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RESUMO DIREITO EMPRESARIAL - TITULOS DE CREDITO E FALENCIA

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PARTE 1 – TÍTULOS DE CRÉDITO
Art 887, CC
CONCEITO
(Vivanti e repetito pelo art. 887, CC) – “Documentos necessários para o exercício de um direito, literal e autônomo, nele mencionado” 
(Fábio Ulhoa) – “Documento, cartular ou eletrônico, que contempla clausula cambial, pela qual os coobrigados expressam a concordância com a circulação de credito nele mencionado, de modo literal e autônomo”
Literal: porque só vale o que estiver escrito nele;
Autonomia: cada pessoa que assume uma obrigação no título o faz de forma autônoma aos demais participantes, na qual, se for verificado um vício relacionado à aqueles que anteriormente se obrigam ao título, tal defeito não pode ser utilizado contra os demais obrigados. 
NATUREZA JURÍDICA DA OBRIGAÇÃO CAMBIAL: solidariedade – com características especiais – art. 283 e 285, CC.
CARACTERÍSTICAS
Só traz relações criditicias – só importa o que diz respeito à obrigação crediticia, ou seja, aquela que seja relativa ao pagamento de determinada quantia, entre credor e devedor. 
Facilidade de cobrança em juizo – execução direta extrajudicial. 
Atributo de negociabilidade – dizem que os titulos de credito são criados para circularem e não para permanecerem na mão do credor primitivo (circulação de mercado p/ fazer gerar cobranças) – sujeito a um regime legal de livre circulação. 
PRINCIPIOS 
Cartularidade: sendo o título de credito um documento necessário para o exercício do direito nele mencionado, é fundamental o credor estar na posse da cártula (doc representativo de título). Sem o doc, não pode ser exercido o direito nele incorporado. 
Atualmente discute-se a desmaterialização do título de credito, diante da tecnologia, sendo o título de credito criado por meio eletrônico. 
Autonomia: cada obrigação relacionada ao título de credito não guarda relação de dependência com as demais. 
Quem adquire o título de credito passa a ser titular autônomo do direito creditício ali mencionado, sem que exista qualquer ligação com os adquirentes anteriores. 
Essa característica é que o torna apto a circular entre inúmeras pessoas. 
Subprincípios: 
Inoponibilidade das exceções ao terceiro de boa-fé: quando o devedor principal venha a ser instado a pagar o valor ao qual se obrigou com a emissão do título, não poderá alegar que o título apresentou-se em desconformidade com as qualidades que dele se esperavam. 
Abstração: quando o título passa a circular, encontrando-se nas mãos de alguém que não participou da relação causal-base que lhe deu origem, ele se desvincula por completo do negócio que ensejou sua criação. 
Literalidade: significa que somente é considerado aquilo que está expressamente previsto no título, aquilo expressamente desejado pelo emitente do documento. 
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
Quanto ao modelo:
Vinculados: somente produzem efeitos cambiais aos documentos que atendem ao padrão exigido, sob pena de invalidade. Ex: cheque e duplicata.
Livres: não há padrão especifico, podendo ser confeccionados, quanto a sua forma, da maneira que melhor atenda ao interesse das partes. Ex: nota promissória e letra de cambio. 
Quando a estrutura:
Ordem de pagamento (próprios): o titulo corporifica uma verdadeira operação de crédito, entendida como tal aquela em que uma pessoa empresta a outra determinada quantia para pagamento no futuro. 3 situações jurídicas; a) Sacador; b) Sacado; c) Tomador; Ex. letra de cambio e nota promissória.
Promessa de pagamento (impróprios): o titulo não representa uma operação de crédito, o seu pagamento não se difere no tempo. 2 situações jurídicas: a) Promitente; b) Beneficiário. Ex: cheque, ordem de pagto a vista, que consta uma data posterior, mas pode ser apresentado p/ pagto logo após sua emissão.
Quanto a hipótese de emissão:
Causais: somente podem ser emitidos nas hipóteses autorizadas por lei;
Abstratos: podem ser utilizados em qualquer hipótese, pois se desvinculam completamente da causa que lhes deu origem, na qual a relação fundamental só tem relevância entre credor e devedor, não envolvendo terceiro. Ex: cheque, nota promissória e letra de cambio. 
