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O MEIO E A MENSAGEM

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3	
  O	
  MEIO	
  (mídia)	
  
A	
  mídia,	
  segundo	
  McLuhan	
  (2003),	
  é	
  uma	
  extensão	
  do	
  homem,	
  pois	
  constitui	
  uma	
  parte	
  
natural	
  do	
  nosso	
  dia	
  a	
  dia,	
  tornando	
  possível	
  nos	
  reunir	
  e	
  compreender	
  nós	
  mesmos	
  e	
  
os	
  outros.	
  
Ao	
  analisar	
  o	
  termo	
  “mídia”,	
  identifica-­‐o	
  como	
  “o	
  recurso	
  pelo	
  qual	
  uma	
  informação	
  é	
  
transmitida,	
  ou	
  seja,	
  o	
  canal	
  ou	
  o	
  meio	
  de	
  comunicação	
  através	
  do	
  qual	
  se	
  desenvolve	
  
uma	
   comunicação”.	
  Outro	
   aspecto	
   levantado	
  pelo	
   autor	
   é	
  que	
  o	
  mesmo	
   termo	
   tem	
  
outra	
   definição	
   na	
   atual	
   situação,	
   no	
   mercado	
   e	
   no	
   dia	
   a	
   dia	
   do	
   usuário	
   de	
   novas	
  
tecnologias,	
   identificando-­‐o	
   como	
  o	
   suporte	
  em	
  que	
   será	
   replicado	
  um	
  conteúdo	
  ou	
  
toda	
  a	
  hipermídia,	
  por	
  exemplo,	
  o	
  CD	
  e	
  a	
  internet.	
  
O	
   objetivo	
   da	
   mídia	
   envolve	
   três	
   funções	
   básicas	
   na	
   comunicação	
   de	
   massa:	
   a	
  
informativa,	
  a	
  social	
  e	
  a	
  catalítica.	
  
•   Jornais	
  diários	
  impressos	
  	
  
As	
  pessoas	
  escolhem	
  seu	
  jornal	
  diário	
  baseando-­‐se	
  em	
  suas	
  próprias	
  opiniões	
  e	
  pontos	
  
de	
  vista	
  políticos.	
  Embora	
  seja	
  um	
  hábito	
  em	
  declínio,	
  muitos	
  leitores	
  ainda	
  conservam	
  
o	
  hábito	
  de	
  lê-­‐los.	
  Desde	
  os	
  anos	
  1800,	
  a	
  indústria	
  da	
  imprensa	
  foi	
  sólida	
  e	
  expansiva,	
  e	
  
o	
  papel-­‐jornal	
  se	
  tornou	
  a	
  única	
  mídia	
  de	
  massa	
  no	
  campo	
  das	
  notícias.	
  Atualmente,	
  
vemos	
  que	
  os	
  dias	
  áureos	
  do	
  jornal	
  têm	
  sido	
  “engolidos”	
  pela	
  mídia	
  eletrônica:	
  o	
  papel	
  
digital,	
  ou	
  e-­‐paper,	
  é	
  hoje	
  considerado	
  o	
  jornal	
  do	
  futuro.	
  
•   Imprensa	
  popular	
  e	
  especializada	
  
As	
  pessoas	
  escolhem	
  seu	
  jornal	
  diário	
  baseando-­‐se	
  em	
  suas	
  próprias	
  opiniões	
  e	
  pontos	
  
de	
  vista	
  políticos.	
  Embora	
  seja	
  um	
  hábito	
  em	
  declínio,	
  muitos	
  leitores	
  ainda	
  conservam	
  
o	
  hábito	
  de	
  lê-­‐los.	
  Desde	
  os	
  anos	
  1800,	
  a	
  indústria	
  da	
  imprensa	
  foi	
  sólida	
  e	
  expansiva,	
  e	
  
o	
  papel-­‐jornal	
  se	
  tornou	
  a	
  única	
  mídia	
  de	
  massa	
  no	
  campo	
  das	
  notícias.	
  Atualmente,	
  
vemos	
  que	
  os	
  dias	
  áureos	
  do	
  jornal	
  têm	
  sido	
  “engolidos”	
  pela	
  mídia	
  eletrônica:	
  o	
  papel	
  
digital,	
  ou	
  e-­‐paper,	
  é	
  hoje	
  considerado	
  o	
  jornal	
  do	
  futuro.	
  
