Buscar

Aula 08 aud Ev subsq e opiniao modificada

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1
Introdução ........................................................................................ 01 
Eventos subsequentes ........................................................................ 02 
Opinião do auditor e relatório de auditoria.............................................. 16 
Lista de questões ............................................................................... 41 
Bibliografia ........................................................................................ 48 
 
 
Introdução 
 
 
Prezado Aluno, 
 
Chegamos à última aula do nosso Curso de Auditoria para AFRFB – Teoria e 
Exercícios, na aula de hoje trataremos dos seguintes assuntos: 
 
• eventos subsequentes; e 
• opinião do auditor e relatório de auditoria (parecer de auditoria). 
 
Lembre que as questões discutidas durante a aula estão no final do arquivo, 
caso você queira tentar resolvê-las antes de ver os comentários. 
 
Por último, não deixe de dar uma “passadinha” em nosso Fórum para tirar 
suas dúvidas, auxiliar outros colegas e nos ajudar no aprimoramento dos 
nossos cursos. 
 
Bom... chega de papo e mãos à obra! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 2
 
Eventos Subsequentes 
 
 
A investigação dos eventos ou transações subsequentes à data do 
levantamento do balanço, os quais por sua relevância possam afetar 
substancialmente a situação patrimonial e/ou financeira da empresa, e a sua 
consequente revelação, é atividade típica da auditoria externa independente, 
demonstrando, de forma prática e objetiva, uma das finalidades maiores desta 
atividade profissional. 
 
A escrituração contábil chega até o encerramento do balanço e demonstra a 
situação patrimonial, financeira e de resultados daquela data. Mas isso já é 
com algum atraso, pois entre a data do encerramento do exercício e o 
momento em que as demonstrações contábeis são divulgadas, decorrem 
muitos dias, às vezes até meses. 
 
Nesse meio tempo, pela ocorrência de fatos imprevistos, a situação pode ter-
se modificado sensivelmente, tendo deteriorado ou melhorado muito. 
 
 
 
 
A auditoria investiga essas eventuais ocorrências, procura manter-se 
atualizada, avalia seus efeitos e, se estes forem de natureza tal que devam ser 
conhecidos, pela influencia que possam ter sobre a situação da empresa 
auditada, revela-os e, sempre que possível, quantifica-os. 
 
Suponhamos uma empresa próspera, que tenha levantado seu balanço no fim 
do seu exercício social, revelando situação satisfatória, mas que, quinze dias 
depois de ter concluído o balanço sofre uma perda irreparável, pela inesperada 
falência de seu principal cliente, devedor de quantia muito significativa em 
relação ao Patrimônio Líquido da empresa. 
 
Além do prejuízo monetário, com influencia na situação econômica, financeira 
e de resultados, há o desaparecimento do cliente, consumidor de quantidade 
apreciável da produção, forçando a empresa, no mínimo, a mudar a sua 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 3
política de vendas, ou sujeitar-se a reduzir suas atividades, ou tomar qualquer 
outra atitude que pode, ou não, superar o ocorrido. 
 
Assim, enquanto as demonstrações contábeis do exercício revelam situação 
satisfatória, a realidade, naquele momento, já e bem outra. 
 
O auditor externo, tomando conhecimento do evento subsequente depois de 
avaliá-lo friamente, deve revelá-lo, dizendo dos efeitos que produzirá sobre as 
demonstrações contábeis já encerradas e das perspectivas futuras de 
resultado. 
 
Mas não são apenas os maus eventos que devem ser revelados. Também os 
bons. 
 
A solução feliz de um processo vultoso, que estava registrado como 
contingências; a aquisição de uma fábrica concorrente, com perspectivas de 
grande aumento das vendas; o fechamento de um negócio excepcional, 
garantindo a produção e os lucros por muito tempo; tudo isso pode ser 
revelado. 
 
Entretanto, a preocupação maior do auditor é sempre com os eventos que 
possam trazer consequências prejudiciais. Dentro do princípio do 
conservadorismo, é preferível esperar que os bons eventos aconteçam, 
evitando o comprometimento com possibilidades que possam não se 
concretizar. 
 
O assunto, eventos subsequentes, é disciplinado pelas novas normas, na NBC 
TA 560, que estabelece procedimentos e critérios a serem adotados pelo 
auditor em relação aos eventos ocorridos entre a data do balanço e a 
data do relatório de auditoria, bem como, a fatos que chegaram ao 
conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório que 
possam demandar ajustes nas Demonstrações Contábeis ou a divulgação de 
informações nas notas explicativas. 
 
Como vimos acima, o auditor deve considerar como parte normal da 
auditoria o período entre a data do término do exercício social e a data 
da emissão do respectivo relatório (=período subsequente). 
 
Atenção ��� A data do Relatório do Auditor Independente informa ao leitor que 
o auditor considerou o efeito dos eventos e transações que ocorreram até 
aquela data (daqueles que, com o devido cuidado, tomou conhecimento, 
evidentemente). 
 
O auditor deve considerar três situações de eventos subsequentes: 
 
• Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e 
a data do relatório do auditor independente; 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 4
 
• Eventos que chegaram ao conhecimento do auditor independente 
após a data do seu relatório, mas antes da data de 
divulgação das demonstrações contábeis; e 
 
• Eventos que chegaram ao conhecimento do auditor independente 
após a divulgação das demonstrações contábeis. 
 
Vamos entender cada um deles... 
 
Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data 
do relatório do auditor independente 
 
 
 
 
 
Nesse caso, o auditor deve executar procedimentos de auditoria desenhados 
para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente de que todos os 
eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do seu 
relatório que precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações 
contábeis foram identificados. 
 
Esses procedimentos devem cobrir desde a data das demonstrações até a data 
do relatório, ou o mais próximo possível desta, a natureza e extensão dos 
procedimentos vão depender da avaliação do risco pelo auditor. 
 
Entre outros, devem ser realizados os seguintes procedimentos: 
 
� obtenção de entendimento dos procedimentos estabelecidos pela 
administração para assegurar que os eventos subsequentes são 
identificados; 
 
� indagação à administração e, quando apropriado, aos responsáveis 
pela governança sobre a ocorrência de eventos subsequentes que 
poderiam afetar as demonstrações contábeis; 
 
� leitura das atas, se houver, das reuniões dos proprietários (dos 
acionistas em sociedade anônima), da administração e dos 
responsáveis pela governança da entidade, realizadas após a data das 
demonstrações contábeis, e indagação sobre assuntos discutidos nas 
reuniões para as quais as atas ainda não estão disponíveis; e 
 
� leitura das últimas demonstrações contábeis intermediárias da 
entidade, se houver. 
 
Data encerramento 
do exercício social 
 
 EventosSubsequentes 
 
 
Relatório 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 5
Além desses procedimentos de auditoria, o auditor pode realizar 
procedimentos adicionais, tais como: 
 
� ler os últimos orçamentos disponíveis, previsões de fluxos de caixa e 
outros relatórios da administração relacionados de períodos posteriores à 
data das demonstrações contábeis; 
 
� indagar, ou estender as indagações anteriores verbais ou por escrito, 
aos consultores jurídicos sobre litígios e reclamações; ou 
 
� considerar a necessidade de representações formais que cubram 
determinados eventos subsequentes para corroborar outra evidência de 
auditoria e assim obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. 
 
Se forem identificados eventos que requerem ajuste ou divulgação nas 
demonstrações, o auditor deve avaliar se esses eventos estão refletidos 
de maneira apropriada nas demonstrações de acordo com a estrutura 
conceitual aplicável (=observa as NBC’s, os princípios, a legislação específica 
etc.). 
 
Além disso, o auditor deve solicitar à administração e, quando apropriado, 
aos responsáveis pela governança, representação formal (=declaração, 
carta da administração) de que todos os eventos que requerem ajuste ou 
divulgação nas demonstrações foram ajustados ou divulgados. 
 
Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a 
data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das 
demonstrações contábeis. 
 
 
 
 
 
Atenção ��� O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum 
procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após a data 
do seu relatório. 
 