Limitados: podem ser emitidos em algumas hipóteses previstas em lei. 
Quanto a circulação: 
Ao portador: os títulos nos quais não consta o nome do beneficiário, do titular do direito nele incorporado.
Nominatio a ordem: títulos emitidos em favor de determinada pessoa, passiveis de serem transferidos por endosso.
Nominatio não a ordem: neste caso, o titular do titulo emitido em favor de determinada pessoa, não poderá endossa-lo, limitando a possibilidade de circulação. 
LETRA DE CAMBIO – Lei Uniforme de Genebra; DEC 57.663/66 e DEC 2044/1908.
CONCEITO: é uma ordem de pagamento que determinada pessoa passa a outra, perante a qual detém crédito, para que pague, a um terceiro, a soma em dinheiro nela indicada. 
Existência de 3 pessoas: a) Sacador (emitente ou subscritor): pessoa que emite a ordem de pagamento;
b) Sacado: aceitante ou principal obrigado, pessoa para quem a ordem de pagamento é dirigida.
c) Tomador: beneficiário ou credor, pessoa a favor de quem o titulo é passado. 
Exemplo: João é credor de Pedro e devedor de José, devendo a mesma quantia a ser paga na mesma data. Em vez de João receber o valor de Pedro e efetuar o pagamento a José, resolve emitir a letra de cambio, liquidando ambas obrigações (de pagar e de receber). Com a emissão da letra de cambio, João (sacador) dá a ordem de pagamento para que Pedro (sacado) pague o valor (que deve a ele, João), diretamente para José. 
CLASSIFICAÇÃO
Modelo: livre;
Estrutura: ordem de pagamento;
Hipótese de emissão: limitada;
Circulação: nominativa
REQUISITOS (art 1º da Lei Uniforme de Genebra)
Palavra “letra de cambio”: nome do titulo de credito (a palavra “letra de cambio” expressamente escrita);
Ordem incondicional de pagamento: ordem de pagamento sem a implementação de condições; valor certo e expresso em moeda; não se admite pagamento pela entrega de coisa. 
Nome de quem deve pagar (sacado), com informações de RG, CPF, etc.
Época do pagamento
Nome a quem deve ser paga (tomador)
Indicação do lugar de pagamento
Indicação da data e local em que é emitida 
Assinatura do sacador, vinculando a letra e a obrigação nela estampada, deve ser feita em próprio punho. Se PJ, quem tem poder de representa-la nos atos constitutivos.
Na AUSÊNCIA dos requisitos, não produzirá efeitos cambiais, perde a característica de titulo de crédito. 
ACEITE na Letra de Cambio: declaração cambiaria facultativa, eventual e sucessiva, por meio do qual o sacado se compromete a ser o principal pagador, em substituição do sacador e endossantes.
Pode ser total ou parcial, se considerar que apenas parte do montante estampado no titulo é por ele devido. 
Apresentação
Determina o vencimento da letra: a letra sacada à vista se vence no ato em que o portador a apresenta ao sacado. As Letras de Câmbio que tiverem data certa de vencimento são facultativas a sua apresentação.
No próprio título, o sacador pode proibir a apresentação para o aceite, somente podendo o portador apresentar na data de pagamento.
Prazo p/ apresentação:
Não fixação;
Fixação: será realizado o pagamento a partir de certo prazo do aceite, a partir da apresentação.
Recusa
Deve ser comprovada em protesto para vincular os demais co-obrigados (art 44, LU) 
Consequência da recusa: torna-se clausula cambiaria não aceitável;
Recusa for parcial: a) Limita o valor – o aceite é puro e simples, mas pode o sacado limitar uma parte do que foi sacado; (art. 26, LU)
b) Altera as condições - recusa qualquer modificação introduzida pelo aceite ao enunciado da letra.
Prazo de Respiro (art. 24, LU)
Prazo para o sacado pensar – nesse prazo, não é necessário que o titulo de credito seja entregue ao sacado. 