A	
   imprensa	
   especializada,	
   por	
   sua	
   vez,	
   é	
   subdividida	
   em	
   publicações	
   horizontais	
   e	
  
verticais.	
  A	
  publicação	
  horizontal	
  refere-­‐se	
  àquela	
  direcionada	
  para	
  um	
  público	
  amplo	
  e	
  
abrange	
   vários	
   setores,	
   por	
   exemplo:	
   o	
   leitor	
   interessado	
   em	
   economia	
   lê	
   a	
   revista	
  
Exame.com	
   da	
   Editora	
   Abril,	
   também	
   direcionada	
   aos	
   interessados	
   em	
   tecnologia,	
  
negócios	
  e	
  carreira.	
  Já	
  as	
  publicações	
  verticais	
  buscam	
  leitores	
  interessados	
  em	
  apenas	
  
um	
  setor,	
  como	
  a	
  já	
  mencionada	
  revista	
  Arquitetura	
  &	
  Construção.	
  
 
Capa	
  da	
  revista	
  mensal	
  Arquitetura	
  &	
  Construção	
  e	
  da	
  Revista	
  Veja	
  da	
  Editora	
  Abril.	
  	
  
	
  
•   TV	
  
Nenhum	
  outro	
  meio	
  de	
  comunicação	
  de	
  massa	
  é	
  tão	
  influente	
  como	
  a	
  televisão,	
  que,	
  
juntamente	
   com	
   a	
   internet,	
   exerce	
   um	
   contato	
   mais	
   próximo	
   como	
   mídia	
  
propagandística.	
  Completamente	
  visual	
  e	
  de	
  uso	
  fácil,	
  os	
  comerciais	
  de	
  TV	
  transmitem	
  
emoções	
   de	
   forma	
  muito	
   diferente	
   daquela	
   de	
  outras	
  mídias,	
   combinando	
   imagens,	
  
filmes,	
  efeitos	
  sonoros,	
  música	
  e	
  locução	
  que	
  exercem	
  sentimentos	
  que	
  beiram	
  a	
  magia.	
  
•   World	
  Wide	
  Web	
  	
  
A	
   World	
   Wide	
   Web,	
   comunicação	
   pela	
   rede	
   mundial	
   de	
   computadores,	
   ou	
  
simplesmente	
   web,	
   é	
   o	
   meio	
   mais	
   interativo	
   entre	
   as	
   mídias	
   atuais.	
   Relacionada	
  
originalmente	
   a	
   uma	
   possível	
   guerra	
   nuclear,	
   a	
   internet	
   nasceu	
   como	
   estratégia	
   de	
  
descentralização	
   das	
   conexões	
   de	
   comunicação,	
   ou	
   seja,	
   uma	
   rede	
   sem	
   centro	
   que	
  
pudesse	
  continuar	
  em	
  operação	
  mesmo	
  se	
  uma	
  bomba	
  atômica	
  destruísse	
  parte	
  dos	
  
Estados	
  Unidos.	
  
Dentro	
   desse	
   amplo	
   universo,	
   o	
   conhecimento	
   torna-­‐se	
   acessível	
   a	
   uma	
   quantidade	
  
muito	
  maior	
  de	
  pessoas.	
  Foram	
  surgindo	
  jornais	
  on-­‐line	
  e	
  blogs,	
  atraindo	
  cada	
  vez	
  mais	
  
leitores	
  à	
  medida	
  que	
  as	
  referências	
  cruzadas	
  entre	
  impressão,	
  tela	
  e	
  celulares	
  é	
  cada	
  
vez	
  mais	
   comum.	
   Jornais	
  on-­‐line	
   interagem	
  claramente	
   com	
  seus	
   leitores	
  em	
  vez	
  de	
  
apenas	
   transmitir	
   conteúdo	
   para	
   eles.	
   Jornalistas	
   escrevem	
   seus	
   próprios	
   blogs	
   e	
  
publicam	
  sobre	
  assuntos	
  que	
  nem	
  sempre	
  tiveram	
  espaço	
  na	
  mídia	
  tradicional.	
  
