 Imediato Fazer	deve-se fazer a seguinte pergunta:
Objeto Não Fazer	O que?
 Mediato (Bem da vida que se quer) 
c) Imaterial ou Espiritual: 
É o vínculo jurídico. Vínculo Jurídico consiste no nexo ou liame que liga o sujeito a prestação fazendo com que o credor passa exigir por meio do poder judiciário que sejam excutidos bens do patrimônio do devedor para a satisfação do crédito. 
O vinculo jurídico é composto de débito e responsabilidade. Se não houver o cumprimento do liame originário o credor pode requerer do devedor a responsabilidade patrimonial.
Modalidade das obrigações: Móvel
Obrigação de dar coisa Imóvel 
 Certa é aquela que é determinada.
 Incerta é representada peloGênero e pela quantidade.
Ex: Cerveja (gênero) 20 caixas (quantidade).
Obrigação de fazer
É aquela em que o devedor se compromete a realizar um serviço de determinada tarefa em benefício do credor. 
 Fungível 
 Fazer 
 Infungível 
Fazer fungível é aquela que pode ser realizada pelo próprio devedor ou por qualquer outra pessoa.
Fazer infungível é aquela onde somente o devedor pode cumprir a obrigação, não há possibilidade de substituição pelas características pessoais do devedor.
Obrigação de não fazer 
É aquela em que alguém assume o dever de não praticar determinada conduta, não se confunde com a renúncia que é direito unilateral e a obrigação de não fazer é um direito bilateral, es que pressupõe acordo entre as partes.
Obrigação cumulativa/ conjuntiva 
Aquela em que há pluralidade de objetos cujo adimplemento somente se dará com o cumprimento de todos. O objeto vem sempre unido com a conjunção “E”.
Ex: O professor assume a obrigação de dar aulas E fornecer o material.
Obrigações alternativas/ disjuntiva.
São aquelas em que há pluralidades de objetos e o devedor estará adimplente se cumprir uma ou outra. O objeto vem unido pela conjunção “OU”.
Ex: Entregar o cão macho OU fêmea. 
Obrigação divisível
É aquela em que o objeto comporta divisão entre vários sujeitos.
Ex: R$ 100,00 para 4 pessoas R$ 250,00 para cada devedor.
Obrigação indivisível
Não comporta divisão.
Ex: O boi vivo.
Obrigação solidária
É aquela em que há mais de um credor ou mais de um devedor, cada um com direito ou obrigação a dívida toda.
Solidariedade ativa
C	Um só dos sócios poderá receber a dívida toda que pertence aos outros 
C D sócios, isso ocorre pois são credores solidários.
C
C
Solidariedade passiva
 D 
C D O credor poderá escolher de qual sócio cobrará o débito.
 D
 D 
Obrigação natural.
É aquela em que há o débito mais não há responsabilidade. No entanto, caso haja o cumprimento da prestação o credor tem o chamado direito de retenção ou “soluti retentio”.
06/09/16
Da Obrigação de dar.
Entregar-> (Geralmente diz respeito a coisa móvel) A transferência da coisa móvel se dá a partir da tradição, ou seja da entrega.
Transferir-> Normalmente diz respeito a coisa imóvel. (OBS.Tem que haver o registro para ter eficácia “erga omnes”).
Restituir (Devolver) -> Diz respeito a coisa móvel e imóvel.
Coisa Móvel objeto mediato e 
Coisa Imóvel imediato
Coisa Certa 
Coisa Incerta
Descumprimento do Devedor
 Perda da coisa certa (art.233, cc) -> Em regra o acessório segue a sorte do principal. (Princípio da gravitação jurídica). Antes da tradição. (“Rés Perit Domino)
 
Sem culpa-> (art.234, cc) Ocorre a extinção da obrigação jurídica.
Com culpa-> (art.234, in fine, cc) Tem o dever de indenizar o equivalente + perdas e danos.
Deterioração da coisa certa (art.235 3 236) 
 O credor pode pegar o dinheiro já pago de volta.
Com culpa (art.236) ou
 Aceita a coisa no estado em que se encontra.
 Credor pode extinguir ou resolver.
Sem culpa (art.235) ou
 Aceita com abatimento no preço.
OBS: Quando a deterioração ocorre com culpa o credor tem direito a indenização e quando ocorre sem culpa do devedor o credor não tem direito de requerer uma indenização.
Descumprimento da obrigação de restituir coisa certa. (art.238)
2.1- Perda da coisa restituível.
 A obrigação será extinta. 
Sem culpa (art.238)
 A lei ressalva os dtos do credor até o dia da perda.
 
 Equivalente ao valor do bem.
Com culpa (art.239) Dto a Indenização +
 Perdas e danos.
2.2- Deterioração da coisa restituível.
Sem culpa-> Sem direito a indenização.
Com culpa-> Com indenização de perdas e danos.
