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Padrões monetários internacionais Economia Monetária Profa. Cristina F. B. Reis Janeiro, 2014 SUMÁRIO • Padrões financeiros internacionais – Evolução dos padrões – Discussão sobre andamento da produção e do comércio Entrega dos trabalhos 8. Padrões monetários internacionais Padrões Monetários Internacionais • O sistema capitalista internacional parece caminhar para maior polarização – divergência entre taxas de crescimento do produto e níveis de renda per capita dos diferentes • Motivo: efeitos cumulativos das enormes assimetrias entre os países centrais e os periféricos (MEDEIROS & SERRANO, 1999( • 3 aspectos de assimetria, a saber: – a) o poder militar , b) o controle da moeda e finanças internacionais e c) o controle sobre a tecnologia e progresso técnico (Cardoso de Mello(1997)). Cenário do comércio e da produção internacionais a)Os países de renda média-alta são aqueles em que a participação da manufatura no valor adicionado é mais elevada, enquanto os países de renda alta são aqueles que possuem uma participação mais reduzida. FONTE: UNDATA. Cenário do comércio e da produção internacionais B) a participação do investimento no valor adicionado é mais estável para os países de renda alta, mas tem sido mais elevada para os países de renda média-alta. FONTE: UNDATA. Cenário do comércio e da produção internacionais C) A indústria de transformação permanece sendo o setor mais importante no comércio internacional de mercadorias. Participação evoluiu de 64,0% em 1981-1985 para 71,7% em 2006-2010. FONTE: UNDATA. Cenário do comércio e da produção internacionais d) Poucos países apresentam sistematicamente um peso da manufatura acima da parcela mundial: apenas 17, entre mais de 200 (Áustria, Bangladesh, Suíça, Alemanha, Espanha, Finlândia, França, Reino Unido, Hong Kong, Israel, Itália, Japão, Coréia, Macau, Portugal, Suécia e Estados Unidos). FONTE: UNDATA. Cenário do comércio e da produção internacionais E) Os países com níveis de renda per capita mais elevados em geral são exportadores de manufaturas. Mas há exceções, como as economias especializadas em RN dos Emirados Árabes, Holanda, Irlanda, Canadá, Austrália, Noruega. FONTE: UNDATA. Cenário do comércio e da produção internacionais F) Em cerca de 80 países a parcela dos RN e alimentos nas exportações se elevou recentemente em relação ao quinquênio anterior. Incluindo tanto países extremamente pobres (Butão, República Central Africana, Mongólia), quanto países industrializados de renda alta e média como África do Sul, Brasil, Canadá, Colômbia, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, Hong Kong, Indonésia, Malásia, México, Nova Zelândia, Rússia. FONTE: UNDATA. Cenário do comércio e da produção internacionais G) Aumento dos preços de algumas commodities vis-à-vis os das manufaturas no comércio internacional. FONTE: CARNEIRO, 2012. Cenário do comércio e da produção internacionais H) Os países que têm maior parcela do valor adicionado doméstico correspondente à agricultura, extração e pesca relativamente aos outros países estão entre os mais pobres do mundo: Afeganistão, Burkina Faso, República Central Africana, Comoro, Etiópia, Gana, Camboja, Laos, Libéria, Mali, Mianmar, Moçambique, Malaui, Nigéria, Nepal, Papua Guiné, Ruanda, Ilhas Salomão, Serra Leão e Congo. FONTE: UNDATA. Cenário do comércio e da produção internacionais i) Desenvolvimento econômico pode envolver também expressiva produção de excedente exportável em recursos naturais: os países desenvolvidos têm alta participação nas exportações tanto de manufaturas quanto de recursos naturais, mesmo que o perfil exportador seja concentrado no setor industrial. FONTE: UNDATA. Cenário do comércio e da produção internacionais J) Nos poucos países que tiveram crescimento sustentado da renda e ampliaram sua participação na divisão de trabalho internacional entre 1980 e 2010, houve diversificação produtiva e exportadora. Esse parece ter sido o caso da China, Tailândia, Malásia e Indonésia. FONTE: UNDATA. Cenário do comércio e da produção internacionais L) O dólar continua sendo a principal moeda das reservas internacionais FONTE: FORBES. Padrões monetários internacionais Os dados confundem a teoria: • Como um país pobre pode se desenvolver hoje em dia? • Que tipo de produção? Que tipo de comércio? • A produção industrial é solução para o desenvolvimento? • Existe maldição dos recursos naturais? • Como receber um “convite” para o desenvolvimento? • O novo cenário de globalização produtiva e financeira requer novas teorias de comércio internacional e desenvolvimento? • Se todos ao países diversificarem, como será o comércio? • Como crescer sem agredir o meio-ambiente? Cenário do comércio e da produção internacionais Tudo isso é muito complexo... Padrões monetários internacionais Vamos tentar nos ater a essas perguntas: 1. Quais foram os padrões financeiros e produtivos internacionais? 