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Apostila de experimentos GQI070

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GQI070 – Química Experimental (2013) 
0 | P á g i n a 
2013 
Professor responsável: 
Prof. Dr. Anizio M. Faria 
Auxílio técnico: 
Me. Nilson R. Pereira 
APOSTILA DE EXPERIMENTOS 
QUÍMICA EXPERIMENTAL- GQI070 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
1 | P á g i n a 
 
SUMÁRIO 
 
PROGRAMA DA DISCIPLINA ____________________________________________________ 5 
NOMES E FUNÇÕES DAS VIDRARIAS, UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS DE UM LABORATÓRIO DE 
QUÍMICA ____________________________________________________________________ 7 
1. Objetivo _______________________________________________________________________ 7 
2. Itens a serem pesquisados _________________________________________________________ 7 
MEDIDAS DE MASSA, VOLUME E TEMPERATURA___________________________________ 11 
1. Objetivo ______________________________________________________________________ 11 
2. Reagentes, vidrarias e equipamentos ________________________________________________ 11 
3. Introdução ____________________________________________________________________ 11 
3.1. Densidade ___________________________________________________________________________ 11 
3.2. Limpeza e secagem de vidrarias volumétricas _________________________________________________ 12 
3.3. Medidas de volume_____________________________________________________________________ 13 
3.4. Medidas de massa _____________________________________________________________________ 14 
3.5. Medidas de temperatura _________________________________________________________________ 15 
4. Procedimento experimental _______________________________________________________ 16 
5. O Relatório deverá conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” ______________ 17 
6. Bibliografia ____________________________________________________________________ 18 
USO DO BICO DE BUNSEN E TESTE DE CHAMA ____________________________________ 19 
1. Objetivos _____________________________________________________________________ 19 
2. Reagentes, vidrarias e equipamentos ________________________________________________ 19 
3. Procedimento experimental _______________________________________________________ 19 
3.1. Uso do bico de Bunsen __________________________________________________________________ 19 
3.2. Teste de chama _______________________________________________________________________ 21 
4. O relatório deve conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” ________________ 22 
5. Bibliografia ____________________________________________________________________ 23 
SEPARAÇÃO DOS COMPONENTES DE UMA MISTURA _______________________________ 24 
1. Objetivos _____________________________________________________________________ 24 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
2 | P á g i n a 
2. Reagentes, vidrarias e equipamentos ________________________________________________ 24 
3. Introdução ____________________________________________________________________ 24 
4. Procedimento experimental _______________________________________________________ 25 
5. O relatório deve conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” ________________ 28 
6. Bibliografia ____________________________________________________________________ 29 
DESTILAÇÃO SIMPLES _______________________________________________________ 30 
1. Objetivos _____________________________________________________________________ 30 
2. Reagentes, vidrarias e equipammentos ______________________________________________ 30 
3. Introdução ____________________________________________________________________ 30 
4. Procedimento experimental _______________________________________________________ 33 
5. O relatório deve conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” ________________ 33 
6. Bibliografia ____________________________________________________________________ 33 
CROMATOGRAFIA EM PAPEL: SEPARAÇÃO DE ESPÉCIES IÔNICAS ____________________ 35 
1. Objetivos _____________________________________________________________________ 35 
2. Reagentes, vidrarias e equipamentos ________________________________________________ 35 
3. Introdução ____________________________________________________________________ 35 
4. Procedimento experimental _______________________________________________________ 37 
4.1. Processo cromatográfico _________________________________________________________________ 37 
4.2. Revelação cromatográfica ________________________________________________________________ 39 
5. O relatório deve conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” ________________ 39 
6. Bibliografia ____________________________________________________________________ 40 
SÍNTESE DE UM SAL INORGÂNICO ______________________________________________ 41 
1. Objetivos _____________________________________________________________________ 41 
2. Reagentes, vidrarias e equipamentos ________________________________________________ 41 
3. Procedimento experimental _______________________________________________________ 41 
3.1. Síntese do sulfato de cobre pentaidratado ____________________________________________________ 41 
3.2. Caracterização do produto obtido __________________________________________________________ 42 
4. O relatório deve conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” ________________ 42 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
3 | P á g i n a 
5. Bibliografia ____________________________________________________________________ 42 
DETERMINAÇÃO DE ÁGUA DE HIDRATAÇÃO ______________________________________ 44 
1. Objetivos _____________________________________________________________________ 44 
2. Reagentes, vidrarias e equipamentos ________________________________________________ 44 
3. Procedimento experimental _______________________________________________________ 44 
4. O relatório deve conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” ________________ 45 
5. Bibliografia ____________________________________________________________________ 45 
SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DA ASPIRINA ______________________________________ 46 
1. Objetivos _____________________________________________________________________ 46 
2. Reagentes, vidrarias e equipamentos ________________________________________________ 46 
3. Procedimento experimental _______________________________________________________ 46 
3.1. Síntese da aspirina _____________________________________________________________________ 46 
3.2. Caracterização físico-química da aspirina ____________________________________________________ 47 
4. O relatório deve conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” ________________ 47 
5. Bibliografia ____________________________________________________________________ 48 
PREPARO DE SOLUÇÕES _____________________________________________________ 49 
1. Objetivos _____________________________________________________________________ 49 
2. Reagentes, vidrarias e equipamentos ________________________________________________ 49 
3. Introdução ____________________________________________________________________ 49 
3.1. Soluções ____________________________________________________________________________ 49 
3.2. Técnicas experimentais para o preparo de soluções _____________________________________________ 51 
4. Procedimento experimental _______________________________________________________ 52 
4.1. Preparo de soluções a partir de solutos sólidos ________________________________________________ 52 
4.2. Preparo de soluções ácidas a partir de ácidos concentrados _______________________________________ 52 
5. O relatório deve conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” ________________ 53 
6. Bibliografia ____________________________________________________________________54 
TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE _____________________________________________________ 55 
1. Objetivos _____________________________________________________________________ 55 
2. Reagentes, vidrarias e equipamentos ________________________________________________ 55 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
4 | P á g i n a 
3. Procedimento experimental _______________________________________________________ 55 
4. O relatório deve conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” ________________ 56 
5. Bibliografia ____________________________________________________________________ 56 
 