Entretanto, se, após a data do seu relatório, mas antes da data de 
divulgação das demonstrações contábeis, o auditor tomar conhecimento 
de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do relatório, poderia ter 
levado o auditor a alterar seu relatório, ele deve: 
 
� discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os 
responsáveis pela governança; 
 
� determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, 
caso afirmativo; 
 
Relatório 
 
Eventos Subsequentes 
Divulgação das 
Demonstrações 
Contábeis 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 6
 
• indagar como a administração pretende tratar o assunto nas 
demonstrações contábeis. 
 
Caso seja necessário e a administração altere as demonstrações contábeis, o 
auditor independente deve: 
 
(a) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas 
circunstâncias da alteração; 
 
(b) estender os procedimentos de auditoria até a data do novo 
relatório do auditor independente; e 
 
(c) fornecer novo relatório de auditoria sobre as demonstrações 
contábeis alteradas. O novo relatório do auditor independente não deve 
ter data anterior à data de aprovação das demonstrações contábeis 
alteradas. 
 
Pode haver casos em que a legislação não proíba a administração de restringir 
a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento ou eventos 
subsequentes que causaram essa alteração. 
 
Nesses casos, o auditor pode limitar os procedimentos de auditoria aos 
eventos subsequentes que provocaram essa alteração. 
 
Assim, deve alterar o relatório para incluir data adicional restrita a essa 
alteração que indique que os procedimentos do auditor independente sobre os 
eventos subsequentes estão restritos unicamente às alterações das 
demonstrações contábeis descritas na respectiva nota explicativa. 
 
Pode haver casos, ainda, que não haja exigência da legislação ou, 
regulamentação para que a administração reapresente demonstrações 
contábeis e, portanto, o auditor não precisa fornecer novo relatório de 
auditoria ou alterar o relatório. 
 
Entretanto, nas circunstâncias em que o auditor considerar necessário, se a 
administração não alterar as demonstrações contábeis: 
 
(a) se o relatório do auditor independente ainda não tiver sido 
fornecido à entidade, o auditor independente deve modificá-lo, e depois 
fornecê-lo; ou 
 
(b) se o relatório do auditor independente já tiver sido fornecido à 
entidade, o auditor independente deve notificar a administração e os 
responsáveis pela governança, para que não divulguem as 
demonstrações contábeis para terceiros antes de serem feitas as 
alterações necessárias. 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 7
 
Se mesmo assim, as demonstrações contábeis forem divulgadas 
posteriormente sem as modificações necessárias, o auditor independente deve 
tomar medidas para procurar evitar o uso por terceiros daquele relatório de 
auditoria. 
 
Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a 
divulgação das demonstrações contábeis. 
 
 
 
 
 
Atenção ��� Após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor 
independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de 
auditoria em relação às demonstrações contábeis. 
 
Entretanto, se, após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor 
independente tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento 
na data do relatório do auditor independente, poderia tê-lo levado a alterar seu 
relatório, o auditor independente deve: 
 
(a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com 
os responsáveis pela governança; 
 
(b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas 
e, caso afirmativo; 
 
(c) indagar como a administração pretende tratar do assunto nas 
demonstrações contábeis. 
 
Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor 
independente deve: 
 
(a) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas 
circunstâncias das alterações; 
 
(b) revisar as providências tomadas pela administração para garantir 
que todos os que receberam as demonstrações contábeis juntamente 
com o respectivo relatório do auditor independente sejam informados da 
situação; 
 
(c) exceto nas circunstâncias em que a legislação não proíbe a 
administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos 
efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa 
alteração: 
 
Divulgação das 
Demonstrações 
Contábeis 
 
Eventos Subsequentes 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 8
(i) estender os procedimentos de auditoria até a data do novo 
relatório do auditor independente e datar o novo relatório com data 
posterior à data de aprovação das demonstrações contábeis 
reapresentadas; e 
 
(ii) fornecer novo relatório do auditor independente sobre as 
demonstrações contábeis reapresentadas; 
 
(d) no caso em que a legislação não proíbe a administração de 
restringir a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento 
ou eventos subsequentes que causaram essa alteração, alterar o 
relatório do auditor independente. 
 
O auditor independente deve incluir no seu relatório, novo ou reemitido, 
Parágrafo de Ênfase com referência à nota explicativa que esclarece mais 
detalhadamente a razão da alteração das demonstrações contábeis emitidas 
anteriormente e do relatório anterior fornecido pelo auditor independente. 
 
Caso a administração não tome as providências necessárias para garantir que 
todos os que receberam as demonstrações contábeis emitidas anteriormente 
sejam informados da situação e nãoaltere as demonstrações contábeis nas 
circunstâncias em que o auditor considere necessário, ele deve notificar a 
administração e os responsáveis pela governança, de que procurará evitar o 
uso por terceiros daquele relatório no futuro. 
 
Se, apesar dessa notificação, a administração ou os responsáveis pela 
governança não tomarem as referidas providências necessárias, o auditor 
independente deve tomar as medidas apropriadas para tentar evitar o uso por 
terceiros daquele relatório de auditoria. 
 
Vejamos, agora, alguns exercícios sobre eventos subsequentes. 
 
01. (FGV/Sefaz – RJ – Analista de Controle Interno/2011) O período 
compreendido entre o término do exercício social e a emissão do parecer é 
denominado período subsequente, e o auditor deve considerá-lo parte normal 
da auditoria. Isso ocorre porque, dependendo da natureza e da materialidade 
dos eventos, ajustes contábeis nas demonstrações contábeis podem ser 
requeridos. Como exemplo disso, é possível citar perdas significativas em 
contas a receber e sentenças judiciais. 
 
Especificamente em relação aos eventos e transações ocorridos após a 
divulgação das demonstrações contábeis, é correto afirmar que 
 
(A) o auditor não tem responsabilidade e deve fazer indagações sobre as 
demonstrações contábeis. 
(B) o parecer a ser emitido deverá obrigatoriamente estar enquadrado na 
modalidade “com ressalvas”. 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 9
(C) o auditor ficará impedido de emitir um parecer “sem ressalvas”. 
(D) ao tomar conhecimento, após a divulgação das demonstrações contábeis, 
de fato anterior à data de seu parecer que, se fosse conhecido, poderia tê-lo 
levado a emitir documento com conteúdo diverso do que foi, deverá decidir se 
as demonstrações contábeis precisarão de revisão. 
(E) quando a administração alterar significativamente as demonstrações 
contábeis divulgadas, o auditor não deverá ignorar essas alterações, mesmo já 
tendo emitido seu parecer sobre elas. 
 
Resolução: 
 
Item A: 
 
Errado, pois se o auditor independente tomar conhecimento de fato que, se 
fosse do seu conhecimento na data do relatório do auditor independente, 
poderia tê-lo levado a alterar seu relatório, ele deve indagar como a 
administração pretende tratar do assunto nas demonstrações contábeis. 
 
Itens B e C: 
 
Ambos errados. Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o 
auditor independente deve fornecer novo relatório nos casos em que a 
legislação proíbe a administração de restringir a alteração das demonstrações 
contábeis aos efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa 
alteração; no caso da legislação permitir, deverá alterar o relatório já emitido. 
 
A modalidade do relatório dependerá dos efeitos dos eventos subsequentes 
nas demonstrações. 
 
Lembre-se que o auditor independente deve incluir no seu relatório, novo ou 
reemitido, Parágrafo de Ênfase com referência à nota explicativa que esclarece 
mais detalhadamente a razão da alteração das demonstrações contábeis 
emitidas anteriormente e do relatório anterior fornecido pelo auditor 
independente. 
 
Item D: 
 
Errado. Nesse caso, o auditor deve discutir o assunto com a administração e, 
quando apropriado, com os responsáveis pela governança, determinar se as 
demonstrações contábeis precisam ser alteradas em função do evento (e não 
revisadas conforme afirma o item, veja que a modificação restringe-se aos 
efeitos do evento subsequente em questão) e, em caso afirmativo, indagar 
como a administração pretende tratar do assunto nas demonstrações 
contábeis. 
 
Item E: 
 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 10
 
Correto. Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor 
independente não pode ignorar essas alterações, ele deve aplicar os 
procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações; 
revisar as providências tomadas pela administração para garantir que todos os 
que receberam as demonstrações contábeis juntamente com o respectivo 
relatório do auditor independente sejam informados da situação; emitir novo 
relatório ou alterar o relatório já emitido, conforme o caso. 
 