2. Diante do cenário atual, o que esperar? Padrões monetários internacionais • A ampliação ou mudança na hierarquia dos países do centro, o crescimento acelerado e a diminuição do atraso relativo dos países da periferia são processos que pouco ou nada tem de automáticos • Dependem, em cada período histórico: – de estratégias internas de desenvolvimento dos Estados Nacionais. – das condições externas. Padrões monetários internacionais • Preâmbulo de Economia Política Internacional: – Visões de hegemonia: liberal, realista, marxista – Teoria dos ciclos hegemônicos – Teoria dos ciclos tecnológicos Padrões monetários internacionais • MEDEIROS & SERRANO (1999): “Nosso ponto de partida é o de que em cada momento da evolução do sistema monetário internacional, com a exceção (dentro de certos limites) do país central que emite a moeda dominante , em todos os demais países que tentam se desenvolver o papel dos condicionantes externos aparece de forma objetiva no fato de que estes tem sempre que enfrentar e resolver seu problema de balanço de pagamentos”. • A oportunidade para o crescimento depende de, em cada período histórico, dois determinantes da natureza da restrição externa – as características gerais do regime monetário internacional e em particular a forma pela qual o país central opera o padrão monetário internacional – a orientação geopolítica da(s) potência(s) dominante(s). Padrões monetários internacionais • O país que emite a moeda de curso internacional não está diretamente sujeito à no BP • Desempenha um papel fundamental no controle da expansão da demanda efetiva e da liquidez internacional, influenciando a divisão internacional do trabalho =>criação e expansão dos mercados => viabilização de seu financiamento • Ambos dependem da geopolítica internacional, e dos conflitos entre as principais potências internacionais. Padrões monetários internacionais • Cronologia de regimes monetários internacionais: 1. O padrão ouro-libra, de 1819 até 1914 2. A tentativa de retorno ao padrão ouro-libra do fim da Primeira Guerra até os anos 30 3. O padrão ouro-dólar do fim da Segunda Guerra até 1971 4. O período de crise, entre 1971 e 1979 5. O padrão dólar flexível, de 1980 até os dias de hoje. Padrões monetários internacionais 1. O padrão ouro-libra,de 1819 até 1914 • Vantagens alegadas: – Credibilidade: papel moeda vale ouro “as good as gold” – Estabilidade do Sistema Financeiro Internacional: limita a emissão monetária – Inflação sobre controle – Aumento do fluxo de comércio e de capitais – Não limita o crescimento – Padrão apolítico: organizado exclusivamente pelo mercado • Qual a teoria monetária que o justifica? Teoria Quantitativa da Moeda (TQM): M.V = P.Y Padrões monetários internacionais 1. O padrão ouro-libra, de 1819 até 1914 • Inglaterra mantém a paridade de sua moeda em relação ao ouro • Crescente déficit comercial em mercadorias com países que se industrializam, mas grande saldo de mercadorias positivo com as colônias, especialmente a Índia • Superávits em serviços nãofatores (como fretes e seguros) e a renda líquida recebida de seus ativos no exterior compensam • TC positiva • Déficits globais na balança de pagamentos devido ao grande montante de investimentos diretos e empréstimos ao exterior Padrões monetários internacionais 1. O padrão ouro-libra, de 1819 até 1914 • Déficits no BP não envolvem perda de ouro pois dada a posição internacional da libra como ativo de reserva • A Inglaterra financia com facilidade todo o seu déficit de BP causado pela saída de capital de longo prazo, recebendo aplicações de curto prazo do resto do mundo. • Constatações empíricas que contradizem hipóteses do modelo: – Jogo de soma zero: quando um país ganha, é superavitário, outro perde, é deficitário – Acesso a jazidas desigual – não houve equilíbrio do comércio Padrões monetários internacionais 1. O padrão ouro-libra, de 1819 até 1914 • 2 padrões de crescimento: - O Modelo Agrário-Exportador e o Desenvolvimento “Para Fora” - O “Déficit de Atenção” e