Consequência: apreensão judicial do titulo. 
Cancelamento: O sacado, após seu aceite na letra de cambio, poderá, a qualquer momento, antes da restituição da letra, proceder seu cancelamento. 
ENDOSSO da Letra de Cambio 
Ato formale abstrato pelo qual o beneficiário ou terceiro adquirente (endossante) transfere os direitos dele decorrentes à outra pessoa (endossatário), ficando, em regra, o endossante responsável pelo aceite e pelo pagamento. 
Endossante: credor do T.C que o transmite a outra pessoa;
Endossatário: para quem o crédito é passado. 
Efeitos: a) transfere todos os direitos emergentes do titulo, do endossante para o endossatário; b) o endossante assume a responsabilidade solidaria pelo pagamento do titulo. (art. 910, CC §2º)
Requisitos: o endosso é ato puro e simples – basta a simples assinatura do próprio punho do endossante do mandatário especial, no verso da letra, para que tenha validade. (art. 13, LU e 910, CC)
Modalidades
Em branco: é aquele dado com a simples assinatura do endossante no verso ou face do titulo, sem que conste a designação da pessoa a quem se transfere o titulo. 
Seu titular pode, ao transferi-lo, optar por preencher o espaço em branco, tornando o endosso em preto, ou simplesmente transferir o titulo sem lançar seu nome nele. 
Em preto: é aquele ao qual se verificam todos os elementos do endosso: clausula de transmissão, nome do endossatário, e assinatura do endossante. 
Especies de Endosso
Próprio: será próprio o endosso que tenha como função a efetiva transferência dos direitos emergentes do titulo de credito, e se presente a clausula de obrigação, torna o endossante responsável pelo seu aceite e pagamento. 
Improprio: o endossante transfere tão somente o exercício dos direitos relativos ao titulo, sem que se transfira os direitos inerentes.. Possui 2 espécies: 
Endosso-mandato: é aquele ao qual o endossante constitui o endossatário como seu procurador, que passa a ter poderes para a pratica de todos os atos necessários para o efetivo recebimento da quantia prevista no titulo. 
Endosso-caução: espécie de endosso pelo qual o endossante transfere ao endossatário a letra apenas como uma forma de garantir outra obrigação (art. 19, LU e 918, CC)
Formas 
Assinatura no verso;
Assinatura + expressão (opção)
Assinatura no anteverso + expressão (obrigatório)
Endossos que produzem efeitos de cessão civil
Endosso praticado após o protesto, por falta de pagamento;
Endosso de titulo a ordem.
AVAL (art. 32, LU e 899, CC, §2) – 
Deve ser incluído no anverso da letra pela assinatura do avalista.
Ato cambiário pela qual uma pessoa(avalista) se compromete a pagar titulo de credito, nas mesmas condições que o devedor do titulo (avalizado). – Responsabilidade solidária (2 devedores). 
Figuram 2 pessoas: a) avalista – pessoa que, pelo aval, passa a assumir a responsabilidade pelo pagto de titulo, junto aos demais co-obrigados;
b) avalizado – pessoa que passa o aval.
OBS: LUG – aval parcial ou total – art.30
CC – aval total – art. 907 – não é possível a limitação da obrigação identificado pelo aval em valor inferior daquele estampado no titulo.
Características
Autonomia: a sua obrigação se mantem mesmo no caso de a obrigação que ele garantir vir a ser considerada nula (salvo em vicio de forma).
Equivalência: significa dizer que o avalista é devedor do titulo nas mesmas proporções e condições do avalizado.
Aval Antecipado: o aval é dado antes mesmo da constituição formal da obrigação a ser assumida pelo avalizado, ou seja, antes do aceite de titulo. 
Formas de Aval
Em branco: anverso – simples assinatura; verso: indicação do avalizado + assinatura, sob pena de , no silencio, ser em beneficio do sacador. 
Em preto: indicação de quem é garantido
Simultâneo: avais dado em conjunto, por duas ou mais pessoas, em relação a uma mesma obrigação cambiaria, ou seja, ao invés de uma pessoa assumir a obrigação, assume um grupo de pessoas, solidariamente. 