Portanto, o gabarito é a letra E. 
 
02. (FCC – SEFIN/ JABOATÃO DOS GUARARAPES – Auditor Tributário – 
2006) – adaptada - NÃO se caracterizam como eventos subsequentes, 
aqueles ocorridos 
 
(A) entre a data do término do exercício social e a data da emissão do 
relatório. 
(B) após o término do trabalho de campo, com a emissão do relatório, e a data 
da divulgação das demonstrações contábeis. 
(C) durante o exercício social, mas contabilizados após o término do exercício 
social, como ajuste das demonstrações contábeis. 
(D) após a publicação das demonstrações contábeis pela empresa auditada. 
(E) após a emissão do relatório pela firma de auditoria, antes da publicação 
das demonstrações contábeis. 
 
Resolução: 
 
Vamos analisar cada alternativa: 
 
Letra A: Vimos que essa é a primeira situação a ser observado pelo auditor 
como evento subsequente. 
 
Letra B: Essa é a segunda situação. 
 
Letra C: Os eventos ocorridos durante o exercício social não são considerados 
eventos subsequentes, mesmo que contabilizados fora de época. 
 
Letra D: Na realidade, essa assertiva foi considerada correta, mas não está 
bem precisa. Deve ser considerado evento subsequente os fatos que 
chegaram ao conhecimento do auditor independente após a divulgação das 
demonstrações contábeis que, se fosse do seu conhecimento na data do 
relatório do auditor independente, poderia tê-lo levado a alterar seu relatório. 
 
Letra E: Da mesma forma que o item anterior, o enunciado não está preciso, 
são considerados eventos subsequentes os fatos conhecidos, após a data do 
seu relatório, mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis 
que, se fosse do seu conhecimento na data do relatório, poderia tê-lo 
levado a alterar seu relatório. 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 11
 
Gabarito: Letra D. 
 
03. (FCC –SEFIN/SP – Auditor-Fiscal Tributário Municipal – 2006) – 
adaptada - Considere as afirmações a seguir, relativas a transações e eventos 
subsequentes ao término do exercício social a que se referem as 
demonstrações contábeis auditadas: 
 
I. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento subsequente 
relevante. 
II. Eventos subsequentes, após a divulgação das demonstrações contábeis, 
não devem ser considerados pelo auditor, uma vez que ele não pode emitir um 
novo relatório. 
III. Caso os eventos subsequentes não sejam revelados adequadamente pela 
companhia, e o auditor não tenha fornecido seu relatório a entidade ele deve 
modificar sua opinião como apropriado. 
IV. A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público é considerada 
um evento subsequente relevante. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I e II. 
(B) I e III. 
(C) II e III. 
(D) II e IV. 
(E) III e IV. 
 
Resolução: 
 
Item I – e emissão de debêntures e ações após o término do exercício social é 
considerada evento subsequente relevante. 
 
Item II – Como vimos os eventos subsequentes devem ser considerados pelo 
auditor. 
 
Item III – Perfeito, se o relatório do auditor independente ainda não tiver sido 
fornecido à entidade, ele deve modificá-lo conforme exigido pela NBC TA 705. 
 
Item IV – O item se refere a um tipo de evento subsequente que pode ser 
relevante. 
 
Portanto, o gabarito é a letra E. 
 
04. (ESAF/Analista Técnico Área:Controle e Fiscalização Atuária – 
SUSEP/2006) - adaptada - O auditor ao identificar eventos subsequentes 
deve considerar 
 
(A) somente eventos que gerem ajustes nas demonstrações contábeis. 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 12
(B) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis e no 
relatório de auditoria. 
(C) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis ou a 
divulgação de informações nas notas explicativas. 
(D) fato não objeto da auditoria por ocorrer após o fechamento dos trabalhos 
de auditoria. 
(E) exclusivamente, ajustes que modifiquem a opinião do auditor. 
 
Resolução: 
 
Vamos analisar cada um dos itens: 
 
Item A: Errado 
 
Existem dois tipos de eventos subsequentes que importam para o auditor 
independente, aqueles que demandam: 
 
• ajustes nas Demonstrações Contábeis; e 
• divulgação de informações nas notas explicativas. 
 
Portanto, o “somente” torna a assertiva errada. 
 
Item B: Errado 
 
Os eventos subsequentes não dizem respeito ao relatório de auditoria. 
 
Item C: Certo 
 
Perfeito. Vimos que eventos subsequentes são os eventos ocorridos entre a 
data do balanço e a data do relatório de auditoria, bem como, a fatos que 
chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu 
relatório que possam demandar ajustes nas Demonstrações Contábeis ou a 
divulgação de informações nas notas explicativas. 
 
Item D: Errado 
 
O auditor deve considerar como parte normal da auditoria o período entre a 
data do término do exercício social e a data da emissão do respectivo relatório, 
portanto, assertiva errada. 
 
Item E: Errado 
 
Não são todos os eventos subsequentes que geram a modificação da opinião 
do auditor. 
 
05. (ESAF/APOFP – Sefaz-SP/2009) - As seguintes opções constituem 
exemplos de transações e eventos subsequentes, exceto: 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 13
 
(A) perda em contas a receber decorrente de falência do devedor. 
(B) alteração do controle societário. 
(C) aporte de recursos, inclusive como aumento de capital. 
(D) variação sazonal dos custos com insumos. 
(E) destruição de estoques em decorrência de sinistro. 
 
Resolução: 
 
Eventos subsequentes são acontecimentos que ocorrem entre a data de 
encerramento das demonstrações contábeis e a do relatório de auditoria e que 
afetam significativamente a posição patrimonial, financeira e o resultado das 
operações da empresa. 
 
Em outras palavras, são eventos inesperados, casos fortuitos que afetam as 
demonstrações relativas ao exercício que já se encerrou. 
 
As assertivas A, B, C e E são exemplos desses eventos. A assertiva D, por sua 
vez, não o é. 
 
Ora, a variação sazonal dos custos com insumos é algo esperado, corriqueiro, 
previsível pela entidade e pelo mercado. Dessa forma, não pode ser 
considerado um evento subsequente. 
 
06. (ESAF/AFRFB/2009) - adaptada - A empresa Grandes Negócios S.A. 
adquiriu a principal concorrente, após o encerramento do balanço e a emissão 
do relatório pelos auditores. No entanto, a empresa ainda não havia publicado 
suas demonstrações com o relatório. Nessa situação, a firma de auditoria 
deve: 
 
(A) manter o relatório com data anterior ao evento, dando encerramento aos 
trabalhos. 
(B) obrigatoriamente, rever o relatório considerando o fato relevante. 
(C) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas 
explicativas. 
(D) refazer o relatório considerando as novas informações, determinando nova 
data para publicação das demonstrações contábeis. 
(E) discutir o assunto com a administração, decidir se as demonstrações 
devem ser ajustadas, e indagar como a administração pretende tratar o 
assunto nas demonstrações contábeis. 
 
Resolução: 
 
Se, após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das 
demonstrações contábeis, o auditor tomar conhecimento de fato que, se fosse 
do seu conhecimento na data do relatório, poderia ter levado o auditor a 
alterar seu relatório, ele deve: 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 14
 
(a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com 
os responsáveis pela governança; 
 
(b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, 
caso afirmativo; e, 
 
(c) indagar como a administração pretende tratar o assunto nas 
demonstrações contábeis. 
 
Portanto, o gabarito é a letra E. 
 
07. (ESAF/ATM/Natal/2008) Não corresponde a um evento subsequente 
que gera ajuste nas demonstrações financeiras: 
 
a) decisão definitiva de processo judicial, dando ganho ou perda da causa que 
represente valor relevante. 
b) perda de valor de investimentos, em decorrência do declínio do valor de 
mercado das ações. 
c) descoberta de erros ou fraudes posteriores, que afetam o resultado da 
empresa. 
d) determinação de valores referentes a pagamento de participação nos lucros 
ou referente a gratificações assumidas legalmente e não formalizadas. 
e) ativos deteriorados, que constavam com valor significativo e que não foram 
ajustados. 
 