a Industrialização Tardia Padrões monetários internacionais 2. Tentativa de retorno do padrão ouro-libra, entre guerras • Na situação de Guerra, os países se vem obrigados a escolher entre abandonar ou não o padrão-ouro • Inglaterra passa a incorrer em déficits na TC (perde inclusive o saldo comercial positivo com a Índia) • Retorno à conversibilidade à paridade antiga, a despeito das diferenças de inflação durante a Primeira Guerra e da mudança de paridade de vários outros países. • Fracasso: – perda de competitividade industrial inglesa => déficit TC com EUA – demais países industriais impõem gradativamente obstáculos à saídas de capital de curto prazo em direção a Londres – pagamentos de reparações de guerra dos perdedores depois da guerra • resultado: ouro flui para EUA Padrões monetários internacionais 2. Tentativa de retorno do padrão ouro-libra, entre guerras • EUA não pode ser o hegemon: – obtêm vultosos saldos positivos tanto na conta corrente (inclusive na balança comercial na conta de mercadorias) quanto na conta de capitais atraindo cada vez mais o ouro do resto do mundo. – EUA aumentam suas tarifas , sobem a taxa de juros e depois ainda desvalorizam o câmbio , lançando o mundo na grande depressão. • A Crise do Crescimento “Para Fora” e o processo de “Substituição de Importações” Padrões monetários internacionais 3. O padrão ouro-dólar do fim da Segunda Guerra até 1971 • Padrão formalmente organizado: BW, 1944 – 1971 • O preço oficial do ouro em dólar é mantido fixo e o dólar substitui a libra como a moeda chave nas transações internacionais • Dólar é definido como moeda internacional e lastreado em ouro (80% das reservas já estavam nos EUA) • Reservas internacionais são em dólar • Demais moedas seriam conversíveis em dólar, inicialmente a uma taxa fixa (flexibilizadas já no final dos anos 40). • Brasil era signatário de Bretton Woods: 1US$ = Cr18,46 Padrões monetários internacionais 3. O padrão ouro-dólar do fim da Segunda Guerra até 1971 • FMI é criado para ajudar a resolver problemas no Balanço de Pagamentos dos países • Guerra Fria: via ajuda externa e através de empréstimos e investimento direto, os EUA mantêm crescentes déficits no BP. • Com a reconstrução dos demais países capitalistas centrais, os saldos comerciais e de conta corrente dos EUA são reduzidos continuamente até se tornarem negativos em 1971 • Crescimento nos países em desenvolvimento: – keynesianismo, desenvolvimento à convite – ISI, IEO Padrões monetários internacionais 3. O padrão ouro-dólar do fim da Segunda Guerra até 1971 • Anos 60, EUA: – Desequilíbrios fiscais (Guerra do Vietnã) – Desequilíbrios do BP – Inflação – Emissão de dólares sem lastro – Aumenta a liquidez internacional – Aumentam as reservas internacionais, Excesso de dólares – Altas taxas de crescimento • Emissão de dólares sem lastro gera uma corrida contra o dólar => países começam a trocar suas reservas de dólares por ouro, reduzindo o estoque de metal disponível nos Estados Unidos. Padrões monetários internacionais 4. Transição padrão ouro-dólar para dólar flexível, 1971-1979 • Realinhamento cambial se torna necessário para desacelerar o declínio relativo da competitividade dos EUA • Países centrais recusaram a proposta dos EUA de um movimento coordenado de valorização das moedas dos outros países • A solução encontrada pelos EUA para conciliar a preservação do papel internacional do dólar com seu desejo de desvalorizar o câmbio foi decretar unilateralmente a inconversibilidade em 1971, • Desvalorização do dólar começa em 1973: fim de Bretton Woods Padrões monetários internacionais 4. Transição padrão ouro-dólar para dólar flexível, 1971- 1979 • Economia mundial em grande turbulência. • A nova situação de incoversibilidade e flexibilização das taxas de câmbio dos países centrais gerou grandes ondas especulativas, • A demanda efetiva e a liquidez internacional cresciam impulsionadas tanto pela expansão acelerada da economia americana quanto pela expansão do circuito offshore do Eurodólar. • O acirramento das rivalidades entre os Estados capitalistas Padrões monetários internacionais 4. Transição padrão ouro-dólar para dólar flexível, 1971- 1979 • As taxas de juros americanas eram mantidas relativamente baixas para operar a desvalorização do dólar => negativas em termos reais, • Onda especulativa de commodities que culmina nos choques do petróleo • Explosão inflacionária jamais vista em tempos de paz nos países centrais. • O movimento