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Aula 04 (1) documentaçao amostragem (1)

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Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 04 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1
Introdução ............................................................................................ 01 
Documentação de Auditoria ..................................................................... 02 
Amostragem .......................................................................................... 06 
Questões comentadas ............................................................................. 21 
Lista de questões sem comentários .......................................................... 41 
Bibliografia ............................................................................................ 49 
 
 
 
Introdução 
 
 
Prezado Aluno, 
 
Vamos à nossa quarta aula do Curso de Auditoria para AFRFB – Teoria e 
Exercícios (pós-edital). 
 
Seguindo nosso cronograma, hoje iremos tratar da documentação de auditoria 
e de amostragem. 
 
Lembre que as questões discutidas durante a aula estão no final do arquivo, 
caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários. 
 
Por fim, não esqueça, participe do Fórum de dúvidas! 
 
Vamos em frente! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso On-Line: Auditoria Teoria e Exercícios para a AFRFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 04 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 2
 
 
Documentação de Auditoria 
 
 
Começaremos nossa aula falando sobre documentação de auditoria. 
 
Vimos na aula passada que o auditor, para emitir opinião sobre as 
demonstrações contábeis, deve colher elementos comprobatórios suficientes 
(evidências) a fim de apoiar suas conclusões. Essas evidências são fornecidas 
pela documentação de auditoria. 
 
Esse assunto está tratado na NBC TA 2301, que não trouxe muitas mudanças 
em relação às normas antigas. 
 
A documentação de auditoria (também denominada papéis de trabalho2) 
fornece as evidências para uma conclusão quanto ao cumprimento do seu 
objetivo global, bem como de que a auditoria foi planejada e executada em 
conformidade com as normas e exigências legais e regulamentares aplicáveis. 
 
Ou seja, papéis de trabalho são os registros mantidos pelo auditor 
sobre os procedimentos aplicados, os testes realizados, as informações 
obtidas e as conclusões tiradas durante a auditoria, a fim de apoiar sua 
opinião sobre as demonstrações financeiras. 
 
Além disso, é possível listar um rol de finalidades adicionais para a 
documentação de auditoria, que incluem: 
 
• assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria 
e aos responsáveis pela direção e supervisão do trabalho de auditoria; 
 
• permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu 
trabalho; 
 
• manter registro de assuntos de importância recorrente para auditorias 
futuras; e 
 
• permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidade 
internas e externas em conformidade com as exigências legais e 
regulamentares aplicáveis. 
 
Portanto, o objetivo do auditor é preparar documentação que forneça registro 
suficiente e apropriado do embasamento do seu relatório do auditor e 
evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com 
as normas e as exigências legais e regulamentares aplicáveis. 
 
1 Resolução CFC 1.206/09. 
2 Essa denominação está presente nas normas revogadas de auditoria (NBC T 11 e seus complementos). 
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Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 3
 
Mas, de onde vem essa documentação? 
 
Tudo isso resulta da documentação preparada pelo auditor (tabelas, 
anotações, gráficos, relatórios, etc.) e/ou fornecida a este pela administração 
(balancetes, balanços, razão, atas, contratos etc.) ou por terceiros (cartas de 
confirmações, respostas a entrevistas etc.) durante a execução da auditoria. 
 
Assim, nesse emaranhado de informações, a elaboração dos papéis de trabalho 
deve integrar um processo organizado de registro de evidências da auditoria 
por intermédio de informações em papel, filmes, fotos, meios eletrônicos ou 
outros que assegurem o objetivo a que se destinam. Ou seja, “papéis de 
trabalho” não são apenas papéis, representam, na verdade, qualquer meio 
idôneo de transmissão de informações. 
 
Deve-se destacar que, atualmente, existem softwares específicos que são 
utilizados para a preparação dos papéis de trabalho que facilitam muito a vida 
dos auditores. 
 
A documentação de auditoria deve ser preparada tempestivamente, de forma a 
aprimorar a qualidade da auditoria e facilitar a revisão e a avaliação eficazes 
das evidências e das conclusões obtidas antes da finalização do relatório do 
auditor, pois, caso seja elaborada após a execução do trabalho, tende a ser 
menos precisa do que aquela elaborada no exato momento em que o trabalho 
é executado. 
 
Portanto, essa documentação deve registrar os fatos pertinentes que eram do 
conhecimento do auditor no momento em que chegou às suas conclusões, pois 
somente assim, outro auditor conseguirá entender essas conclusões. 
 
O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente 
para permitir que um auditor experiente, sem nenhum envolvimento 
anterior com a auditoria, entenda: 
 
• a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria 
executados; 
 
• os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a 
evidência de auditoria obtida; e 
 
• assuntos significativos identificados durante a auditoria, as 
conclusões obtidas a respeito deles e os julgamentos profissionais 
significativos exercidos para chegar a essas conclusões. 
 
Assim, a documentação de auditoria consiste em um instrumento de trabalho 
do auditor e futuramente servirá de prova do trabalho realizado em todas as 
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fases da auditoria, desde o planejamento, passando pela execução, indo até o 
relatório. 
 
Dessa forma, os papéis de trabalho constituem a memória da auditoria. 
Constituem-se no roteiro, no mapa do caminho que leva às conclusões. A 
partir de sua análise, outro auditor deve poder chegar às conclusões que o 
auditor que os elaborou chegou. 
 
Como os papéis de trabalho são a base para as conclusões do auditor, eles 
devem incluir seu juízo acerca de todas as questões significativas, 
principalmente nas áreas que envolvem questões de princípio ou de 
julgamento difícil. Em virtude dos objetivos expostos e da importância dos 
papéis de trabalho, nem seria necessário frisar que eles devem ser 
organizados, claros, nítidos, legíveis, limpos etc. 
 
Outro ponto que merece destaque é o de que a quantidade, o tipo, enfim, a 
extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional 
do próprio auditor. O auditor deve avaliar o que é necessário o outro auditor 
saber, para que este último possa chegar às conclusões que o primeiro 
chegou. 
 
Ora, não é necessário nem prático documentar todas as questões que foram 
tratadas, uma grande quantidade de papéis poderia dificultar sua 
interpretação, portanto, o julgamento do auditor deve levar em conta a 
relevância da matéria tratada em relação às suas conclusões, todo documento 
relevante deve gerar um papel de trabalho, de outro lado, os documentos que 
não ajudam a esclarecer as conclusões não são necessários (o auditor deve ser 
racional na elaboração dos papéis). 
 
Cada auditoria tem suas peculiaridades, uma é diferente da outra, então ospapéis de trabalho de uma auditoria serão diferentes dos de outra, pois são 
elaborados, estruturados e organizados para atender às circunstâncias do 
trabalho e satisfazer as necessidades do auditor para cada uma. 
 
A forma e o conteúdo dos papéis de trabalho podem ser afetados por 
questões como a natureza do trabalho; a natureza e a complexidade da 
atividade da entidade; a natureza e a condição dos sistemas contábeis e de 
controle interno; as necessidades de direção, supervisão e revisão do trabalho 
executado pela equipe; e a metodologia e a tecnologia utilizadas. 
 
Os papéis de trabalho, normalmente são divididos nos seguintes tipos: 
 
• Programa de auditoria ��� Normalmente, as firmas de auditoria 
preparam programas-padrões, a serem preenchidos pelos auditores, 
para todas as áreas das demonstrações financeiras e também para 
outros assuntos relacionados com o exame auditorial. 
 
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• Papéis elaborados pelo auditor ��� representam os papéis de trabalho 
que o auditor vai elaborando à medida que analisa as contas contábeis, 
com o objetivo de ter um registro dos serviços executados. 
 
• Outros papéis de trabalho ��� cartas de confirmação de terceiros 
(contas correntes bancárias; aplicações financeiras; contas a receber; 
fornecedores a pagar; advogados etc.) e cópias de documentos 
importantes (estatuto social; contratos; manuais; atas etc.). 
 
Quanto à sua natureza os papéis de trabalho podem ser classificados como 
correntes ou permanentes. 
 
Os correntes são utilizados em apenas um exercício social – p. ex. extratos 
bancários - já os permanentes são utilizados em mais de um exercício social – 
p.ex. estatuto social da empresa. 
 
Por fim, vamos ressaltar um último detalhe acerca da documentação de 
auditoria – o prazo de guarda dos papéis de trabalho. 
 
A NBC TA 230 define arquivo de auditoria como o conjunto de uma ou mais 
pastas, ou outras formas de armazenamento, em forma física ou eletrônica, 
que contêm os registros que constituem a documentação de um trabalho 
específico. 
 