Resolução: 
 
As empresas de capital aberto estão expostas a oscilação do mercado 
acionário, assim o valor dos investimentos nessas empresas podem apresentar 
ganhos ou perdas. 
 
Esse tipo de evento é perfeitamente normal e, portanto, não enseja qualquer 
tipo de ajuste nas demonstrações financeiras. 
 
Portanto, o gabarito é a letra B. 
 
08. (ESAF/ATM/Recife/2003) A auditoria estabelece como "escopo" do 
trabalho o período das demonstrações financeiras. Indique qual das normas 
abaixo não se refere ao período objeto da auditoria. 
 
a) Transações com partes relacionadas. 
b) Carta de responsabilidade da administração. 
c) Amostragem estatística. 
d) Eventos subsequentes. 
e) Estimativas contábeis. 
 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 15
Resolução: 
 
Segundo a definição da NBC TA 560, eventos subsequentes são eventos 
ocorridos entre a data do balanço e a data do relatório de auditoria, bem 
como, a fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a 
data do seu relatório que possam demandar ajustes nas demonstrações 
contábeis ou divulgação de informações nas notas explicativas. 
 
Portanto, os eventos subsequentes não dizem respeito ao período das 
demonstrações financeiras, e sim, àquele ocorrido após a data do balanço. 
 
Dessa forma, o gabarito é a letra D. 
 
09. (ESAF/AFRF/2003) - adaptada - O auditor externo, ao realizar 
procedimentos para constatação de eventos subsequentes e constatar a 
existência de evento que altera substancialmente a situação patrimonial da 
empresa, deve: 
 
a) sempre ressalvar a opinião e exigir o ajuste das contas. 
b) não se pronunciar por não fazer parte do período das demonstrações 
contábeis. 
c) sempre emitir opinião adversa e solicitar a inclusão de notas explicativas. 
d) elaborar notas explicativas e sempre ressalvar a opinião. 
e) exigir o ajuste das contas ou a inclusão de notas explicativas. 
 
Resolução: 
 
Como vimos, eventos subsequentes são eventos ocorridos entre a data das 
demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente e fatos 
que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu 
relatório. 
 
Se, em decorrência da aplicação dos procedimentos desenhados para a 
constatação de eventos subsequentes, oauditor identificar eventos que 
requerem ajuste ou divulgação nas demonstrações contábeis, ele deve 
determinar se cada um desses eventos está refletido de maneira apropriada 
nas referidas demonstrações contábeis. 
 
O auditor independente deve solicitar à administração da entidade uma 
representação formal de que todos os eventos subsequentes à data das 
demonstrações contábeis e que requerem ajuste ou divulgação, foram 
ajustados ou divulgados. Portanto, o gabarito é a letra E. 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 16
 
Opinião do auditor e relatório de auditoria 
 
 
Passemos agora para um dos tópicos mais cobrados em provas de concurso – 
opinião ou parecer de auditoria. Portanto, pedimos que preste bastante 
atenção em tudo que falarmos sobre formação da opinião do auditor sobre as 
demonstrações contábeis e sua expressão por meio de relatório de auditoria. 
 
Atenção: as normas revogadas tratavam da emissão dessa opinião por 
intermédio de um parecer de auditoria. 
 
O termo “parecer” era utilizado basicamente para diferenciar o produto final do 
trabalho do auditor independente dos relatórios emitidos por outros 
profissionais. Era uma forma de distinção, que com as novas normas não é 
mais usada. No entanto, fique atento, só mudou o nome do instrumento, de 
“parecer” para “relatório”, os objetivos continuam os mesmos. 
 
Cuidado! Apesar de não mais constar nas novas normas de auditoria, a 
utilização do termo parecer não é incorreta. 
 
O auditor com base na avaliação de suas conclusões fundamentadas nas 
evidências de auditoria obtidas durante seu trabalho deve formar uma opinião 
sobre a adequação das demonstrações contábeis, essa opinião, com a 
respectiva fundamentação, deve ser expressa claramente por meio do relatório 
de auditoria. 
 
Então, o relatório de auditoria é o produto final da auditoria que deve 
conter a expressão da opinião do auditor, sobre se as demonstrações 
contábeis (que inclui as respectivas notas explicativas) são elaboradas, em 
todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro 
aplicável. 
 
Desta forma, de acordo com a opinião do auditor, o relatório dirá se as 
demonstrações contábeis auditadas encontram-se apresentadas, em todos os 
aspectos relevantes, de acordo com as práticas contábeis brasileiras, que 
compreendem a legislação societária brasileira, as Normas Brasileiras de 
Contabilidade, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, os 
pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC1 e 
homologados pelos órgãos reguladores, e práticas adotadas pelas entidades 
em assuntos não regulados, que atendam as normas emitidas pelo CFC e, por 
conseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais. 
 
 
1
 Comitê de Pronunciamento Contábeis 
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 17
Enfim, o relatório deverá dizer se as demonstrações financeiras tomadas em 
conjunto representam efetivamente a situação patrimonial, financeira e o 
resultado da empresa auditada. 
 
Desta forma, o relatório não pode ter data anterior à data em que o auditor 
independente obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente para 
fundamentar a sua opinião sobre as demonstrações contábeis. 
 
O auditor deve incluir as evidências de que: 
 
* todas as demonstrações que compõem as demonstrações contábeis, 
incluindo as respectivas notas explicativas, foram elaboradas; e 
 
* as pessoas com autoridade reconhecida afirmam que assumem a 
responsabilidade sobre essas demonstrações contábeis. 
 
A emissão do relatório deve refletir o entendimento do auditor acerca dos 
dados em exame, de uma forma clara e objetiva, que proporcione, aos 
interessados, uma noção exata dos trabalhos que realizou e de suas 
conclusões. 
 
Caso o auditor esteja satisfeito quanto à apresentação das demonstrações 
contábeis, e julgue que estão elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de 
acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável, deverá emitir uma 
opinião não modificada, sem ressalvas (=antigo parecer padrão ou sem 
ressalvas). 
 
De outro lado, o auditor deve modificar sua opinião, ou seja, emitir uma 
opinião diferente da sem ressalva, quando: 
 
* concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que as 
demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam 
distorções relevantes; ou 
 
* não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente 
para concluir se as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não 
apresentam distorções relevantes. 
 
Se, as demonstrações contábeis, apesar de elaboradas de acordo com a 
legislação específica aplicável, não estiverem claras o suficiente, o auditor deve 
discutir o assunto com a administração e, dependendo dos requisitos da 
estrutura de relatório financeiro aplicável e como o assunto é resolvido, deve 
determinar se é necessário modificar a opinião no seu relatório de auditoria. 
 
De acordo com a situação o auditor poderá emitir uma opinião sem ressalvas 
ou uma opinião com ressalva ou uma opinião adversa ou, ainda, se abster de 
opinar. 
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 18
 
Veremos detalhadamente cada um delas logo mais adiante, por ora, basta 
conhecermos uma breve definição (comparando com as normas revogadas): 
 
Normas novas (opinião) Normas revogadas (parecer) 
 
Opinião sem ressalva ��� é emitida 
quando as demonstrações contábeis, 
no julgamento do auditor, estão 
elaboradas, em todos os aspectos 
relevantes, de acordo com a estrutura 
de relatório financeiro aplicável. 
 
 
Parecer sem ressalva ��� é emitido 
quando as demonstrações contábeis 
representam adequadamente a 
posição patrimonial e financeira da 
entidade. 
 
 
Opinião com ressalva ��� é emitida 
quando o auditor: 
• tendo obtido evidência de 
auditoria apropriada e 
suficiente, conclui que as 
distorções, individualmente ou 
em conjunto, são relevantes, 
mas não generalizadas nas 
demonstrações contábeis; ou 
• não consegue obter evidência 
apropriada e suficiente de 
auditoria para suportar sua 
opinião, mas ele conclui que os 
possíveis efeitos de distorções 
não detectadas, se houver, 
sobre as demonstrações 
contábeis poderiam ser 
relevantes, mas não 
generalizados. 
 