especulativo foi ampliado pelo fato de que diversos países ainda mantinham restrições a fluxos de capital especulativo externo de curto prazo Padrões monetários internacionais 4. Transição padrão ouro-dólar para dólar flexível, 1971- 1979 • EUA: – Emissionismo – Desequilíbrio fiscal (excesso de gastos) – Inflação – Perda de credibilidade – Perda da hegemonia norte-americana Padrões monetários internacionais 5. Padrão dólar flexível, 1979-hj • Começa com aperto monetário • 1979: choque dos juros de Volcker (presidente do FED). • As taxas de juros nominais e reais atingem níveis sem precedentes • Combate à inflação (segundo choque do petróleo) • Retomada da hegemonia para o dólar • Inovações e desregulação financeiras que desde então vem espalhando por todo o mundo a combinação entre enormes fluxos de capitais de curto prazo e volatilidade de juros e taxas de câmbio Padrões monetários internacionais 5. Padrão dólar flexível, 1979-hj • A liberdade para fazer flutuar o dólar é a vantagens do padrão dólar flexível que permite que os EUA não “tenham” que perder competitividade real em nome da manutenção de sua preeminência financeira. • Aoutra vantagem é a eliminação completa da sua restrição externa . • EUA podem incorrer também em déficits em conta corrente permanentes sem precisar se preocupar com o fato de que seu passivo externo líquido está aumentando uma vez que este passivo “externo” é composto de obrigações denominadas na própria moeda americana Padrões monetários internacionais 5. Padrão dólar flexível, 1979-hj • Neste sistema , todo o valor dos déficits americanos na TC e no BP, na medida que os pagamentos internacionais são realizados em dólar, são total e automaticamente financiados por um influxo de capital de curto prazo idêntico ao aumento das reservas dos outros países • A vitória americana na guerra fria garantiu o sucesso da desmonetização definitiva do ouro e a redução da capacidade de contestação da liderança americana por parte dos outros Estados Nacionais capitalistas. Padrões monetários internacionais 5. Padrão dólar flexível, 1979-hj • Anos 80 e 90 • Retomada da hegemonia para o dólar: moeda forte entre 1982 e 2001 • Valorização do dólar (+ credibilidade) • Recessão nos Estados Unidos e no mundo • Redução da liquidez do sistema financeiro internacional • Crise da dívida externa • Paradigma neoclássico e Estado Mínimo – Ajuste fiscal, Controle da inflação, Crescimento do comércio e da produção Padrões monetários internacionais 5. Padrão dólar flexível, 1979-hj • Anos 2000 (a partir de 2001 – Governo Bush): – Redução de impostos (principalmente sobre as parcelas mais ricas da população) – Aumento dos gastos públicos – Desindustrialização – 2 guerras, Incentivo à economia, Desequilíbrio fiscal – Emissionismo – Fortalecimento do Euro – Desvalorização do dólar e redução da hegemonia do dólar como moeda. Padrões monetários internacionais 5. Padrão dólar flexível, 1979-hj • Crise dos Estados Unidos • Desregulamentação financeira feita desde o governo Reagan => aumento da alavancagem dos bancos, inovações financeiras → 1999: Aumento do crédito para clientes subprime (juros altos) → 2001: Bolha da Nasdaq (bolha das empresas ligadas à nova tecnologia)/11 de setembro -> Deterioram as expectativas na economia americana -> FED reage criando políticas de estímulo à economia norte-americana: 2001 – 04: redução da taxa de juros pelo FED (1% a.a.) Política monetária expansionista Aumento do crédito, do consumo, do investimento, do preço das ações, do preço dos imóveis, do preço das commodities, Refinanciamentos (utilizar imóveis quitados como garantias de novos créditos) Padrões monetários internacionais 5. Padrão dólar flexível, 1979-hj • Crises cambiais sucessivas: México, Ásia, Rússia, Brasil, Argentina • Crise de 2008: fortalecimento do dólar (corrida para o ativo tradicionalmente mais conhecido). • Crise Europeia 2010 → Reação norte-americana: • Empréstimo aos bancos (US$700bi) • Aumentam as garantias do FED (US$250 mil) • Pacote fiscal (aumento de gastos) • Emissão de moeda • Solução passa por um processo de desalavancagem: pagamento de dívidas antigas, retomada do consumo Padrões monetários internacionais 5. Padrão dólar flexível, 1979-hj Brasil: • A crise atinge o PIB de duas formas: – redução da demanda externa (X – M) – redução da poupança externa e, portanto, do Investimento (I) • Efeito amenizado: – Reservas Internacionais (200 bilhões de US$) – Sistema bancário regulado (menos