De acordo com a NBC PA 01, firmas de auditoria devem estabelecer políticas e 
procedimentos para a retenção da documentação de trabalhos em seus 
arquivos de auditoria. O período de retenção para trabalhos de auditoria 
geralmente não pode ser inferior a 5 (cinco) anos a contar da data do 
relatório do auditor ou, se posterior, da data do relatório do auditor do 
grupo. 
 
Destacamos que essa regra não mudou em relação às normas antigas de 
auditoria. Assim, todos os papéis de trabalho produzidos pelo auditor devem 
ser arquivados e conservados adequadamente por, pelo menos, 5 (cinco) anos. 
Guarde esse número! 
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Amostragem 
 
 
A amostragem3, quando utilizada corretamente, é uma poderosa técnica de 
auditoria, por isso, vamos estudar seus principais pontos. 
 
Você sabe que um teste eficaz deve fornecer evidência de auditoria apropriada 
e suficiente para as finalidades do auditor. 
 
Portanto, ao selecionar os itens a serem testados, o auditor deve determinar a 
relevância e a confiabilidade das informações a serem utilizadas como 
evidência de auditoria. A eficácia (suficiência) também é uma consideração 
importante nessa seleção. 
 
Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens são: 
 
• seleção de todos os itens (exame de 100% ou censo); 
• seleção de itens específicos; e 
• amostragem de auditoria. 
 
A aplicação de qualquer um desses meios ou de uma combinação deles pode 
ser apropriada dependendo das circunstâncias específicas. O auditor pode 
decidir que será mais apropriado examinar toda a população de itens que 
constituem uma classe de transações ou saldo contábil4 (ou um estrato dentro 
dessa população). 
 
Veja que um exame de 100% pode ser apropriado quando, por exemplo: 
 
• a população constitui um número pequeno de itens de grande valor; 
 
• há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de 
auditoria apropriada e suficiente; ou 
 
• a natureza repetitiva de um cálculo ou outro processo executado 
automaticamente por sistema de informação torna um exame de 100% 
rápido e eficiente, ou seja, a realização do censo não é custosa. 
 
Por outro lado, é possível selecionar itens específicos de uma população (sem 
realizar amostragem). Um exemplo seria a seleção de itens específicos dentro 
de uma população porque têm valor elevado, ou exibem alguma característica 
suspeita/não usual, ou são propensos a risco, ou tenham histórico de erros. 
 
 
3 Resolução CFC nº 1.222/09 – NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria. 
4 É improvável um exame de 100% no caso de testes de controles; contudo, é mais comum para testes de detalhes. 
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Ao tomar essa decisão, é preciso ter em mente que se está sujeito ao risco de 
não amostragem. Em outras palavras, embora o exame seletivo de itens 
específicos possa ser um meio eficiente de se obter evidências, isso não 
constitui amostragem e, consequentemente, os resultados de procedimentos 
de auditoria aplicados a itens selecionados dessa maneira não podem ser 
projetados para a população inteira. 
 
Finalmente, existe a possibilidade da realização de amostragem – tirar 
conclusões de uma população inteira com base no teste de amostra extraída 
dela. 
 
As normas de auditoria do CFC definem amostragem como a aplicação de 
procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens da população 
relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de 
amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para 
proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a 
população. 
 
Assim, é possível extrair algumas conclusões importantes dessa definição: 
 
• Trata-se de um processo que é aplicado em parte da população (menos 
de 100%), por exemplo, se o objetivo for tirar conclusões sobre o 
“Contas a Receber”, analisa-se apenas algumas faturas de clientes. 
 
• Os itens selecionados para fins de amostragem devem ter sido escolhidos 
randomicamente (aleatoriamente), ou seja, sem viés (bias). 
 
• O auditor, por meio desse processo, é capaz de ter uma resposta para 
toda a população. Por exemplo, analisando apenas 50 faturas de 
clientes, consegue forma uma opinião sobre o total do “Contas a 
Receber”. 
 
Enfim, com esse procedimento o auditor chega a uma conclusão sobre aquela 
parcela da população testada (amostra) e extrapola essa conclusão para toda a 
população. A amostra é selecionada a partir de unidades de amostragem – 
itens que constituem a população analisada e que podem ser físicos (por 
exemplo, cheques relacionados em comprovante de depósito, lançamentos de 
crédito em extratos bancários, faturas de venda ou saldos de devedores) ou 
unidades monetárias. 
 
Unidade de amostragem População 
Cada um dos itens individuais que 
constituem uma população. 
Conjunto completo de dados sobre o 
qual a amostra é selecionada e 
sobre o qual o auditor deseja 
concluir. 
 
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Ora, seria extremamente custoso aplicar os testes de auditoria na totalidade 
dos itens de uma população muito grande, assim,o auditor, a seu critério, 
pode utilizar o método da amostragem ao determinar a extensão de um teste 
de auditoria ou método de seleção de itens a testar. 
 
Por exemplo, a circularização de uma população de 10.000 clientes pode 
apresentar uma relação custo-benefício inviável, de tal forma que, por técnicas 
estatísticas, é possível selecionar uma amostra dessa população – digamos 5% 
(=500 clientes). Aplica-se, então, os testes nessa amostra e as conclusões 
tiradas desses testes são consideradas não só para a amostra, mas, com a 
devida interpretação, para toda a população, ou seja, para os 10.000 clientes. 
 
Outro exemplo, na realização de uma auditoria operacional o auditor pode se 
utilizar de pesquisas, quando essas pesquisas forem baseadas em amostragem 
estatística, será possível generalizar as conclusões para toda a população. É 
claro que, para garantir essa generalização, a amostra deve refletir as 
características da população-alvo, como veremos mais adiante. Além disso, 
qualquer deficiência do método amostral utilizado deve ser levada em conta na 
interpretação dos resultados da pesquisa e ser devidamente relatada. 
 
Assim, o auditor pode utilizar amostragem para obter informações sobre 
muitas características de uma população. No entanto, geralmente se está 
preocupado em obter respostas para a taxa de desvios nos controles da 
entidade ou para as distorções relevantes presentes nos saldos contábeis. 
 
Dizemos que amostragem de atributos é aquela utilizada para estimar a taxa 
de desvios da população e amostragem de variáveis é aquela utilizada para 
estimar um total monetário ou o valor monetário de erros em uma população. 
 
Técnica de 
Amostragem 
Tipo de teste Finalidade 
Amostragem de 
atributos 
Teste de controle estimar a taxa de desvios 
da população 
Amostragem de 
variáveis 
Teste de detalhes 
estimar um total monetário 
ou o valor monetário de 
erros em uma população 
 
 
Risco de Amostragem 
 
Devemos saber que a técnica de amostragem, por implicar na não realização 
dos testes de auditoria na totalidade dos itens, envolve alguma incerteza. Se, 
o auditor necessitasse obter total certeza sobre alguma população, teria de 
aplicar testes em todos os seus componentes (exame de 100% ou censo), mas 
como já foi falado, isso na maioria das vezes é inviável. 
 
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Existe, portanto, o que chamamos de risco de amostragem, definido como o 
risco de que a conclusão do auditor, com base na amostra, pudesse ser 
diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de 
auditoria. 
 
Esse risco, de acordo com a conclusão errônea que pode levar e com o tipo de 
teste em questão (controle ou detalhes), pode ser classificado em: 
• Testes de Controle (Amostragem de Atributos) 
o Risco de subavaliação da confiabilidade5: controles são 
considerados menos eficazes do que realmente são. 
 
o Risco de superavaliação de confiabilidade6: controles são 
considerados mais eficazes do que realmente são. 
 
• Testes de Detalhes (Amostragem de Variáveis) 
o Risco de rejeição incorreta: seja identificada distorção relevante, 
quando, na verdade, ela não existe. 
 
o Risco de aceitação incorreta: não seja identificada distorção 
relevante, quando, na verdade, ela existe. 
 
Nota-se que o risco de subavaliação da confiabilidade e o risco de 
rejeição incorreta afetam a eficiência da auditoria, visto que, 
normalmente, conduziriam o auditor a realizar trabalhos adicionais, o que 
estabeleceria que as conclusões iniciais eram incorretas. Ou seja, tornariam a 
auditoria mais onerosa (mais horas de trabalho, mais recursos financeiros 
gastos). 
 
Por outro lado, o risco de superavaliação da confiabilidade e o risco de 
aceitação incorreta afetam a eficácia da auditoria e têm mais 
probabilidade de conduzir a uma conclusão errônea sobre determinados 
controles, saldos de contas ou classe de transações do que o risco de 
subavaliação da confiabilidade ou o risco de rejeição incorreta. 
 
Esse último tipo de risco é mais problemático, pois tem maior probabilidade de 
afetar as conclusões da auditoria e nesse caso os efeitos podem ser muito 
danosos. 
 
