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1. Introdução teórica (13) 1.1. Ergonomia De acordo com Iida (2005), a ergonomia é o estudo da adaptação das condições de trabalho ao ser humano. As condições de trabalho abrangem não apenas máquinas e equipamentos, mas também toda situação em que ocorre algum relacionamento entre o ser humano e seu trabalho. Ela contempla o ambiente físico e os aspectos organizacionais de como o trabalho é programado e controlado para produzir os resultados desejados. A ergonomia pode ser classificada em física, cognitiva e organizacional. Todas têm como principal objetivo a segurança e o bem-estar dos trabalhadores no seu relacionamento com os sistemas produtivos (SLACK, 1997). A ergonomia física estuda os aspectos da anatomia humana, da antropometria, da fisiologia e da biomecânica relacionados com a atividade física, tais como a postura do trabalho, o manuseio de materiais, os movimentos repetitivos, os distúrbios musculoesqueléticos, o projeto de postos de trabalho, a segurança e a saúde do trabalhador (KROEMER, 2005). A ergonomia cognitiva estuda os processos mentais relacionados com as interações entre as pessoas e as outras partes de um sistema, como aspectos ligados à carga mental, à tomada de decisões, à interação do ser humano com o equipamento, ao estresse e ao treinamento (SANTOS, 2011). A ergonomia organizacional estuda a otimização dos sistemas sociotécnicos, abrangendo aspectos ligados às comunicações, ao projeto do trabalho, à programação do trabalho em grupo, ao projeto participativo, ao trabalho cooperativo, à cultura organizacional, às organizações em rede e à gestão da qualidade (SANTOS, 2011). A norma regulamentadora NR 17 trata da obrigatoriedade da aplicação da ergonomia nos postos de trabalho. Segundo essa norma, qualquer postura, desde que mantida de maneira prolongada, é mal tolerada. A alternância de posturas deve ser sempre privilegiada, pois permite que os músculos recebam seus nutrientes e não fiquem fatigados. A alternância da postura deve sempre ficar à livre escolha do trabalhador. Ele é quem vai saber, diante da exigência momentânea da tarefa, qual é a melhor posição para a execução da tarefa (IIDA, 2005). Uma tarefa tem exigências variadas, por isso não se pode afirmar de antemão qual é a melhor postura baseando-se apenas em critérios biomecânicos. Por exemplo, um caixa de supermercado, normalmente, prefere ficar sentado quando manipula mercadorias leves(quando faz um troco ou quando confere cheques) e prefere levantar-se quando lida com mercadoria pesada ou frágil. A postura de trabalho adotada é função da atividade desenvolvida, das exigências da tarefa (visuais, emprego de forças, precisão dos movimentos etc.), dos espaços de trabalho, da ligação do trabalhador com máquinas e equipamentos de trabalho, como, por exemplo, o acionamento de comandos (SLACK, 1997). 1.2. Mediana e percentil A mediana de um conjunto de dados é o valor encontrado na posição central, quando a série de dados é apresentada em ordem crescente. Por exemplo, em um conjunto de 25 dados colocados em ordem crescente, a mediana é o dado correspondente à posição 13. No caso de o número de dados ser par, como, por exemplo, um conjunto de 20 números, a mediana é o valor médio entre o número da posição dez e o número da posição onze. Em um conjunto de dados, o percentil divide o total da população em cem partes iguais. Para determinarmos certo percentil em um conjunto de dados, é suficiente ordenar esses dados e localizar o elemento correspondente à fração desejada. Em um conjunto de dados, um percentil indica a porcentagem de elementos que estão abaixo do valor indicado. Tomemos, por exemplo, o conjunto de 9 números indicados a seguir: 1 5 8 7 6 4 13 14 9 Ordenando-se os números, do menor para o maior, temos: 1 4 5 6 7 8 9 13 14. O percentil de números menores do que P6 3/9 . 100 33,3%
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