Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
3 O MEIO (mídia) A mídia, segundo McLuhan (2003), é uma extensão do homem, pois constitui uma parte natural do nosso dia a dia, tornando possível nos reunir e compreender nós mesmos e os outros. Ao analisar o termo “mídia”, identifica-‐o como “o recurso pelo qual uma informação é transmitida, ou seja, o canal ou o meio de comunicação através do qual se desenvolve uma comunicação”. Outro aspecto levantado pelo autor é que o mesmo termo tem outra definição na atual situação, no mercado e no dia a dia do usuário de novas tecnologias, identificando-‐o como o suporte em que será replicado um conteúdo ou toda a hipermídia, por exemplo, o CD e a internet. O objetivo da mídia envolve três funções básicas na comunicação de massa: a informativa, a social e a catalítica. • Jornais diários impressos As pessoas escolhem seu jornal diário baseando-‐se em suas próprias opiniões e pontos de vista políticos. Embora seja um hábito em declínio, muitos leitores ainda conservam o hábito de lê-‐los. Desde os anos 1800, a indústria da imprensa foi sólida e expansiva, e o papel-‐jornal se tornou a única mídia de massa no campo das notícias. Atualmente, vemos que os dias áureos do jornal têm sido “engolidos” pela mídia eletrônica: o papel digital, ou e-‐paper, é hoje considerado o jornal do futuro. • Imprensa popular e especializada As pessoas escolhem seu jornal diário baseando-‐se em suas próprias opiniões e pontos de vista políticos. Embora seja um hábito em declínio, muitos leitores ainda conservam o hábito de lê-‐los. Desde os anos 1800, a indústria da imprensa foi sólida e expansiva, e o papel-‐jornal se tornou a única mídia de massa no campo das notícias. Atualmente, vemos que os dias áureos do jornal têm sido “engolidos” pela mídia eletrônica: o papel digital, ou e-‐paper, é hoje considerado o jornal do futuro. A imprensa especializada, por sua vez, é subdividida em publicações horizontais e verticais. A publicação horizontal refere-‐se àquela direcionada para um público amplo e abrange vários setores, por exemplo: o leitor interessado em economia lê a revista Exame.com da Editora Abril, também direcionada aos interessados em tecnologia, negócios e carreira. Já as publicações verticais buscam leitores interessados em apenas um setor, como a já mencionada revista Arquitetura & Construção. Capa da revista mensal Arquitetura & Construção e da Revista Veja da Editora Abril. • TV Nenhum outro meio de comunicação de massa é tão influente como a televisão, que, juntamente com a internet, exerce um contato mais próximo como mídia propagandística. Completamente visual e de uso fácil, os comerciais de TV transmitem emoções de forma muito diferente daquela de outras mídias, combinando imagens, filmes, efeitos sonoros, música e locução que exercem sentimentos que beiram a magia. • World Wide Web A World Wide Web, comunicação pela rede mundial de computadores, ou simplesmente web, é o meio mais interativo entre as mídias atuais. Relacionada originalmente a uma possível guerra nuclear, a internet nasceu como estratégia de descentralização das conexões de comunicação, ou seja, uma rede sem centro que pudesse continuar em operação mesmo se uma bomba atômica destruísse parte dos Estados Unidos. Dentro desse amplo universo, o conhecimento torna-‐se acessível a uma quantidade muito maior de pessoas. Foram surgindo jornais on-‐line e blogs, atraindo cada vez mais leitores à medida que as referências cruzadas entre impressão, tela e celulares é cada vez mais comum. Jornais on-‐line interagem claramente com seus leitores em vez de apenas transmitir conteúdo para eles. Jornalistas escrevem seus próprios blogs e publicam sobre assuntos que nem sempre tiveram espaço na mídia tradicional. • Cinema A história começa quando os irmãos Lumière projetam em Paris um pequeno filme chamado A Chegada de Trem à Estação Ciotat. O pequeno filme mostrava um trem vindo ao longe e entrando em uma estação, vindo em direção