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Honorários profissionais do advogado
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20/set/2016
 
Honorários convencionais, sucumbenciais, quota litis e a cobrança dos honorários.
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Pelos serviços prestados os advogados recebem remuneração denominada honorários. Quanto à sua fonte, os honorários podem ser definidos como convencionais, se decorrentes de contrato, e sucumbenciais, quando fixados em processo judicial, em função do resultado da demanda.
Honorários convencionais
Os honorários podem ser convencionados com certa liberdade entre o advogado e seu cliente. No entanto, existem normas que restringem a total liberdade contratual. Os princípios da dignidade e da independência profissional impõem um piso de valores, para evitar o aviltamento profissional, e também limitam excessos remuneratórios, para conter os impulsos mercantilistas.
- Piso e teto
O aviltamento da remuneração pode ferir a dignidade profissional, sendo assim, o advogado deve respeitar os valores da Tabela de Honorários elaborada pelos Conselhos Seccionais, que pode ter valores variáveis, em razão de peculiaridades regionais.
A Tabela de Honorários não estabelece um teto, ou limite máximo. Neste sentido, os honorários têm variações ditadas por diversos elementos, previstos no artigo 36 do Código de Ética.
A fixação de honorários abaixo dos valores da Tabela é proibida (artigo 22, § 3º, do EOAB; e artigo 41 do CED), salvo motivo justificável. Nota-se que dificuldades financeiras de clientes a rigor não justificam esta exceção, uma vez que o Estado deve garantir a assistência judiciária aos hipossuficientes econômicos, quer pela ação da Defensoria Pública, quer pelos convênios firmados com a OAB, para ressarcimento de honorários dos advogados integrantes da assistência. A fixação irrisória de honorários consiste violação de preceito ético, é infração disciplinar e sujeita o infrator à pena de censura (art. 36, II, do EOAB).
Em regra, celebrar convênios para prestação de serviços jurídicos com redução dos valores da Tabela é proibida, e gera presunção de captação de clientela. Em situações especiais, demonstradas previamente ao Tribunal de Ética e Disciplina, esses convênios podem ser autorizados.
Há, ainda, outras tabelas no regime da assistência judiciária, cuja elaboração compete aos Conselhos Seccionais. Que servem para indicar valores pagos pelo Estado, garantindo o acesso à Justiça das pessoas sem recursos financeiros. Os valores estipulados nessas tabelas não podem ser alterados; na hipótese, o advogado que se sujeita ao aludido regime deve simplesmente aderir aos valores previamente fixados. O artigo 40 do Código de Ética determina que os honorários decorrentes da sucumbência, mesmo no regime da assistência judiciária, pertencem ao advogado.
Nota-se, ademais, que o tabelamento de honorários não possui limites máximos. Incide, portanto, o princípio da moderação, para preservar a dignidade profissional. Se os honorários forem fixados abusivamente, podem sujeitar o advogado à pena de suspensão (artigo 34, inciso XX, do EOAB).
- Gratuidade
A vedação à fixação irrisória de valores leva à conclusão de que a gratuidade também é proibida. O Advogado ao prestar serviços gratuitos, sem interesses secundários nem ocultação de doação remuneratória, terá praticado concorrência desleal. Contudo, há exceções, vejamos:
a) Consoante artigo 22, § 5º, do EOAB, é permitida a abstenção na cobrança de honorários quando um advogado defende outro em um processo oriundo de ato ou omissão praticados no exercício da profissão. A solidariedade profissional justifica a exceção.
b) A outra hipótese, prevista ao menos no âmbito do Conselho Seccional de São Paulo, é a da advocacia pro bono, que  consiste no exercício da advocacia em prol de associações e outras pessoas jurídicas sem finalidade econômica ou lucrativa, integrantes do Terceiro Setor, às vezes reconhecidas sob a denominação de ONG ou organizações não governamentais, por força do exercício de atividades supletivas daquelas tipicamente exercidas pelo Estado. Nota-se, no entanto, que há possibilidade de aproveitamento indevido e dissimulação de outros interesses sob a aparência pro bono da atividade. Por essa razão, o Conselho Seccional de São Paulo a regulamentou através da Resolução datada de 19 de agosto de 2002. Em suma, são permitidas a assessoria e a consultoria jurídicas, e, excepcionalmente, a atividade jurisdicional. Nesses casos, os honorários advocatícios pertencem à entidade beneficiária dos serviços. Os advogados ficam impedidos, pelo prazo de 2 anos, de exercer a advocacia para empresas ou entidades coligadas à assistida e às pessoas físicas que as compõem, de modo a restringir o surgimento de práticas captatórias.
