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Impairment - Redução ao valor recuperável de ativos

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IAS 36 / CPC 01 - (R1) – Redução ao valor recuperável de ativos
Ciências Contábeis
Redução ao valor recuperável de ativos
No IASB: IAS 36 – Impairment of Assets
No CPC: CPC 01 (R1) – Redução ao valor recuperável de ativos
Quem já aprovou o CPC 01 (R1)?
CVM: Deliberação CVM nº 639/10
CFC: Resolução nº 1.292/10
CMN: Resolução nº 3.566/08
ANS: Instrução Normativa Nº 37/09
SUSEP: Circular SUSEP nº 424/11
IAS 36 / CPC 01 - (R1) – Redução ao valor recuperável de ativos
Objetivo - IAS 36 / CPC 01
Teste de Recuperabilidade de Ativos
Assegurar que os ativos não estejam registrados contabilmente por um valor superior àquele passível de ser recuperado no tempo por uso nas operações da entidade ou em sua eventual venda.
Substitui o princípio do custo histórico como base de avaliação de ativos pelo chamado “valor recuperável”.
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Recuperabilidade de Ativos
A identificação de uma perda por redução ao valor recuperável de ativos requer a comparação do valor contábil do ativo (ou grupo de ativos) e o seu preço líquido de venda ou o seu valor em uso (dos dois o maior). 
Consequentemente, uma diferença no valor contábil do ativo pode acarretar a identificação ou não da existência de perda e/ou diferença na valoração da perda por redução ao valor recuperável de ativos.
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Definições Importantes:
Valor Recuperável - é o maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo ou unidade geradora de caixa e seu valor em uso.
Valor de Uso - é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.
Valor Líquido de Venda - é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas da baixa.
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VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS
 
Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.
 
Um ativo está desvalorizado quando seu valor contábil excede seu valor recuperável.
 
Exemplo:
 Valor contábil do ativo R$ 100.000,00
(-) Valor recuperável do mesmo ativo R$ 60.000,00
(=)Valor da perda por desvalorização: R$ 40.000,00 
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Mensuração do Valor Recuperável
 
Exemplo:
 
Valor líquido de venda de um ativo: R$ 100.000,00
Valor em uso: R$ 80.000,00
 
Então, o valor recuperável deste ativo é R$ 100.000,00.
 
Nem sempre é necessário determinar o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso. Se qualquer desses valores exceder o valor contábil do ativo, este não tem desvalorização e, portanto, não é necessário estimar o outro valor.
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Definições Importantes - continua:
Despesas de Baixa - são despesas incrementais diretamente atribuíveis à baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, excluindo as despesas financeiras e despesa de imposto de renda.
 
Perda por Desvalorização - é o valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.
 