Art.237-> Melhoramentos e acrescidos = Benfeitorias.
Até a tradição a coisa pertence ao devedor e este poderá exigir o aumento desde que as benfeitorias sejam úteis. Poderá o credor concordar com o aumento ou discordar e sendo assim a obrigação será extinta.
Art.241
Sem despesa do devedor o credor lucra. (Sem indenização.) Se houver despesa/trabalho nas benfeitorias (tem direito de indenização), o possuidor de boa fé tem direito de retenção as benfeitorias necessárias e úteis. 
Obrigação de dar coisa incerta (art.243)
Em regra, o devedor tem o direito de escolha, devendo adotar o critério mediano, ou seja, não poderá dar coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor, ocorrendo assim a concentração que é o momento da escolha da coisa incerta tornando-a assim coisa certa.
Art.246-> “Genus Nunquam Perit”= O Gênero Nunca Perece.
13/09/2016
Obrigação de Fazer.
Conceito
O devedor se compromete a praticar algum serviço em benefício do credor.
Modalidades 
Fungível-> O devedor ou outra pessoa podem realizar a prestação avençada.
Infungível-> Somente o devedor poderá realizar a prestação avençada, em razão de suas qualidades pessoais. Salvo consentimento do credor.
Hipóteses de descumprimento pelo devedor.
 Com Culpa (art.247, cc) Perdas e Danos.
Infungível
 Sem culpa -> Extinção, sem indenização.
Fungível
- Sem culpa-> Ocorre a extinção, sem direito a indenização.
-Com culpa-> 1º Execução- art.536,cpc.
 2º Art.249, caput
 3º Urgente. Art.249, p. único (autotutela). (art.187 abuso de poder. Se a autotutela for utilizada de forma abusiva configura-se o abuso de poder).
*Urgência-> Conceito jurídico indeterminado.
2- Obrigação de não fazer (art.250)
2.1- Conceito
É aquela em que alguém assume perante outrem a prestação de não praticar determinada conduta em favor deste. 
Essa situação é diversa da prevista nas relações de direito real, haja vista que nestas há o dever geral de abstenção decorrente da própria lei.
2.2- Hipóteses de descumprimento
Sem culpa-> Extinção
Com culpa-> O credor pode exigir que o devedor desfaça, ou pedir que outa pessoa desfaça, porém isso só poderá ocorrer mediante autorização judicial. O credor terá direito a indenização por perdas e danos.
Em caso de urgência o credor poderá desfazer ou mandar desfazer desde que observadas as exigências dos artigos 187 e 186, não podendo haver abuso de poder na autotutela.
20/09/2016
Obrigações divisíveis (art.257 c.c)
- Pluralidade de sujeitos 
C1 Cada credor só receberá sua quota parte.
C2 D Ex: O devedor tem que pagar R$ 90,00, sendo assim 
C3 cada credor só terá direito de receber R$ 30,00.
 D1
 D2 C Cada devedor só pagará pela sua quota parte.
 D3Obrigações indivisíveis (art.258 c.c.) 
 Natural (Ex: Boi, Carro.)
Indivisibilidade Ordem econômica (Ex: Terreno.)
 Em razão do NJ (Ex: 100 cabeças de gado. Caso no nj fique estabelecido que essa obrigação só será cumprida caso as 100 cabeças sejam entregues à vista. Assim, perde a sua divisibilidade.) 
Ex: Carro. Em havendo pluralidade de devedores, cada um responde integralmente pela divida toda, podendo o credor ajuízar ação em face de apenas um dos devedores. O devedor que pagar pela dívida toda se sub-roga no direito de credor em relação aos demais, ou seja, poderá requerer dos demais devedores a respectiva quota parte de cada um. No caso se o carro for no valor de R$ 30.000,00 ele terá direito a receber R$10.000,00 de cada um dos outros devedores. (art. 259 c.c.)
 D1 
C D2 Devedor 2 pagou a dívida, os devedores 1 e 2 terão que devolver a ele as suas 
 D3 quotas partes, no caso R$ 10.000,00 cada um.
Ex: Carro. Em havendo mais de um credor, o devedor terá 2 opções para efetuar o pagamento, ele poderá pagar a todos conjuntamente ou então, caso consiga contato apenas com um dos credores ele poderá efetuar o pagamento a este, desde que o credor que está recebendo o valor devido dê uma caução de ratificação (garantia de confirmação) para que depois os demais credores não possam cobrar novamente o devedor a sua respectiva quota parte.
*Caução de Ratificação Cheque/ fiador/ procuração ou algum documento de confissão de dívida.
C1 
C2 D (Art.260 e 261 c.c.) 
C3
Remissão da dívida (Art.262 c.c.)
Na remissão por parte de um dos credores o devedor permanece obrigado em relação a quota parte dos demais. Em sendo a prestação divisível o devedor permanece com a obrigação em relação ao equivalente a quota parte dos demais credores. 