 
Parecer com ressalva ��� é emitido 
quando um ou mais valores das 
demonstrações contábeis não 
refletem adequadamente a correta 
posição da entidade. 
 
 
Opinião adversa ��� O auditor deve 
expressar uma opinião adversa 
quando, tendo obtido evidência de 
auditoria apropriada e suficiente, 
conclui que as distorções, 
individualmente ou em conjunto, são 
relevantes e generalizadas para as 
demonstrações contábeis. 
 
 
Parecer adverso ��� é emitido 
quando as demonstrações contábeis, 
de forma geral, não representam, 
adequadamente, a posição 
patrimonial e financeira da entidade. 
 
 
Abstenção de opinião ��� O auditor 
deve abster-se de expressar uma 
 
Parecer com abstenção de opinião 
��� neste parecer o auditor deixa de 
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
CURSO ON-LINE:AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 19
opinião quando não consegue obter 
evidência de auditoria apropriada e 
suficiente para suportar sua opinião e 
ele conclui que os possíveis efeitos de 
distorções não detectadas, se houver, 
sobre as demonstrações contábeis 
poderiam ser relevantes e 
generalizadas. 
 
emitir opinião sobre as 
demonstrações contábeis, pela falta 
de comprovação suficiente para 
justificá-la. 
 
 
A NBC TA 705 traz o quadro abaixo que resume a opinião do auditor sobre a 
natureza do assunto que gerou a modificação, e a disseminação de forma 
generalizada dos seus efeitos ou possíveis efeitos sobre as demonstrações 
contábeis: 
 
Natureza do assunto que gerou a 
modificação 
 
Julgamento do auditor sobre a disseminação de forma 
generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as 
demonstrações contábeis 
 
Relevante mas não 
generalizado 
Relevante e generalizado 
 
As demonstrações contábeis 
apresentam distorções relevantes 
 
Opinião com ressalva Opinião adversa 
 
Impossibilidade de obter evidência 
de auditoria apropriada e 
suficiente 
 
Opinião com ressalva Abstenção de opinião 
 
A quem se destina o relatório de auditoria? 
 
O relatório do auditor independente é normalmente endereçado às pessoas 
para quem o relatório de auditoria é elaborado, frequentemente para os 
acionistas ou para os responsáveis pela governança da entidade, cujas 
demonstrações contábeis estão sendo auditadas. 
 
Quem assina o Relatório? 
 
No que se refere às assinaturas que constam no relatório, há dois casos de 
interesse de acordo com quem executa a auditoria: um auditor independente 
pessoa física ou uma empresa de auditoria. 
 
 
 
 
 
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 20
 
Auditor Independente 
 
 
Empresa de Auditoria 
Pelo contador responsável pelos 
trabalhos e deve conter seu número 
de registro no Conselho Regional de 
Contabilidade. 
Pelo contador responsável pelos 
trabalhos com o respectivo registro no 
Conselho Regional de Contabilidade; 
e, pelo responsável pela empresa de 
auditoria, contendo o nome e o 
número de registro cadastral da 
empresa no Conselho Regional de 
Contabilidade. 
 
Como é a estrutura de um relatório? 
 
Título � deve ser identificado claramente que se trata de um relatório de 
auditoria independente. 
 
Destinatário � deve ser devidamente endereçado aos interessados, conforme 
exigido pelas circunstâncias do trabalho. 
 
Parágrafo introdutório � nele deve ser identificada a entidade cujas 
demonstrações contábeis foram auditadas; afirmado que as demonstrações 
contábeis foram auditadas; identificado o título de cada demonstração que 
compõe as demonstrações contábeis; fazer referência ao resumo das principais 
práticas contábeis e demais notas explicativas; e especificado a data ou o 
período de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis. 
 
 
 
 
 
 
Seção sobre a responsabilidade da administração sobre as 
demonstrações contábeis ��� Essa seção do relatório do auditor 
independente descreve a responsabilidade dos responsáveis na organização 
pela elaboração das demonstrações contábeis. 
 
A descrição deve incluir uma explicação de que a administração é responsável 
pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de 
relatório financeiro aplicável e pelos controles internos necessários para 
permitir a elaboração de demonstrações contábeis que não apresentem 
distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro. 
 
 
 
 
Examinamos as demonstrações contábeis da Companhia ABC, que compreendem o balanço 
patrimonial em 31 de dezembro de 20X1 e as respectivas demonstrações do resultado, das 
mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim 
como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.. 
 
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 21
 
 
 
 
 
 
Seção sobre a responsabilidade do auditor e extensão da auditoria ��� O 
relatório do auditor independente deve especificar que a responsabilidade do 
auditor é expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base 
na auditoria. 
 
O relatório do auditor independente deve especificar que a auditoria foi 
conduzida em conformidade com as normas brasileiras e internacionais de 
auditoria. 
 
O relatório do auditor independente deve explicar, também, que essas normas 
requerem que o auditor cumpra as exigências éticas, planeje e realize a 
auditoria para obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis 
não apresentem distorção relevante. 
 
Nessa seção, deve ainda ser descrita a execução da auditoria especificando 
que: 
 
• envolve a execução de procedimentos para obtenção de evidência de 
auditoria a respeito dos valores e divulgações nas demonstrações 
contábeis; 
 
• os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, 
incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas 
demonstrações contábeis, independentemente se causadas por fraude ou 
erro; 
 
• a auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas 
contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas 
pela administração, bem como a avaliação da apresentação das 
demonstrações contábeis, tomadas em conjunto. 
 
O relatório do auditor independente deve especificar se o auditor acredita que 
a evidência de auditoria obtida pelo auditor é suficiente e apropriada para 
fundamentar a sua opinião. 
 
 
 
 
 
 
 
A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas 
demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles 
internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações 
contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. 
 
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 22
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seção com a Opinião do Auditor � expressa a opinião sobre as 
demonstrações contábeis. 
 
 
 
 
 
 
Outras responsabilidades relativas à emissão do relatório de auditoria 
 
Se for requerido ao auditor tratar no seu relatório de auditoria de outras 
responsabilidades, legais, regulatórias etc., em relação às demonstrações 
contábeis, complementares à sua responsabilidade, elas devem ser tratadas 
em uma seção separada com o subtítulo “Relatório do auditor independente 
sobre outros requisitos legais e regulatórios”, ou outro título apropriado e, 
nesse caso, o parágrafo introdutório, as seções sobre as responsabilidades do 
auditor e da administração e a opinião do auditor devem ser incluídos no 
subtítulo “Relatório do auditor independente sobre as demonstrações 
contábeis”. 
 
A seção do relatório sobre outros requisitos legais e regulatórios deve ser 
apresentada após a seção que cobre as demonstrações contábeis. 
 
Por fim, no final do documento devem ser apostos o local, a data e as 
assinaturas: 
 
 
 
 
 
 
Local e Data 
 
Nome do auditor-responsável técnicoContador nº de registro no CRC 
 
Nome da empresa de auditoria � (se for o caso) 
Nº de registro cadastral no CRC 
 
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com 
base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de 
auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a 
auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as 
demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. 
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a 
respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos 
selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção 
relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa 
avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e 
adequada apresentação das demonstrações contábeis da Companhia para planejar os 
procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de 
expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria 
inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das 
estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das 
demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em 
todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Entidade ABC em 31 de 
dezembro de 20X1, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício 
findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 
 
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 23
Veja o esquema de um relatório padrão (sem ressalvas), de acordo com as 
novas normas de auditoria: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para efeito de comparação, veja como era a estrutura do parecer de auditoria 
de acordo com as normas revogadas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Veja que as novas normas desmembraram a definição das responsabilidades, 
tirando do parágrafo de identificação e criando duas seções, uma para a 
responsabilidade da entidade e outra do auditor, nesta última, também se 
encontra a extensão dos trabalhos, que antes era um parágrafo separado. 
 