exposto às flutuações externas) – Câmbio flutuante – Credibilidade – Risco Brasil – Política anticíclica Padrões monetários internacionais 5. Padrão dólar flexível, 1979-hj Brasil: Política anti-cíclica Lado monetário: • Redução da SELIC em 2009 • Redução do compulsório • Aumento do crédito do BNDES e Caixa Lado fiscal: • Redução de impostos (IPI, por exemplo) • Aumento do seguro desemprego e salário mínimo • PAC • Redução da meta de superávit primário • Expansão dos programas sociais O Comércio e a produção internacional hoje em dia Diante do cenário atual, o que esperar? • Globalização produtiva e financeira: reorganização da divisão centro/periferia • Maior fragmentação das cadeias globais de valor (CGV) ao longo dos anos até hoje, mas sob lideranças de empresas transnacionais oligopolistas • Maior velocidade e complexidade das atividades, em termos geográficos, setoriais e funcionais • Crescimento dos fluxos de IDE e financeiros em geral • Mudança de foco de cadeia para redes: A realocação esteve associada à: – Motivos técnico/econômicos: queda nos custos de comercialização e às novas tecnologias de comunicação e logística – Político/ militares: disputas geopolíticas durante a Guerra Fria e após seu final, com a ascensão de novas potências econômicas – principalmente a China. O Comércio e a produção internacional hoje em dia • Com a maior fragmentação da produção, forma tradicional de medir comércio internacional oculta relações de dependência produtiva e não explica por que a indústria de transformação não reduziu a heterogeneidade estrutural nos países em desenvolvimento • Novas tentativas de mensurar o comércio por valor adicionado (p.e.: OCDE/ OMC, UNCTAD, etc.) Balança comercial dos EUA em iphones (US$ milhões). Source: Miroudot (2011) apud OCDE/OMC (2013a). China Japão Coréia Alemanha Resto do mundo Mundo Medida tradicional -1,901.2 0 0 0 0 -1,901.2 Medida em termos de VA -73.5 -684.8 -259.4 -340.7 -542.8 -1,901.2 O Comércio internacional hoje em dia • A curva sorridente: valor adicionado ao longo da CGV. O Comércio internacional hoje em dia Índices de participação nas CGVs em 2009, indicadores para frente e para trás, dos países da OCDE (acima) e não-OCDE (abaixo), em %. Fonte: OCDE/ OMC, 2013a, p. 30. O Comércio internacional hoje em dia Valor adicionado estrangeiro das exportações por indústria, média OCDE, em 1995 e 2009 (em %). Fonte: OCDE/OMC O Comércio internacional hoje em dia • Parcelas de mercado nas exportações globais (OCDE na margem direita), em %. CGVs: indicadores • Participação das economias emergentes na indústria de transformação mundial, em termos de VA, em 1990, 2000 e 2009/2010 (em % do total). CGVs: indicadores • Participação das economias emergentes na indústria de transformação mundial, em termos de emprego, em 1990, 2000 e 2009/2010 (em % do total). CGVs: indicadores • Participação das economias emergentes na indústria de transformação mundial, em termos de emprego, em 1990, 2000 e 2009/2010 (em % do total). CGVs: indicadores Exportações por intensidade tecnológica e nível de preços, em países selecionados da OCDE e BRIICS, 2010. Parcelas do Investimento Direto Estrangeiro e do Comércio mundiais sobre o PIB mundial, de 1990 a 2011 (em %). O Comércio internacional hoje em dia • Investimentos Diretos Estrangeiros dos EUA, Europa e Japão para os BRICS, de 2003 a 2009, em US$ milhões. O Comércio internacional hoje em dia Conclusões Referências BERNANKE, B.; BLINDER, A. Credit, money and aggregate demand. American Economic Review, Nashville, v. 78, n. 2, p. 435-439, May 1988. LICHA, A. “TEORIA DA POLÍTICA MONETÁRIA .Uma abordagem a nível intermediário”. Notas de aulas, IE/UFRJ. http://www.ie.ufrj.br/hpp/intranet/pdfs/teoria_da_politica_monetaria.pdf FONSECA. M.; CURADO, M (2012). “Mecanismos de transmissão da política monetária: a visão das diferentes escolasde pensamento”. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 33, n. 2, p. 423-452, nov. 2012. SUMMA, R. (2010). Um modelo alternativo ao “novo consenso” para economia aberta. Tese de doutorado apresentada ao IE-UFRJ, 2010. CONERLY, BILL. Future of dollar as world reserve currency. 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Economia Monetária. SP: Atlas, 9ª Ed., 2005. Cap. 7. FMI. Global Financial Stability Report, abril 2013. http://www.imf.org/External/Pubs/FT/GFSR/2013/01/pdf/text.pdf PRÓXIMA AULA Prova escrita – não atrasem, por favor!
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