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Aps 3º SEMESTRE 2015

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
ANGELINA DO NASCIMENTO OLIVEIRA
DRIELLY LETICIA GREGORIO DA SILVA ANGELO
MONIQUE MEDEIROS SILVA
ROSANGELA GRACIANO DA SILVA
TALITA NOEMIA PAIVA FRANÇA
ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DO FAZ DE CONTA
JOGOS E BRINCADEIRAS NA INFÂNCIA
Prof.ª: PATRÍCIA S.GIORDANO
SANTOS – SP
2015
RESUMO
A finalidade deste trabalho é mostrar a importância da brincadeira de faz de conta para o desenvolvimento infantil. Utilizando a representação de uma criança de 4 anos que está passando pela fase em que o mundo real e o mundo em que sua imaginação cria ainda não estão tão distintos e a sua compreensão do lógico ainda está confusa, tendo em vista que este mundo fantasioso que ela criou com o auxilio de sua imaginação, para ela, as vezes é tão real quanto o mundo em que ela vive. É fato que esse jogo simbólico estimula tanto a parte afetiva, cognitiva, motora e social. O faz de conta pode ter várias formas e modelos, moldando a criança a que ele pertence, permitindo que a criança faça imitações, imagine, enfrente seus medos e angústias, ilustre por meio de várias técnicas o que só ela consegue ver, e essa ferramenta pode vir a servir de abertura para a criança se socializar e se aproximar dos outros.
1 INTRODUÇÃO
A brincadeira de faz de conta promove para a criança um momento único de desenvolvimento e de compreensão sobre si mesma, no qual ela exercita em sua imaginação, a capacidade de planejar, de criar, de imaginar situações lúdicas, e ter seu próprio mundo onde sua imaginação possa comandá-lo dando lhe papéis, falas, acrescentando ou retirando personagens, usando ou não utensílios e objetos que para ela representa algo naquele momento, imitando pessoas adultas ou não que para ela tem algo de significativo. Por meio da brincadeira a criança consegue comunicar-se com o mundo do adulto, no qual adquire controle interior, auto-estima e confiança em si mesma, levando-a a agir de maneira mais ativa e cooperativa para que vivencie experiências em seu meio que para ela são passos importantes e que devem ser respeitados e valorizados, como por exemplo, a tarefa de conseguir comer sozinhos, colocar sua própria roupa, interagir com seus colegas, se expressar de forma clara, expressar suas opiniões, nesse momento ela começa a se permitir entender o mundo do adulto e não só permanecer em seu egocentrismo provocado por essa que em sua realidade. O brincar de faz de conta permite a criança abrir uma porta para a construção do mundo real, pois brincando ela trabalha com situações que irá vivenciar no social, podendo assim compreendê-las melhor. 
	
