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2. BALANÇO HÍDRICO Disciplina: Hidrologia Professora: Camila Fernandes Ferreira Aparecido 4.1. Conceitos Básicos 4.2. Evaporação 4.3. Evapotranspiração 4.4. Água no Solo 1 Precipitação Vazão BALANÇO HÍDRICO NO SISTEMA DA BACIA HIDROGRÁFICA 2 EVAPORAÇÃO - TANQUE CLASSE A 3 ETo = kp ETCA, onde: Eto – evapotranspiração de referência (mm/dia); kp – coeficiente do tanque; ETCA - evaporação do tanque (mm/dia). EVAPORAÇÃO - TANQUE CLASSE A Evapotranspiração de referência (ETo): evapotranspiração de uma superfície de referência, como por exemplo, a grama batatais (adotado no Brasil). 4 EVAPORAÇÃO - TANQUE CLASSE A Coeficiente do tanque (kp): Bordadura de grama Kp = 0,108 – 0,0286. u2 + 0,0422. ln(FET) +0,1434. ln(RHmean) - 0,000631.[ln(FET)]2. ln(RHmean) Bordadura de solo Kp = 0.61 + 0.00341 RHmean - 0.000162 u2 RHmean - 0.00000959 u2FET + 0.00327 u2 ln(FET) - 0.00289 u2 ln(86.4 u2) - 0.0106 ln(86.4u2) ln(FET) + 0.00063 [ln(FET)]2.ln(86.4 u2) Determinação do coeficiente do tanque Classe A (kp) em função da velocidade média do vento a 2 m de altura (u2), do tamanho da bordadura da cobertura do tanque (FET) e da umidade relativa do ar (RH), por meio de equações. 5 u2 (m s -1) Cobertura de grama Cobertura de solo nu FET (m) RH médio (%) FET (m) RH médio (%) < 40 40 - 70 > 70 < 40 40 - 70 > 70 kp kp < 2 1 0,55 0,65 0,75 1 0,70 0,80 0,85 10 0,65 0,75 0,85 10 0,60 0,70 0,80 100 0,70 0,80 0,85 100 0,55 0,65 0,75 1000 0,75 0,85 0,85 1000 0,50 0,60 0,70 2-5 1 0,50 0,60 0,65 1 0,65 0,75 0,80 10 0,60 0,70 0,75 10 0,55 0,65 0,70 100 0,65 0,75 0,80 100 0,50 0,60 0,65 1000 0,70 0,80 0,80 1000 0,45 0,55 0,60 5-8 1 0,45 0,50 0,60 1 0,60 0,65 0,70 10 0,55 0,60 0,65 10 0,50 0,55 0,65 100 0,60 0,65 0,70 100 0,45 0,50 0,60 1000 0,65 0,70 0,75 1000 0,40 0,45 0,55 > 8 1 0,40 0,45 0,50 1 0,50 0,60 0,65 10 0,45 0,55 0,60 10 0,45 0,50 0,55 100 0,50 0,60 0,65 100 0,40 0,45 0,50 1000 0,55 0,60 0,65 1000 0,35 0,40 0,45 Determinação do coeficiente do tanque Classe A (kp) em função da velocidade média do vento a 2 m de altura (u2), do tamanho da bordadura da cobertura do tanque (FET) e da umidade relativa do ar (RH). 6 EVAPORAÇÃO MÉDIA MENSAL DE 2007 EM ILHA SOLTEIRA 4,8 6,9 7,3 6,5 5,9 5,4 5,3 7,3 10,6 9,1 10,4 7,4 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ev ap o ra çã o T C A ( m m /d ia ) Média = 7,2 mm/dia 7 EVAPOTRANSPIRAÇÃO EVAPORAÇÃO + TRANSPIRAÇÃO 8 MÉTODOS DIRETOS DE DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO LISÍMETROS 9 MÉTODOS DIRETOS DE DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO 10 MÉTODOS DIRETOS DE DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO ET = DV/S, onde: ET - evapotranspiração (mm/dia); DV - variação de volume (L); S - seção do lisímetro (mm/dia). 11 ETo = kp.EvTCA Kp - coeficiente do tanque; EvTCA - evaporação do tanque classe “A” (mm). EvTCA = NTCAi - NTCAf NTCAi - nível do tanque classe “A” no instante “i” (mm); NTCAf - nível do tanque classe “A” no instante “f” (mm). Tanque Classe “A” MÉTODOS INDIRETOS DE DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO 12 Penman-Monteith-FAO MÉTODOS INDIRETOS DE DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO )34,01( 273 900 408,0 2 2 u eeu T GRn ETo as D D ETo - evapotranspiração de referência (mm.dia-1); Rn - radiação líquida na superfície das culturas (MJ.m-2.dia-1); G - densidade do fluxo de calor do solo (MJ.m-2.dia-1); T - temperatura média a 2 metros do solo (ºC); u2 - velocidade do vento (m/s); es - pressão de saturação de vapor (kPa); ea - pressão atual de vapor (kPa); es-ea – déficit de pressão de saturação de vapor (kPa); D - declive da curva de pressão de vapor (kPa. ºC-1); y - constante psicrométrica (kPa. ºC-1). 