Sucessivos: ocorre quando determinada pessoa garante, por aval, uma obrigação cambiaria e tal aval é garantido por outro aval, e assim sucessivamente. 
VENCIMENTO DA LETRA DE CAMBIO 
Ordinário: quando é lançado o aceite (prazo de 2 dias para protesto);
Extraordinário: relacionado ao não lançamento do aceite
PROTESTO (Lei 9492/97)
Ato praticado pelo credor, perante o competente cartório, pelo qual se comprova publicamente que um determinado titulo de credito não foi aceito pelo sacado ou não foi pago pelo devedor principal. 
Funções
Conservatório de direitos: assegura ao credor seu direito de exigir dos obrigados de regresso o valor da divida estampada no titulo, e garante a possibilidade de cobrança antecipada da letra não aceita (art. 44 e 53, LUG)
Comprovatórias: o protesto prova uma dada situação cambiaria, tal como a recusa do aceite ou o não pagamento.
Na LETRA DE CAMBIO pode ocorrer pela falta de:
Aceite: prazo para apresentação; 
De data de aceite
De pagamento: primeiro dia útil após recusa do aceite ou pagamento. 
Perda de prazo p/ protesto: perda de possibilidade de direito de regresso contra os co-obrigados. 
NOTA PROMISSORIA (LUG, art. 75 e 76)
Trata-se de uma promessa pura e simples de pagamento, pela qual seu emitente se obriga a pagar ao seu beneficiário ou a sua ordem determinada quantia em dinheiro. 
Requisitos:
Denominação “nota promissória” inserta no próprio texto do titulo; 
A promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada – deve ser incondicional. 
O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga;
A indicação da data em que é passada (dia, mês e ano); 
Assinatura do emitente – deve constar no anverso do titulo; 
Classificação
Modelo: livre;
Estrutura: promessa de pagamento; 
Hipótese de emissão: não causal;
Circulação: nominativa a ordem;
Endosso: vincula a solvência. 
Vencimento
A vista
A certo termo da vista: a data de pagamento é estabelecida a partir do momento do aceite da cambial ou do protesto por falta dele. 
A dia certo: ocorre na data determinada no próprio titulo. 
Nota promissória vinculada a contrato: limita a inoponibilidade – possibilidade de oposição de exceções fundadas no negocio jurídico que deu origem ao titulo – deve conter a vinculação no titulo. 
Aplicam-se as notas promissórias as mesmas disposições contidas na letra de cambio quanto ao ENDOSSO, AVAL, PAGAMENTO, etc.
CHEQUE (Lei 7357/85)
Consiste na ordem de pagamento emitida pelo sacador, correntista de uma determinada instituição financeira, para que ela, sacada, pague uma determinada quantia em beneficio de terceiro ou dele próprio. 
Ordem de pagamento á vista!
Classificação
Modelo: vinculado – pois a cártula é fornecida pela própria instituição financeira.
Estrutura: ordem de pagamento;
Hipótese de emissão: livre
Circulação: < de R$100,00 – ao portador, circula por mera tradição
 ou > de R$100,00 
Implicita a clausula a ordem (que é presumida no cheque e implica que o titulo será transmitido mediante endosso); e clausula não a ordem (impõe que o credito somente sera transmitido por cessão civil)
Prazo de apresentação
Analise necessária: local da emissão;
Coincidência de praça: 30 dias;
Não coincidência de praça: 60 dias. 
Modalidades
a)Visado: é aquele que, a pedido do seu emitente ou portador, tem em seu verso lançada declaração do sacado (banco) indicando a provisão de fundos para a sua liquidação, durante o prazo de sua apresentação – Art. 7, LC.
b) Administrativo/Bancário: é aquele em que o emitente se confunde com o sacado, ou seja, é a própria instituição financeira que o emite – art. 9, LC.
c) Cruzado: cheque que tiver em sua face (anverso) dois traços paralelos, que cruzam o titulo transversalmente
Pode ser: a) Geral/em branco: quando houver aposição dos dois traços paralelos sem qualquer indicação entre eles; a cobrança pode ser feita por qualquer banco contratado; b) Especial/em preto: quando entre os traços encontrar a indicação de um determinado banco; a cobrança só poderá ser feita pelo banco indicado entre os traços. 
