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* * MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I Profª Elaine Albuquerque * * ESTRUTURA DA AULA Conceito e Classificação dos materiais Propriedades Físicas e Químicas Normas técnicas vigentes * * Introdução Qualidade de vida do planeta depende da quantidade de pessoas (população), dos recursos naturais disponíveis, do nível de conhecimento para realizarem-se as transformações e o gerenciamento desses recursos e ainda, o grau de poluição gerado durante os processos de utilização. * * Introdução Recurso natural - qualquer insumo de que os organismos, as populações e os ecossistemas necessitam para a sua manutenção. a. recursos renováveis : aqueles que, após utilizados, ficam disponíveis novamente graças aos ciclos naturais, como a água (ciclo hidrológico), o ar, a biomassa e a energia eólica; b. recursos não-renováveis: aqueles que, uma vez utilizados, não se renovam por meios naturais. Podem ser subdivididos em duas classes: i. minerais energéticos: combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo, urânio); ii. minerais não-energéticos: são minerais como ferro, calcário, argilas em geral, etc... * * Introdução Os recursos naturais são compostos de matéria, isto é, qualquer substância, sólida, líquida ou gasosa, que ocupa lugar no espaço. • Sob o ponto de vista utilitário, materiais são substâncias com propriedades úteis na construção de máquinas, estruturas, dispositivos e produtos, ou seja, os materiais que o homem utiliza para “fazer coisas” (Cohen, 1987). • Historicamente, o desenvolvimento do homem esteve ligado à sua habilidade em detectar, manipular e aperfeiçoar os materiais disponíveis para atender suas necessidades de manutenção, proteção, abrigo ou religiosidade (Figuras 1 e 2). * * Materiais naturais usados na Antiguidade * * Materiais naturais usados na Antiguidade * * Ciência e Engenharia de Materiais Ciência e Engenharia dos Materiais (CEM) definida, segundo Cohen (1987), como “a área da atividade humana associada com a geração e aplicação de conhecimento que relaciona composição, estrutura e processamento dos materiais às suas propriedades e usos”. • Trata-se do acoplamento, por um lado, da Ciência dos Materiais que engloba disciplinas científicas tradicionais (Física, Química, Matemática) e, de outro lado, com a Engenharia dos Materiais que estuda e desenvolve processos e aplicações dos materiais. * * Figura 3 - Ciclo global dos materiais * * Importância do estuda da escolha dos materiais A escolha de dado material para caso específico depende não somente do conhecimento técnico-científico do engenheiro, mas também de sua experiência acumulada, porque nem sempre o enfoque técnico leva à melhor solução com base em evidências aparentes. Além dessas questões, devem ser levadas em conta as questões ambientais: consumo de energia, poluição, descarte, etc. * * Importância do estuda da escolha dos materiais Essas decisões devem ser tomadas na fase de projeto, em que, através de processos e métodos de cálculo baseados em modelos e conceitos estabelecidos, são escolhidos os materiais pelas suas propriedades conhecidas e testadas em laboratório ou obras. * * NATURAIS - areia, granito, madeira ARTIFICIAIS - cimento, tijolo, telha, brita. Classificação dos Materiais Obtenção * * Estrutural - aço, concreto, madeira Vedação - vidro, tijolo Proteção - tintas, vernizes, madeira Função * * QUÍMICA Minerais vegetal animal Orgânicos Mistos Composição FÍSICA Simples - telha, tijolo, vidro Compósitos - concreto, azulejo * * Lamelar – argila Fibrosa – amianto Vítrea - vidro, cerâmica Cristalina – metais Complexos – concreto Fibrosos com estrutura complexa - madeira Estrutura * * Aquisição Emprego Utilização CRITÉRIOS BÁSICOS PARA SELEÇÃO DE MATERIAIS TÉCNICA Resistência, Trabalhabilidade Durabilidade Higiene ECONÔMICA ESTÉTICA cor, textura, forma. * * ENSAIOS DE MATERIAIS DIRETOS - materiais ou produtos já aplicados na obra INDIRETOS - quanto feitos em laboratórios DE CARACTERIZAÇÃO DE DESEMPENHO * * FÍSICOS: densidade, porosidade etc. QUÍMICOS MECÂNICOS: estáticos, dinâmicos, fadiga etc. ESPECIAIS: petrográficos, metalográficos FABRICAÇÃO RECEPÇÃO IDENTIFICAÇÃO ENSAIOS DE LABORATÓRIO: * * PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Conhecimento do engenheiro / arquiteto sobre materiais: Diferentes propriedades: Mecânicas Químicas Físicas Etc. * * Propriedades durante o processamento: Usinabilidade Plasticidade Trabalhabilidade Etc. Propriedades durante o uso: Durabilidade Propriedades específicas à finalidade proposta * * Desenvolvimento de novos materiais Crescente diversidade de comportamentos e propriedades O engenheiro / arquiteto deve conhecer os princípios gerais que governam as propriedades de todos os materiais * * 1 . Estrutura dos materiais Sólido Estado de agregação dos átomos, íons e moléculas com volume e forma definidos Forças: Inter- atômicas e Inter- moleculares Ligação iônica Ligação covalente Ligação metálica Ligação molecular (Van der Waals, Dipolo-dipolo, ponte de hidrogênio) Aspectos mais importantes na engenharia dos materiais de construção: * * Estrutura cristalina Periodicidade da estrutura Cristal – arranjo repetitivo de átomos e grupo de átomos Cúbica Tetragonal ortorrômbica * * O comportamento mecânico e as deformações são influenciados pelos defeitos da rede cristalina Estrutura amorfa Difere do cristalino por não possuir ordenação A definição cristalino / amorfo é função principalmente do resfriamento na formação do material Mais lento mais cristalina Mais rápido menos cristalina * * Como as propriedades afetam o uso: Solicitações em serviço Inter-relações com o meio ambiente Durabilidade e vida útil * * Principais grupos Metais Cerâmicos (altas temperaturas) Orgânicos Monofásicos (Fe, Al, Zn, etc) Polifásicos (Aço, bronze, Latão, etc) Silicatos Óxidos não metálicos Combinações Produtos de argila Refratários Vidros Compostos (concreto) Madeira, Polímeros (Tintas, Plásticos, etc) * * MASSA ESPECÍFICA APARENTE É a massa por unidade de volume considerando os vazios acessíveis Areia 2,65 kg/l Brita 2,74 kg/l Concreto 2.350 kg/m3 Madeira 1,5 kg/ldm3 * * É a massa por unidade de volume, considerando os vazios entre os grãos (no estado natural). MASSA UNITÁRIA em Kg/l , kg/dm3 , g/cm3 , t/m3 MASSA ESPECÍFICA REAL É a relação entre a massa e o volume do material sem considerar os vazios * * COMPACIDADE É a relação entre o volume real e o volume total, expresso em porcentagem Pode ser expresso também por: * * POROSIDADE É a relação entre o volume de vazios e o volume total, expresso em porcentagem POROSIDADE + COMPACIDADE = 1 Vv = volume de vazios Vo = volume real V = volume total * * ABSORÇÃO É o poder que tem o material de absorver e reter água, expresso em porcentagem de sua massa no estado seco Mh = massa úmida Ms = massa seca * * PERMEABILIADADE É a propriedade do material de deixar passar água através de seus poros, sob uma determinada pressão É a capacidade do material de resistir a ação prolongada do calor sem se deformar. RESISTÊNCIA AO CALOR Refratários - t > 1580 oC (ex: Alumina - Óxido de alumínio, cerâmicas, tijolos refratários) Dificilmente fundidos - 1300 oC < t < 1580 Co (ex: Ferro-carbono) Facilmente fundidos - t < 1300 oC (ex: termoplásticos, como polipropileno, o polietileno, e o policloreto) * * RESISTÊNCIA AO FOGO É a capacidade dos materiais resistirem ao fogo e altas temperaturas sem combustão Incombustíveis - não se inflamam sob a ação do fogo e a altas temperaturas (ex:inorgânicos, como: concreto, tijolo, cobertura para telhado, placa de amianto, aço, alumínio, vidro, argamassas ou outros similares) Fracamente combustíveis - dificilmente se inflamam, mas se consomem (ex:painéis de gesso e os revestimentos metálicos que contêm quantidade mínima de madeira, papel ou plástico) Combustíveis - se inflamam e se consomem a altas temperaturas (ex:gasolina, querosene, diesel, gás natural) * * É a capacidade dos materiais de não se deteriorarem sob a ação do gelo e degelo sucessivos. RESISTÊNCIA AO GELO É a resistência ao choque ou percussão. Discos de esmeris, ou peças de percussão, ou alta dureza, como calibres de armas, etc. Resistência de um metal à ruptura pela tração. TENACIDADE * * É a propriedade segundo a qual o material resiste a ação dos ácidos, bases, gases, sais. RESISTÊNCIA A CORROSÃO * * * * 1 - talco 2 – gesso 3 - calcita 4 – fluorita 5 - apatita RESISTÊNCIA A ABRASÃO É a propriedade do material de resistir, sem perda de massa e volume (desgastes) quando submetido a cargas abrasivas DUREZA É a resistência que os corpos oferecem ao serem riscados ou ao serem penetrados. 