 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
5 | P á g i n a 
PROGRAMA DA DISCIPLINA 
 
AVALIAÇÕES 
 
O desempenho dos discentes será avaliado mediante os seguintes instrumentos: 
 Avaliações teórico-práticas 
03 avaliações, P1, P2 e P3 que valerá 20 pontos cada, totalizando 60 % da pontuação da disciplina. 
 Relatórios 
10 (dez) relatórios, totalizando 40 % da pontuação da disciplina. 
 
A nota final do discente será obtida pela expressão: 
NOTA = P1 + P2 + P3 + R 
 
Se: NOTA ≥ 60, o discente estará APROVADO. NOTA < 39, o discente estará REPROVADO. 
40 ≤ NOTA < 59, o discente terá direito a realizar uma atividade extra no laboratório (EXAME), 
envolvendo os experimentos da disciplina. A nota que o discente obtiver no EXAME será utilizada na 
expressão: 
NOTA FINAL = (EXAME + 2*NOTA)/3 
Se NOTA FINAL ≥ 60, o discente estará APROVADO. Persistindo NOTA FINAL < 59, REPROVADO. 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 
[1] T. Morita, R.M.V. Assumpção. Manual de Soluções, Reagentes e Solventes. 2ª ed. São Paulo: 
Editora Edgard Blücher, 1976. 
[2] M.G. Constantino, G.V.J. Silva, P.M. Donate. Fundamentos de Química Experimental. São Paulo: 
Edusp, 2004. 
[3] P. Atkins, L. Jones. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. 
Porto Alegre: Bookman, 2001. 
[4] T.L. Brown, H.E. LeMay, B.E. Bursten, J.R. Burdge. Química a Ciência Central. 9ª ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2005. 
[5] J. B. Russel. Química Geral, vol. 1 e 2. 2ª ed. São Paulo: Makron Books, 1994. 
 
 
 