Ex. A, B e C são credores de D em R$ 90,00 se o credor C decidir remitir ele só poderá faze-lo com relação a sua quota parte, ou seja, R$ 30,00.
Quando o objeto mediato for indivisível, se houver a remissão por apenas um dos credores, os demais poderão demandar o devedor pelo equivalente do valor das suas respectivas quotas. Perceba-se que a prestação indivisível não será entregue por ter sido remitida, mas sim o seu equivalente econômico.
Perda da coisa Indivisível (art.263 c.c.)
Caso a coisa indivisível se perca ela se converte em perdas e danos.
Caso todos os devedores sejam culpados na perda da coisa todos responderão por partes iguais. (p.1º do art.263)
Caso apenas um dos devedores seja culpado pela perda da coisa somente ele responderá pelas perdas e danos. (p.2º do art.263)
Existem duas correntes que tratam desse assunto.
1º Corrente-> (Majoritária) O equivalente (quando houver) será ratiado por todos os devedores, cada um responderá por sua quota parte, já as perdas e danos recairá sobre o devedor culpado.
2º Corrente-> Aqueles que não deram causa na perda da coisa não responderão. Assim, somente o devedor culpado responderá pelo equivalente mais as perdas e danos.
*Os demais devedores poderão pedir as perdas e danos que experimentaram do devedor culpado pela perda da coisa.
Obrigações solidárias (art.264 c.c.)
Independentemente da natureza do objeto qualquer dos credores tem direito ao valor total da coisa e qualquer devedor poderá responder pela divida toda.
C1 Pluralidade de credores (solidariedade ativa)
C2 D Qualquer credor poderá exigir do devedor a divida toda.
C3
 D1 Pluralidade de devedores (solidariedade passiva)
C D2 Qualquer um dos devedores reponde pela divida toda.
 D3
(art.265 c.c) A solidariedade não se presume, resulta da lei ou da vontade das partes. Ex: art.154,c.c; art.585,c.c; art.932, III; art.942,p.ú.
Solidariedade Ativa
Pressupostos: -Pluralidade de credores
- Previsão legal ou no instrumento da obrigação (contrato)
*Não há solidariedade na relação interna, portanto, cada co-credor só pode exigir do credor que recebeu por inteiro a dívida sua quota parte.
A relação interna significa dizer que cada credor tem para com os outros uma obrigação interna, ou seja, caso receba a dívida de um dos devedores ele (o credor) deverá repassar para os cocredores as suas respectivas partes.
Há a solidariedade no pólo ativo da obrigação, ou seja, entre os credores. Sendo adimplido um dos credores, este, devido ao vínculo interno existente, deverá repassar a cota correspondente aos demais. Estabelecendo-se a solidariedade ativa, o que na prática acontece é a transformação dos outros credores em possíveis devedores. Afinal, todos eles têm o direito de cobrar toda a prestação, logo, tendo algum deles recebido a prestação por inteiro, pode ele não querer ou não poder fazer a divisão entre os demais.
Pontos cruciais do tema são: a morte de credor deixando herdeiros e a remissão de dívida por um dos credores.
De acordo com o art. 270 CC-02, havendo a morte de um dos credores deixando herdeiros, cada um deles só poderá exigir o cumprimento da parte da dívida correspondente ao seu quinhão hereditário. Obviamente que se tratando de uma obrigação indivisível poderá demandar toda a obrigação e repassar a parte dos demais.
Sobre a outra situação supracitada, de acordo com o art. 272 do CC-02, se um dos credores perdoar a dívida, deverá ele responder perante os outros credores pagando-lhes as partes que os caiba.
Solidariedade Passiva
Pressupostos: Pluralidade de devedores
- Previsão legal ou no instrumento da obrigação (contrato)
Como a própria nomenclatura sugere, ocorre na solidariedade passiva justamente o oposto da solidariedade ativa: o vínculo jurídico entre os devedores. Por conseguinte, cada devedor fica adstrito a execução de toda obrigação e ao credor é dada a possibilidade de demandar a dívida por inteiro de qualquer dos devedores. A escolha fica a cargo do credor, podendo o mesmo demandá-los individual ou conjuntamente. Devido a essas peculiares características, as obrigações pactuadas com tal dispositivo proporcionam um alto grau de segurança para o credor, favorecendo então a sua disseminação e importância para o Direito das Obrigações.
 Falecimento de um dos devedores solidários. Herdeiros. Art.276.
A responsabilidade dos herdeiros fica limitada dentro das forças da herança (art.1792 CC), Responsabilidade intra vires hereditaris, haja vista que não é justo que alguém responda, com patrimônio pessoal, por obrigação que não contraiu. Obviamente que, tratando-se de uma obrigação indivisível, fica obrigado o herdeiro a cumprir com toda a obrigação se só for a ele possível.