•   Cinema	
  
A	
   história	
   começa	
   quando	
   os	
   irmãos	
   Lumière	
   projetam	
   em	
   Paris	
   um	
   pequeno	
   filme	
  
chamado	
  A	
  Chegada	
  de	
  Trem	
  à	
  Estação	
  Ciotat.	
  O	
  pequeno	
  filme	
  mostrava	
  um	
  trem	
  vindo	
  
ao	
   longe	
  e	
   entrando	
  em	
  uma	
  estação,	
   vindo	
  em	
  direção	
   à	
   câmera.	
  Os	
   espectadores	
  
reagiram	
  espantados,	
  levantando-­‐se	
  de	
  suas	
  poltronas	
  e	
  saindo	
  do	
  cinema.	
  O	
  susto	
  que	
  
o	
  público	
  tomou	
  foi	
  tão	
  grande	
  que	
  as	
  pessoas	
  imaginaram	
  que	
  o	
  trem	
  iria	
  invadir	
  a	
  sala	
  
de	
  projeção,	
  atravessando	
  a	
  tela	
  e	
  atropelando	
  a	
  todos.	
  
 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Frame	
  do	
  curta-­‐metragem	
  A	
  Chegada	
  de	
  Trem	
  à	
  Estação	
  Ciotat,	
  1895,	
  
Irmãos	
  Lumière.	
  
•   Outdoor	
  
Os	
  outdoors	
  são	
  comumente	
  divididos	
  em	
  fixos	
  e	
  móveis:	
  os	
  outdoors	
  fixos	
  são	
  aqueles	
  
enormes	
   cartazes	
   sobre	
   edifícios,	
   plataformas,	
   muros	
   etc.,	
   enquanto	
   os	
  móveis	
   são	
  
considerados	
  aqueles	
  que	
  circulam	
  em	
  ônibus	
  ou	
  veículos	
  específicos	
  (como	
  metrôs	
  e	
  
táxis).A	
  maior	
  característica	
  do	
  outdoor	
  é	
  exigir	
  mensagens	
  extremamente	
  curtas	
  e	
  que	
  
possam	
  ser	
  absorvidas	
  e	
  processadas	
  em	
  um	
  curto	
  espaço	
  de	
  tempo.	
  
 
Se	
  uma	
  forte	
  relação	
  é	
  estabelecida	
  na	
  agitação	
  das	
  cidades	
  –	
  seja	
  em	
  Nova	
  York	
  (dir.),	
  seja	
  em	
  
Kuala	
  Lumpur	
  (esq.)	
  –,	
  muros	
  e	
  calçadas	
  podem	
  provar	
  ser	
  espaços	
  eficazes	
  para	
  transmitir	
  
mensagens.	
  
	
  
•   A	
  escolha	
  da	
  mídia	
  certa	
  
Como	
   escolher	
   a	
   melhor	
   mídia	
   para	
   determinada	
   campanha	
   publicitária?	
   Quatro	
  
conceitos	
  fundamentais	
  devem	
  ser	
  considerados	
  nesse	
  momento,	
  como	
  nos	
  mostra	
  a	
  
seguir:	
  
Alcance:	
  Esse	
  conceito	
  se	
  refere	
  a	
  quantas	
  pessoas	
  a	
  empresa	
  pode	
  alcançar	
  com	
  um	
  
meio	
  específico	
  em	
  uma	
  área	
  residencial,	
  por	
  exemplo.	
  
Frequência:	
   Diz	
   respeito	
   à	
   periodicidade.	
   Um	
   jornal	
   diário	
   influencia	
   o	
   público-­‐alvo	
  
todos	
   os	
   dias,	
   enquanto	
   uma	
   empresa	
   que	
   vende	
   trajes	
   de	
   banho	
   quer	
   passar	
   sua	
  
mensagem	
  adiante	
  somente	
  pouco	
  antes	
  do	
  verão.	
  
Impacto:	
  Chamamos	
  de	
  impacto	
  a	
  força	
  comunicativa	
  e	
  o	
  efeito	
  da	
  mensagem	
  sobre	
  o	
  
mercado-­‐alvo.	
   Um	
   tabloide,	
   por	
   exemplo,	
   tem	
   uma	
   força	
   maior	
   que	
   o	
   boletim	
  
informativo	
  de	
  uma	
  organização.	
  
Tempo:	
  A	
  publicidade	
  tem	
  de	
  se	
  adaptar	
  às	
  necessidades	
  sazonais.	
  Uma	
  série	
  de	
  artigos	
  
sobre	
  pescaria	
  é	
  ideal	
  pouco	
  antes	
  das	
  férias	
  de	
  verão,	
  mas	
  uma	
  campanha	
  de	
  jaquetas	
  
acolchoadas	
  provavelmente	
  não	
  funcionará	
  no	
  calor	
  do	
  verão.	
  Também	
  é	
  importante	
  
estar	
  à	
  frente	
  de	
  seus	
  concorrentes,	
  por	
  exemplo,	
  com	
  um	
  guia	
  de	
  viagens	
  e,	
  assim,	
  ter	
  
a	
  chance	
  de	
  ser	
  visto	
  primeiro.	
  