 
 
 
 
5 Também chamado de “risco de avaliação do risco de controle em nível alto demais”. 
6 Também chamado de “risco de avaliação do risco de controle em nível baixo demais”. 
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 Testes de Detalhes Testes de Controle 
Eficiência Risco de rejeição 
incorreta 
Risco de subavaliação da 
confiabilidade 
Eficácia 
Risco de aceitação 
incorreta 
Risco de superavaliação 
de confiabilidade 
 
 
Por fim, é importante ter bem claro o que é risco de amostragem e o que é 
risco não resultante da amostragem. Este último é o risco de que o auditor 
chegue a uma conclusão errônea por qualquer outra razão que não seja 
relacionada ao risco de amostragem, como o uso de procedimentos de 
auditoria não apropriados ou a interpretação errônea da evidência de auditoria 
e o não reconhecimento de uma distorção ou de um desvio. 
 
Tudo tranquilo até aqui? Vamos em frente... 
 
 
Tipos de Amostragem 
 
Ao executar os testes de auditoria o auditor pode utilizar dois tipos de 
amostragem: estatística e a não-estatística (por julgamento). 
 
A amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada 
cientificamente com a finalidade de que os resultados obtidos possam ser 
estendidos ao conjunto de acordo com a teoria da probabilidade ou as regras 
estatísticas. De tal forma que esse processo tem as seguintes características: 
 
• seleção aleatória dos itens da amostra; e 
 
• o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das 
amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem. 
 
Uma amostragem que não tem as características acima descritas é 
considerada não estatística, ou seja, aquela em que a amostra é 
determinada pelo auditor utilizando sua experiência, critério e conhecimento 
da entidade, mas sem base científica. 
 
A escolha entre os dois tipos de abordagem envolve principalmente a 
consideração da relação custo-benefício do processo. 
 
O emprego de amostragem estatística é recomendável quando a população a 
ser auditada é grande e os itens da população apresentam características 
Maior problema para o 
auditor 
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homogêneas. Em uma confirmação de contas a receber de uma grande 
empresa de varejo, por exemplo, seria extremamente caro fazer a confirmação 
com todos os clientes que devem para a empresa. 
 
Ainda nesse contexto, é importante discutir uma espécie particular de 
amostragem estatística: amostragem estratificada ou estratificação. 
 
Esse tipo particular de amostragem consiste em dividir uma população em 
subpopulações (estratos), cada uma sendo um grupo de unidades de 
amostragem com características semelhantes. Assim, a amostragem é 
realizada separadamente em cada estrato, e os resultados de cada uma dessas 
amostras são combinados em um resultado final. 
 
Contudo, ressalte-se que os resultados dos procedimentos de auditoria 
aplicados a uma amostra dentro de um estrato só podem ser projetados para 
os itens que compõem esse estrato. Para concluir sobre toda a população, o 
auditor precisa considerar o risco de distorção relevante em relação a todos os 
outros estratos que compõema população. Assim, se um saldo de conta tiver 
sido dividido em estratos, as distorções projetadas para cada estrato 
separadamente são combinadas na consideração do possível efeito das 
distorções no total. 
 
A estratificação permite que a eficiência da auditoria seja melhorada se o 
auditor estratificar a população, dividindo-a em subpopulações distintas, 
reduzindo dessa maneira a variabilidade dos itens de cada estrato e, portanto, 
permitindo que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de 
amostragem. É essa diminuição da variabilidade (conseguida graças à 
formação de grupos homogêneos) que permite a redução do tamanho da 
amostra. 
 
Na execução dos testes de detalhes, por exemplo, a população é geralmente 
estratificada por valor monetário, permitindo que o trabalho maior de auditoria 
possa ser direcionado para os itens de valor maior, uma vez que esses itens 
podem conter maior potencial de distorção em termos de superavaliação. 
 
Da mesma forma, a população pode ser estratificada de acordo com uma 
característica específica que indica maior risco de distorção como, por 
exemplo, no teste da provisão para créditos de liquidação duvidosa, os saldos 
podem ser estratificados por idade ou clientes. 
 
 
Definição da Amostra 
 
Vimos que a amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie 
a evidência de auditoria em relação a algumas características dos itens 
selecionados de modo a formar uma conclusão sobre a população da qual a 
amostra é retirada. Para isso, é preciso definir a amostra. 
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Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do 
procedimento de auditoria e as características da população da qual será 
retirada a amostra. 
 
No que se refere à finalidade do procedimento, o auditor deve considerar os 
fins específicos a serem alcançados e a combinação de procedimentos que 
devem alcançar esses fins, incluindo um claro entendimento do que realmente 
constitui desvio ou distorção. 
 
Por exemplo, em um teste de detalhes relacionado com a existência de contas 
a receber, um registro errôneo entre as contas de clientes (p. ex. a dívida é 
lançada no cliente errado), não afeta o saldo total das contas a receber, 
portanto, pode não ser apropriado considerar que isso seja uma distorção na 
avaliação dos resultados da amostragem desse procedimento em particular, 
por mais que isso possa ter um efeito importante em outras áreas da auditoria, 
como por exemplo, na avaliação do risco de fraude ou da adequação da 
provisão para créditos de liquidação duvidosa. 
 
Já ao considerar as características de uma população, o auditor, para 
estabelecer a amostra de auditoria e determinar seu tamanho deve avaliar: 
 
• taxa esperada de desvio7 (no caso de testes de controle), com base 
no entendimento do auditor dos controles relevantes ou no exame de 
pequena quantidade de itens da população. 
 
Se a taxa esperada de desvio for inaceitavelmente alta, o auditor 
geralmente decide por não executar os testes de controles (nesse 
caso, o auditor terá que considerar um risco maior nos testes de 
detalhes). 
 
• distorção esperada na população8 (no caso de testes de detalhes), 
com base na experiência do auditor ou no exame de pequena 
quantidade de itens da população. 
 
Se a distorção esperada for alta, o exame completo ou o uso de 
amostra maior pode ser apropriado ao executar os testes de detalhes. 
 
Além disso, ao considerar as características da população da qual a amostra 
será extraída, o auditor pode determinar se a estratificação ou a seleção com 
base em valores é apropriada. 
 
 
 
7 A taxa esperada de desvios corresponde ao erro que o auditor espera encontrar em determinado procedimento de 
controle. 
8 A distorção esperada na população é o erro que o auditor espera encontrar em determinado saldo avaliado em um teste 
de detalhes. 
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Tamanho da amostra 
 
Outro passo importante no processo de definição da amostra é a determinação 
do tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um 
nível mínimo aceitável. 
 
Dessa forma, logicamente um importante componente nessa definição é o 
nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar, de forma 
que quanto menor o risco, maior deve ser o tamanho da amostra. Em outras 
palavras, para se obter um menor risco amostragem é necessário utilizar uma 
amostra maior. 
 
Vimos que cada um dos itens individuais que constituem uma população 
representa uma unidade de amostragem. As unidades de amostragem podem 
ser itens físicos (por exemplo, cheques relacionados em comprovante de 
depósito, lançamentos de crédito em extratos bancários, faturas de venda ou 
saldos de devedores) ou unidades monetárias. 
 
A pergunta que fica é: como definir esses itens? Ao definir uma amostra de 
auditoria, o auditor deve: 
 
• considerar a finalidade do procedimento de auditoria e as características 
da população da qual será retirada a amostra; 
 
• determinar um tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de 
amostragem a um nível mínimo aceitável; 
 
• selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de 
amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada. 
 
Mais especificamente no que se refere ao tamanho da amostra, os apêndices 2 
(testes de controles) e 3 (testes de detalhes) da NBC TA 530 trazem diversos 
fatores que o auditor pode levar em consideração na sua determinação. 
 
Os quadros abaixo resumem esses fatores e o seu efeito no tamanho da 
amostra: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Apêndice 2: Testes de controle 
 
Fator 
Efeito no tamanho 
da amostra 
1. Aumento na extensão na qual a avaliação de risco do 
auditor leva em consideração os controles relevantes 
Aumento 
2. Aumento na taxa tolerável de desvio Redução 
3. Aumento na taxa esperada de desvio da população a ser 
testada Aumento 
4. Aumento no nível de segurança desejado do auditor de 
que a taxa tolerável de desvio não seja excedida pela taxa 
real de desvio na população 
Aumento 
5. Aumento na quantidade de unidades de amostragem na 
população 
Efeito negligenciável 
 
 
Apêndice 3: Testes de detalhes 
 
Fator 
Efeito no tamanho 
da amostra 
1. Aumento na avaliação do risco de distorção relevante do 
auditor 
Aumento 
2. Aumento no uso de outros procedimentos substantivos 
direcionados à mesma afirmação 
Redução 
3. Aumento no nível de segurança desejado pelo auditor de 
que uma distorção tolerável não é excedida pela distorção 
real na população 
Aumento 
4. Aumento na distorção tolerável Redução 
5. Aumento no valor da distorção que o auditor espera 
encontrar na população Aumento 
6. Estratificação da população, quando apropriado Redução 
7. Quantidade de unidades de amostragem na população Efeito negligenciável 
 
 
 
 
 
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Métodos de seleção de amostra 
 
O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade 
de amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada 
(princípio da aleatoriedade).Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo 
que cada unidade de amostragem tenha uma probabilidade conhecida de ser 
selecionada. 
 