13 Penman-Monteith-FAO MÉTODOS INDIRETOS DE DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO asss R N n baR Rs – Radiação solar (MJ.m -2.dia-1); n – número atual de horas de sol (horas); N – duração máxima de horas de sol durante o dia (horas) (função da latitude e do dia do ano); Ra – radiação extraterrestre (MJ.m -2.dia-1) (tabela 2 em anexo); as + bs – fração da radiação extraterrestre que chega a terra em dias limpos (tabela 1 em anexo.) N, Ra, as e bs – tabela 2 em anexo. 14 Penman-Monteith-FAO MÉTODOS INDIRETOS DE DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO RabaR ssSO )( RSO - Radiação Solar em Dia Limpo (MJ.m -2.dia-1); as + bs - fração da radiação extraterrestre que chega a terra em dias limpos (n = N) (ver tabela 1 em anexo). sns RR 1 Rns - Radiação líquida de onda curta (MJ.m-2.dia-1); - Albedo ou coeficiente de reflexão de cobertura (cobertura de referência - grama = 0,23); Rs – Radiação global (MJ.m-2.dia-1); 15 Penman-Monteith-FAO MÉTODOS INDIRETOS DE DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO 35,035,114,034,0 2 ,, 4 min 4 max so s a R R e KTKT Rnl Rnl - Radiação líquida de onda longa (MJ.m-2.dia-1); - Constante de Stefan-Boltzmann (4,903.10-9 MJ.K-4.m-2.dia-1); Tmax,K - Temperatura máxima absoluta no período de 24 horas (K = ºC + 273,16); Tmin,K - Temperatura mínima absoluta no período de 24 horas (K = ºC + 273,16); ea - Pressão de saturação de vapor atual (kPa); Rs - Radiação solar (MJ.m-2.dia-1); Rso - Radiação solar em céu limpo (MJ.m-2.dia-1). 16 Penman-Monteith-FAO MÉTODOS INDIRETOS DE DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO Rn - Radiação líquida (MJ.m -2.dia-1); Rns - Radiação de onda curta (MJ.m -2.dia-1); Rnl - Radiação de onda longa (MJ.m -2.dia-1); nlnsn RRR z t TT cG iis D D 1 G – fluxo de calor do solo (MJ.m-2.dia-1); cs – capacidade de calor do solo (MJ.m-3.ºC-1); Ti – temperatura do ar no tempo i (ºC); Ti-1 – temperatura do ar no tempo i-1 (ºC); Dt - intervalo de tempo (dias); Dz - profundidade efetiva do sistema radicular (m). 17 Penman-Monteith-FAO MÉTODOS INDIRETOS DE DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO 3,237 27,17 6108,0)( T T o eTe eo (T) – pressão de saturação de vapor (kPa); e – expoente neperiano; T – temperatura do ar (ºC). 2 minmax TTTm Tm – temperatura média (ºC); Tmáx – temperatura máxima (ºC); Tmín – temperatura mínima (ºC). 18 Penman-Monteith-FAO MÉTODOS INDIRETOS DE DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO RH – umidade relativa (%); ea – pressão de saturação de vapor atual (kPa); eo- pressão de vapor em relação a alguma temperatura T. )( 100 Te e RH o a 2 )()( mín o máx o s TeTe e es – média da pressão de saturação de vapor (kPa); eo (Tmáx) – pressão de saturação de vapor na temperatura máxima do dia (kPa); eo (Tmín) – pressão de saturação de vapor na temperatura mínima do dia (kPa). 19 Penman-Monteith-FAO MÉTODOS INDIRETOS DE DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO y – constante psicrométrica (kPa ºC-1); P – pressão atmosférica (kPa); - calor latente de vaporização (2,45 MJ kg-1); cp - calor específico a pressão constante (1,013.10-3 MJ. Kg-1 ºC-1); l - relação peso molecular de vapor de água / ar seco (0,622). OBS: Para termômetros sem ventilação forçada, isto é, em abrigo meteorológicoutiliza-se y = 0,8.10-3. Px, Pcp 3106650 l 20 Penman-Monteith-FAO MÉTODOS INDIRETOS DE DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO D - declive da curva de pressão de saturação de vapor a temperatura do ar (kPa ºC-1); e – expoente neperiano; T – temperatura do ar (ºC); 2 3,237 27,17 3,237 6108,04098 D T e T T 21 MÉTODOS DIRETOS DE DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO 2.7 4.8 5.0 4.4 3.8 3.4 3.4 4.3 6 5.2 6.6 4.8 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ev ap ot ra ns pi ra çã o T CA (m m /d ia) 22 MÉTODOS DIRETOS DE DETERMINAÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO 2.3 4.7 4.9 4.1 3.4 3.3 3.2 4.1 5.1 4.9 4.2 4.9 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ev ap ot ra ns pi ra çã o P NM (m m /d ia) 23 ÁGUA NO SOLO 24 ÁGUA NO SOLO 25 Textura do Solo Armazenamento (mm água/cm solo) Argilosa 2,0 Média 1,4 Arenosa 0,6 CAPACIDADE DE ÁGUA DISPONÍVEL CAD = Arm