Para ser levado em conta: liquidação se dá exclusivamente mediante deposito em conta corrente, não havendo a possibilidade do seu pagamento em dinheiro. 
Pós datado: aquele no qual o emitente faz constar umadata posterior aquela em que ele efetivamente é criado, tendo como consequência o aumento do prazo para sua apresentação. 
Sustação do Cheque
Revogação: art. 35, LC – deve ser feita mediante correspondência do emitente endereçada ao banco, em que deve constar além da revogação efetiva da ordem de pagamento, as razoes que levam a sustação. Surte efeitos apenas depois de expirado o prazo de apresentação do cheque. 
Oposição: art. 36m, LC – tanto o emitente como o portador podem sustar o pagamento do cheque manifestando ao sacado, por escrito, oposição em razão fundada de direito (perda, extravio, furto, etc).
DUPLICATA - Lei 5414/68
Título de credito a ordem e formal, originado necessariamente de um contrato de compra e venda mercantil ou de prestação de serviços. 
Prazo: mínimo de 30 dias, contado da data da entrega ou despacho das mercadorias.
Título de crédito especial 
Fatura: nota fiscal – documento descritivo da compra e venda mercantil ou da prestação de serviços que contem a indicação de quantidade, qualidade e preço do produto ou serviço prestado. 
Classificação
Modelo: vinculado;
Estrutura: promessa de pagamento;
Hipotese de emissão: causal
Circulação: nominatio à ordem 
Exigencia de escrituração – art. 19, LD
Requisitos: art. 2, LD
Denominação “duplicata”
Data de sua emissão
Numero de ordem
Numero de fatura
Vencimento
Nome e domicilio do comprador e do vendedor
Importancia a pagar em algarismos e por extenso
Praça de pagamento
Clausula a ordem
Declaração do reconhecimento de sua exatidão
Assinatura do emitente
Remessa da duplicata ao sacado: 30 dias de sua emissão ou 10 dias do seu recebimento;
Devolução ao sacador: 10 dias contados da data de sua apresentação;
Aceite
Ordinário: se o aceite é obrigatório no que se refere a duplicata, ou ele efetivamente é dado pelo sacado, mediante a aposição de sua assinatura no anverso do titulo ou em documento apartado. 
Presumido: a falta do aceite é suprida pela aposição da assinatura do sacado no anverso do titulo ou em documento apartado. 
O sacado somente poderá recusar o aceite se não recebeu a mercadoria, se há vícios na mercadoria, etc. 
Recebida a duplicata, o sacado devera devolve-la em um prazo de 10 dias com o aceite ou sem o aceite e com a justificativa do não aceite;
Se a duplicata não for devolvida, o sacador poderá extrair triplicata
Aval
Deverá identificar o avalizado, e caso não o faça, será considerado como avalizado o sacado. 
O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anterior
Em branco, será considerado em beneficio daquele cuja assinatura estiver acima da do avalista, ou em favor do comprador.
Endosso
Poderá ser endossada a terceiro e os endossantes se tornam coobrigados pelo titulo, conforme a analogia da letra de cambio. 
Protesto
Por falta de aceite – Obrigatória, para a cobrança do devedor principal, além dos coobrigados.
Falta de devolução – facultativo ao beneficiário, pois a ausência não impedirá o protesto por falta de pagamento
Falta de pagamento
Prazo: 30 dias do vencimento. 
Se a duplicata tiver sido aceita, o protesto é necessário para a execução dos coobrigados. Na ausência, permite a execução apenas do sacado e dos avalistas.
Prescrição
3 anos, do vencimento do titulo, a ação contra o sacado e os avalistas;
1 ano, contado do protesto, a ação contra endossantes e seus avalistas;
1 ano, contado da data do pagamento, a ação promovida pelo coobrigado contra o sacador ou endossantes anteriores e avalista.