à câmera. Os espectadores reagiram espantados, levantando-‐se de suas poltronas e saindo do cinema. O susto que o público tomou foi tão grande que as pessoas imaginaram que o trem iria invadir a sala de projeção, atravessando a tela e atropelando a todos. Frame do curta-‐metragem A Chegada de Trem à Estação Ciotat, 1895, Irmãos Lumière. • Outdoor Os outdoors são comumente divididos em fixos e móveis: os outdoors fixos são aqueles enormes cartazes sobre edifícios, plataformas, muros etc., enquanto os móveis são considerados aqueles que circulam em ônibus ou veículos específicos (como metrôs e táxis).A maior característica do outdoor é exigir mensagens extremamente curtas e que possam ser absorvidas e processadas em um curto espaço de tempo. Se uma forte relação é estabelecida na agitação das cidades – seja em Nova York (dir.), seja em Kuala Lumpur (esq.) –, muros e calçadas podem provar ser espaços eficazes para transmitir mensagens. • A escolha da mídia certa Como escolher a melhor mídia para determinada campanha publicitária? Quatro conceitos fundamentais devem ser considerados nesse momento, como nos mostra a seguir: Alcance: Esse conceito se refere a quantas pessoas a empresa pode alcançar com um meio específico em uma área residencial, por exemplo. Frequência: Diz respeito à periodicidade. Um jornal diário influencia o público-‐alvo todos os dias, enquanto uma empresa que vende trajes de banho quer passar sua mensagem adiante somente pouco antes do verão. Impacto: Chamamos de impacto a força comunicativa e o efeito da mensagem sobre o mercado-‐alvo. Um tabloide, por exemplo, tem uma força maior que o boletim informativo de uma organização. Tempo: A publicidade tem de se adaptar às necessidades sazonais. Uma série de artigos sobre pescaria é ideal pouco antes das férias de verão, mas uma campanha de jaquetas acolchoadas provavelmente não funcionará no calor do verão. Também é importante estar à frente de seus concorrentes, por exemplo, com um guia de viagens e, assim, ter a chance de ser visto primeiro. 4 A MENSAGEM No mundo comercial de bens e serviços, as empresas de publicidade e os mensageiros usam suas mensagens para suprir as necessidades do consumidor com seus produtos. São mais produtos que necessidades, por isso a concorrência é acirrada. • O público-‐alvo Definir o público-‐alvo é fundamental, pois facilita a escolha da mídia e orienta para o trabalho criativo que está por vir. Para entender o público-‐alvo, o gerente de publicidade deve pesquisar os fatores que envolvam esse estudo, como: idade, escolaridade, sexo, renda, lazer etc. Esses elementos são chamados de variáveis, divididas em dois grupos: demográficas e psicográficas. Quando se define o público-‐alvo, também se conhecem seus hábitos de mídia. Agora é o momento de persuadi-‐lo a consumir um produto ou serviço. Para tal tarefa, existem algumas técnicas de argumentação através da mensagem. Diante de argumentos, o emissor toma decisões baseadas, principalmente, em impulsos irracionais, como desejo, fantasia e curiosidade. A mensagem ideal é sempre baseada em um argumento principal, pois fornece menos contra-‐argumentos. Mas se houver argumentos de apoio, a regra será começar com o argumento mais forte, os menos fortes no meio e o restante no fim. O que importa é fazer o receptor se sentir envolvido e deixar que ele interprete a mensagem por si. • A Mensagens instrumentais Mensagens instrumentais são aquelas que podem resolver um problema o qual o receptor enfrenta ou do qual tem medo. O emissor, no desenvolvimento desse tipo de mensagem, cria um drama usando ideias negativas que sejam capazes de fazer o receptor se identificar com ela e lembrar-‐se de experiências assustadoras não superadas. • A Mensagens relacionais A mensagem relacional, como o próprio nome diz, cria uma relação entre os bens e serviços e o consumidor. O principal objetivo é provar que determinado bem pode proporcionar bem-‐estar ou participação em um grupo, e sua função é nos