x Z 26 ESTAÇÕES AUTOMÁTICAS 27 Base da Estação 28 Anemômetro 29 Datalogger 30 31 INFILTRAÇÃO Taxa de infiltração Quantidade de água infiltrada por unidade de tempo. I = 34,905t-0,4398 R2 = 0,8898 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 T a x a d e I n fi lt ra ç ã o ( c m /h ) Tempo (minutos) 32 Comparação das médias* da taxa constante de entrada de água no solo (mm h-1) em função dos tratamentos Fonte: Souza e Alves (2003) 33 Infiltração acumulada, estimada e observada (mm) para tratamentos (A) sistema de cerrado; (B) sistema de cultivo mínimo; (C) sistema de plantio direto; (D) sistema de seringueira; (E) sistema de pastagem; (F) sistema convencional. Fonte: Souza e Alves (2003) 34 CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO NA BACIA HIDROGRÁFICA 254 25500 CN S Determinação da Infiltração Potencial - Método do Número da Curva (SCS-USDA) , sendo: S - infiltração pontencial (mm) CN - número da curva (admensional) varia de 0 a 100 de acordo com o uso e manejo do solo, da condição hidrológica e umidade antecedente do solo. 35 CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO NA BACIA HIDROGRÁFICA Grupos de solo: Solo A: baixo potencial de escoamento, alta taxa de infiltração quando copletamente úmido e perfil profundo, geralmente arenoso, com pouco silte e argila; Solo B: moderada taxa de ilfiltração quando completamente úmido e profundidade moderada; Solo C: baixa taxa de infiltração quando completamente úmido, camada de impedimento e considerável porcentagem de argila; Solo D: elevado potencial de escoamento e baixa taxa de infiltração, raso e de camada impermeável. 36 CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO NA BACIA HIDROGRÁFICA Quanto ao uso do solo: Sem cultivo: terra agrícola sem cobertura vegetal, com mais alto potencial de escoamento superficial. Constitui situação típica de áreas cultivadas com culturas anuais, imediatamente após o preparo ou plantio; Cultivo em fileiras: culturas plantadas em linhas, com espaçamento tal que boa parte da superfície do solo permanece exposta ao impacto das gotas da chuva do começo ao fim do ciclo da cultura (ex: milho, sorgo, tomate e soja); Cultivo em fileiras estreitas: culturas plantadas tão próximas entre si que a superfície do solo permanece desprotegida apenas durante um curto período de tempo, imediatamente após o plantio (ex: trigo, cevada e aveia); Leguminosas em fileiras estreitas ou forrageiras em rotação: culturas plantadas em fileiras bastante próximas, ou, até mesmo, a lanço, por exemplo, as pastagens. 37 CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO NA BACIA HIDROGRÁFICA Com relação ao tipo de tratamento: Fileiras retas: são dispostas segunda a linha de declive do terreno; Fileiras com curvas de nível: são posicionadas tão próximas quanto possível das curvas de nível; Fileiras com curvas de nível e terraços: além de estarem posicionadas em nível, existem também terraços para a contenção do escoamento superficial; 38 CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO NA BACIA HIDROGRÁFICA Com relação a condição hidrológica, a cobertura pode ser assim considerada: Boa: em mais de 75% da área Regular: entre 50 e 75% da área Má: menos de 50% da área 39 Textura do Solo VIB (mm/h) Argiloso 2-5 Franco-argiloso 6-8 Franco-siltoso 7-10 Franco 7-12 Franco-arenoso 8-12 Arenoso 12-25 VELOCIDADE DE INFILTRAÇÃO BÁSICA ESTIMADA EM FUNÇÃO DA TEXTURA DO SOLO. 40 BALANÇO HÍDRICO NO SISTEMA SOLO-PLANTA- ATMOSFERA Chuva Infiltração Água armazenada 41 Entradas P = chuva O = orvalho Ri = escorrimento superficial DLi = escorrimento sub-superficial AC = ascensão capilar Saídas ET = evapotranspiração Ro = escorrimento superficial DLo = escorrimento sub-superficial DP = drenagem profunda Equacionando-se as entradas (+) e as saídas (-) de água do sistema, tem-se a variação de armazenamento de água no solo D ARM = P + O + Ri + DLi + AC – ET – Ro – DLo – DP 42
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