Triplicata: extraída por conta de perda ou extravio da duplicata;
Duplicata não devolvida: exceção ao principio da cartularidade
FALÊNCIA – Lei 11.101/05
A lei tem como foco principal a inovação do tratamento da sociedade empresaria e ao empresário com dificuldades economicas-financeiras, mas com possibilidade de recuperação seja judicial ou extrajudicial das empresas.
Procedimentos da LRE: Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência.
O foco principal deixa de ser a satisfação dos credores e se desloca para um patamar mais amplo: a proteção jurídica do mercado.
Canones interpretativos: art 47, LF.
- preservação da empresa – da atividade, não da sociedade empresarial;
- função social
- estimulo da atividade econômica – se consegue mensurar o risco da perda;
- imperativa a manutenção do agregado empresarial sempre que possível; 
- regime falimentar voltado ao empresário insolvente sem possibilidade de recuperação. 
Objetivo principal: recuperação
Incidência da Lei: aplica-se a lei de falências ao devedor empresário: 
Individual
Sociedade Empresária
EIRELI – Empresa Individual de Resp. Ltda.
Espécies sujeitas a Regima Especial, que não estão abrangidas pela LF.
- instituições financeiras (seguros, bancos);
- cooperativas (grupo de pessoasi que se unem p/ explorar a atividade empresarial);
- previdência complementar;
- operadora de plano de saúde;
- empresa publica e sociedades de economia mista;
- sociedades irregulares (s/ const. de PJ) – não se podem valer da recuperação judicial, mas estão sujeitas à falência. 
Competência: para concessão de recuperação judicial e decretação de falência, considera-se competente o foro do principal estabelecimento (não a SEDE estatutaria, a SEDE ADMINISTRATIVA, onde estão localizados os negócios do empresário e são realizadas operações financeiras e comerciais) - onde encontrar maior movimento da atividade empresarial + administração da empresa.
Critério FÁTICO – pautado na realidade, onde são praticados os atos de gestão da empresa.
Juízo Universal: vinculado aos princípios da unidade (lei exige um único processo para um mesmo devedor) e da universalidade (previsão de um só juízo para todas as medidas judiciais, todos os atos relativos ao devedor empresário – Juizo da Falencia ou Recuperação J.)
DISPOSIÇÕES COMUNS A RECUPERAÇÃO E A FALENCIA
Créditos são sujeitos a Rec. Ou a Falencia (art 5, LF)
- obrigações a titulo gratuito;
- despesas que os credores fizerem para tomar parte da falência, salva custas processuais decorrentes de litigio contra o devedor. 
Não aplica-se a Rec. Judicial: divida trabalhista, credito tributário e ma-fé do requisitante da recuperação judicial. 
Prescrição e Supensão
Prescrição: art. 6, caput, LF – a decretação de falência ou deferimento de rec. Judicial SUSPENDE o curso da prescrição;
Suspensão das ações e execuções: da Falência: até a extinção.
- da Rec. Judicial: 180 dias p/ que a empresa apresente o plano de recuperação e possa iniciar sua reestruturação s/ risco de uma determinação judicial contrária aos seus interesses.
FALÊNCIA 
Execução Concursal: aquela que busca satisfazer em igualdade de condições os credores do devedor não comerciante.
Busca o “par conditio creditorum” que tem como objetivo:
- privilegiar os credores mais necessitados;
- efetivação das garantias legais e/ou contratuais;
- assegurar chances iguais de realização do crédito de credores de uma mesma garantia.
Pressupostos
Devedor empresário – P.F, P.J, EIRELI
Insolvência Jurídica (art. 94, LF): estado em que o devedor tem prestações a cumprir superiores aos rendimentos que recebe e não consegue cumprir com suas obrigações. 
Sentença declaratória de falência: ato judicial que encerra a fase pré-falencial. É a partir desta sentença que se inicia a ação falencial propriamente dita, pois até então, havia mera expectativa de falência.