Pela amostragem não estatística, o julgamento é usado para selecionar os 
itens da amostra. Contudo, independente do tipo de amostragem, como a 
finalidade do processo é a de fornecer base razoável para o auditor concluir 
quanto à população da qual a amostra é selecionada, é importante que a 
amostra seja representativa, de modo a evitar tendenciosidade mediante a 
escolha de itens da amostra que tenham características típicas da população. 
 
Vamos ver os principais métodos para selecionar amostras: 
 
• Seleção aleatória (randômica): é a que assegura que todos os 
itens da população ou do estrato fixado tenham idêntica possibilidade 
de serem escolhidos. Exemplo: em um conjunto com 1.000 notas 
fiscais, numeradas de 1 a 1.000, são sorteadas para teste por 
intermédio de algum mecanismo aleatório, como por exemplo, 
aqueles globos utilizados nos sorteios da loteria. 
 
• Seleção sistemática (por intervalo): é aquela em que a seleção de 
itens é procedida de maneira que haja sempre um intervalo constante 
entre cada item selecionado, seja a seleção feita diretamente da 
população a ser testada, ou por estratos dentro da população. Ou 
seja, no exemplo anterior, você estabelece qual o intervalo a ser 
aplicado – por exemplo, 100 – faz o sorteio da primeira nota, digamos 
que seja a de número 225, então, as notas selecionadas para a 
amostra serão as de número 025, 125, 225, 325 ... 925. 
 
Ao usar uma seleção sistemática, o auditor precisaria determinar que 
as unidades de amostragem da população não estão estruturadas de 
modo que o intervalo de amostragem corresponda a um padrão em 
particular da população. 
 
• Amostragem de unidade monetária: é um tipo de seleção com 
base em valores, na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da 
amostra resultam em uma conclusão em valores monetários. 
 
• Seleção ao acaso: é aquela feita a critério do auditor, baseada em 
sua experiência profissional. 
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Esse método pode ser uma alternativa aceitável para a seleção, desde 
que o auditor tente extrair uma amostra representativa da população, 
sem intenção de incluir ou excluir unidades específicas, evitando 
qualquer tendenciosidade ou previsibilidade consciente (por exemplo, 
evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os 
primeiros ou os últimos lançamentos de uma página). A seleção ao 
acaso não é apropriada quando se usa a amostragem estatística. 
 
• Seleção de bloco: envolve a seleção de um ou mais blocos de itens 
contíguos da população. 
 
A seleção de bloco geralmente não pode ser usada em amostragem 
de auditoria porque a maioria das populações está estruturada de 
modo que esses itens em sequência podem ter características 
semelhantes entre si, mas características diferentes de outros itens de 
outros lugares da população. Embora, em algumas circunstâncias, 
possa ser apropriado que um procedimento de auditoria examine um 
bloco de itens, ela raramente seria uma técnica de seleção de amostra 
apropriada quando o auditor pretende obter inferências válidas sobre 
toda a população com base na amostra. 
 
 
Análise e Projeção de Distorções 
 
Como já foi exaustivamente discutido, o objetivo da amostragem é chegar a 
uma conclusão para toda a população com base nos resultados obtidos com a 
amostra. Ora, isso quer dizer que se busca extrapolar os resultados da 
amostra para a população. Resta-nos então saber como é feita essa 
extrapolação, principalmente no que se refere às distorções e aos desvios 
encontrados. 
 
O primeiro passo, nesse processo, é a análise dos desvios e das distorções 
identificados. O auditor deve investigar a natureza e a causa de quaisquer 
desvios ou distorções identificados e avaliar o possível efeito causado por eles 
na finalidade do procedimento de auditoria e em outras áreas de auditoria. 
 
Assim, o auditor talvez observe que muitos desvios ou distorções têm uma 
característica em comum como, por exemplo, o tipo de operação, local, linha 
de produto ou período de tempo. Nessas circunstâncias, o auditor pode decidir 
identificar todos os itens da população que tenham a característica em comum 
e estender os procedimentos de auditoria para esses itens. Além disso, esses 
desvios ou distorções podem ser intencionais e podem indicar a possibilidade 
de fraude. 
 
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Feita a análise da natureza dos desvios (testes de controle) e das distorções 
(testes de detalhe), é necessário que se faça a projeção dos erros encontrados 
na amostra para a população. 
 
Para os testes de detalhes, o auditor deve projetar, para a população, as 
distorções encontradas na amostra para obter uma visão mais ampla da escala 
de distorção. Geralmente uma distorção encontrada na amostra é ampliada 
quanto projetada para a população. Por exemplo, o exame de uma amostra de 
notas fiscais revelou uma distorção de 1,0% na amostra, quando projetada 
para a população, essa distorção pode ser aumentada para, por exemplo, 
2,5%, dependendo do desvio padrão, variação dos itens da amostra etc. 
 
O cálculo dessa projeção foge do escopo de nosso curso e, geralmente, é 
realizado por meio de fórmulas, tabelas e softwares estatísticos. 
 
Ademais, dentro desse processo, vale à pena destacar a existência de 
“anomalias” - distorções ou desvios que são comprovadamente não 
representativos de distorção ou desvio em uma população. É o que chamamos 
de ponto fora da curva. Assim, quando a distorção tiver sido estabelecida como 
uma anomalia, ela pode ser excluída da projeção das distorções para a 
população ou ser devidamente tratada, de forma a não comprometer a análise 
da projeção das distorções não anômalas. 
 
Quando o auditor considera que uma distorção ou um desvio descoberto são 
anomalias, deve obter um alto grau de certeza de que não sejam 
representativos da população, mediante a execução de procedimentos 
adicionais de auditoria. 
 
Finalmente, para testes de controles, não é necessária qualquer projeção 
explícita dos desvios uma vez que a taxa de desvio da amostra também é a 
taxa de desvio projetada para a população como um todo. 
 
Tipo de teste Projeção da distorção ou desvio 
Teste de Detalhes É necessária 
Teste de Controle Não é necessária 
 
 
Erro amostral 
 
O erro amostral é a diferença entre o valor obtido no processo de 
amostragem e o verdadeiro valor do parâmetro que se deseja estimar. 
 
Por exemplo, o auditor, por meio de um processo de amostragem, identificou 
uma taxa de 1% de desvio em um procedimento de controle. Se o valor real 
for 2%, então o erro será dado por 2% - 1% = 1%. 
 
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Erro tolerável 
 
• Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para 
obter um nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não 
seja excedido pela distorção real na população. 
 
• Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos procedimentos de 
controles internos previstos, definida pelo auditor para obter um nível 
apropriado de segurança de que essa taxa de desvio não seja excedida 
pela taxa real de desvio na população. 
 
Agora, vamos fazer um comparativo com as normas revogadas, que dispunha 
sobre o erro tolerável (=aceitável),que representa o erro máximo na 
população que o auditor está disposto a aceitar e, ainda assim, concluir que 
o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria. 
 
Assim: 
 
Tipo de teste Erro tolerável 
Observância 
(=controle) 
Taxa máxima de desvio de um procedimento de 
controle estabelecido que o auditor está disposto a 
aceitar, baseado na avaliação preliminar de risco de 
controle. (= taxa tolerável de desvios) 
Substantivo 
(=detalhes) 
Erro monetário máximo no saldo de uma conta ou uma 
classe de transações que o auditor está disposto a 
aceitar, de forma que, quando os resultados de todos os 
procedimentos de auditoria forem considerados, o 
auditor possa concluir, com segurança razoável, que as 
Demonstrações Contábeis não contêm distorções 
relevantes. (= distorção tolerável) 
 
O auditor deve investigar a natureza e a causa de quaisquer desvios ou 
distorções identificados e avaliar o possível efeito causado por eles na 
finalidade do procedimento de auditoria e em outras áreas de auditoria. 
 
Finalmente, vale à pena destacar outro conceito relacionado a erro (desvio e 
distorção) amostral. 
 
• Taxa esperada de desvios corresponde ao erro que o auditor espera 
encontrar em determinado procedimento de controle. 
 