Valor Contábil - é o valor pelo qual um ativo é reconhecido no balanço depois da dedução de toda depreciação, amortização ou exaustão acumulada e respectivas provisões para perdas.
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Definições Importantes - continua:
Unidade Geradora de Caixa - é o menor grupo identificável de ativos que gera as entradas de caixa resultantes de uso contínuo, que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.
Ativos Corporativos - são ativos, exceto ágio, que contribuem indiretamente para os fluxos de caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa sob revisão, quanto da de outras unidades geradoras de caixa.
Mercado Ativo - é um mercado onde todas as seguintes condições existem:
(a) os itens transacionados no mercado devem ser homogêneos;
(b) vendedores e compradores com disposição para efetuar a transação em um curto prazo; e
(c) os preços são amplamente acessíveis ao público.
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Periodicidade do Teste de Recuperabilidade:
A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte (período coberto pelo conjunto de demonstrações contábeis ou notas explicativas), se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização.
Se houver alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo.
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Alcance:
Abrange todos os ativos ou conjunto de ativos relevantes relacionados a todas atividades para as quais não exista pronunciamento contábil específico a respeito.
Estão fora do escopo deste CPC:
Estoques (CPC 16 -R1);
Ativos advindos de contratos de construção (CPC 17);
Ativos fiscais diferidos (CPC 32);
Planos de Benefícios a Empregados (CPC 33);
Instrumentos Financeiros;
Propriedade para Investimento mensurada ao Valor Justo (CPC 28);
Ativos Biológicos (CPC 29);
Contrato de Seguro (CPC 11); e
Ativos não Circulantes classificados como Mantidos para Venda (CPC 31).
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Recuperabilidade de Ativos
Fonte: Vendruscolo (2010)
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Recuperabilidade de Ativos
A análise da redução ao valor recuperável de ativos se aplica a todos os ativos relevantes relacionados às atividades industriais, comerciais, agropecuárias, minerais, financeiras, de serviços e outras, ou seja, a ativos classificados como:
 investimentos, imobilizados e intangíveis (de vida útil indefinida (goodwill), independente de se tratar de ativos que tenham sido registrados pelo valor reavaliado, mesmo que se encontrem disponíveis para venda ou em operações descontinuadas.
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Questões para Discussão
Identificação de ativo que pode estar desvalorizado 
Identificação da unidade geradora de caixa
Descrição do teste, Fontes internas e externas de informação
Mensuração do valor recuperável
Lançamentos contábeis
Reversão de perda por desvalorização
Ativos sujeitos ao impairment
 
Aplica-se o teste de impairment a todos os ativos ou conjunto de ativos relevantes relacionados às atividades industriais, comerciais, agropecuárias, minerais, financeiras, de serviços e outras. No caso de CPC específico que trate da matéria para alguma classe de ativos em particular, prevalecerá o CPC específico.
 
O CPC 01 (R1) não se aplica a:
 
• Estoques – CPC 16 (R1)
• Ativos advindos de contratos de construção – CPC 17
• Ativos fiscais diferidos – CPC 32
• Ativos advindos de planos de benefícios a empregados – CPC 33
• Ativo não circulante mantido para venda e operação descontinuada – CPC 31
• Ativos financeiros tratados nas normas que disciplinam instrumentos financeiros – CPC 38
• Propriedade para investimento mensurada ao valor justo – CPC 28
• Ativos biológicos mensurados ao valor justo – CPC 29
• Custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro – CPC 11
Indícios da necessidade de redução ao valor recuperável de ativos: impairment
 
- Fontes Externas: 
 
• O valor de mercado do ativo diminuiu sensivelmente.
• Mudanças significativas no ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal, no qual a entidade opera ou no mercado para o qual o ativo é utilizado.
• Aumento das taxas de juros de mercado, afetando a taxa de desconto do valor em uso do ativo e diminuindo o seu valor recuperável.
• Valor contábil do Patrimônio Líquido da entidade maior do que o valor de suas ações no mercado.
 
- Fontes Internas:
 
• Evidência disponível de obsolescência ou de dano físico.
• Mudanças significativas no modo como o ativo é ou será utilizado.
• Relatórios internos indicando que o desempenho econômico de um ativo é, ou será, pior do que o esperado.
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IAS 36 / CPC 01 - (R1) – Redução ao valor recuperável de ativos
(FCC/MPE-AM/2013) 
46. Para realizar o teste de Recuperabilidade do Ativo (Impairment), faz-se necessário determinar o valor recuperável do respectivo ativo, que pode ser definido como:
 (A) a diferença entre o valor justo e o valor contábil do ativo. (B) a diferença entre o valor em uso e o valor justo líquido de despesas de venda do ativo. (C) o maior valor entre o valor justo líquido de despesas de venda e o valor contábil do ativo. (D) o menor valor entre o valor justo líquido de despesas de venda e o custo histórico do ativo. (E) o maior valor entre o valor justo líquido de despesas de venda e o valor em uso do ativo. 
Gabarito: alternativa E
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CPC 01 - Teste de Recuperabilidade de Ativos
Caso OGX
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CPC 01 - Teste de Recuperabilidade de Ativos
Caso OGX
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CPC 01 - Teste de Recuperabilidade de Ativos
Caso OGX
Contabilização:
 
