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Apontamentos sobre a Arquitetura Grega

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APONTAMENTOS SOBRE A SOCIEDADE E A ARQUITETURA GREGA
PROF.ª LUDIMILA STIVAL CARDOSO
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ASPECTOS INICIAIS
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Há mais de quatro mil anos, uma região excessivamente acidentada da Península Balcânica passou a abrigar vários povos de descendência indo-europeia;
Aqueus, eólios e jônios foram as primeiras populações a formarem cidades autônomas que viviam da agricultura e do comércio marítimo com as várias outras regiões do Mar Mediterrâneo;
Ao longo de sua trajetória, os gregos (também chamados de helenos) elaboraram práticas políticas, conceitos estéticos e outros preceitos que ainda se encontram vivos no interior das sociedades ocidentais contemporâneas;
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PERÍODOS HISTÓRICOS DA GRÉCIA
A Cronologia da História da civilização Grega pode ser dividia em: 
Pré-Homérico (2000 a.C. a 1100 a.C.); 
Período Homérico (1100 a.C. a 800 a.C.); 
Arcaico (800 ao fim do 500 a.C.); 
Clássico (500 a.C. até 338 a.C).; 
Helenístico (338 a.C. até 146 a.C.).
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PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO (2.000 A.C. – 1.100 A.C.)
Processo de ocupação da Grécia e a formação dos primeiros grandes centros urbanos da região;
Ascensão da civilização creto-micênica que se desenvolveu graças ao seu movimentado comércio marítimo;
Invasões dóricas foram responsáveis pelo esfacelamento dessa civilização e o retorno às pequenas comunidades agrícolas subsistentes;
A primeira civilização a se estabelecer no mundo grego nasceu em Creta e floresceu de 2700 a 1400 A.C. (vinha do Oriente Próximo);
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ASPECTOS ARQUITETÔNICOS INICIAIS
Inexistência de construções funerárias e religiosas de caráter monumental ou colossal;
Ausência de uma arquitetura militar significativa;
A arquitetura palaciana possui caráter informal (não existe um esquema pré-determinando; não tem preocupação com imponência e ostentação);
Vão-se tentando soluções mais adequadas para satisfazer as necessidades práticas;
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PALÁCIO DE CNOSSOS
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Construção em 2 andares (possivelmente teve 3 ou 4 andares);
Preocupação do arquiteto com questões como ventilação e iluminação (estrutura em colunas);
Há uma preocupação com o conforto e defesa contra o calor, pátios de arejamento e terraço. 
Construção do palácio articulada em vários planos, tubulações para água e esgoto, bem como a presença de uma sala de banho. 
O palácio era destinado especialmente as atividades comerciais. 
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POVO MICÊNICO
O primeiro povo de língua grega foram os Micênicos, que ocuparam o continente por volta de 2000 (Aqueus). O que se conhece de sua arquitetura resume-se a fortificações e túmulos descobertos em escavações no final do século XIX. 
A partir de 1400 a.C., os micênicos conquistam Creta e o conjunto dos mares Egeu e Mediterrâneo, até a chamada Idade das Trevas, em que há o colapso da civilização grega.
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Foram os fundadores da cidade de Micenas, erguida há cerca de 3,5 mil anos. 
Primeiros a se estabelecerem na península Balcânica. 
Micenas foi sua mais importante e influente cidade. 
Além de Micenas, esses povos também fundaram cidades como Pilo e Tirinto, cada uma governada por um rei, escolhido entre os grandes proprietários de terras. 
Chegaram à região por volta de 1600 a.C. e a dominaram até aproximadamente 1100 a.C. Nesse período, os jônios e os eólios também se instalaram na região, integrando a sociedade micênica. 
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Representação da planta da cidade de Micenas
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Construções longas e retangulares. 
Divisão de cômodos: vestíbulo, antecâmara e grande salão - O Megaron - que era a sala principal do palácio. 
A arquitetura micênica apresentava um caráter de monumentalidade que não havia em Creta. 
Possuía também um tom militar nas suas construções com cidades amuralhadas.
Grande precisão (métrica);
Principais valores: força e agressividade.
Porta dos Leões
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POVOS DÓRIOS
Os dórios, ultimo povo indo-europeu a migrar para a Grécia, eram guerreiros. Estudos indicam que eles acabaram com a civilização creto-micênica e pelo consequente deslocamento para diversas ilhas do mar Egeu e para a costa da Ásia Menor onde fundaram colônias da Jônia e Eólia.(primeiras colonizações gregas);
Os gregos passaram a viver da agricultura de subsistência e da criação de gado, abandonando suas técnicas artesanais, a escrita e o comércio;
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PERÍODO HOMÉRICO (1100 A.C. A 800 A.C)
Com a destruição da civilização micênica, os gregos regrediram. As cidades existentes da época lutaram entre si, o comércio e a escrita desapareceram quase por completo na região. Os Gregos passaram a praticar a agricultura de subsistência
Formação dos genos que eram comunidades familiares que se transformaram nos mais importantes núcleos sociais e econômicos de toda a Grécia. 