OBS : Os herdeiros do devedor solidário falecido não mantém o vínculo de solidariedade com o credor, mas tão somente relativamente aos demais devedores, ou seja, na relação interna.
Remissão e pagamento parcial – (art.275 e art.277)
O pagamento parcial reduz o credito. A remissão parcial concedida apenas reduz a divida.
Adição exclusiva – art.278
Adição exclusiva consiste em cláusula eleita por apenas um ou alguns dos devedores solidários com o credor que modificam a relação obrigacional sem o consentimento dos demais. A exclusividade tem como efeito a incidência da adição apenas sobre o devedor que assim contratou.
Inadimplemento da obrigação, perdas e danos – art.279
Caso haja deterioração ou impossibilidade de pagamento da prestação por parte dos devedores, pelo equivalente respondem todos, qualquer um podendo ser demandado pelo credor, já as perdas e danos sofridos pelo mesmo só podem ser cobradas do(s) credor(es) culpado(s). Sendo assim, caso a deterioração da coisa seja provocada sem culpa de nenhum dos devedores, a obrigação será extinta.
Mora/atraso no cumprimento da obrigação – art.280
Em se tratando de atraso no cumprimento da obrigação dando ensejo ao acréscimo de juros de mora, todos os devedores poderãoser demandados pelo valor total (principal+juros). No entanto, aquele que pagar poderá voltar-se contra o devedor que deu causa à mora para ressarcimento integral do valor acrescido.
 Renúncia à solidariedade – art.282
A renúncia da solidariedade não implica em diminuição do valor do débito. A solidariedade é uma garantia que tem o credor de demandar um ou alguns dos devedores por parte da dívida ou pela dívida toda (art. 264 do CC). A renúncia da solidariedade apenas acaba com a garantia (Haftung). Assim, se tivermos cinco devedores solidários da importância de R$ 100.000,00, caso o credor renuncie à solidariedade com relação a todos, o valor da dívida ainda será de R$ 100.000,00, só que a obrigação passa a ser divisível e cada devedor só responderá pela sua quota-parte (art. 257 do CC).
Devedor Solidário insolvente- art.283/284
Caso um dos codevedores se torne insolvente, (suas dívidas são superiores ao valor de seu patrimônio) todos os codevedores solidários devem ratear entre si (dividir) a sua quota ao débito (Art. 283 do CC).
*É possível que na relação interna entre codevedores solidários haja um devedor insolvente e um devedor beneficiado com a renúncia pelo credor a solidariedade. Nesse caso o fato de um deles não ser mais solidário (em razão da renúncia) não modifica o rateio da quota do insolvente, ou seja, todos os devedores à suportaram proporcionalmente a suas quotas partes.
Interesse exclusivo de um dos devedores- art.285
Na hipótese em que a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, este responderá por toda ela para com aquele que pagar.
Ex: Locatário Devedor de R$ 5.000,00
 Fiador 2 Paga a dívida toda.
Neste caso o fiador 2 na relação interna cobrará somente do locatário de acordo com o art.285.
04/10/2016
Cessão de crédito (art.286)
Conceito 
Requisitos 
Eficácia contra terceiros 
Eficácia contra o devedor
Multiplicidade de cessões (art.191 e 192)
Oponibilidade de exceções pessoais
Responsabilidade do cedente (art.295/297)
Cessão de crédito penhorado 
Conceito
Pedro deve 100 reais para Guto e Carlos deve 100 reais a Pedro...
Cedente Cedido
Pedro 100 reais Carlos
 Pedro cede o seu crédito para Guto 
Guto Guto 100 reais Carlos 
Cessionário 
A cessão de crédito é o negócio jurídico gratuito ou oneroso em que o credor transfere ao 3º o seu crédito, saindo da relação obrigacional. Essa cessão será possível quando não houver cláusula proibitiva ou quando a lei ou a natureza da obrigação permitirem. 
Requisitos da cessão de crédito:
Obrigação não cumprida
Capacidade/ Legitimidade das partes
Não é necessário o consentimento do devedor
Tem que haver a ciência do devedor. O devedor deverá ser notificado da cessão de credito, que pode ser feito judicialmente ou extrajudicial. Caso não haja a notificação a cessão será ineficaz. ( a cessão será ineficaz e não nula, art.292) 
Oponibilidade de exceções pessoais
Pedro 100 mil Carlos
 Pagou 30 mil a Pedro, ficou devendo assim 70 mil.
José José 100 mil Carlos
Segundo o art.294 eventuais defesas que o devedor tem contra o cedente, antes da cessão, só poderão ser opostas ao cessionário se quando da notificação da cessão o devedor der ciência desta ao cessionário. O silencio do devedor neste caso importará em preclusão (perda da oportunidade da alegação).