• Distorção esperada na população é o erro que o auditor espera 
encontrar em determinado saldo avaliado em um teste de detalhes. 
 
Observação: As normas revogadas falavam ainda sobre o erro esperado em 
uma população, que era aquele estimado pelo auditor considerando aspectos 
como, por exemplo, os níveis de erros identificados em auditorias 
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anteriores, mudança nos procedimentos da entidade e evidência obtida 
na aplicação de outros procedimentos de auditoria etc. Assim, tamanhos 
menores de amostra justificam-se quando se espera que a população esteja 
isenta de erros. 
Avaliação dos Resultados da Amostragem 
O último passo em um processo de amostragem consiste em avaliar seus 
resultados, sob dois prismas: 
 
• avaliar os resultados da amostra; e 
• avaliar se o uso de amostragem de auditoria forneceu uma base 
razoável para conclusões sobre a população que foi testada. 
 
Ao avaliar os resultados da amostra o auditor pode se deparar com as 
seguintes situações: para os testes de controles, uma taxa de desvio da 
amostra inesperadamente alta pode levar a um aumento no risco identificado 
de distorção relevante, já para os testes de detalhes, o valor de distorção 
inesperadamente alto em uma amostra pode levar o auditor a acreditar que 
uma classe de operações ou o saldo de uma conta está distorcido de modo 
relevante. 
 
Vimos que, no caso específico de testes de detalhes, a distorção projetada é a 
melhor estimativa do auditor de distorção real na população. Assim, quando 
esse resultado exceder uma distorção tolerável, a amostra não fornece uma 
base razoável para conclusões sobre a população que foi testada. 
 
Além disso, se a distorção projetada for maior do que as expectativas de 
distorção do auditor usadas para determinar o tamanho da amostra, o auditor 
pode concluir que há um risco inaceitável de amostragem e pode decidir por 
realizar uma nova amostragem. Podemos resumir a discussão nas seguintes 
expressões: 
 
 
 
 
 
Testes de Controle 
Taxa de Desvio da Amostra > Taxa Tolerável de Desvio => Amostragem Falha 
Testes de Detalhes 
Distorção Projetada > Distorção Tolerável => Amostragem Falha 
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Essa análise pode ainda ser feita a partir de outra abordagem, que considera, 
respectivamente para testes de controle e de detalhes, o Limite Superior de 
Desvios (LSD) e o Limite Superior de Erros (LSE). 
 
Esse limite superior é a taxa máxima de desvios ou distorções admitida pelo 
auditor na avaliação de seu processo de amostragem, assim, se o desvio ou 
distorção encontrado para a população somado a uma provisão de risco de 
amostragem (PRA) for superior a esse limite, o processo de amostragem 
conduzido pelo auditor foi falho. 
 
Lembre-se que o risco de amostragem relaciona-se com a possibilidade de que 
uma amostra adequadamente selecionada não seja representativa da 
população, e por esse motivo essa provisão de risco é somada a taxa de 
desvios e/ou distorções encontradas para definir um limite para se comparar 
aos erros toleráveis. 
 
 
 
 
 
 
 
Por fim, se o auditor conclui que a amostragem de auditoria não forneceu uma 
base razoável para conclusões sobre a população que foi testada, o auditor 
pode: 
• realizar uma nova amostragem; 
 
• solicitar que a administração investigue as distorções identificadas e 
faça quaisquer ajustes necessários; ou 
 
• ajustar a natureza, época e extensão de procedimentos adicionais 
para melhor alcançar a segurança exigida (ex.: realizar nova 
amostragem; aumentar tamanho da amostra; modificar os 
procedimentos substantivos etc.). 
 
Bom... chega de teoria e vamos ver algumas questões. 
 
Testes de Controle 
LSD = Taxa de Desvios da Amostra + PRA 
LSD > Taxa Tolerável de Desvio => Amostragem Falha 
Testes de Detalhes 
LSE = Erro Projetado para População + PRA 
LSE > Distorção Tolerável => Amostragem Falha 
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Questões comentadas 
 
 
01. (FMP/APE – TCE RS/2011) Acerca dos papéis de trabalho é incorreto 
afirmar que: 
 
(A) são de propriedade exclusiva do auditor. 
(B) informações sobre a estrutura organizacional e legal da entidade se 
constituem em bom exemplo de papéis de trabalho. 
(C) a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional do 
auditor. 
(D) na elaboração dos papéis de trabalho, o auditor deve levar em conta se 
são completos por si só. 
(E) o auditor pode, em razão do seu juízo profissional e após o término da 
auditoria, desfazer-se dos seus papéis de trabalho, desde que tenha concluído 
a elaboração do relatório e dado ciência à entidade auditada. 
 
Comentários: 
 
Vamos passar rapidamente, por todos os itens... 
 
Item A: Certo. 
 
Diferente do que muitos pensam, os papéis de trabalho são de propriedade 
exclusiva do auditor (e não da entidade auditada). 
 
Item B: Certo. 
 
A estrutura organizacional (ex.: organograma) e legal (estatutos, leis e 
regulamentos do setor) da entidade são papéis de trabalho importantes para 
que o auditor entenda o funcionamento da instituição e o ambiente em que 
está inserida. 
 
Agora, uma pergunta: trata-se de papéis de trabalho permanentes ou 
correntes? 
 
São papéis de trabalho permanentes, pois podem ser utilizados ao longo de 
várias auditorias, dado que em regra essas estruturas não se alteram com 
frequência ao longo do tempo. 
 
Item C: Certo. 
 
A quantidade e o detalhamento das informações dos papéis de trabalho é uma 
decisão que o auditor toma com base em sua experiência profissional. 
 
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Item D: Certo. 
 
O auditor deve procurar produzir papéis de trabalho que são completos por si 
só, ou seja, permitir que outro auditor possa chegar às mesmas conclusões 
que o auditor que os elaborou chegou. 
 
Item E: Errado. 
 
Vimos que o prazo de guarda dos papéis de trabalho é de 5 anos, a partir da 
datade emissão do relatório de auditoria. 
 
Logo, o gabarito é o item E. 
 
02. (Cesgranrio/Auditor Júnior - Petrobras/1-2010) Os papéis de 
trabalho são ferramentas muito valiosas durante a execução do processo de 
auditoria, pois são os documentos que 
 
(A) evidenciam e suportam a conclusão do auditor, além de representar a 
garantia quanto à integridade, à exatidão e à qualidade dos procedimentos 
realizados e resultados gerados. 
(B) evidenciam a efetiva aquisição dos serviços de auditoria frente aos órgãos 
reguladores e fiscalizadores. 
(C) comprovam a experiência técnica dos auditores que estão executando um 
determinado trabalho. 
(D) relatam o papel a ser exercido pelos membros da equipe de auditores 
quanto às especificidades do trabalho. 
(E) comprovam a independência da equipe de auditoria em relação à alta 
administração da empresa. 
 
Comentários: 
 
Vimos que os papéis de trabalho são os documentos produzidos ou obtidos 
durante uma auditoria para evidenciar os exames e conclusões do auditor. 
 
Essa documentação deve fornecer registro suficiente e apropriado seu relatório 
e das evidências de que a auditoria foi planejada e executada em 
conformidade com as normas e as exigências legais e regulamentares. 
 
Portanto, a reposta correta é o item A. 
 
Veja que os itens C, D e E também representam objetivos específicos de 
determinados papéis de trabalho. Contudo, a definição geral está expressa no 
item A. 
 
03. (FCC/Analista Ministerial: Ciências Contábeis – MPE PE/2006) – 
adaptada – Segundo o Conselho Federal de Contabilidade, os papéis de 
trabalho integram um processo organizado de registro de evidência da 
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auditoria. Ante ao exposto, considere as seguintes assertivas: 
 
I. Os papéis de trabalho destinam-se a ajudar, pela análise dos documentos de 
auditorias anteriores ou pelos coligidos quando da contratação de uma 
primeira auditoria, no planejamento e na execução da auditoria. 
II. A extensão da documentação de auditoria papéis de trabalho é assunto de 
julgamento profissional, visto que não é necessário nem prático documentar 
todas as questões de que o auditor trata. 
III. A natureza do trabalho, a natureza e condições dos sistemas contábeis e 
de controle interno da entidade, são alguns dos fatores que podem afetar a 
forma e o conteúdo da documentação de auditoria. 
 
É correto o que consta em 
 
(A) I, II e III. 
(B) I e II, apenas. 
(C) II e III, apenas. 
(D) I e III, apenas. 
(E) II, apenas. 
 
Comentários: 
 
Vamos analisar cada um dos itens: 
 
Item I: Correto. Lembre que, quando discutimos o planejamento de auditoria 
inicial, dissemos que o auditor pode revisar os papéis de trabalho do auditor 
anterior para auxiliá-lo em seu planejamento. 
 