	
  
4	
  A	
  MENSAGEM	
  
No	
  mundo	
  comercial	
  de	
  bens	
  e	
  serviços,	
  as	
  empresas	
  de	
  publicidade	
  e	
  os	
  mensageiros	
  
usam	
  suas	
  mensagens	
  para	
  suprir	
  as	
  necessidades	
  do	
  consumidor	
  com	
  seus	
  produtos.	
  
São	
  mais	
  produtos	
  que	
  necessidades,	
  por	
  isso	
  a	
  concorrência	
  é	
  acirrada.	
  
•   O	
  público-­‐alvo	
  	
  
Definir	
  o	
  público-­‐alvo	
  é	
  fundamental,	
  pois	
  facilita	
  a	
  escolha	
  da	
  mídia	
  e	
  orienta	
  para	
  o	
  
trabalho	
  criativo	
  que	
  está	
  por	
  vir.	
  
Para	
  entender	
  o	
  público-­‐alvo,	
  o	
  gerente	
  de	
  publicidade	
  deve	
  pesquisar	
  os	
  fatores	
  que	
  
envolvam	
   esse	
   estudo,	
   como:	
   idade,	
   escolaridade,	
   sexo,	
   renda,	
   lazer	
   etc.	
   Esses	
  
elementos	
   são	
   chamados	
   de	
   variáveis,	
   divididas	
   em	
   dois	
   grupos:	
   demográficas	
   e	
  
psicográficas.	
  
Quando	
  se	
  define	
  o	
  público-­‐alvo,	
  também	
  se	
  conhecem	
  seus	
  hábitos	
  de	
  mídia.	
  Agora	
  é	
  
o	
  momento	
  de	
  persuadi-­‐lo	
  a	
  consumir	
  um	
  produto	
  ou	
  serviço.	
  Para	
  tal	
  tarefa,	
  existem	
  
algumas	
  técnicas	
  de	
  argumentação	
  através	
  da	
  mensagem.	
  
Diante	
  de	
  argumentos,	
  o	
  emissor	
  toma	
  decisões	
  baseadas,	
  principalmente,	
  em	
  impulsos	
  
irracionais,	
  como	
  desejo,	
  fantasia	
  e	
  curiosidade.	
  A	
  mensagem	
  ideal	
  é	
  sempre	
  baseada	
  
em	
  um	
  argumento	
  principal,	
  pois	
   fornece	
  menos	
  contra-­‐argumentos.	
  Mas	
   se	
  houver	
  
argumentos	
  de	
  apoio,	
   a	
   regra	
   será	
   começar	
   com	
  o	
  argumento	
  mais	
   forte,	
  os	
  menos	
  
fortes	
  no	
  meio	
  e	
  o	
  restante	
  no	
  fim.	
  
O	
   que	
   importa	
   é	
   fazer	
   o	
   receptor	
   se	
   sentir	
   envolvido	
   e	
   deixar	
   que	
   ele	
   interprete	
   a	
  
mensagem	
  por	
  si.	
  
•   A	
  Mensagens	
  instrumentais	
  	
  
Mensagens	
   instrumentais	
   são	
   aquelas	
   que	
   podem	
   resolver	
   um	
   problema	
   o	
   qual	
   o	
  
receptor	
  enfrenta	
  ou	
  do	
  qual	
  tem	
  medo.	
  O	
  emissor,	
  no	
  desenvolvimento	
  desse	
  tipo	
  de	
  
mensagem,	
   cria	
   um	
   drama	
   usando	
   ideias	
   negativas	
   que	
   sejam	
   capazes	
   de	
   fazer	
   o	
  
receptor	
   se	
   identificar	
   com	
   ela	
   e	
   lembrar-­‐se	
   de	
   experiências	
   assustadoras	
   não	
  
superadas.	
  