Constituição da provisão de perda por desvalorização:
 
O valor recuperável ( )de um ativo for inferior ao seu valor contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo e o lançamento contábil será:
 
D- Despesa com provisão de perda por desvalorização (DRE)
C- Provisão de perda por desvalorização (conta redutora do ativo)
 
- Reversão da provisão de perda por desvalorização:
 
Uma provisão de perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores deve ser revertida se, e somente se, tiver havido mudança nas estimativas utilizadas para determinar o valor recuperável do ativo desde a última perda por desvalorização que foi reconhecida.
 
Assim, o lançamento contábil é o inverso:
 
D- Provisão de perda por desvalorização (conta redutora do ativo)
C- Reversão da provisão de perda por desvalorização (DRE)
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Estudo de Caso: Cia Alpha
Em 1º de janeiro de 2009, Alpha adquire uma operadora de balsas que ligam o continente a uma ilha turística. A posição financeira da operadora a valor justo da operadora em 1º de janeiro de 2009 é:
A operação é por 5 anos sendo renovável e transferível. A licença foi renovada na mesma data da aquisição e está registrada pelo custo (R$ 1,5 milhões).  O valor justo da propriedade e das balsas é baseado no custo de reposição, e os motores no valor justo menos custo de venda; 
Em (mil)
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Estudo de Caso: Cia Alpha
A operação é por 5 anos sendo renovável e transferível. A licença foi renovada na mesma data da aquisição e está registrada pelo custo (R$ 1,5 milhões).  O valor justo da propriedade e das balsas é baseado no custo de reposição, e os motores no valor justo menos custo de venda;
Em 1º de novembro de 2009, o motor de uma das balsas fundiu e não tem conserto. Devido a sua idade, um motor para reposição não pode ser obtido. A capacidade de passageiros foi reduzida e o valor em uso da operadora foi reduzido para R$ 3,3 milhões.
Mesmo com a capacidade reduzida o número de passageiros se mostrou inferior ao esperado, e a administração entende que a redução no número de passageiros reflete o medo dos passageiros de novos acidentes. O valor em uso é agora em 31 de dezembro estimado em R$ 2,8 milhões. Em 31 de dezembro Alpha recebe uma oferta de R$ 1,2 milhão pela licença. Ignore qualquer depreciação/amortização
Como devemos reconhecer a perda por impairment???
IAS 36 / CPC 01 - (R1) – Redução ao valor recuperável de ativos
Estudo de Caso: Cia Alpha
Solução:
Nesse caso, segundo a IAS 36, uma perda por desvalorização econômica (impairment loss) em uma unidade geradora de caixa deve ser alocada na seguinte ordem:
1º  Goodwill;
2º  Ativos com perda identificável;
3º Proporcionalmente (baseado no valor contábil) para os outros ativos.
O valor contábil de um ativo individual não poderá ser reduzido ao menor valor entre:
Seu valor justo menos custos para vender;
Seu valor em uso (se for possível calcular separadamente); e
Zero
IAS 36 / CPC 01 - (R1) – Redução ao valor recuperável de ativos
Estudo de Caso: Cia Alpha
Solução:
Primeira desvalorização: de R$1,2 milhões (R$ 4,5 milhões – R$ 3,3 milhões)
O valor contábil dos motores deve ser baixado em R$ 500 mil, uma vez que este não vai mais gerar benefício econômico.
O goodwill de R$ 500 mil deve ser baixado.
Os R$ 200 mil restantes devem ser alocados entre os ativos proporcionalmente, menos o motor que já está pelo seu valor de venda líquido de R$ 500 mil.
Segunda desvalorização de R$ 500 mil (R$ 3,3 milhões – R$ 2,8 milhões)
Inicialmente uma perda de R$ 200 mil deve ser creditada contra o valor da licença para refletir o valor de venda líquido.
Os R$ 300 mil restantes devem ser alocados entre os outros ativos proporcionalmente.
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