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PERÍODO ARCAICO (800 A.C. – 500 A.C.)
Observamos o processo final das transformações sofridas pelas comunidades gentílicas gregas. 
Deixou-se de adotar o uso coletivo da terra, começava a aparecer dentro dos genos uma classe de proprietários de terra. Em sua grande maioria, essa classe aristocrática esteve intimamente ligada aos pater, o líder patriarcal presente em cada uma dessas comunidades. 
Configuração política descentralizada, diferenças de organização, por exemplo, as diferenças entre as cidades-Estado de Esparta e Atenas. 
Formação da Pólis: resultado da evolução política das comunidades 
Pólis: unidades políticas independentes que abrangiam um pequeno território (Política).
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Os gregos formaram cidades-estado não apenas nos Balcãs (península), mas praticamente em todo o litoral do Mediterrâneo, inclusive no sul da Itália e costa da África, entrando em contato com outros povos e civilizações. 
Atenas: Desenvolveu-se na Ática, região montanhosa, no séc. X a.C., devido à falta de terras férteis, votaram-se para a pesca, navegação e comércio marítimo (Centro da cultura grega); 
Esparta: Fundada no Séc. IX a.C. pelos Dórios (Caráter militarista); 
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PERÍODO CLÁSSICO (500 A.C. – 338 A.C.)
Guerras Médicas – guerras que marcaram o início do período clássico. Estão relacionadas com o avanço do Império Persa sobre os gregos (exércitos persas são derrotados por forças espartanas e atenienses);
Construção, em Atenas, do Paternon; 
Crescimento do poder e da articulação ateniense (Confederação de Delos);
Como retaliação à concentração de poderes, Esparta cria a Confederação do Peloponeso. 
Guerra do Peloponeso (Esparta vitoriosa)
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	PERÍODO HELENÍSTICO (338 A.C. – 146 A.C.)
Crescimento da Macedônia sobre a Grécia. 
Enfraquecidas por constantes guerras, as cidades estados acabaram sendo dominadas por Felipe da Macedônia. 
Alexandre, o Grande, filho de Felipe, dominou vastos territórios, do Egito até a Índia (Fundador da cidade de Alexandria). 
Os resultados das campanhas de Alexandre foi a fusão da cultura grega e a oriental formando uma nova forma de expressão, que se denominou período helenístico. 
Após a morte de Alexandre ocorre o fracionamento de sua área de controle, possibilitando a conquista romana nos séculos II e I a.c. 
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IMPÉRIO DE ALEXANDRE, O GRANDE
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ARQUITETURA GREGA
A arte grega é ligada à inteligência ao desenvolvimento do mundo sob uma concepção mitológica de Deuses e seres humanos e sua relação com o mundo. Sem o sentimento de pedir perdão a deus. Libertando o pensamento: “ CONHECER-SE A SI MESMO” 
Assim concentram a sua atenção no aspecto humano, projetando elementos de sua própria personalidade na personalidade dos deuses antropomórficos (forma humana).
O homem é a medida de todas as coisas (escala humana);
Homem como centro do Universo (antropomorfismo)
Separação da arquitetura em relação a outras artes: território e leis próprias (delimitação do próprio fazer);
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Escala humana: cânone ou proporção de beleza;
Cânones: unidades, regras e valores pré-estabelecidas para a concretização da obra de arte ideal. 
O belo só existia caso estes cânones fossem aplicados,
transformando a arte numa produção exclusivamente racional.
Escala => um elemento de compatibilidade e de medida, uma referência ao tamanho familiar – homem. 
Desconsiderando esta referência, se faz arquitetura, mas não em escala humana. 
Arquitetura como monumento => escala própria de medida – escala monumental (autorreferência à arquitetura)
Dicotomia entre Escala Humana e Escala Monumental
Os edifícios devem manter uma escala com relação ao homem e conservá-la entre si;
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MODULAÇÃO E PROPORÇÃO
Escala humana => cada membro do corpo possui uma relação com o todo, da mesma forma na arquitetura => obra inteira com suas respectivas partes;
Relação de Medida e Módulo => Medida – medir = comparar. Módulo => objeto de comparação para se medir (unidade);
Gregos => módulos com base no homem;
Modulação => relação das partes a partir de uma unidade;
Proporção => relação das partes entre si e com a totalidade; 
Traços reguladores => proporções estáticas (ordens clássicas) ou dinâmicas (proporção áurea, seção áurea);
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CONCEITO DE ORDEM
Ordem => “é a disposição regular e perfeita das partes, que concorrem para a composição de um conjunto belo”. 