•   A	
  Mensagens	
  relacionais	
  
A	
  mensagem	
  relacional,	
   como	
  o	
  próprio	
  nome	
  diz,	
   cria	
  uma	
   relação	
  entre	
  os	
  bens	
  e	
  
serviços	
   e	
   o	
   consumidor.	
   O	
   principal	
   objetivo	
   é	
   provar	
   que	
   determinado	
   bem	
   pode	
  
proporcionar	
  bem-­‐estar	
  ou	
  participação	
  em	
  um	
  grupo,	
  e	
  sua	
  função	
  é	
  nos	
  fazer	
  sonhar.	
  
É	
   grande	
  o	
   contraste	
   entre	
   a	
  mensagem	
   relacional	
   e	
   a	
   instrumental,	
   já	
   que	
  o	
  maior	
  
objetivo	
  desta	
  última	
  é	
  despertar.	
  Outra	
  característica	
  da	
  mensagem	
  relacional	
  é	
  estar	
  
aberta	
   a	
   interpretações,	
   pois	
   carece	
  de	
  propriedades	
   concretas	
   exclusivas	
   (a	
  mulher	
  
enrolada	
   no	
   suave	
   lençol	
   dentro	
   do	
   barco	
   permite	
   inúmeras	
   interpretações,	
   por	
  
exemplo:	
  verão,	
  quente,	
  sensual,	
  prazer,	
  entre	
  outras	
  percepções).	
  
•   A	
  Mensagens	
  testemunhais	
  
Na	
   publicidade,	
   o	
   emissor	
   transmite	
   uma	
   mensagem	
   testemunhal	
   quando	
   há	
  
necessidade	
   do	
   apoio	
   de	
   alguém	
   em	
   quem	
   confiamos.	
   Essa	
   necessidade	
   vem	
   no	
  
momento	
  em	
  que	
  precisamos	
  tomar	
  uma	
  decisão,	
  seja	
  do	
  cotidiano,	
  seja	
  de	
  grandes	
  
consequências.	
  
A	
  mensagem	
  vem	
  na	
  forma	
  de	
  depoimento	
  de	
  uma	
  testemunha	
  íntegra	
  e	
  séria,	
  como	
  
uma	
   celebridade,	
   um	
   jornalista	
   ou	
   um	
   professor,	
   que	
   seja	
   capaz	
   de	
   convencer	
   os	
  
consumidores;	
  o	
  diretor-­‐executivo	
  usa	
  essa	
  estratégia	
  para	
  alcançar	
  metas	
  de	
  qualidade	
  
e	
  benefício	
  de	
  produtos,	
  
•   A	
  Mensagens	
  comparativas	
  
Como	
  o	
  próprio	
  nome	
  diz,	
  a	
  mensagem	
  comparativa	
  busca	
  comparar	
  o	
  produto	
  com	
  o	
  
da	
  concorrência,	
  mas	
  sendo	
  clara	
  para	
  que	
  o	
  consumidor	
  perceba	
  as	
  diferenças,	
  como	
  
benefícios,	
  preço,	
  tempo	
  de	
  entrega	
  e	
  financiamento.	
  
Diante	
  de	
  características	
  cada	
  vez	
  menos	
  distintas	
  dos	
  bens	
  e	
  produtos,	
  esse	
  tipo	
  de	
  
mensagem	
  vem	
  sendocada	
  vez	
  mais	
  substituída	
  pelas	
  mensagens	
  relacionais.	
  
•   A	
  mensagem	
  noticiada	
  	
  
A	
  mensagem	
  nos	
  noticiários	
  disputa	
  a	
  atenção	
  dos	
  consumidores	
  com	
  as	
  mensagens	
  
comerciais.	
  Antes	
  de	
  ser	
  notícia,	
  um	
  acontecimento,	
  depois	
  de	
  selecionado,	
  deve	
  ser	
  
avaliado,	
   interpretado,	
   processado	
   e,	
   finalmente,	
   transmitido.	
   Esse	
   trabalho,	
  
geralmente	
   executado	
   pelo	
   editor-­‐geral	
   ou	
   pelo	
   plantonista,	
   é	
   chamado	
   mediação	
  
(gatekeepers),	
  que	
   tem	
  como	
  objetivo	
  esclarecer	
  o	
  papel	
  dos	
   jornalistas,	
   abrindo	
  ou	
  
fechando	
  determinados	
  eventos	
  aos	
  leitores	
  e	
  espectadores.	
  