 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
6 | P á g i n a 
 
CRONOGRAMA 
 
SEMANA DATA ASSUNTO 
1 22.05 Prática Apresentação do Curso: sistema de avaliação e normas de laboratório. 
2 
Férias 
29.05 Prática 
Identificação dos nomes e funções de vidrarias e equipamentos de 
laboratórios 
3 05.06 Prática Experimento 01. Medidas de massa, volume e temperatura 
4 12.06 Prática Experimento 02. Uso do bico de Bunsen e teste de chama 
5 19.06 Prática Experimento 03. Separação dos componentes de uma mistura 
6 26.06 Prática Experimento 04. Destilação simples 
7 03.07 Prática 1ª AVALIAÇÃO 
8 10.07 Prática 1ª AVALIAÇÃO 
9 17.07 Prática 
Experimento 05. Cromatografia em papel: separação de espécies 
iônicas 
10 24.07 Prática 
Experimento 06. Síntese de um sal inorgânico 
Experimento 07. Determinação de água de hidratação 
11 
Concurso 
31.07 Prática Experimento 08. Síntese e caracterização da aspirina 
12 07.08 Prática 2ª AVALIAÇÃO 
13 14.08 Prática 2ª AVALIAÇÃO 
14 21.08 Prática Experimento 09. Preparo de soluções 
15 28.08 Prática Experimento 10. Titulação ácido-base 
16 04.09 Prática 3ª AVALIAÇÃO 
17 11.09 Prática 3ª AVALIAÇÃO 
18 18.09 Prática EXAME 
19 25.09 Prática Encerramento da disciplina 
 
 
 
 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
7 | P á g i n a 
Pré-laboratório 
 
NOMES E FUNÇÕES DAS VIDRARIAS, UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS DE UM 
LABORATÓRIO DE QUÍMICA 
 
1. Objetivo 
 
Familiarizar o estudante com os principais utensílios empregados em um laboratório de química. 
 
2. Itens a serem pesquisados 
 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
8 | P á g i n a 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
9 | P á g i n a 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
10 | P á g i n a 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
 
 
Nome: Nome: Nome: 
Função: Função: Função: 
 
 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
11 | P á g i n a 
Experimento 01 
 
MEDIDAS DE MASSA, VOLUME E TEMPERATURA 
 
1. Objetivo 
 
Familiarizar o estudante com alguns instrumentos e procedimentos por meio de medidas de 
massa, volume e temperatura. Empregar o conceito de densidade para avaliar a exatidão e precisão de 
algumas vidrarias de laboratório. 
 
2. Reagentes, vidrarias e equipamentos 
 
Pisseta com água destilada 01 Pipeta graduada de 10 mL 
01 Béquer de 10 mL 01 Pipeta volumétrica de 10 mL 
01 Béquer de 50 mL 01 pró-pipeta do tipo pera 
01 Béquer de 100 mL 01 Balão volumétrico de 25 mL 
01 Proveta de 25 mL 01 Pipeta conta-gotas 
 
3. Introdução 
 
3.1. Densidade 
 
A razão entre a massa (m) de um material homogêneo (substância pura ou solução) e o volume 
(V) ocupado por este material é uma importante propriedade física denominada densidade. É comum, na 
literatura química, representar esta propriedade pela letra grega “Rô” (). Assim, algebricamente, a 
densidade é definida conforme a equação 1: 
 = m / V Eq. 1 
É evidente que as unidades da densidade serão unidades de massa por unidades de volume, 
sendo as unidades mais comuns: g mL-1 ou g cm-3. A densidade é uma propriedade intensiva, isto é, 
não depende da quantidade de substância. Por outro lado, a massa e o volume são propriedades que 
dependem da quantidade de substância, sendo denominadas propriedades extensivas. Substâncias 
puras apresentam densidades que lhe são características e que, portanto, podem servir para a 
identificação das mesmas. Algo muito importante e que não está explícito na Equação 1 é a dependência 
da densidade com a temperatura. O volume das substâncias se altera com a variação da temperatura, 
pois as substâncias se expandem quando aquecidas, porém, a massa não sofre qualquer variação com a 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
12 | P á g i n a 
temperatura, o que resulta obrigatoriamente na variação da densidade com a variação da temperatura (a 
densidade aumenta ou diminui com o aumento da temperatura?). Desta maneira, quando valores de 
densidade são medidos ou fornecidos, deve-se sempre informar a temperatura na qual os valores 
foram determinados. A Tabela 1 apresenta valores de densidade da água em diferentes temperaturas, o 
que lhe dará uma idéia da magnitude da influência da temperatura sobre a densidade. 
 
Tabela 1. Densidade da água em diferentes temperaturas. 
T (°C)  (g cm-3) T (°C)  (g cm-3) 
0 0,99984 26 0,99678 
4 0,99997 28 0,99623 
8 0,99985 30 0,99565 
12 0,99950 32 0,99503 
16 0,99894 36 0,99369 
20 0,99820 40 0,99222 
24 0,99730 44 0,99063 
 