As defesas que o devedor tiver contra o cessionário poderão ser opostas independentemente da prática de qualquer ato, não se estendendo ao raciocínio anterior, aquele de informar no momento da notificação as defesas que ele possui contra o cedente. Já as defesas que possui contra o cessionário não são necessárias informar no momento da notificação.
Responsabilidade do cedente (art.295/297)
Em regra a cessão de crédito é pro soluto, ou seja, o cedente não responde pela solvência do devedor. A responsabilidade do cedente é tão somente sobre a existência do crédito. Caso o devedor não pague a dívida somente o cessionário responde, já que aceitou a transmissão, por vontade própria. Se houver alguma estipulação em contrário o cedente também responderá pela divida. (Pro solvendo) O cedente responde pela existência do crédito e pela solvência do devedor. 
OBS: Em se tratando de cessão de crédito pro solvendo o cessionário poderá demandar contra o cedente e o devedor (cedido). No entanto é importante frisar que nesse caso em que pese a pluralidade de devedores não haverá presunção de solidariedade passiva.
Penhora -> Indisponível, afetado ao pagamento do credor.
José 50 mil Pedro
 Bens do patrimônio 
 Carro Casa, bem de família 
 50 mil, nota promissória Penhorado.
Caso Juca seja o devedor da nota promissória e não saiba da penhora e assim paga a Pedro, esse pagamento será valido. Neste caso a relação obrigacional entre Pedro e Juca será extinta. Caso Juca saiba da penhora, deverá depositar em juízo, deverá fazer um depósito judicial em favor do processo nº tal.
Eficácia contra 3º e contra o devedor
A cessão será eficaz frente a 3º se feita por instrumento publico ou privado.
A cessão só vale perante o devedor quando este é notificado da mesma.
Cessão de débito ou assunção de dívida (art.299)
Conceito
É o negócio jurídico que um 3º assume a posição de devedor mediante consentimento expresso do credor.
Requisitos
Existência de uma relação jurídica pendente e válida
Consentimento expresso do credor 
Solvência do 3° art.299
Obs: Se o 3º for insolvente não ocorre a liberação do devedor primitivo.
Caso o credor saiba da insolvência e ainda assim aceita o 3º como devedor não poderá ele se voltar contra o devedor primitivo.
Comportamento consentido 
O credor tem ciência de que o 3º está cumprindo com os pagamentos, como se devedor fosse, e não se opõe.
Existem duas correntes doutrinárias que abordam esse assunto.
	1º corrente- Consentimento expresso: o credor não diz, escreve, ou expressa se aceita o 3º como devedor, mas o comportamento consentido vale como se expresso fosse.
	2º corrente- Consentimento tácito com eficácia de consentimento expresso: Segundo o prof. Caio Márcio, não há consentimento expresso, mas os efeitos são de manifestação expressa.
Ex. A CEF vende um imóvel para Cristiano, mas quem está pagando é Érick, se a caixa não se opõe trata-se de comportamento consentido, ainda que não haja o consentimento expresso os efeitos serão os mesmos.
Tipos
Por delegação- (interna) Significa que há um negócio entre o devedor e o terceiro.
Por expromissão- (externa) há um negócio entre o 3º e o credor. O devedor não tem conhecimento do negócio, não há participação do devedor.
Liberatória- ocorre quando o devedor primitivo é exonerado, sendo, portanto a regra geral.
Cumulativa- ocorre quando o devedor primitivo responde solidariamente com o 3º, não sendo, portanto liberado do débito.
Garantias especiais (art.300,cc.)
Regra- Extinção das garantias 
Exceção- Devedor concorda expressamente manter as garantias.
Invalidade da cessão (art.301,cc.)
Obs: combinar o art.301 com o 166 3 o 171.
Nulidade- neste caso restaura-se o débito, com todas as suas garantias.
Anulabilidade- Neste caso restaura-se o débito, com todas as suas garantias.
Garantias: - Devedor volta, são restabelecidas. 
 - Terceiros não voltam, não são restabelecidos (art.301- salvo se o 3º conhecia a invalidade)
Exceções pessoais (defesas pessoais)
Art.302,cc.
Imóvel hipotecado
Pedro 200 mil CEF
 24 meses hipotecada 
 Pedro vende a casa para Carlos. Tem que notificar a CEF
01/11/2016
Cessão de contrato
 Após 12 meses quer se mudar e cede a um 3º o contrato.
Locador 36 meses Locatário3º Passa a pagar o aluguel ao locador.
No caso acima o locador é o cedido (credor do R$ e devedor da posse do imóvel). O locatário é o cedente (Credor da posse do imóvel e devedor do R$). E o 3° é o cessionário que passará a ser o credor da posse do imóvel e o devedor da R$.
A cessão de contrato é o negócio jurídico no qual uma das partes denominada cedente transfere a totalidade de direitos e obrigações que possui na relação obrigacional a um 3º. Importante salientar que assim como na cessão de débito faz-se necessário o consentimento do cedido.