2 O BRINQUEDO
Para Vygotsky é por meio do brinquedo que a criança se apropria do mundo real, passa experiências, domina conhecimentos, se relaciona com os outros, e se integra de forma social e cultural no mundo, em que para ela é algo completamente novo e diferente. 
Cada criança irá brincar de uma maneira diferente e cabe a ela reformular a brincadeira, fazendo com que ela se reproduza dentro da brincadeira. É com o auxilio do brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva que depende de motivações internas. Ali ela vai se expressar de forma que seu subconsciente comande o seu exterior, é daí que conseguimos entender a criança a fundo, pois ali ela assume o papel que ela quiser naquele momento e ela pode usar sua criatividade para auxiliá-la nesse período, seja com o uso de materiais que ela encontrar que para ela serve como brinquedo e ganha vida na brincadeira lúdica, seja com brinquedos já existentes, dando nomes, papeis, ações, etc. Aquele momento para ela é especial e a ajuda a resolver problemas que lhe são propostos no “mundo real.”
2.1 O BRINQUEDO PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
O brinquedo é a atividade principal da criança, aquela em conexão com a qual ocorrem as mais significativas mudanças no desenvolvimento psíquico do sujeito e na qual se desenvolvem os processos psicológicos que preparam o caminho da transição da criança em direção a um novo e mais elevado nível de desenvolvimento. (LEONTIEV, 1998b).
2.2. AS FASES DO BRINQUEDO
Há uma série de critérios que auxiliam na escolha dos jogos, a cada uma delas atribui-se um valor:
Valor Experimental: aquele que permite que a criança explore e manipule objetos até então desconhecidos por ela;
 Valor Estrutural: o qual oferece suporte à construção de sua personalidade; 
Valor Relacional: propicia as relações entre as crianças através de objetos e do meio ao seu redor;
 Valor Lúdico: objetos que estimulam a aparição do caráter lúdico na criança.
3. O FAZ DE CONTA
A brincadeira de faz de conta desenvolve na criança a sua percepção de mundo de sentimento, ela exercita a imaginação, a criatividade, a capacidade de planejar.
Nesse momento a criança passa por uma fase egocêntrica, em que ela quer tudo pra ela e não admite ter que dividir nada com seus amigos, por isso o faz de conta nesse período é muito utilizado e muito precioso para o desenvolvimento infantil.
O jogo simbólico se trata de uma atividade puramente egocêntrica, onde a função é satisfazer o eu através da transformação do mundo real em função da sua própria realidade (GIOCA, 2001).
No jogo simbólico, acrescenta-se o símbolo, permitindo que a criança expresse seu mundo no mundo externo através do faz-de-conta, onde um simples objeto se torna grandioso na imaginação da mesma. É através da representação imaginária, que a criança começa a absorver aspectos do mundo externo para si própria, aprimorando sua capacidade de representar e simbolizar (GIOCA, 2001). 
4 A IMPORTÂNCIA DO FAZ DE CONTA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
É através do jogo lúdico que a criança passa a comunicar-se com o mundo do adulto, desenvolve a sua capacidade de controle, auto-estima, confiança e autonomia. Ela se sente mais confiante, pois aquele mundo pra ela é o que ela escolheu, ele se move e ganha vida a partir do momento em que ela começa a brincar.
Cada criança em suas brincadeiras comporta-se como um poeta, enquanto cria seu próprio mundo ou, dizendo melhor, enquanto transpõe elementos formadores de seu mundo para uma nova ordem, mais agradável e conveniente para ela.(KISHIMOTO, 2002).
Com isso buscar-se-á uma afirmação de que o lúdico, muitas vezes visto como improdutivo, também é responsável pela consolidação de uma relação com a cultura ao redor. Esta capacidade que a ludicidade possui se torna interessante ao estimular a criação de um espaço fictício, distante da realidade, demonstrando que a construção de valores não está ligada exclusivamente à interação com o real (KISHIMOTO, 2002).
5. OBSERVAÇÃO DA CRIANÇA
Isabelle tem 4 anos ela tem sua brincadeira de faz de conta, gosta muito de brincar de casinha.
Em seu faz de conta ela costuma brincar que ela é a mamãe e suas bonecas se chamam Isabelle. 
Ela reproduz na sua brincadeira o seu dia a dia com sua mãe. Ela faz tudo que sua mãe faz:da banho na boneca, troca a roupa, leva ao médico, conta histórias, leva elas á escola, da comida, da broncas.
Ela reproduz o seu dia a dia com sua mãe em suas bonecas.
Esse faz de conta se refere ao brincar de casinha, é comum a menina nessa idade manifestar a vontade de ser a própria mãe, pois ela vê naquele papel a autoridade e ela acha legal ser aquela pessoa, ela se reproduz naquilo que ela convive, no caso a própria mãe. 
De um modo geral, quando as crianças brincam, elas interagem o tempo todo, influenciando e sendo influenciadas pelos outros membros do grupo. Nesta interação, experimentam papéis diferentes e têm suas ações delimitadas pelas ações do grupo como um todo. Nesta troca experimentam uma variedade de atitudes sociais, reproduzem práticas que observam entre os adultos e podem, assim, aprender a importância das relações entre os humanos e, sobretudo, o mundo de coisas que envolvem o viver em sociedade. Uma criança, quando envolvida numa brincadeira de faz-de-conta, como, por exemplo, quando usa sua imaginação para brincar com outras criançasde papai, mamãe e filhos, distribuindo papéis e incorporando outros, pode experienciar significados que já ocorreram de alguma forma no seu cotidiano, como também construir algum significado que para ela é importante naquele momento de interação social. (MARTINS & SZYMANSKI, 2004, p.179) 
Para Vygotsky, ao reproduzir o comportamento social do adulto em seus jogos, a criança está combinando situações reais com elementos de sua ação fantasiosa. Esta fantasia surge da necessidade da criança, em reproduzir o cotidiano da vida do adulto da qual ela ainda não pode participar ativamente, mas que possui uma base de como deve ser pela forma que ela observa com seus familiares. Porém, essa reprodução necessita de conhecimentos prévios da realidade exterior, deste modo, quanto mais rica for a experiência humana, maior será o material disponível para as imaginações que irão se materializar em seus jogos e com isso maior será sua bagagem cultural e o seu dinamismo na resoluções de possíveis problemas a qual vir a enfrentar.
Aquilo para ela serve como aprendizagem como bagagem extra para sua vida adulta como experiência.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O faz de conta acontece naturalmente entre as crianças das mais variadas faixas etárias, é uma forma de aprendizado sobre si mesmo e o mundo. Essa brincadeira inocente, portanto deve ser respeitada, observada, registrada, e incentivada pelas pessoas que convivem com ela, tanto por parte de seus pais como por parte das escolas e dos professores.
É através do brincar que a criança encontra uma forma de se comunicar e se expressar consigo mesmo e com o mundo. A criança precisa ter tempo, incentivo e espaço para praticar suas brincadeiras e é muito importante proporcionar um ambiente rico dinâmico e lúdico para que ela possa se sentir parte daquele todo.
Pensar que brinquedos caros e cheios de informações são as melhores alternativas para desenvolver a parte criativa, física e motora da criança é algo um tanto errôneo, pois o que vale não é seu preço e sim seu valor para a criança, é importante fazer com que a crianças explorem as diferentes linguagens que a sua criatividade e sua imaginação seja desenvolvida e a sua curiosidade seja incentivada e aguçada. É o brincar que possibilita a criança aprender o que ninguém mais lhe pode ensinar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Laurinda R. de; MAHONEY, Abigail Alvarenga(org.). Henri Eallon psicologia e educação. 6 ed. São Paulo: Loyola, 2004.
ALVEZ, A. C. da S.; DIAS, M. das G. B. B.; SOBRAL, A. B. C. A relação entre a brincadeira de faz de conta e o desenvolvimento de habilidades na aquisição de uma teoria da mente.Disponível em; <http://www.scielo.br/>
KISHIMOTO, TizukoMorchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo:Pioneira, 2003
KISHIMOTO, TizukoMorchida (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 7. Ed. São Paulo: Cortez, 2003. p. 57-71.
PIAGET, Jean. A construção do real na criança. 3 ed. São Paulo: Ática, 2003.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. 3 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1964.
WINNICOTT,D.W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago Editora Ltda, 1971.

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