INSOLVÊNCIA:
art. 94, I - sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida (...) cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; 
- Admite litisconsórcio ativo (pluralidade de autores na ação);
- Prova da impontualidade: protesto (ainda que não se trate de titulo de crédito)
Execução frustada: art. 94, II - executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal – Triplice omissão 
{I e II: Citação – Defesa/depósito – Instrução (se necessária) – Sentença.}Atos de Falência: art. 94, III – presunção absoluta
{ Citação – Defesa – Instrução – Sentença.}
Processo Falimentar – 3 etapas:
Fase Pré-Falimentar: desenvolve-se como um processo se conhecimento, confirmando os indícios de insolvência decorrentes de confissão, impontualidade ou demais atos de falência praticado pelo devedor (verifica-se o devedor empresário e a insolvência jurídica).
Sentença Declaratória de Falência: instala a relação processual concursal que tem como objetivo a realização do ativo e satisfação do passivo (decreta a falência (cabe Agravo de Instrumento) ou rejeita o pedido de falência caso não exista efetivação (cabe Apelação). 
Reabilitação ou Liquidação: que é processada nos autos principais da falência e na qual os bens arrecadados são vendidos e os credores são pagos.
Legitimidade Ativa: art. 97, LF.
 I – o próprio devedor – AUTOFALENCIA: O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo sua falência, expondo as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial.
- Só não será deferida se o devedor desistir antes da sentença.
 II – o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante;
 III – o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade (sócio) – P.J
 IV – qualquer credor.
Pedido de Falência – 2 modalidades de RITO
- CREDOR ou Sócio: arts. 94, 96 e 98, LF – Rito Contencioso;
- AUTOFALENCIA: art. 105 e 107, LF - Rito Não Contencioso; 
Requisitos pelo CREDOR
Requerimento: Hipóteses do art. 94, LF
Prazo p/ defesa: 10 dias – poderá:
- contestar
- pleitear a Recup. Judicial (art. 90, LF)
- Elidio falência (debito que deu origem a falência) 
- requerer autofalência
Sentença: art. 99, LF.
Natureza Juridica: constitutiva; 
Decreta a quebra da sociedade com a dissolução de sua personalidade jurídica – ficam bens, atos jurídicos, contratos e credores submetidos a chamado falimentar. 
ANALISE DE SENTENÇA: considera presente os requisitos processuais e materiais para a instauração do regime falimentar.
Requisitos: 
Art. 99, II: TERMO GERAL DE FALENCIA: período anterior a decretação dos atos praticados
Será de no máximo 90 dias, tendo como marco inicial:
- Impontualidade: 90 dias anteriores do primeiro protesto;
- Demais casos: 90 dias anteriores do período de Recup. Judicial ou Falência
Publicidade: generaliza o conteúdo para a proteção de interesses de terceiros, evitando a pratica de atos inválidos; e que o próprio falido tenha conhecimento imediato da decretação para que não pratique atos, mesmo que de boa-fé, que sejam nulos. 
- edital com inteiro teor da sentença – “se a sociedade comportar, jornais, revistas de grande circulação”. 
Recurso: da sentença que decreta a falência: Agravo; (art. 100, LF)
- da sentença que indefere o pedido: Apelação. 
Atos de Sociedade Falida (art. 129 e ss, LF).
Da Ineficácia e da Revogação de Atos Praticados antes da Falência
Art. 129: Ineficácia OBJETIVA (presunção de fraude): os atos da sociedade falidade:
- não produzem efeito perante a massa falida;
- não se verifica se houve ou não intenção de causar dano/fraudar. 
Art. 130: Ineficácia SUBJETIVA(comprovação de fraude):
- precisa demonstrar a má-fé;
- necessidade de verificar se houve fraude. 
Ação Revocatória – art. 132 a 135
Legitimidade Ativa: administrador judicial, MP ou credor. 
Prazo: 3 anos da decretação de falencia
Sentença: Publica.
Sistema Recursal: da sentença cabe apelação.
Efeitos: restituição ao estado anterior para as partes: devedor, credor, massa. 
ADMINISTRAÇÃO DA FALENCIA
Envolve atos de informação, arrecadação de bens do falido, declaração e verificação dos créditos, além da investigação das causas da falência, permitindo uma restituição do passado da empresa para que sejam apuradas as causas da falência. 