OBS: O que distingue basicamente a cessão da posição contratual da cessão de crédito e da assunção de dívida é o fato de a transmissão abranger simultaneamente direitos e deveres de prestar (créditos e débitos), enquanto a cessão de crédito compreende apenas um direito de crédito e a assunção de dívida cobre somente um débito.
Do adimplemento (pagamento)
- Direto
- Indireto
- Sujeito ativo: Sowens 
- Devedor 
- Representante legal
- Representante convencional
- Herdeiros
- Cessionário do débito
- Terceiro Interessado
 Não interessado 
Adimplemento- Consiste no pagamento de determinada obrigação. O pagamento é um direito subjetivo do devedor, pois ele tem o direito de se ver livre da obrigação. 
De forma direta- Se dá com a satisfação da prestação
- Aspectos do pagamento direto: O sujeito ativo é o sowens, que é o responsável pelo pagamento. Normalmente é o devedor, isso porque ele pode ter um representante legal, como por exemplo, o condomínio que está devendo, quem realizará o pagamento será seu representante legal (o sindico). O devedor poderá ter o chamado representante convencional, onde alguém transfere seus direitos a outrem, como no contrato de comodato. Os herdeiros tbm podem ser sowens , porém somente respondem intra vires hereditaris, ou seja, só pagará a dívida do devedor falecido casa este tenha deixado herança. O cessionário do debito tbm pode ser sowens, caso assuma uma dívida de 3º passará a ser o sujeito ativo do pagamento.
Terceiro- Todo aquele que não faz parte da relação. A principio ele não tem nada haver com determinada relação obrigacional, mas a lei permite que ele (3º) possa ser o sowens da relação. Art.304.
- Terceiro interessado: Possui interesse jurídico, que consiste na possibilidade de interferir na sua esfera jurídica. 
Caso o credor se opuser a receber a dívida do 3°, este poderá fazer a consignação em pagamento (um depósito), que pode ser extrajudicial ou em ação judicial. Quando o 3º interessado paga a dívida ele sub-roga nos direitos do credor, ou seja, ele passa a ser o credor da dívida.
Ex.
Credor Devedor
 Garantias 
Fiador Hipoteca (imóvel) 
 Penhor (carro)
Caso o fiador (3º interessado) pague pela divida ele se sub-roga nos direitos de credor.
Fiador Devedor
 Garantias
Penhor Hipoteca 
- Terceiro não interessado: Possui apenas interesse moral. 
Em regra o 3º interessado que paga não sub-roga nos direitos do credor, salvo no caso de sub-rogação convencional nos moldes do art.347,I.
O 3º não interessado paga em nome próprio e não em nome do devedor. Tem o direito de reembolso do que pagou através de uma ação de regresso (action in rem verso).
O 3º não interessado pode tbm pagar em nome do devedor através da consignação em pagamento, salvo oposição do devedor. Quando o 3º não interessado paga em nome do devedor, ele (o 3º) não terá direito a reembolso, pois ele fez um ato de mera liberalidade.
OBS: Art. 306: A jurisprudência entende que esse art. aplica-se ao 3º interessado e ao 3º não interessado.
Sujeito passivo do pagamento- Accipens, normalmente é o credor. Pode ser o representante legal, como por exemplo, pensão alimentícia. Pode ser tbm o representante convencional, que é o caso da imobiliária, que é o representante do dono do imóvel. Temos tbm o credor putativo, que está diretamente ligado a teoria da aparência, ou seja, o credor aparenta ter legitimidade para receber mas não tem. O pagamento feito ao credor putativo será valido caso o devedor esteja de boa fé.
OBS: ver os arts.310, credor incapaz de quitar e art.312 penhora o devedor ciente da penhora que paga ao credor deve pagar novamente.
Objeto do pagamento-Normalmente é a prestação avençada.
Art.313- Principio da Identidade da prestação, ou seja, o credor não é obrigado a aceitar prestação diversa da que lhe é devida. Se o credor aceitar a prestação diversa dá-se a dação em pagamento que é a entrega da coisa diversa.
Dívidas em dinheiro
- Principio do nominalismo (art.315)
O Código Civil adotou o princípio do nominalismo, pelo qual se considera como valor da moeda o valor nominal que lhe atribui o Estado, no ato da emissão. Assim, o devedor de uma quantia em dinheiro libera-se entregando a quantidade de moeda mencionada no contrato ou título da dívida, e em curso no lugar do pagamento, ainda que desvalorizada pela inflação.
Valor nominal significa que o valor aposto na moeda.
Moeda corrente, tem o chamado curso forçado, ou seja, nenhum credor pode se recusar a receber o valor pago em moeda corrente no país. 
- Cláusula de Escala Móvel (art.316)
Uma das formas de combater os efeitos maléficos decorrentes da desvalorização monetária é a adoção da cláusula de escala móvel, pela qual o valor da prestação deve variar segundo os índices de custo de vida. A escala móvel ou critério de atualização monetária, que decorre de prévia estipulação contratual, ou da lei.