Item II: Correto. A extensão da documentação utilizada pelo auditor, ou seja, 
se precisa de uma quantidade maior ou menor de documentos, faz parte de 
seu julgamento profissional. 
 
Item III: Correto. Vimos que o auditor deve preparar documentação de 
auditoria de forma a prover evidências para uma conclusão quanto ao 
cumprimento objetivo global, bem como de que a auditoria foi planejada e 
executada em conformidade com as normas e exigências legais e 
regulamentares aplicáveis. Ora, é lógico que a natureza do trabalho e dos 
sistemas de controle interno é essencial na preparação dessa documentação, 
pois é relevante para o planejamento e a execução da auditoria. 
 
Logo, o item A é o gabarito. 
 
05. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2008) – adaptada – Os papéis de 
trabalho constituem o conjunto de documentos e apontamentos que o auditor 
colige antes, durante e após a aplicação dos procedimentos de auditoria. 
Assim, são exemplos de “papéis” de trabalho: cópia de contratos de 
financiamento, de empréstimos, relação de fornecedores, de clientes, mapa de 
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apuração de impostos, de dividendos e de participações, cópia de documentos 
fiscais, arquivos magnéticos, cartas de circularização, etc. 
 
A esse respeito, considerando o disposto pelo CFC, em especial a Resolução 
1.206/09, não é correto afirmar que: 
 
(A) a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional. 
(B) não é necessário nem prático documentar todas as questões de que o 
auditor trata. 
(C) facilitam a revisão do trabalho de auditoria. 
(D) a documentação de auditoria deverá arquivá-lo pelo prazo de três anos a 
contar da publicação do relatório com a opinião do auditor. 
(E) registram as evidências do trabalho executado. 
 
Comentários: 
 
Vamos analisar cada um dos itens: 
 
(A) a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento 
profissional. 
 
Vimos que a quantidade e o tipo dos papéis de trabalho é assunto de 
julgamento profissional do próprio auditor, que deve avaliar o que é necessário 
o outro auditor saber, para que este último possa chegar às conclusões que o 
primeiro chegou. 
 
(B) não é necessário nem prático documentar todas as questões de que 
o auditor trata. 
 
Realmente, não é necessário nem prático documentar todas as questões 
tratadas pelo auditor, mas somente aquelas, que a critério do auditor, sejam 
relevantes. 
 
(C) facilitam a revisão do trabalho de auditoria. 
 
A documentação de auditoria é essencial para revisão dos trabalhos da equipe 
e do auditor, pois registra todos os passos, análises e conclusões obtidas. 
 
(D) pertencem ao auditor independente, que deverá arquivá-lo pelo 
prazo de três anos a contar da publicação do relatório com a opinião do 
auditor. 
 
O prazo de guarda dos papéis de trabalho não pode ser inferior a cinco anos a 
contar da data do relatório do auditor ou, se posterior, da data do relatório do 
auditor do grupo. 
 
(E) registram as evidências do trabalho executado. 
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Por fim, esse item também está certo, pois os papéis de trabalho são as 
evidências do trabalho do auditor independente. 
 
Logo, como a questão pedia o item incorreto, o gabarito é D. 
 
05. (FCC/APOFP – Sefaz SP/2010) Em auditoria, são considerados 
permanentes somente os seguintes papéis de trabalho: 
 
(A) planilhas de cálculo, tabelas estatísticas e gráficos. 
(B) guias de auditoria, questionários e diagramação de rotinas. 
(C) gráficos, questionários e diagramação de rotinas. 
(D) gráficos, tabelas estatísticas e guias de auditoria. 
(E) planilhas de cálculo, tabelas estatísticas e guias de auditoria. 
 
Comentários: 
 
Essa questão foi bastante polêmica. Vejamos o motivo... 
 
O enunciado exige que o aluno saiba o conceito de papéis de trabalho 
correntes e permanentes, e consiga diferenciar, na prática, cada um deles. 
 
Vimos que os papéis de trabalho correntes são aqueles utilizados em apenas 
um exercício social (ex.: extratos bancários). Já os permanentes são os 
utilizados em mais de um exercício social (ex.: estatuto social da empresa). 
 
A partir dessa definição, podemos classificar todos os papéis de trabalho 
presentes nos itens da questão: 
 
Papel de trabalho Classificação 
Planilhas de cálculo Corrente 
Tabelas estatísticas Permanente 
Gráficos Corrente ou Permanente 
Guias de auditoria Permanente 
Questionários Corrente ou Permanente 
Diagramação de rotinas Permanente 
 
Assim, se olharmos os itens que a questão trouxe, nenhum deles estaria 
correto e a questão deveria ter sido anulada. No entanto, a FCC consideroucomo gabarito o item B. 
 
Discordamos da posição da banca, pois questionários não são necessariamente 
papéis de trabalho permanente. 
 
De acordo com Willian Attie (Auditoria, 2009), os papéis de trabalho podem ser 
divididos em: 
 
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1) permanentes – que contêm informações utilizáveis em bases permanentes 
(ao longo de várias auditorias); e 
 
2) correntes (em curso) – que contêm as informações utilizáveis somente para 
o trabalho em curso. 
 
Assim, a característica básica de um papel de trabalho permanente é a 
possibilidade de utilizá-lo em vários trabalhos ao longo do tempo. Um exemplo 
seriam tabelas estatísticas (normas, t-student etc.) ou o contrato social da 
empresa. 
 
Questionários são documentos aplicados para levantar afirmações a respeito 
de rotinas, procedimentos, valores, enfim, trata-se de uma forma estruturada 
de capturar informações de terceiros internos e externos à entidade. 
 
Portanto, afirmar que os questionários aplicados em determinado trabalho 
podem ser utilizados em outras oportunidades não está necessariamente 
correto. 
 
Por exemplo, questionários aplicados em funcionários para identificar se 
cumpriram determinada tarefa. Ora, no período seguinte, a situação será outra 
– haverá novos funcionários, novos procedimentos e o fato de estes 
desenvolverem ou não a referida tarefa pode ter mudado. De forma que o 
questionário ora aplicado não é mais válido. 
 
Independente da nossa opinião, a banca (nesse caso a FCC) considera esse 
tipo de papel de trabalho como permanente e, como não devemos “brigar com 
a banca”, vamos tomar cuidado! 
 
06. (FGV/Técnico de Controle Externo – Senado Federal/2012) – 
adaptada - No que diz respeito à auditoria governamental, julgue o item: 
 
O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização de 
ações de controle e situações onde o objeto alvo da ação se apresenta em 
grandes quantidades e/ou se distribui de maneira bastante pulverizada. A 
amostragem é, também, aplicada em função da necessidade de obtenção de 
informações em tempo hábil, em casos em que a ação, na sua totalidade, se 
torne impraticável. 
 
Comentários: 
 
Item correto. 
 
De fato a utilização da amostragem é indicada nos casos em que é muito 
custoso aplicar os testes de auditoria na totalidade dos itens de uma população 
muito grande.
 
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07. (FGV/Técnico de Controle Externo – Senado Federal/2012) – 
adaptada - No que diz respeito à auditoria governamental, julgue o item: 
 
A amostragem é particularmente recomendável quando (1) a população é 
considerada muito pequena, (2) as características da população são de fácil 
mensuração e (3) há necessidade de alta precisão. 
 
Comentários: 
 
Item incorreto. 
 
Veja que as características apontadas no enunciado indicam para a utilização 
de um exame de 100% da população, (1) a população constitui um número 
pequeno de itens; (3) há um risco significativo e outros meios não fornecem 
evidência de auditoria apropriada e suficiente; e (2) a natureza repetitiva de 
um cálculo ou outro processo executado automaticamente por sistema de 
informação torna um exame de 100% rápido e eficiente.
 
08. (FGV/Sefaz – RJ – Analista de Controle Interno/2011) - adaptada - 
existem casos em que não se recomenda a utilização de amostragem, tais 
como: (1) quando a população é considerada muito pequena, e a sua amostra 
fica relativamente pequena; (2) quando as características da população não 
são de fácil mensuração, mesmo que a população não seja pequena; e (3) 
quando não há necessidade de alta precisão. 
 
Comentários: 
 
A questão trata de situações em que não se recomenda fazer amostragem. 
 
(1) quando a população é considerada muito pequena, e a sua amostra fica 
relativamente pequena; 
 
Nesse caso, realmente a melhor opção é o censo, pois como a população é 
pequena, facilmente podemos analisar todos os itens. 
 
(2) quando as características da população não são de fácil mensuração, mesmo que 
a população não seja pequena; e 
 
Agora a coisa muda de figura... se a população não é pequena e suas 
características não são de fácil mensuração, a amostragem é indicada sim. 
 
