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1 Técnicas de Biologia Molecular Digestão de DNA com enzimas de restrição e eletroforese em gel de agarose 2 1971 – descoberta das enzimas de restrição Werner Arber (Nobel de 1978) no Brasil em 2011 Enzimas de Restrição Classes of Restriction Enzymes Type I cleavage occurs 400-7000 bp from recognition site Type II cleavage occurs adjacent or within recognition site Type III cleavage occurs 25-27 bp from recognition site • Endonucleases sítio-específicas isoladas de procariotos • Protegem a bactéria do ataque de vírus • Protegem seu próprio DNA metilando-o no sítio de restrição • Enzimas do tipo II são as mais utilizadas em Biologia Molecular EcoRI metilase 3 Características dos sítios de restrição • Tipicamente, são sequências palindrômicas de 4-8 bp • Algumas enzimas toleram alguma degeneração no sítio • Clivagem produz extremidades 5’-PO4 e 3’-OH Extremidades Geradas Bam HI Kpn I Sma I 5’-salientes 3’-salientes Abruptas (cegas) 4 Frequência de corte no sítio de restrição • Sítios estão espalhados randomicamente no genoma • Número estimado depende da composição de bases: • Para genoma com conteúdo de 50% GC: G A A T T C (¼) (¼) (¼) (¼) (¼) (¼) = 1/4096 • Se o genoma for de 4 x 106 pb, então haverá 1000 sítios • Distribuição randômica implica na geração de fragmentos de diversos tamanhos Eletroforese 5 Eletroforese em gel • Ácidos nucleicos têm carga global negativa (PO4 -) • Gel de agarose ou poliacrilamida • Migração inversamente proporcional ao tamanho • Influência da topologia • linear vs. circular • Fita dupla vs. fita simples acrilamida 6 Eletroforese de gel de agarose • Aplicar voltagem constante • Detectar com corante fluorescente (brometo de etídeo, SYBR, etc) 7 Cálculo do tamanho de fragmentos 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 0.2 0.4 0.6 0.8 1 Mobilidade (cm) lo g (b p ) • Plotar mobilidade relativa vs log [tamanho] em pb • Melhor usar dsDNA linear 8 Digestão DNA Linear X Digestão DNA Circular Digestão (2 sítios de restrição) Digestão de DNAs com múltiplos sítios de restrição 9 Mapas de restrição Mapas de restrição 10 Pulse Field Gel Electrophoresis (PFGE) Configuração de eletrodos do aparato CHEF (contoured-clamp homogeneous electric field) Técnicas de Hibridização 11 • As fitas de DNA podem ser separadas em condições que quebram as ligações de hidrogênio • Fitas duplas (duplexes) podem se formar in vitro • Formação dos duplexes depende da complementaridade das sequências • Sondas homólogas (fita simples) podem ser usadas para detectar ácidos nucleicos específicos calor Técnicas 1) Southern Blot: deteção de DNA: sonda é DNA ou RNA marcado. 2) Northern Blot: deteção de RNA: sonda é DNA ou RNA marcado. 12 Hibridização de ácidos nucleicos Southern Blot • Descrito pelo Dr. Southern (1975) • Digestão do DNA seguido de eletroforese • Transferência para membrana (imobilização) • Detecção com sonda (radioativa ou não) Northern Blot • Eletroforese de RNA Exemplos de sondas • Fragmentos de DNA clonados • Oligonucleotídeos sintéticos • RNA (riboprobes) Northern e Southern Blot Northern blot Southern blot 13 Transferência do DNA/RNA para membrana • Ação capilar Hibridização • A sonda é desnaturada (DNA) por calor, adicionada à membrana e incuba-se o sistema por um tempo suficiente para permitir a interação • No caso do Southern e Northern Blot, a temperatura de incubação é um parâmetro essencial 14 “Melting Temperature” (Tm) e Estringência Melting Temperature (Tm) • temperatura em que 50% das fitas estão separação Estringência • Refere-se às condições experimentais que favorecem a hibridização (temperatura de incubação e concentração de sais) • Reflete a homologia entre a sonda e o alvo alta Tm-15 ºC moderada Tm-25 ºC baixa Tm-35 ºC Detecção dos híbrido sonda-molécula alvo • Autorradiografia: exposição da membrana a um filme de raios X (se a sonda for radioativa) • Detecção de atividade enzimática: sondas não- radioativas marcadas com enzimas. Incubação com substrato que pode gerar luz ou um preciptado colorido 15 Autorradiografia: exposição da membrana a um filme de raios X Resumo 16 Marcação radioativa de sondas de DNA •Nick translation •Random priming Nick translation Target dsDNA The first nucleotide on the 5Õ-P side of nick has been removed A nick with a 3Õ-OH terminus has been