6 - ortoclásio 7 - quatzo 8 - topázio 9 – orindom 10 - diamante ESCALA OMHS * * É a propriedade do material de retornar a sua forma inicial após a retirada do carregamento ELASTICIDADE É a propriedade segundo a qual o material muda a sua forma sob a ação de cargas externas e a conserva após a retirada do carregamento PLASTICIDADE É a capacidade que tem os corpos sólidos de se laminarem, sem se romper. MALEABILIDADE * * DUTILIDADE É a capacidade dos corpos sólidos de se alongarem sem se romperem. É a perda da qualidade ou de dimensões com o uso contínuo. DURABILIDADE DESGASTE É a capacidade que os corpos sólidos apresentam de manter um determinado desempenho por um período de tempo pré-estabelecido * * É a propriedade que tem o material de não se romper sob ação de cargas. RESISTÊNCIA MECÂNICA É a relação entre o esforço aplicado e a área da seção resistente. TENSÃO Kgf/cm2 N/m2 N/mm2 = MPa 1 Kgf/cm2 = 10 MPa em * * COMPRESSÃO * * TRAÇÃO * * FLEXÃO * * TORÇÃO * * CISALHAMENTO * * É a relação entre a tensão aplicada a uma peça e a deformação unitária resultante MÓDULO DE ELASTICIDADE em MPa ou kgf/cm2 variação do comprimento em relação ao comprimento total (deformação unitária) * * * * Ações para modernização de construção civil Qualidade (satisfazer às exigências do usuário) Necessidade do usuário Planejamento da construção Projeto Fabricação de Materiais e componentes Execução de obras (serviços, orçamento e controle) Uso, operação e manutenção * * Produtividade Modernização organizacional e gerencial Racionalização e integração de projetos Racionalização de processos de fabricantes de materiais e componentes Racionalização da execução de obra (perdas e desperdício) Treinamento de mão de obra * * Inovação Tecnológica Desenvolvimento de novas metodologias de projetos (otimização) Desenvolvimento de novos materiais e componentes Desenvolvimento de novos equipamentos Desenvolvimento de novos sistemas construtivos * * Necessidade de normalização para implementação de programa de gestão da qualidade * * Normalização técnica Conjunto de diretrizes que garantem a qualidade de um produto ou serviço As normas brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaborados por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos: Produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios, e outros) * * A norma técnica não tem força de lei Devem ser consensuais Serve de base para saber se um produto ou serviço está de acordo com os critérios de qualidade exigidos Legislação é o Código de Defesa do Consumidor (lei 8078 de 11/09/90) Usa as normas técnicas como referência * * Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) Fundada em 1940 Entidade sem fins lucrativos de caráter privado É composta por sócios mantenedores, individuais e coletivos e entidade associadas Entidades que contribuem para elaboração de normas: IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland INT – Associação Brasileira de Normas Técnicas IBRACON - Instituto Brasileiro do Concreto * * INMETRO avalia as normas Exemplos de normas: NBR 6118 (NB 1) – Normas de dimensionamento do Concreto NBR 7217 /1997 – Agregados – Determinação da composição granulométrica NBR 1763/1992 – Aditivos para concreto de cimento portland * * Algumas normas estrangeiras ISO – International Organization for Standardization ASTM – American Society for Testing Materials DIN – Deustsches Institut fur Normung AFNOR – Association Française de Normalization BS - Bristish Standard * * Que é ISO 9000 Numeração inicial de uma família de normas que trata da Gestão e Garantia da Qualidade (ISO) Fornecem as diretrizes para que as empresas garantam a qualidade de seus sistemas A certificação atesta que determinada empresa, produto ou serviço, está de acordo com as normas técnicas. * * Existem dois tipos de certificados: Certificados do Sistema Atestam se o processo de fabricação controle ambiental, prestação de serviço, etc. de uma determinada empresa seguem os padrões controlados, de acordo com as Normas de Gestão e Garantia de Qualidade Certificado de Conformidade Atestam a qualidade do produto de acordo com as normas técnicas. É constantemente testado através de ensaios periódicos (auditorias) ABNT – http://www.abnt.org.br
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