(3) quando não há necessidade de alta precisão. 
 
Por fim, se alta precisão não é requerida, também podemos utilizar 
amostragem. Quando queremos alta precisão, geralmente optamos pelo censo. 
 
Logo, a assertiva está errada. 
 
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09. (FGV/Sefaz – RJ – Analista de Controle Interno/2011) – adaptada 
- O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização de 
ações de controle em situações em que o objeto alvo da ação se apresenta em 
grandes quantidades e/ou se distribui de maneira bastante pulverizada. A 
amostragem é, também, aplicada em função da necessidade de obtenção de 
informações em tempo hábil, em casos em que a ação, na sua totalidade, se 
torne impraticável. Tem como objetivo conhecer as características de interesse 
de uma determinada população a partir de uma parcela representativa. É um 
método utilizado quando se necessita obter informações sobre um ou mais 
aspectos de um grupo de elementos (população) considerado grande ou 
numeroso, observando apenas uma parte sua (amostra). As informações 
obtidas dessa parte somente poderão ser utilizadas de forma a concluir algo a 
respeito do grupo como um todo, caso ela seja representativa. 
 
Comentários: 
 
Vamos analisar essa assertiva como o famoso Jack, ou seja, “por partes”: 
 
O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização de ações 
de controle em situações em que o objeto alvo da ação se apresenta em grandes 
quantidades e/ou se distribui de maneira bastante pulverizada. 
 
Perfeito, realmente fazemos amostragem quando precisamos ganhar eficiência 
no processo de auditoria, principalmente em situações em que o número de 
itens a serem testados é muito grande. 
 
A amostragem é, também, aplicada em função da necessidade de obtenção de 
informações em tempo hábil, em casos em que a ação, na sua totalidade, se torne 
impraticável. 
 
Também está certo, mesmo raciocínio explicitado acima... 
 
Tem como objetivo conhecer as características de interesse de uma determinada 
população a partir de uma parcela representativa. É um método utilizado quando se 
necessita obter informações sobre um ou mais aspectos de um grupo de elementos 
(população) considerado grande ou numeroso, observando apenas uma parte sua 
(amostra). 
 
OK, essa é a definição de amostragem – a análise de uma parte é capaz de 
trazer uma resposta para o todo. 
 
As informações obtidas dessa parte somente poderão ser utilizadas de forma a 
concluir algo a respeito do grupo como um todo, caso ela seja representativa. 
 
Também está correto, os resultados da amostragem serão apenas conclusivos 
se a amostra for representativa. 
 
Logo, o item está correto. 
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10. (ESAF/AFC Auditoria e Fiscalização – CGU/ 2012) Nos casos em que 
o auditor independente desejar reduzir o tamanho da amostra sem aumentar o 
risco de amostragem, dividindo a população em subpopulações distintas que 
tenham características similares, deve proceder a um(a) 
 
(A) Estratificação.(B) Seleção com base em valores. 
(C) Teste de detalhes. 
(D) Seleção sistemática. 
(E) Detalhamento populacional. 
 
Comentários: 
 
Essa questão da última prova da CGU é bem fácil, não? 
 
Quando a população tem alta amplitude (variância) entre suas unidades de 
amostragem, o auditor pode utilizar a estratificação como forma de reduzir o 
tamanho da amostra analisada. 
 
Logo, o gabarito é o item A. 
 
11. (FCC/ISS-SP/2012) A estratificação da amostra pode ser útil quando 
 
(A) superar a 100 unidades a quantidade de itens que compõe a amostra. 
(B) existir risco de mais de 10% da amostra conter erros. 
(C) houver uma grande amplitude nos valores dos itens a serem selecionados. 
(D) for identificada uma linearidade nos valores dos itens a serem 
selecionados. 
(E) for pequeno o número de itens que compõe a amostra. 
 
Comentários: 
 
Acabamos de falar, na questão anterior, que utilizamos a estratificação quando 
existe uma alta amplitude nos valores das unidades de amostragem (itens que 
compõem a população). 
 
Logo, o gabarito é o item C. 
12. (FUNCAB/Auditor Financeiro e Contábil – DER/2010) - A NBC TA 
530 – “Amostragem em Auditoria”, explicita que há riscos de amostragem e 
outros não resultantes da amostragem. Conforme determina a referida norma, 
qual das opções a seguir descreve, corretamente, o risco de amostragem? 
 
(A) É o risco que pode levar a apenas um tipo de conclusão, uma opinião de 
auditoria não apropriada decorrente do teste de controles, no qual os controles 
são considerados mais eficazes do que realmente são. 
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(B) É o risco que pode levar a apenas um tipo de conclusão, uma opinião de 
auditoria não apropriada decorrente do teste de detalhes, no qual não seja 
identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela existe. 
(C) É o risco que pode afetar a eficácia da auditoria, contudo é improvável que 
leve o auditor a emitir uma opinião de auditoria inapropriada. 
(D) É o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse 
ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de 
auditoria. 
(E) É o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer 
razão que não seja relacionada ao risco inerente. 
 
Comentários: 
 
Não se esqueça da definição de risco de amostragem, é um dos assuntos mais 
recorrentes nas provas... 
 
Risco de amostragem é o risco de o processo de amostragem não funcionar, 
ou seja, as respostas obtidas pela análise da amostra não corresponderem à 
realidade da população. 
 
Logo, o gabarito é o item D. 
 
13. (FMP/APE – TCE RS/2011) Quanto ao processo de amostragem na 
auditoria, assinale a alternativa correta. 
 
(A) O risco que o auditor está disposto a aceita não afeta o tamanho exigido da 
amostra. 
(B) Para a definição do tamanho da amostra não é permitido ao auditor usar o 
julgamento profissional, dado que poderá comprometer a parcialidade que 
deverá ter no exame dos registros auditados. 
(C) De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, dentre os principais 
métodos para selecionar amostras, se encontram: a seleção aleatória, a 
seleção sistemática e a seleção ao acaso. 
(D) A amostragem, a critério do auditor e com vistas a aumentar a sua 
confiabilidade, pode abranger até 100% dos itens da população analisada. 
(E) Se o auditor não puder aplicar os procedimentos de auditoria definidos ou 
procedimentos alternativos adequados em um item selecionado, o auditor deve 
tratar retirar esse item da amostra de modo a não comprometer o exame. 
 
Comentários: 
 
Essa é a típica questão que você pode esperar em sua prova. Vamos analisar 
cada um dos itens e ver como é bem tranquilo: 
 
Item A: errado. 
 
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Vimos que a definição do tamanho da amostra é afetada pelo risco de 
amostragem, assim como pelos desvios e distorções. 
 
Item B: errado. 
 
Em amostragens não estatísticas, o tamanho da amostra é determinada pelo 
auditor utilizando sua experiência, sem base matemática ou científica. 
 
Item C: certo. 
 
Falamos sobre cada um desses três métodos de seleção, lembra? 
 
Item D: errado. 
 
Quando o auditor analisa 100% dos itens, não se trata mais de amostragem, 
mas de censo. Amostragem exige que exista uma amostra, ou seja, o exame 
de parte da população para se extrair uma resposta para o todo. 
 
Item E: errado. 
 
Essa questão foi um copia e cola muito mal feito das normas de auditoria. 
Vejamos o que diz a NBC TA 530: 
 
“Se o auditor não puder aplicar os procedimentos de auditoria definidos ou 
procedimentos alternativos adequados em um item selecionado, o auditor deve 
tratar esse item como um desvio do controle previsto, no caso de testes de 
controles ou uma distorção, no caso de testes de detalhes.” 
 
A banca escreveu “o auditor dever tratar retirar esse item (...)”. Não é prova 
de português, mas já dava para pressupor que o item estava errado sem saber 
nada de auditoria, não? rsrs 
 
Enfim, em certas ocasiões, o auditor não pode aplicar um procedimento em um 
elemento da amostra. Por exemplo, o auditor não pode conferir se o saldo de 
uma fatura está correto, pois o documento foi extraviado. 
 
Nesses casos, o auditor deve considerar o fato como um desvio ou distorção, e 
não desconsiderar o elemento da amostra. 
 
Portanto, o gabarito é o item C. 
 
14. (FCC/APOFP - SP/2010) Para propiciar representatividade da população 
contábil aplicada nos testes de auditoria, o auditor pode estipular intervalos 
uniformes entre os itens a serem selecionados como um método de 
seleção de amostras denominado 
 
(A) amostragem ao acaso. 
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(B) números aleatórios. 
(C) amostragem de atributos. 
(D) amostragem sistêmica. 
(E) amostragem por bloco. 
 