Relatório com Opinião de Modificada 
 
Já sabemos, também, que a decisão sobre que tipo de opinião modificada é 
apropriada depende de dois fatores: 
 
 
 
 
 
 
 
Título 
Destinatário 
Parágrafo Introdutório 
 
Seção sobre a responsabilidade da administração 
 
Seção sobre a responsabilidade do auditor e a extensão da 
auditoria 
 
Seção sobre a opinião do auditor 
Local, data e assinaturas 
Parecer sem ressalva 
1º parágrafo: identificação das demonstrações contábeis e à 
definição das responsabilidades 
 
2º parágrafo: extensão dos trabalhos 
 
3º parágrafo: opinião 
 
Local, data e assinaturas 
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 24
Da natureza do assunto que deu 
origem à modificação, ou seja, se as 
demonstrações contábeis apresentam 
distorção relevante ou, no caso de 
impossibilidade de obter evidência de 
auditoria apropriada e suficiente, 
podem apresentar distorção 
relevante. 
Da opinião do auditor sobre a 
disseminação dos efeitos ou possíveis 
efeitos do assunto sobre as 
demonstrações contábeis. 
 
Assim, relembrando, o auditor deve expressar claramente uma opinião 
modificada de forma apropriada sobre as demonstrações contábeis, quando: 
 
• conclui, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações 
contábeis como um todo apresentam distorções relevantes; ou 
 
• não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para 
concluir que as demonstrações contábeis como um todo não apresentam 
distorções relevantes. 
 
Um caso particular é o da limitação ao alcance da auditoria, nesse caso: 
 
• o auditor deve solicitar que a administração retire a limitação; 
 
• se a administração se recusar a retirar essa limitação, o auditor deve 
comunicar o assunto aos responsáveis pela governança (a menos que 
todos aqueles responsáveis pela governança estejam envolvidos na 
administração da entidade); 
 
• determinar se é possível executar procedimentos alternativos para obter 
evidência de auditoria apropriada e suficiente; 
 
• se o auditor não conseguir obter evidência apropriada e suficiente de 
auditoria: 
 
o o auditor deve emitir opinião modificada: 
 
� Se os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se 
houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser 
relevantes, mas não generalizados: Opinião com Ressalva. 
 
� Se os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se 
houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser 
relevantes e generalizados: Abstenção de Opinião. 
 
o ou renunciar ao trabalho de auditoria, quando praticável e possível 
de acordo com as leis ou regulamentos aplicáveis, nesse caso, 
01729102
Realce
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 25
deve, antes da renúncia, comunicar aos responsáveis pela 
governança quaisquer assuntos relativos a distorções identificadas 
durante a auditoria que dariam origem a uma opinião modificada. 
 
Como é a estrutura de um relatório com opinião modificada? 
 
Deve ser acrescentado ao modelo padrão um parágrafo contendo a descrição 
do assunto que deu origem à modificação, seja relacionada a valores 
específicos, seja relacionada com as divulgações nas notas explicativas. 
 
O auditor deve colocar esse parágrafo imediatamente antes do parágrafo da 
opinião, utilizando o título “Base para opinião com ressalva,” “Base para 
opinião adversa” ou “Base para abstenção de opinião”, conforme apropriado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se houver uma distorção relevante das demonstrações contábeis, relacionada 
com a não divulgação de informações que devem ser divulgadas, o auditor 
deve: 
 
(a) discutir a não divulgação com os responsáveis pela governança; 
 
(b) descrever a natureza da informação omitida no parágrafo contendo 
a base para a modificação; e 
 
(c) a menos que proibido por lei ou regulamento, incluir as divulgações 
omitidas, desde que praticável e que o auditor tenha obtido evidência de 
auditoria apropriada e suficiente sobre a informação omitida. 
 
Atenção: Mesmo que o auditor tenha emitido uma opinião adversa ou se 
abstenha de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis, ele 
deve descrever no parágrafo contendo a base para a modificação as razões 
Título 
Destinatário 
Parágrafo Introdutório 
 
Seção sobre a responsabilidade da administração 
 
Seção sobre a responsabilidade do auditor e a extensão da 
auditoria 
 
Base para opinião modificada 
Seção sobre a opinião do auditor 
Local, data e assinaturas 
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barretoe Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 26
para quaisquer outros assuntos dos quais ele está ciente que teriam requerido 
uma modificação da opinião, assim como os respectivos efeitos. 
 
Opinião com ressalva 
 
Quando o auditor expressa uma opinião com ressalva devido a uma distorção 
relevante nas demonstrações contábeis, ele deve especificar no parágrafo da 
opinião que, em sua opinião, exceto pelos efeitos do(s) assunto (s) descrito(s) 
no parágrafo sobre a base para opinião com ressalva, as demonstrações 
contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos 
relevantes. 
 
Quando a modificação é decorrente da impossibilidade de obter evidência 
apropriada e suficiente de auditoria, o auditor deve usar a correspondente 
frase “exceto pelos possíveis efeitos do(s) assunto(s) ...” para a opinião 
modificada. 
 
Opinião adversa 
 
Quando o auditor expressa uma opinião adversa, ele deve especificar no 
parágrafo da opinião que devido à relevância do(s) assunto (s) descrito(s) no 
parágrafo sobre a base para opinião adversa as demonstrações contábeis não 
estão apresentadas adequadamente. 
 
Abstenção de opinião 
 
Quando o auditor se abstém de expressar uma opinião devido à 
impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, ele 
deve especificar no parágrafo da opinião que: 
 
(a) devido à relevância do(s) assunto(s) descrito(s) no parágrafo 
sobre a base para abstenção de opinião, o auditor não conseguiu obter 
evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua 
opinião de auditoria; e, consequentemente, 
 
(b) o auditor não expressa opinião sobre as demonstrações contábeis. 
 
Descrição da responsabilidade do auditor quando expressa uma 
opinião com ressalva ou adversa 
 
Quando o auditor expressa uma opinião com ressalva ou adversa, ele deve 
alterar a descrição de sua responsabilidade para especificar que ele acredita 
que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar 
sua opinião modificada. 
 
Descrição da responsabilidade do auditor quando se abstém de 
expressar uma opinião 
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 27
 
Quando o auditor se abstém de expressar uma opinião ele deve alterar o 
parágrafo introdutório para especificar que foi contratado para examinar as 
demonstrações contábeis, porém não conseguiu obter evidência de auditoria 
apropriada e suficiente para fundamentar uma opinião de auditoria. 
 
Comunicação com os responsáveis pela governança 
 
Quando o auditor prevê modificar a opinião no seu relatório, ele deve 
comunicar aos responsáveis pela governança as circunstâncias que levaram à 
modificação prevista e o texto proposto da modificação. 
 
Parágrafos de ênfase no relatório do auditor independente 
 
O parágrafo de ênfase serve para o auditor chamar a atenção para um assunto 
apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que, segundo seu 
julgamento, é fundamental para o entendimento pelos usuários das 
demonstrações contábeis. 
 
O parágrafo de ênfase só poderá ser incluído no relatório se o auditor tenha 
obtido evidência de auditoria suficiente e apropriada de que não houve 
distorção relevante do assunto nas demonstrações contábeis. Pois, se 
houvesse, seria o caso de ressalva, não de ênfase. 
 
Tal parágrafo deve referir-se apenas a informações apresentadas ou 
divulgadas nas demonstrações contábeis. 
 
Quando o auditor incluir um parágrafo de ênfase no relatório, ele deve: 
 
1 incluí-lo imediatamente após o parágrafo de opinião no relatório do 
auditor; 
2 usar o título “Ênfase” ou outro título apropriado; 
3 
incluir no parágrafo uma referência clara ao assunto enfatizado e à 
nota explicativa que descreva de forma completa o assunto nas 
demonstrações contábeis; e 
4 
indicar que a opinião do auditor não se modifica no que diz respeito ao 
assunto enfatizado. 
 
Preste atenção ao item 4: a opinião do auditor não se modifica no que diz 
respeito ao assunto enfatizado. 
 
São exemplos de circunstâncias em que o auditor pode considerar necessário 
incluir um parágrafo de ênfase: 
 
• existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio excepcional ou 
ação regulatória; 
 
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 28
• aplicação antecipada (quando permitido) de nova norma contábil (por 
exemplo, nova prática contábil introduzida pelo Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC)) com efeito disseminado de forma generalizada nas 
demonstrações contábeis, antes da sua data de vigência; e 
 
• grande catástrofe que tenha tido, ou continue a ter, efeito significativo 
sobre a posição patrimonial e financeira da entidade. 
 