- Forma da contratação e critérios de fixação dos honorários convencionais
Segundo oartigo 35 do Código de Ética, os honorários advocatícios e sua eventual correção, bem como sua majoração decorrente do aumento dos atos judiciais que advierem como necessários, devem ser previstos em contrato escrito, qualquer que seja o objeto e o meio da prestação do serviço profissional, contendo todas as especificações e forma de pagamento, inclusive no caso de acordo.
O dever ético deve ser interpretado restritivamente. A lei busca proteger o advogado de sua própria desídia, e os clientes, de locupletamento. A forma escrita é obrigatória, porém, em uma das modalidades dos honorários quota litis. O Código de Ética trata de evidenciar os benefícios da contratação por escrito nos parágrafos do artigo 35, e no artigo 37.
O instrumento contratual, desde que contenha elementos exigidos pela legislação processual, é título executivo extrajudicial e permite a dedução dos valores percebidos pelo cliente em ação judicial e em expedição de mandado de levantamento em prol do profissional, salvo oposição do cliente, alegando já tê-los pago (artigos 24 e 22, § 4°, do EOAB).
Os honorários convencionais têm caráter alimentar e constituem crédito privilegiado. Os critérios para a sua fixação estão previstos no artigo 36 do Código de Ética, em relação exemplificativa.
Honorários quota litis
Os honorários quota litis estão regulados no artigo 38 do Código de Ética. São aqueles em que há participação do advogado no resultado ou ganho decorrente da demanda. Portanto, esses contratos são vinculados ao êxito, mas nem todos os contratos ad exitum têm tais características.
Segundo o Código de Ética, aos honorários quota litis devem ser observadas as seguintes normas:
a) representação em pecúnia;
b) acrescidos aos honorários de sucumbência, não podem superar as vantagens advindas ao cliente;
c) a participação em bens particulares do cliente, como forma de pagamento, é condenável e somente tolerada em caráter excepcional.
Honorários sucumbenciais
Os honorários de sucumbência decorrem da condenação da parte vencida, em ações judiciais, e também são arbitrados nas execuções de títulos extrajudiciais.
O artigo 23 do Estatuto estabelece que os honorários de sucumbência pertencem ao advogado. O dispositivo foi, porém, declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.194. Assim, é possível concluir que:
a) os honorários de sucumbência pertencem ao advogado, não havendo expressa previsão em contrário;
b) a contrariedade, caso expressa, prevalece, transferindo a titularidade para a parte beneficiada com a condenação.
Cobrança de honorários
O princípio da dignidade profissional, o decoro e a rejeição ao mercantilismo justificam a edição de normas restritivas à cobrança de honorários. São as normas:
a) o advogado deve evitar o patrocínio em causa própria das ações de arbitramento e de cobrança;
b) não pode haver saque de duplicatas e outros títulos de crédito, salvo fatura, quando exigida pelo cliente, para facilitação de pagamento;
c) não poderá haverprotesto da fatura ou do contrato de honorários e de títulos de crédito indevidamente lançados;
d) o advogado substabelecido, com reserva de poderes, não tem direito a receber honorários diretamente do cliente, sem intervenção daquele diretamente contratado, que lhe conferiu o substabelecimento (artigo 24, § 3º, do EOAB). A não ser que haja disposição contratual expressa, não poderá o substabelecido cobrar honorários do constituinte. No entanto, o mesmo não ocorre no substabelecimento sem reserva de poderes, que pressupõe a substituição do mandato original e a contratação direta do substabelecido;
e) o prazo prescricional da ação da cobrança é de 5 anos (artigo 25 do EOAB). O artigo 25 do EOAB, em seus incisos, relaciona as hipóteses de variação do termo inicial: vencimento do contrato, se houver; trânsito em julgado da decisão que os fixar; ultimação do serviço extrajudicial; desistência ou transação; renúncia ou revogação do mandato.

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