O	
  processo	
  da	
  notícia,	
  além	
  dos	
  mediadores,	
  envolve	
  uma	
  infinidade	
  de	
  profissionais:	
  
correspondentes,	
  banco	
  de	
   imagens,	
   fotógrafos	
  e	
   repórteres.	
  Dessa	
   forma,	
  podemos	
  
dizer	
  que	
  a	
  mensagem	
  jornalística	
  abrange	
  dois	
  tipos	
  de	
  encenação:	
  a	
  dramática	
  e	
  a	
  não	
  
dramática.	
  
•   A	
  mensagem	
  dramática	
  	
  
O	
   traço	
   principal	
   da	
   mensagem	
   jornalística	
   dramática	
   é	
   o	
   conflito,	
   e	
   o	
   contrário,	
   a	
  
mensagem	
  sem	
  conflito,	
  muitas	
  vezes,	
  é	
  rejeitada.	
  Dessa	
  maneira,	
  poderíamos	
  dizer	
  que	
  
os	
  leitores	
  se	
  interessam	
  mais	
  pelo	
  conflito	
  do	
  que	
  pela	
  notícia,	
  pois	
  ele	
  é	
  capaz	
  de	
  atrair	
  
os	
   telespectadores,	
   lançando-­‐os	
   para	
   dentro	
   da	
   ação,	
   como	
   uma	
   espécie	
   de	
  
entretenimento	
  popular.	
  
Outra	
   característica	
   da	
   mensagem	
   dramática	
   é	
   o	
   fascínio	
   da	
   encenação	
   dramática	
  
transmitida	
  “ao	
  vivo”,	
  em	
  que	
  os	
  canais	
  de	
  telejornalismo	
  entendem	
  que	
  o	
  presente	
  é	
  
um	
  tempo	
  em	
  recorrência	
  constante.	
  Porém,	
  apesar	
  do	
  conflito	
  e	
  do	
  real	
  time	
  da	
  notícia,	
  
essas	
   características	
  podem	
  não	
   ser	
   suficientes	
  para	
  o	
   receptor.	
   Surge	
  então	
  o	
  Aida,	
  
abreviatura	
  dos	
  termos	
  “atenção,	
  interesse,	
  desejo	
  e	
  ação”.	
  
 
Somália,	
  1992.	
  A	
  fotografia	
  de	
  Kevin	
  Carter	
  desperta	
  inúmeras	
  impressões	
  em	
  nossa	
  
consciência	
  –	
  morte,	
  seca	
  severa,	
  solidão,	
  abandono,	
  espera.	
  
	
  
•   A	
  mensagem	
  não	
  dramática	
  
A	
  encenação	
  não	
  dramática	
   no	
   jornalismo	
   consiste	
   num	
   contato	
  mais	
   gentil	
   com	
  os	
  
espectadores	
  ou	
  leitores,	
  como	
  mostra	
  o	
  autor:	
  
Esse	
  tipo	
  de	
  representação	
  abre	
  caminhos	
  na	
  mídia	
  alimentada	
  por	
  conflitos,	
  seja	
  jornal	
  
ou	
   TV,	
   na	
   forma	
   de	
   sequências	
   analíticas	
   de	
   artigos,	
   em	
   suplementos	
   especiais	
   e	
  
semanais,	
  em	
  programas	
  de	
  debate	
  e,	
  obviamente,	
  na	
  superabundância	
  de	
  revistas,	
  em	
  
que	
  é	
  possível	
  transmitir	
  ideias	
  e	
  opiniões	
  bem-­‐pensadas	
  (BERGSTRÖM,	
  2009,	
  p.	
  74).	
  
A	
   maior	
   característica	
   da	
   narrativa	
   não	
   dramática	
   é	
   a	
   possibilidade	
   de	
   criar	
   uma	
  
estrutura	
   aberta,	
   motivo	
   pelo	
   qual	
   envolve	
   os	
   receptores,	
   pois	
   permite	
   explicação,	
  
discussão	
  e	
  reflexão,	
  em	
  que	
  os	
  leitores	
  são	
  convidados	
  a	
  completar	
  o	
  quadro	
  sozinhos	
  
e	
  a	
  refletir	
  sobre	
  a	
  situação	
  na	
  qual	
  estão	
  sendo	
  envolvidos.	
  
 
A	
  encenação	
  não	
  dramática	
  –	
  como	
  nesta	
  entrevista	
  entre	
  Oprah	
  Winfrey	
  e	
  Madonna	
  –	
  
também	
  se	
  concentra	
  no	
  passado,	
  analisando	
  uma	
  situação	
  e	
  suas	
  implicações.

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