Ordem => instrumento de controle da arquitetura – pois pretende regular seu processo (linguagem clássica);
Regras ideais que podem se traduzir em formas distintas, podendo ser preenchida de diversas maneiras (pensamento idealista de Platão) 
Ponto de referência através do conhecimento de regras e proporções, convergindo em uma linguagem comum. 
Fragilidade: limitação de experiências e baixa capacidade de adaptação, entrando em crise.
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ORDEM COMO SISTEMA CONSTRUTIVO
Sistema trilítico: composto de três pedras. Em arquitetura, diz-se dos sistemas construtivos que se compõem de duas peças, geralmente de pedra, verticais, cravadas no solo, nas quais se apoia uma terceira - horizontal - que funciona como verga ou lintel (Dolmens);
O Sistema Trilítico => articulação do conjunto racional de duas famílias: uma vertical (série de pilares e paredes sobre uma plataforma que sustentam um entablamento - estrutura) e uma horizontal (entablamento – teto e a cobertura);
A Ordem determina a sucessão das diversas partes da estrutura e da cobertura segundo modelos diferentes;
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Entablamento clássico é composto de três partes: 
Arquitrave: viga principal que se apoia nas colunas (elemento horizontal);
Friso: plano formado por tríglifo (face externa de vigas ou vigotas transversais, posterior á arquitrave) e métopa (espaço entre as vigas);
Imposta: expressão material do teto do recinto (pode ser a cornija se for a última estrutura);
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Estilobata: plano horizontal ou plataforma sobre a qual se ergue o prédio
Esteriobata: estrutura que se encontra abaixo da anterior;
Base: estrutura sobre a estilobata;
Ábaco: plano de apoio na passagem entre uma peça cilíndrica e outra retangular;
Equino: seção que aumenta a curvatura do fuste da coluna;
Acrotério: remate que coroa a cúspide e as extremidades do frontão;
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“No templo grego, os suportes são colunas cujo diâmetro é proporcional à altura e ao intervalo, manifestando, assim, visivelmente, a lei de medida e de equilíbrio de forças que regem a natureza”. Argan
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CLASSIFICAÇÃO DAS ORDENS
As ordens são sistemas estruturais para organizar as partes componentes do edifício grego;
A coluna, o fuste, o capitel e o entablamento eram medidos e ornamentados de acordo com um dos três modos: dórico, jônico e coríntio;
Cada ordem possuía elementos decorativos adequados a ela. Esses elementos decorativos eram baseados em formas e elementos da natureza, construído de forma racionalizada pela geometria, podendo ser executados em relevos, pintados em afresco ou coloridos com pequenas pedras formando o mosaico;
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ORDEM DÓRICA
As suas características são a masculinidade, a força e a solidez;
O Fuste ( parte principal da coluna), repousa diretamente sobre o entablamento; 
O Capitel (acabamento no alto da coluna), é simples; 
A arquitrave (parte que assenta sobre os capitéis) é larga, maciça, sem rebuscamentos;
As colunas tem sulcos de cima a baixo (caneluras);
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Materiais: primeiro o adobe para as paredes e para as colunas, a madeira. A partir do séc. VII a C. (período arcaico), foram substituídos pela pedra e pelo mármore;
A Característica mais notável na forma dórica é a curvatura das linhas, que dão aparência de retas, mas na realidade apresentam uma pequena curvatura, eliminando a impressão de divergência das numerosas colunas;
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Capitel, Segundo templo de Atena Pronaia em Delfos. Final do século VI.
Paternon
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ORDEM JÔNICA
A ordem jônica desenvolveu-se ao mesmo tempo que a dórica, embora só se tenha vulgarizado e alcançado a sua forma final em meados do século v a. C. O estilo prevaleceu nos territórios jônicos - a costa da Ásia Menor e as ilhas do Mar Egeu;
As ordens dórica e jônica confinaram-se às suas regiões de origem, mas pouco a pouco os dois estilos misturaram-se em alguns edifícios, como nos Propileus, em Atenas (437-431 a.C.);
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As características principais da ordem jônica eram a feminilidade, a elegância e a beleza, devido ao fato de ela se inspirar nas proporções do corpo feminino;
Detalhe do Capitel. Templo de Erecteion em Atenas.