Autoridade: 
Juiz: autoridade suprema no processo de falência (preside a falência) – atividade administrativa, não jurisdicional, por exemplo, autoriza a venda antecipada de um bem.
É auxiliador pelo MP e Adm Judicial. 
MP: atua como :
- fiscal da lei, verificando a regularidade dos atos processuais. 
- parte, se denuncia um crime falimentar, p. exemplo, 
- auxiliar do juiz em atividades administrativas, p. exemplo, quando se manifesta acerca de algum ato de administração dos bens do falido. 
Adm. Judicial: executa a administração sob supervisão do juiz, com a contribuição do Comite de Credores. 
Pode ser pessoa física (advogado) ou pessoa jurídica – não basta alguém com conhecimentos jurídicos, deve ter conhecimentos adm também. 
Representante da massa falida subjetiva
Não pode ser adm. Judicial: art. 30, LF.
Função Indelegavel – possibilidade de auxiliar.
Funções Especificas em nome próprio: 
- apreensão dos bens do ativo;
- chamamento de credores;
- investigação das causas que levaram a falência para persecução penal;
- eventual possibilidade de continuidade da atividade empresarial;
- liquidação de bens e
- pagamento dos credores
2. Natureza Juridica: Dupla – Fins:
- Penais: funcionário publico.
- Civil: agente externo.
3. Perda de Função
a) Substituição: troca do adm. Judicial;
b) Destituição: em casos de fraude, falta de competência, conflito de interesses (parentesco até 3º grau – caso de substituição) – Prazo de 5 anos p/ tentar ser adm. Judicial novamente.
4. Remuneração: arbitrada pelo juiz, observados os requisitos do art. 24, LF:
- Diligencia e eficiência na prestação de serviços;
- Importancia da massa;
- Valores de Mercado;
- Limite de 5% - Rec. Judicial: valor devido aos credores; Fal: valor de venda dos bens
Salvo ME e EPP: 2%
 5. Pagamento – 2 parcs: 60% créditos extraconcursais; 40% após a aprovação de contas.
 6. Prestação de Contas: art. 23, LF. Prazo: 30 dias.
 - Ordinárias e Extraordinárias 
Caso não prestar: intimado a faze-lo em 5 dias. Decorrido o prazo do caput deste artigo, o juiz destituirá o administrador judicial e nomeará substituto para elaborar relatórios ou organizar as contas, explicitando as responsabilidades de seu antecessor.
Autuado em aparto – eventual impugnação em 10 dias.
Se há impugnação: apuração – MP – Adm Judicial – Julgamento.
Se rejeitar contas: indisponibilidade/sequestro dos bens – sentença servirá de titulo executivo.
Sem impugnação: julgado exclusivamente pelo juiz.
Assembleia Geral de Credores
Comite de Credores
6. ASSEMBLEIA DE CREDORES (art. 35 a 46, LF)
LF prevê a existência e atuação da assembleia na falência e recuperação judicial. 
Órgão coletivo que desempenha um importante papel para o desenvolvimento do processo de recuperação e de falência. 
Função: Reúne os credores para formar a vontade coletiva, no caso de interesses convergentes e divergentes, conciliando esses interesses por meio de votos. 
Atribuições: art. 35, LF. 
Convocação: será convocada pelo juiz por edital publicado no órgão oficial e em jornais de grande circulação nas localidades da sede e filiais, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias.
Comitê: art. 27, LF. 
- Órgão: Facultativo, consultivo e fiscalizador. 
- integrado por representantes de cada classe.
7. EFEITOS DA FALENCIA
a) Dissolução judicial da sociedade falida - Representante legal da sociedade empresária.
- Regra: decisão judicial - implica na dissolução da sociedade falida 
- Exceção: possibilidade de continuação provisória – Gerida pelo adm. Judicial ou comissão de empregados. 
Paralelo com a dissolução voluntária:
a. dissolução ato
b. liquidação
c. partilha: o que sobrou da dissolução e o que voltará aos sócios, na medida de sua contribuição societária.

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