São exemplos de situações que exigem a inclusão do parágrafo de ênfase: 
 
• Para chamar a atenção dos usuários para as divulgações adicionais: nos 
casos em que a estrutura do relatório financeiro prevista em lei ou 
regulamento específico não é aceitável, a administração deve fazer 
divulgações adicionais nas demonstrações contábeis necessárias para 
evitar que as demonstrações contábeis sejam enganosas. 
 
• No caso de eventos subsequentes: o auditor independente deve incluir 
no seu relatório, novo ou reemitido, parágrafo de ênfase com referência 
à nota explicativa que esclarece mais detalhadamente a razão da 
alteração das demonstrações contábeis emitidas anteriormente e do 
relatório anterior fornecido pelo auditor independente. 
 
• No caso de dúvida quanto à continuidade operacional da entidade: se for 
feita divulgação adequada nas demonstrações contábeis, o auditor deve 
expressar uma opinião sem ressalvas e incluir um parágrafo de ênfase 
em seu relatório destacando a existência de incerteza significativa e 
chamando a atenção para as respectivas notas explicativas às 
demonstrações contábeis. 
 
Parágrafos de outros assuntos no relatório do auditor independente 
 
Se o auditor considera necessário comunicar outro assunto, não apresentado 
nem divulgado nas demonstrações contábeis, e que de acordo com seu 
julgamento é relevante para o entendimento, pelos usuários, da auditoria, da 
responsabilidade do auditor ou do relatório de auditoria, e não for proibido por 
lei ou regulamento, ele deve fazê-lo em um parágrafo no relatório de auditoria, 
com o título “Outros assuntos” ou outro título apropriado. 
 
O auditor deve incluir esse parágrafo imediatamente após o parágrafo de 
opinião e de qualquer parágrafo de ênfase, ou em outra parte do relatório, se o 
conteúdo do parágrafo de outros assuntos for relevante para a seção Outras 
Responsabilidades de Relatório. 
 
Situações Específicas Relacionadas ao Relatório de Auditoria 
 
Vamos aproveitar a oportunidade para falar um pouquinho sobre algumas 
situações específicas envolvendo a emissão de um relatório de auditoria. 
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores:Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 29
 
O auditor na emissão de sua opinião pode enfrentar diversas situações 
específicas, por exemplo, pode ter que se pronunciar sobre demonstrações 
contábeis comparativas; se deparar com uma primeira auditoria da entidade; 
ter que utilizar o parecer de outros auditores; não poder utilizar o trabalho de 
outros auditores etc. 
 
Nesses casos, como veremos a seguir, é muito importante destacar a divisão 
das responsabilidades. 
 
Assim, de uma forma geral, em todos os casos em que o nome do auditor 
esteja associado às demonstrações, o relatório deve conter indicação clara 
da natureza do trabalho do auditor e do grau de responsabilidade que 
ele está assumindo. 
 
Da mesma forma, sempre que o nome do auditor estiver associado com 
demonstrações ou informações contábeis que ele não auditou, estas devem ser 
claramente identificadas como “não-auditadas”, em cada folha do conjunto. 
 
Vamos ver as situações específicas mais importantes: 
 
Demonstrações comparativas 
 
Demonstrações comparativas são aquelas que trazem, lado a lado, o resultado 
de dois períodos: o do exercício anterior e o atual (=exercício auditado). 
 
O auditor deve determinar se as demonstrações contábeis incluem as 
informações comparativas requeridas pela estrutura de relatório financeiro 
aplicável e se essas informações estão classificadas adequadamente e, para 
tanto, o auditor deve avaliar se: 
 
1. as informações comparativas compreendem os valores e outras 
divulgações apresentados no período anterior ou, quando apropriado, se 
foram retificadas; e 
 
2. as políticas contábeis refletidas nas informações comparativas são 
consistentes com as aplicadas no período corrente ou, se houve 
mudanças nas políticas contábeis, se essas mudanças foram registradas 
de maneira apropriada e adequadamente apresentadas e divulgadas. 
 
Demonstrações contábeis comparativas quando as do exercício 
anterior foram examinadas por outros auditores 
 
Outra hipótese possível é quando as demonstrações contábeis são divulgadas 
de forma comparativa e há mudança de auditores, ou seja, o exercício passado 
foi auditado por um auditor e o exercício atual por outro. 
 
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 30
Se as demonstrações contábeis do período anterior foram examinadas por 
auditor independente antecessor, e o auditor atual não está proibido por lei ou 
regulamento de mencionar o relatório do auditor independente antecessor 
sobre os valores correspondentes e decide fazer isso, ele deve especificar em 
um parágrafo de “Outros Assuntos” no seu relatório de auditoria independente: 
 
� que as demonstrações contábeis do período anterior foram examinadas 
por um auditor independente antecessor; 
 
� o tipo de opinião expressa pelo auditor independente antecessor e, se 
essa opinião conteve modificação, as razões para a modificação; e 
 
� a data desse relatório. 
 
Se o relatório do auditor independente no período anterior incluiu uma opinião 
com ressalva, adversa ou abstenção de opinião e o assunto que gerou a 
modificação não está resolvido, o auditor deve incluir modificação na sua 
opinião, conforme apropriado, sobre as demonstrações contábeis do período 
corrente. 
 
No parágrafo sobre a base para a modificação no relatório do auditor 
independente, o auditor deve: 
 
(a) mencionar os valores do período corrente e os valores 
correspondentes na descrição do assunto que gerou a modificação, se 
relevantes; ou 
 
(b) em outros casos, explicar que a opinião da auditoria contém 
modificação em decorrência dos efeitos ou possíveis efeitos do 
assunto não resolvido sobre a comparabilidade dos valores do período 
corrente e dos valores correspondentes. 
 
Demonstrações contábeis do período anterior não auditadas 
 
Se as demonstrações contábeis do período anterior não foram auditadas, o 
auditor deve especificar em um parágrafo de “Outros Assuntos” no relatório 
que os valores correspondentes não foram auditados. 
 
Essa declaração, contudo, não isenta o auditor do requisito de obter evidência 
de auditoria apropriada e suficiente sobre se os saldos iniciais contêm 
distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis do 
período corrente. 
 
Primeira auditoria de uma entidade (Trabalho de auditoria inicial) 
 
Podem ocorrer casos em que a entidade esta sendo submetida pela primeira 
vez a uma auditoria. Se nessa primeira auditoria a entidade divulgar 
01729102
Realce
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 31
comparativamente os valores relativos ao exercício anterior, ou seja, as 
demonstrações do exercício anterior não foram auditadas, como o auditor deve 
proceder? 
 
O auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação 
aos saldos iniciais, se não conseguir, deve expressar a opinião com ressalva ou 
abstenção de opinião sobre as demonstrações contábeis, conforme apropriado. 
 
Se o auditor concluir, por meio de evidências, que os saldos iniciais contêm 
distorção que afeta de forma relevante as demonstrações contábeis do período 
corrente e, se o efeito da distorção não é devidamente registrado ou 
adequadamente apresentado ou divulgado, o auditor deve expressar a opinião 
com ressalva ou opinião adversa, conforme apropriado. 
 
Reflexos quando houver aceitação do trabalho de outros auditores 
 
Ainda falando de responsabilidade, deve-se destacar as situações em que um 
auditor emite uma opinião utilizando-se de relatórios de outros auditores. 
 
Isso pode ocorrer, por exemplo, quando as demonstrações contábeis de 
entidades controladas e/ou coligadas, correspondentes a investimentos 
relevantes, foram auditadas por outro auditor, que tenha emitido relatório com 
opinião sem ressalva sobre elas. 
 
Importante ��� Quando o auditor aceita o relatório de outros auditores 
ele deve destacar no seu relatório a divisão de responsabilidades. 
 
A referência ao relatório dos outros auditores, mesmo sem a indicação do 
conteúdo de sua opinião, significa que: 
 
(a) o relatórios dos outros auditores não teve ressalvas ou teve ressalvas 
que não afetam a posição patrimonial e financeira e os resultados da 
investidora; e 
 
(b) não há nenhuma restrição aos seus trabalhos e conclusões. 
 