- Moeda estrangeira: Nulidade art.318
Quitação (art.319, art.320, art.321, art.322, art.323)
- Art.321 Quitação devolução do titulo da obrigação.
Ocorre nos títulos de crédito (cheque, nota promissória e duplicata)ao portador chamado assim, pois o sujeito que estiver com aquele titulo em mãos é o credor. (A característica principal dos títulos de crédito são a sua circulabilidade e abstração, ou seja, não interessa o porquê o titulo de crédito foi emitido). 
A quitação se dá com a devolução do título, pois caso o credor receba e continue com o título de crédito pode ocorrer a circulação e o devedor pagará novamente. A devolução é a garantia para parar a circulação do titulo.
Título de crédito perdido- o credor deverá fazer uma declaração por escrito no sentindo de que não utilizará o título, caso contrário o devedor poderá reter o pagamento. A doutrina por sua vez entende que o devedor poderá exigir em prol de sua maior segurança que seja proposta uma ação anulatória de título ao portador com ciência por edital de todos os interessados, com isso a sentença prolatada substituirá o título perdido, sendo assim o devedor paga a dívida ao credor e este último entrega a sentença ao devedor como uma substituição do titulo de crédito.
Ana (emitiu o cheque) Cristiano (Perdeu o cheque) Ray (Acha a cheque)
 
 Erick
Ray paga a Erick com o cheque achado e este dá a quitação da dívida a ela. No dia do vencimento do cheque, Erick se volta contra a Ana para receber e ela o informa da ação anulatória de Cristiano. Mesmo sendo 3º de boa fé Erick não poderá cobrar de Ana, devendo assim se voltar contra Ray.
- Art.322 Pagamento em prestações periódicas presunção da quitação.
 Prest. Única de execução continuada (não se renova a cada mês)
Quotas Periódicas 
 Prest. Autônomas (é renovada a cada mês)
Nas prestações autônomas a quitação de uma parcela não presume a quitação das anteriores.
- Art.323 Quitação total capital + juros.
Se não houve ressalva, entende-se que a dívida foi totalmente quitada, capital + juros.
Lugar do pagamento art.327
Em regra o pagamentoé feito no domicilio do devedor, trata-se de uma dívida quesível ou quérable, ou seja, o credor é responsável por procurar o devedor para haver o seu pagamento.
Entretanto, a dívida também pode ser portável (ou portable), quando o devedor precisará dirigir-se ao domicílio do credor para se isentar da obrigação, passando a ser sua a responsabilidade de provar que ofereceu a prestação ao credor. Essa hipótese ocorrerá caso haja convenção entre as partes, em decorrência da natureza da obrigação ou se houver imposição legal. É nesta última hipótese que se encaixa a obrigação decorrente da cobrança de mensalidades escolares, bem como despesas condominiais. Por ser uma dívida portable decorrente de imposição legal, o dever de pagar é automático, não havendo necessidade de o credor efetuar qualquer exigência. 
Art.328 Bens imóveis: A transferência de propriedade se dá através do registro, que só é feito no local da situação da coisa.
Art.327 Convenção das partes: Eleição de mais de um local para o pagamento, na data do vencimento o credor é quem escolhe o local do pagamento.
Art.330
Locador casa (30 meses) Locatário
O local do pagamento é na casa do locador, no 12º mês o locatário passa a trabalhar no mesmo prédio que o locador. Com a concordância do locador o locatário passou a pagar o aluguel no local de trabalho (local diverso do pactuado), no 29° mês o locador se recusa a receber em seu local de trabalho e pede para que o locatário cumpra o que está no contrato. Mas de acordo com o art.330 o locador não pode exigir essa situação, com base no principio da boa fé objetiva, art.422, que veda o comportamento contraditório. ( Vemite Contra Facum Proprio) Para o locatário ocorre a surrectio: O ganho. Já para o locador ocorre a Supressio: Surpresa.
Tempo do pagamento (art.331)
Em regra o pagamento deve ser imediato, efetuado à vista.
Existem também as exceções: Pagamento continuado, em atos sucessivos. E a diferida pagamento em momento único e posterior ao momento da celebração da obrigação.
- Vencimento antecipado da prestação continuada e diferida (art.333) 
Este art.333 trata da saúde financeira prejudicada do devedor.
-Falência : Somente devedor empresário. Quando o devedor não for empresário trata-se de insolvência civil.
-Garantia fidejussória: Fidúcia- Confiança -> Fiador.
Caso a garantia se tornou insuficiente o credor poderá cobrar antecipadamente. O devedor é intimado a reforça-las e, se não puder antecipa o pagamento.