Comentários: 
 
O método de seleção sistemática (=sistêmica ou por intervalo) é aquele onde é 
observando um intervalo constante entre as transações realizadas. 
 
Portanto, o gabarito é a letra D. 
 
15. (ESAF/AFRFB/2002) – adaptada – O risco de amostragem em 
auditoria nos testes de detalhes pode ser assim classificado: 
 
(A) subavaliação e superavaliação da confiabilidade. 
(B) aceitação incorreta e superavaliação da confiabilidade. 
(C) superavaliação da confiabilidade e rejeição incorreta. 
(D) rejeição incorreta e subavaliação da confiabilidade. 
(E) rejeição incorreta e aceitação incorreta. 
 
Comentários: 
 
O enunciado fala de testes de detalhes, ou seja, se os valores estão 
apropriadamente refletidos nas demonstrações contábeis. 
 
Sabemos que os riscos de subavaliação e superavaliação de confiabilidade 
estão relacionados ao adequado funcionamento dos controles internos. 
Portanto, os itens “A”, “B”, “C” e “D” estão errados. 
 
O item “E” está correto, pois rejeição incorreta é o risco de concluir que o saldo 
está errado, mas, efetivamente, não está; e aceitação incorreta: é o risco de 
concluir que o saldo está correto, mas, efetivamente, está errado. 
 
Portanto, a resposta correta é o item E. 
 
16. (FCC/ Analista de Controle Externo – TCE AM/2008) Ao utilizar o 
método de amostragem estatística em substituição ao não-estatístico para a 
seleção de base de dados, o auditor está reduzindo a possibilidade de risco de 
 
(A) controle decorrente da utilização de critérios aleatórios. 
(B) detecção por não utilizar critérios probabilísticos e não-probabilísticos 
conjuntamente.(C) seleção originada do direcionamento da amostra para uma escolha 
conduzida. 
(D) informação devido à falta de critério na seleção pelo método não-
estatístico. 
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(E) amostragem decorrente da não utilização das leis de probabilidades. 
 
Comentários: 
 
Ao utilizar o método de amostragem estatística em substituição ao não-
estatístico para a seleção de base de dados, o auditor está reduzindo a 
possibilidade de risco de amostragem decorrente da não utilização das leis de 
probabilidades. 
 
Note que, em um processo não estatístico de amostragem, como não é 
possível utilizar a teoria das mensurar do risco de amostragem, esse risco 
aumenta, pois fica fora de controle. 
 
Portanto, a resposta correta é o item E. 
 
17. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças 
Públicas/2008) Assinale a alternativa que apresente a definição de Erro 
Amostral. 
 
(A) É a diferença entre o valor máximo e mínimo, considerando ainda a 
tendência de erro. 
(B) É a diferença entre o valor que a estatística pode acusar e o verdadeiro 
valor do parâmetro que se deseja estimar. 
(C) É a diferença entre o valor que a estatística não pode acusar e o 
verdadeiro valor do parâmetro que se deseja estimar. 
(D) É a soma do desvio-padrão e do erro-padrão da média. 
(E) É a soma do intervalo de confiança e do desvio-padrão. 
 
Comentários: 
 
Bom... não precisamos de muito para saber a resposta certa. 
 
A definição de Erro Amostral é a diferença entre o valor que a estatística pode 
acusar (aquele encontrado no processo de amostragem) e o verdadeiro valor 
do parâmetro que se deseja estimar. 
 
Portanto, a resposta correta é o item B. 
 
18. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2007) – adaptada - Avalie as 
afirmativas a seguir: 
 
I. A amostragem de atributos é um teste de controle. 
II. A amostragem de variáveis é um procedimento substantivo. 
III. A amostragem de atributos visa a estimar um total monetário de uma 
população ou o valor monetário de erros em uma população. 
IV. A amostragem de variáveis visa a estimar a taxa de desvios em uma 
população. 
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Assinale: 
 
(A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
Comentários: 
 
Para responder essa questão temos que lembrar da tabela abaixo: 
 
Técnica de 
Amostragem 
Tipo de teste Finalidade 
Amostragem de 
atributos 
Teste de controle estimar a taxa de desvios da 
população 
Amostragem de 
variáveis Teste de detalhes 
estimar um total monetário 
ou o valor monetário de erros 
em uma população 
 
Vejamos agora os itens: 
 
Item (I): A amostragem de atributos é um teste de controle. 
 
Correto. Vide tabela acima. 
 
Item (II): A amostragem de variáveis é um procedimento substantivo. 
 
Correto. Vide tabela acima. 
 
Item (III): A amostragem de atributos visa a estimar um total monetário de 
uma população ou o valor monetário de erros em uma população. 
 
Errado. Essa é a definição de amostragem de variáveis. 
 
Item (IV): A amostragem de variáveis visa a estimar a taxa de desvios em 
uma população. 
 
Errado. Essa é a definição de amostragem de atributos. 
 
Portanto, a resposta correta é o item A. 
 
19. (ESAF/AFTE – Sefaz RN/2005) Dadas as tabelas fornecidas a seguir, 
responda: 
 
 
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Tabela I: 5% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo 
 Taxa aceitável de desvios 
Taxa Esperada de desvio da 
população (%) 
2% 3% 4% 5% 6% 
0,00 151 101 76 61 51 
0,50 159 119 95 80 
1,00 158 95 80 
1,50 126 105 
2,00 90 
 
Tabela II: 10% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo 
 Taxa aceitável de desvios 
Taxa Esperada de desvio da 
população (%) 
2% 3% 4% 5% 6% 
0,00 116 78 59 47 40 
0,50 196 131 98 79 66 
1,00 178 98 79 66 
1,50 134 107 66 
2,00 160 134 90 
2,50 160 112 
3,00 132 
 
Ao analisar a área de Contas a Receber, constata-se um risco de avaliação de 
10%. No ano anterior a empresa de auditoria constatou desvio de 4% e a taxa 
esperada do desvio da população do ano foi de 1,0%. Determine o tamanho da 
amostra a ser utilizada. 
 
(A) 200 
(B) 107 
(C) 158 
(D) 178 
(E) 98 
 
Comentários: 
 
Essa questão ilustra um tipo de tabela que o auditor pode utilizar para 
determinar o tamanho da amostra. 
 
O procedimento para definir o tamanho da amostra é o seguinte: 
 
• Escolher a tabela que corresponde ao nível especificado de risco de 
avaliação do risco de controle em nível baixo demais. 
 
• O enunciado nos trouxe que o risco de avaliação do risco de controle em 
nível baixo demais é de 10%, portanto, vamos selecionar a tabela II. 
 
• Localizar a coluna referente ao nível especificado da taxa aceitável de 
desvios. 
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• O enunciado nos trouxe que a taxa de desvio no ano anterior foi de 4%. 
Portanto, selecionaremos a 3ª coluna da tabela (veja tabela abaixo). 
 
• Localizar a linha que contém a taxa esperada de desvios da população. 
 
• O auditor ao determinar o erro esperado em uma população, deve 
considerar aspectos como, por exemplo, os níveis de erros identificados 
em auditorias anteriores, mudança nos procedimentos da entidade e 
evidência obtida na aplicação de outros procedimentos de auditoria. 
 
• Esta taxa foi determinada pelo enunciado em 1%, ou seja, escolheremos 
a 3ª linha da tabela (veja tabela abaixo). 
 
• Ler o tamanho da amostra, na intersecção da coluna com a linha 
escolhidas, no caso, coluna 3 e linha 3. 
 
Tabela II: 10% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo 
 Taxa aceitável de desvios 
Taxa Esperada de desvio 
da população (%) 
2% 3% 4% 5% 6% 
0,00 116 78 59 47 40 
0,50 196 131 98 79 66 
1,00 178 98 79 66 
1,50 134 107 66 
2,00 160 134 90 
2,50 160 112 
3,00 132 
 
Portanto, o tamanho adequado da amostra para os dados informados é 98. 
 
Gabarito da questão: Letra E. 
 
20. (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor, ao realizar o processo de escolha da 
amostra, deve considerar: 
 
I. que cada item que compõe a amostra é conhecido como unidade de 
amostragem; 
II. que estratificação é o processo de dividir a população em subpopulações, 
cada qual contendo um grupo de unidades de amostragem com características 
homogêneas ou similares; 
III. na determinação do tamanho da amostra, o risco de amostragem, sem 
considerar os erros esperados. 
 
(A) Somente a I é verdadeira. 
(B) Somente a II é verdadeira. 
(C) I e III são verdadeiras. 
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(D) Todas são falsas. 
(E) Todas são verdadeiras. 
 
Comentários: 
 
Vejamos cada um dos itens... 
 
Item I: Errado. Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que 
constituem uma população, não a amostra, como afirma o item. 
 
Item II: Certo. Estratificação é o

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