Quando, todavia, o outro auditor emitiu opinião modificada, o auditor deve 
analisar se o motivo é de tal relevância que afete a sua própria opinião, em 
relação às demonstrações contábeis da investidora. 
 
Atenção ��� Quando os efeitos não forem relevantes, não é necessário 
mencioná-los no relatório do auditor da investidora. 
 
Reflexo quando o auditor não puder utilizar o trabalho dos outros 
auditores 
 
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 32
Quando o auditor concluir, baseado nos procedimentos recomendados, que o 
trabalho dos outros auditores não pode ser utilizado e que não tem condições 
de aplicar procedimentos adicionais suficientes com relação às demonstrações 
contábeis da controlada e/ou coligada, ou ao item sobre o qual os outros 
auditores emitiram opinião, ele deve emitir opinião comressalva ou se abster 
de opinar. 
 
Ufa... chega de teoria e vejamos como tudo isso é cobrado nas provas... 
 
10. (FCC/TRT4R-Anal.Jud.Contabilidade/2011) O processo de auditoria e 
a emissão de relatório de auditoria sem ressalva 
 
(A) não isenta o administrador e os agentes de governança das 
responsabilidades legais e normativas. 
(B) divide a responsabilidade pelas demonstrações contábeis com os 
administradores e transfere a responsabilidade de eventuais fraudes não 
constatadas, para a firma de auditoria. 
(C) exime da responsabilidade os administradores e a diretoria executiva da 
empresa, dividindo as responsabilidades com os agentes de governança. 
(D) não elimina a possibilidade de erros materiais e de distorções relevantes 
nas demonstrações contábeis. 
(E) elimina a responsabilidade dos agentes de governança das 
responsabilidades legais e normativas. 
 
Resolução: 
 
Vimos que a responsabilidade do auditor é expressar uma opinião sobre as 
demonstrações contábeis com base na auditoria, por sua vez, a administração 
é responsável pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a 
estrutura de relatório financeiro aplicável e pelos controles internos 
necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis que não 
apresentem distorção relevante, independentemente se causadas por fraude 
ou erro. 
 
Portanto, a emissão do relatório de auditoria não isenta o administrador e os 
agentes de governança das responsabilidades legais e normativas, letra A. 
 
11. (FGV/Sefaz – RJ – Analista de Controle Interno/2011) O auditor, 
durante a aplicação dos testes, identificou a existência de fraudes envolvendo 
montante significativo, situação que, se não fosse ajustada, demandaria a 
emissão de parecer adverso. Após reunião com os gestores, recebeu as 
demonstrações contábeis devidamente ajustadas, tendo sido acatadas todas as 
recomendações que havia feito. Nesse caso, o parecer a ser emitido é 
 
(A) sem ressalva. 
(B) com ressalva ou com parágrafo de ênfase. 
(C) adverso ou com ressalva. 
01729102
Realce
01729102
Realce
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 33
(D) com abstenção de opinião ou com ressalva. 
(E) com limitação de opinião ou adverso. 
 
Resolução: 
 
No caso em comento, tendo em vista que os problemas foram todos sanados, 
e as demonstrações contábeis não apresentam mais distorções relevantes, e 
também não é o caso de impossibilidade do auditor de obter evidência de 
auditoria apropriada e suficiente, o parecer deve ser sem ressalvas. 
 
Lembre-se que o parecer sem ressalvas é dado quando o auditor fica 
convencido, em todos os aspectos relevantes, de que as demonstrações 
contábeis foram elaboradas segundo princípios e normas de contabilidade 
aceitáveis, e com as exigências legais e regulamentares pertinentes. 
 
Logo, o gabarito é a letra A. 
 
12. (FGV/Sefaz – RJ – Analista de Controle Interno/2011) Qual das 
situações abaixo impede que o auditor emita um parecer sem ressalva? 
 
(A) O auditado efetuar os ajustes recomendados pelo auditor. 
(B) Chance remota de determinado ativo não ser realizado. 
(C) Incapacidade de a entidade auditada continuar suas operações. 
(D) Discordância junto à administração quanto a procedimentos contábeis de 
efeitos relevantes nas demonstrações. 
(E) Ausência de limitação da extensão do seu trabalho. 
 
Resolução: 
 
Como vimos, o parecer sem ressalvas é dado quando o auditor fica 
convencido, em todos os aspectos relevantes, de que as demonstrações 
contábeis foram elaboradas segundo princípios e normas de contabilidade 
aceitáveis, e com as exigências legais e regulamentares pertinentes. 
 
Já, a opinião modificada ocorre quando as demonstrações contábeis 
apresentam distorções relevantes ou na impossibilidade do auditor obter 
evidência de auditoria apropriada e suficiente. 
 
Portanto: 
 
Se (A) o auditado efetuar os ajustes recomendados pelo auditor, não há que se 
falar em modificação da opinião; a (B) chance remota de determinado ativo 
não ser realizado também não justifica a modificação da opinião; por sua vez, 
a (C) incapacidade de a entidade auditada continuar suas operações, não 
modifica a opinião do auditor e, como vimos, deve ser objeto de parágrafo 
de ênfase; já, a (D) Discordância junto à administração quanto a 
procedimentos contábeis de efeitos relevantes nas demonstrações, impede a 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 34
emissão de parecer sem ressalva; por fim, a (E) ausência de limitação da 
extensão do seu trabalho, por óbvio, não impede a emissão de parecer sem 
ressalva. 
 
Gabarito, letra D. 
 
13. (ESAF/Analista de Normas Contábeis e Auditoria - CVM/2010) No 
parecer sobre as demonstrações contábeis, o auditor deve emitir sua opinião 
afirmando se estas representam adequadamente ou não a situação patrimonial 
da entidade. Nesse parecer, devem ser observados os seguintes aspectos 
relevantes, exceto: 
 
a) as obrigações para o período seguinte. 
b) a origem e a aplicação dos recursos para o período a que correspondem. 
c) as mutações do patrimônio líquido. 
d) a posição patrimonial e financeira. 
e) o resultado das operações no período. 
 
Resolução: 
 
De acordo com as normas do CFC, o auditor deve formar sua opinião sobre se 
as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, 
de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. 
 
Faz parte dessa estrutura, entre outros demonstrativos, a origem e a aplicação 
dos recursos (DOAR), as mutações do patrimônio líquido (DMPL), a posição 
patrimonial (BP) e financeira (DFC), bem como, o resultado das operações no 
período (DRE). 
 
O objetivo de auditor independente é emitir uma opinião (=parecer) sobre as 
demonstrações contábeis do período em análise e não do período seguinte, 
portanto, não é relevante a análise das obrigações para o período seguinte. 
 
Portanto, gabarito letra A. 
 
14. (ESAF/AFRFB/2009) - adaptada - Na emissão de opinião com 
abstenção de opinião para as demonstrações contábeis de uma entidade, 
pode-se afirmar que: 
 
(A) elimina a responsabilidade do auditor de emitir qualquer opinião devendo 
este comunicar à administração da empresa da suspensão dos trabalhos. 
(B) não suprime a responsabilidade do auditor de mencionar, no relatório, 
qualquer desvio, independente da relevância ou materialidade, que possa 
influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. 
(C) exclui a responsabilidade do auditor de se manifestar sob qualquer aspecto 
das demonstrações. 
CURSO ON-LINE: AUDITORIA TEORIA E EXERCÍCIOS PARA A RFB 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 35
(D) não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no relatório, 
qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas 
demonstrações. 
(E) extingue a responsabilidade do auditor de mencionar, no relatório, 
qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas 
demonstrações. 
 
Resolução: 
 
Segundo o item 27 da NBC TA 706, quando o auditor se abstém de expressar 
uma opinião devido à impossibilidade de obter evidência de auditoria 
apropriada e suficiente, ele deve alterar a descrição da sua responsabilidade e 
a descrição do alcance da auditoria para especificar somente o seguinte: 
 
“Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre as demonstrações 
contábeis com base na condução da auditoria de acordo com as normas 
brasileiras e internacionais de auditoria. Em decorrência do(s) assunto (s) 
descrito(s)

Outros materiais