Meios indiretos de extinção das obrigações
Consignação em pagamento (art.334)
É o meio indireto da extinção da obrigação em que o credor causa dificuldades ao devedor para o cumprimento da obrigação fazendo com que aquele deposite a coisa ou o valor em banco oficial.
Essa consignação em pagamento que nada mais é do que um deposito em juízo pode ser judicial ou extrajudicial.
 Banco do Brasil
Banco Oficial
 Caixa Econômica Federal
O banco que receber o dinheiro irá intimar o credor para que este se manifeste em 10 dias. O credor pode aceitar ou reusar o deposito. Caso o credor aceite o deposito a relação será extinta. Caso o credor recuse o deposito o devedor terá que partir para via judicial através de uma ação de consignação em pagamento.
22/11/2016
Consignação em pagamento (continuação)
Ocorre com a mora do credor, ou seja, quando o credor se nega em receber o pagamento.
Mora ≠ inadimplemento: A mora é o atraso no pagamento enquanto o inadimplemento é a falta de pagamento.
A consignação em pagamento pode ser de duas espécies: Extrajudicial ou Judicial.
Na consignação em pagamento extrajudicial o devedor deposita o valor devido num banco oficial. O banco vai intimar o credor por AR para que no prazo de 10 dias o credor se manifeste, podendo este aceitar ou recusar o deposito. Caso aceite a obrigação será extinta, mas se no prazo de 10 dias o credor recusar o pagamento, deverá ter inicio a consignação em pagamento judicial. Tem o prazo de 1 mês para o credor se manifestar e tem natureza decadencial.
Caso o credor silencie: (art.539 do CPC) O devedor será liberado da obrigação importando como aceitação do credor sendo assim a obrigação será extinta.
Na consignação em pagamento judicial o devedor tem que entrar com uma petição inicial, que deve demonstrar a ocorrência de uma das hipóteses de cabimento (art.335), ou seja, o porque está fazendo a consignação, precisa fazer o requerimento de deposito. O juiz mandará que o cartório faça uma guia para que o devedor consiga fazer o deposito, após o deposito cessam os ricos da coisa se perder, se deteriorar etc, e os acessórios, ou seja, juros e multa contratual. (art.337) 
Obs: O rol do art. 335 é um rol exemplificativo, ou seja, pode haver outras formas de cabimento que não estão presentes no art.335.
Caso o pedido seja julgado improcedente o devedor está em mora, em atraso desde o dia do vencimento.
- O depositante pode se arrepender do deposito (artigos 338 à 340)
Na consignação extrajudicial o devedor pode requerer o deposito.
Na consignação judicial caso o credor já tenha aceitado o deposito e o devedor se arrependa é possível que este ultimo levante o deposito, para que isso aconteça é necessário que o credor aceite. Caso o credor concorde com isso perderá a preferencia e as garantias, logo desobrigados ficam os codevedores e os fiadores que não tenham anuído. (art.340)
Depois de julgado precedente o deposito e o devedor se arrepender só poderá requerer o deposito caso os codevedores e fiadores concordarem. (art.339)
Sub-rogação (art.346)
Credor Devedor
 Na sub-rogação, tudo o que este credor tinha, (direitos, garantias e privilégios) contra o 
 devedor passa automaticamente para o 3º que se sub-rogou.
3º Irá substituir os direitos do credor. (art.349)
- Sub-rogação pessoal: Substituição do credor por um 3º. (substitui pessoa por outa pessoa)
-Sub-rogação real: Substituição de uma coisa pela outra.
 Legal (art.346)
Sub-rogação
 Convencional (347)
Na sub-rogação legal é a lei quem diz quando ocorre a sub-rogação. Opera de pleno direito é automático, não é necessário a representação das partes. (Ope legis) O art.346 tem um rol taxativo, ou seja, somente nestas 3 hipóteses ocorrerá a sub-rogação automática.
Também é possível ocorrer sub-rogação fora das hipóteses do art.346. Entretanto há nesse caso a necessidade de convenção expressa nesse sentido, não ocorrendo por tanto de forma automática, dá-se então a sub-rogação convencional.
Sub-rogação ≠ Cessão de credito: A principal diferença entre cessão de crédito e pagamento com sub-rogação é que neste ocorre, como o próprio nome sugere, o pagamento da obrigação, ao contrário daquele em que apenas é modificado o titular do crédito.
Dação em pagamento (art.356)
É um meio indireto de extinção da obrigação em que o credor aceita receber prestação diversa da pactuada. 
 Prestação diversa da que foi pactuada.
Requisitos 
 Concordância do credor.
Art.359: Na dação em pagamento caso o credor que aceitou coisa diversa da pactuada a perca por evicção tem como consequência o restabelecimento da obrigação antes extinta, pois a quitação dada não produz os seus regulares efeitos. É como se nunca tivesse havido qualquer espécie de pagamento.
Evicção: Perda de um bem pelo adquirente, em consequência de reivindicação feita pelo verdadeiro dono.

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