fazer sonhar. É grande o contraste entre a mensagem relacional e a instrumental, já que o maior objetivo desta última é despertar. Outra característica da mensagem relacional é estar aberta a interpretações, pois carece de propriedades concretas exclusivas (a mulher enrolada no suave lençol dentro do barco permite inúmeras interpretações, por exemplo: verão, quente, sensual, prazer, entre outras percepções). • A Mensagens testemunhais Na publicidade, o emissor transmite uma mensagem testemunhal quando há necessidade do apoio de alguém em quem confiamos. Essa necessidade vem no momento em que precisamos tomar uma decisão, seja do cotidiano, seja de grandes consequências. A mensagem vem na forma de depoimento de uma testemunha íntegra e séria, como uma celebridade, um jornalista ou um professor, que seja capaz de convencer os consumidores; o diretor-‐executivo usa essa estratégia para alcançar metas de qualidade e benefício de produtos, • A Mensagens comparativas Como o próprio nome diz, a mensagem comparativa busca comparar o produto com o da concorrência, mas sendo clara para que o consumidor perceba as diferenças, como benefícios, preço, tempo de entrega e financiamento. Diante de características cada vez menos distintas dos bens e produtos, esse tipo de mensagem vem sendocada vez mais substituída pelas mensagens relacionais. • A mensagem noticiada A mensagem nos noticiários disputa a atenção dos consumidores com as mensagens comerciais. Antes de ser notícia, um acontecimento, depois de selecionado, deve ser avaliado, interpretado, processado e, finalmente, transmitido. Esse trabalho, geralmente executado pelo editor-‐geral ou pelo plantonista, é chamado mediação (gatekeepers), que tem como objetivo esclarecer o papel dos jornalistas, abrindo ou fechando determinados eventos aos leitores e espectadores. O processo da notícia, além dos mediadores, envolve uma infinidade de profissionais: correspondentes, banco de imagens, fotógrafos e repórteres. Dessa forma, podemos dizer que a mensagem jornalística abrange dois tipos de encenação: a dramática e a não dramática. • A mensagem dramática O traço principal da mensagem jornalística dramática é o conflito, e o contrário, a mensagem sem conflito, muitas vezes, é rejeitada. Dessa maneira, poderíamos dizer que os leitores se interessam mais pelo conflito do que pela notícia, pois ele é capaz de atrair os telespectadores, lançando-‐os para dentro da ação, como uma espécie de entretenimento popular. Outra característica da mensagem dramática é o fascínio da encenação dramática transmitida “ao vivo”, em que os canais de telejornalismo entendem que o presente é um tempo em recorrência constante. Porém, apesar do conflito e do real time da notícia, essas características podem não ser suficientes para o receptor. Surge então o Aida, abreviatura dos termos “atenção, interesse, desejo e ação”. Somália, 1992. A fotografia de Kevin Carter desperta inúmeras impressões em nossa consciência – morte, seca severa, solidão, abandono, espera. • A mensagem não dramática A encenação não dramática no jornalismo consiste num contato mais gentil com os espectadores ou leitores, como mostra o autor: Esse tipo de representação abre caminhos na mídia alimentada por conflitos, seja jornal ou TV, na forma de sequências analíticas de artigos, em suplementos especiais e semanais, em programas de debate e, obviamente, na superabundância de revistas, em que é possível transmitir ideias e opiniões bem-‐pensadas (BERGSTRÖM, 2009, p. 74). A maior característica da narrativa não dramática é a possibilidade de criar uma estrutura aberta, motivo pelo qual envolve os receptores, pois permite explicação, discussão e reflexão, em que os leitores são convidados a completar o quadro sozinhos e a refletir sobre a situação na qual estão sendo envolvidos. A encenação não dramática – como nesta entrevista entre Oprah Winfrey e Madonna – também se concentra no passado, analisando uma situação e suas implicações.
Compartilhar