introduced by Dnase I into the DNA duplex A nucleotide has been inserted to replace the one removed. The nick has been translated one position along the chain in a 5Õ to 3Õ direction. The nick has now translated 4 positions along the DNA chain. The process continues The 5-3 exonuclease and the 5-3 polymerase plus dNTP's one of which is labelled Digestão branda com DNAseI produz cortes (nicks) Ação Exo 5´ 3´ e Polimerásica 5´ 3´da DNA Pol I na presença de dNTP sendo um deles radioativo 17 Klenow = DNA Pol. I sem atividade Exo 5 →3 Random Priming • usar [32P]dNTP Aplicações das Técnicas de Hibridização 18 Aplicações • Teste de paternidade/maternidade • Identificação criminal (forense) • Diagnóstico de doenças genéticas “Fingerprinting” genético • Uso de sonda de DNA repetitivo produz uma padrão complexo de bandas no Southern Blot • Distinção de espécies, cepas, indivíduos, etc • Pode ser usado no diagnóstico, taxonomia e análises forenses Isolados de M. tuberculosis 19 Identificação forense: o caso da família Romanov Identification of the remains of the Romanov family by DNA analysis. Nature Genetics 6, 130 - 135 (1994) 20 Teste de Paternidade Teste de Paternidade MOM = Mãe DAD = Pai D1 e S1 = Filha e Filho de MOM e DAD D2 = Filha do primeiro casamento de MOM S2 = Filho adotivo 21 RFLP Restriction Fragment Length Polymorphisms • Ganho ou perda de sítios de restrição produzem fragmentos de DNA de diferentes tamanhos para análise por Southern blot • Também é sensível a eventos de inserção e deleçãos • Polimorfismos não precisam estar relacionados com o locus genético da sonda Diagnóstico de doenças genéticas por RFLP 22 Sequenciamento de DNA Estratégias de Sequenciamento Método de Maxim & Gilbert: técnica química (em desuso) Método de Sanger (1977): Reação de Terminação da Cadeia (técnica enzimática) Pré-requisitos: DNA polimerase, magnésio primer dNTPs (substrato) ddNTPs (análogos dos dNTPs) 23 Reação da DNA Polimerase Dideoxirribonucleotídeo 24 O | 5 ’ O = P - CH2 | O o 3’ 2’ H H BASE O | 5’ O = P - CH2 | O H o 3 ’ H 2’ H H BASE Fim de Cadeia H primer template DNA pol dNTP 3´ 5´ 3´ 5´ A Reação de Sequenciamento 25 + dNTP radioativo 26 Principais aperfeiçoamentos da técnica • Introdução de instrumentos de sequenciamento baseados em capilares e leitura ótica a laser da fluorescência 96 amostras em paralelo AUTOMAÇÃO27 Sequenciamento automático de DNA • ddNTPs ligados a uma molécula fluorescente todos os fragmentos terminando em um ddNTP específico apresentam uma cor particular • todos os 4 ddNTPs marcados em um único tubo • separação dos fragmentos em capilar • feixe de luz lazer • sequência de DNA sequência de cores Principais aperfeiçoamentos da técnica • Desenvolvimento da bioinformática, com sistemas de softwares para interpretação dos dados gerados e montagem das sequências. 28 Pirosequenciamento Pirosequenciamento 29 Reação em Cadeia da Polimerase Polymerase Chain Reaction (PCR) Técnicas de Hibridização: Limitações • requerem muito DNA ( g) • DNA tem que estar bem puro • tempo do ensaio: até uma semana 30 Polymerase Chain Reaction (PCR) • Fragmentos específicos de DNA são enzimaticamente amplificados - Amplificação de até 106 X é possível! - Pode detectar até 1 molécula! •Tolera DNA relativamente impuro •Tempo: menos de 1 dia ! Kary Mullis (1985) 31 PCR O que é necessário?? Termociclador DNA Molde (template) Primers dNTPs DNA Polimerase Mg2+ Taq Polimerase • DNA polimerase de Thermus aquaticus: organismo termofílico • Enzima resiste a altas temperaturas • Temp. ótima: 72-74ºC 32 Princípio da Técnica Reação de Replicação in vitro 1. Desnaturação: 94 C 2. Anelamento (Tm): 45 C - 60 C 3. Polimerização: 72 C Cálculo do Tm: Tm = 2(A + T) + 4(G + C) Desnaturação do template 95 C Anelamento dos primers 45-65 C Extensão pela polimerase 72 C 33 34 Algumas aplicações clínicas do PCR – Clonagem de genes – Screening de genes mutantes – Determinação de sexo pré-natal – Diagnóstico de doenças genéticas – Detecção de infecções – Monitoração de terapia contra o câncer 35 Três regiões amplificadas para gerar um “DNA fingerprint” Identificação 36 Aplicações não-clínicas – Sequenciamento de DNA – Screening de clones – Estudos de ecologia e evolução molecular – Identificação de organismos transgênicos – Fingerprinting forense
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