Colunas mais delgadas e mais graciosas;
As colunas são também mais detalhadas que as dóricas, e recebem um novo elemento, a base, chamada de plinto;
Receberam em suas colunas, o estriado com número maior de caneluras;
Base tripla;
As colunas jônicas são mais altas que as dóricas e sua superfície tem linhas esculpidas de cima para baixo;
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O Capitel introduz também uma novidade: as volutas com elementos decorativos de inspiração orgânica (vegetais ou penteados das mulheres gregas). 
Detalhe do Capitel. Templo de Erecteion em Atenas.
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Templo de Erecteion em Atenas.
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Dentro da ordem jônica, existiu uma variante no desenho das colunas, as chamadas cariátides, que eram colunas em forma de mulheres, em homenagem às jovens da região de Cária, na Grécia asiática, que foram escravizadas como parte de um acordo feito com os Persas. 
Pórtico sul com cariátides
ERECTEION (Atenas – 421 a. C. – 405 a. C.)
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ORDEM CORÍNTIA
A ordem coríntia não era um sistema estrutural, como as ordens dórica e jônica. Era pura e simplesmente decorativo e distinguia-se quase só pelo seu requintado capitel com motivos florais;
Segundo Vitrúvio, este foi desenhado pelo escultor ateniense Calímaco, e inicialmente pode ter sido trabalhado em bronze;
Com exceção deste capitel, todas as outras partes integrantes provinham da ordem jônica;
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Vitrúvio afirmou que a ordem coríntia imitava a «magreza de uma donzela»; de um modo geral, é bela e elegante; 
Coube aos Romanos misturarem os elementos e aperfeiçoá-la;
Detalhe do Capitel. Templo de Zeus em Atenas.
Zeus Olímpico (Atenas, 170 a.C.)
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Uma maior valorização da ornamentação (final do século IV a.C.);
O nome relativo à Corinto, cidade rival econômica e cultural de Atenas, caracterizada pelo luxo e pelo alto padrão de vida de seus habitantes;
A diferença mais marcante da ordem coríntia para a jônica é o capitel das colunas, muito mais elaborado;
Empregava maior verticalização;
Templo de Zeus Olímpico (Atenas)
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TEATRO GREGO
Teatro de Epidauro (século IV a.C.)
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Planta baixa do Teatro de Epidauro
“No grande teatro de Epidauro (séc. IV ac), até as palavras dos atores em cena pronunciadas em voz baixa podiam ser ouvidas distintamente pelos espectadores mais afastados” Argan (2003:74)
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TEMPLOS GREGOS
Partes que o constituem:
Naos ou cela: sala retangular (núcleo principal)
Pronaos: pórtico presente na frente da naos
Opistodomos: recinto fechado construído do outro lado da cela, com comunicação apenas com o exterior (tesouro do santuário);
Formato: planta baixa retangular
ou planta baixa circular (caso não fosse rodeado de colunas – Tholos);
Número de colunas das fachadas menores: distilo (2), tetrastilo (4), hexastilo (6), octastilo (8)
Peristilo: espaço entre as colunas e a parede
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TEMPLO CIRCULAR - tholo
Delfos – 375 a.C.
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PATERNON
Ordem Dórica: caixa dupla (interna é hexastilo e externo é octastilo);
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TEMPLO
Não era apenas um edifício religioso, mas também político (arquivo público, continha o erário do Estado, tratados com os povos estrangeiros, procissões públicas, festas solenes e cerimônias)
Localização: acrópole (recinto murado de uma cidade grega e zona mais elevada)
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Modelo da Acrópole (Atenas)
Platô que se eleva acima da planície onde fica a cidade
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ÁGORA
Espaço civil onde se materializava a vida política da cidade (pólis);
Espaço aberto, cujas edificações serviam como fachadas para configurá-la e fechá-la (espaço flexível e irregular);
Composta de uma sequência lógica, em um mundo ordenado e equilibrado;
Ágora ateniense com a acrópole ao fundo
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Planta baixa da ágora ateniense (Século II a.C.)
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PLANEJAMENTO URBANO (CIDADES HELENÍSTICAS)
Plantas urbanas ortogonais e regulares (colônias);
Padrão viário: enormes quadras retangulares alongadas
Hipódamo de Mileto: “pai do planejamento urbano” (consolidação e articulação dos elementos religiosos, sociais e comerciais da cidade com quadras habitacionais regulares, ajustadas à topografia);
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MILETO (479 A.C.)
Planta de quadras habitacionais regulares, ágora ortogonal, moradias unifamiliares, casas orientadas com seus cômodos principais voltados para o sul (hemisfério norte), ruas em ângulo reto, maior número de vias secundárias transversais, sem pretensões monumentais, as áreas especializadas – civis e religiosas – não comandam a composição e se adaptam á estrutura da cidade
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Planta baixa de Mileto

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