3.2. Limpeza e secagem de vidrarias volumétricas 
 
A limpeza da vidraria, nos casos mais simples, pode ser feita lavando com detergente, 
enxaguandocom bastante água de torneira e, finalmente, enxaguando com água destilada. Esta última 
operação é essencial porque a água de torneira contém apreciável quantidade de materiais dissolvidos e 
em suspensão, que não serão removidos se você não passar água destilada. Colocando na estufa um 
béquer enxaguado apenas com água de torneira, quando ele secar você vai poder ver pequenas 
manchas (geralmente brancas) de substâncias que estavam dissolvidas e cristalizaram. Existem 
procedimentos e soluções especiais para limpeza mais rigorosa do material volumétrico, tais 
procedimentos não serão abordados nesta disciplina, você terá oportunidade de aprender mais sobre isto 
em disciplinas futuras ou consultando bibliografia específica. 
Uma questão: “É importante secar o material volumétrico?” A resposta correta a esta questão é: 
depende! Depende do seguinte: 1) Qual é o líquido que está molhando o material? 2) O quê, exatamente, 
vai ser medido com o material? 3) Qual material está sendo considerado? (Bureta, balão volumétrico, 
etc.). Se você estiver em dúvida sobre qualquer caso específico, então seque, pois o material seco 
sempre dará resultados corretos, mas o material molhado só funcionará corretamente em alguns casos. 
Suponha, por exemplo, que você quer medir o volume de acetona em um balão volumétrico que está 
molhado com água: se você colocar a acetona no balão molhado, o líquido resultante não será mais 
acetona (pois conterá água) e você não poderá mais saber qual o volume de acetona que ele contém. 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
13 | P á g i n a 
Porém, se o balão estivesse molhado com acetona, não haveria problema em usá-lo molhado para medir 
o volume de acetona. Suponha agora que você queira preparar uma solução de NaCl em água em um 
balão volumétrico, nesta situação é claro que não haveria problemas se o balão volumétrico estivesse 
molhado com água, porém haveria erro se estivesse molhado com acetona. Assim, use sempre o bom 
senso em relação à secagem do material volumétrico e, na dúvida, seque sempre! 
Existe ainda uma questão em relação à vidraria molhada que merece ser discutida aqui. Até este 
ponto, foram mencionados apenas os problemas que o material molhado pode causar para a sua própria 
medida. Há um problema mais grave: material molhado pode estragar as medidas dos outros. Se você 
mergulhar, por exemplo, uma pipeta molhada dentro do frasco de solução de NaOH 0,09873 mol L-1 
cuidadosamente preparada e titulada pelo técnico, estará diluindo essa solução e introduzindo erros nas 
medidas de seus colegas que utilizarão essa solução depois. Mesmo que essa solução fosse só sua, 
você a estragaria, prejudicando suas próprias medidas futuras. Portanto, tome como regra básica: 
NUNCA MERGULHAR MATERIAL DE VIDRO POSSIVELMENTE MOLHADO OU CONTAMINADO NO 
FRASCO ORIGINAL PARA RETIRAR SOLUÇÕES; transfira uma pequena quantidade para um béquer 
ou erlenmeyer, e pipete a partir desse outro recipiente. Naturalmente, o excesso não deve ser devolvido 
ao frasco original, para evitar contaminações. 
Nos casos em que a secagem da vidraria for necessária, lembre-se que o material volumétrico 
não deve ser fortemente aquecido, pois perderia sua aferição. Admite-se, porém, um aquecimento 
suave, como em estufa a no máximo 50 °C, ou com um secador de cabelos. É preferível, porém, secar o 
material volumétrico à temperatura ambiente, mas para isso é necessário tempo (geralmente de um dia 
para o outro). Caso você tenha que secar um material volumétrico em pouco tempo enxágüe-o com 
etanol ou acetona, escorra-o bem e promova um aquecimento brando em estufa ou com um secador de 
cabelos. Este procedimento garantirá uma secagem satisfatória em aproximadamente 30 minutos e 
deverá ser adotado apenas em casos de extrema urgência. 
 
3.3. Medidas de volume 
 
De modo geral, para medidas aproximadas de volume de líquidos, usam-se cilindros graduados 
ou provetas, enquanto que, para medidas precisas, usam-se pipetas, buretas e balões volumétricos, que 
constituem o chamado material volumétrico. Aparelhos volumétricos são calibrados pelo fabricante e a 
temperatura padrão de calibração é de 20 ou 25 °C. A Figura 1 apresenta as principais vidrarias 
empregadas em um laboratório químico para efetuar medidas de volume. 
 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
14 | P á g i n a 
 
Proveta Balão volumétrico 
Pipetas graduas e 
volumétricas 
Bureta 
Figura 1. Principais vidrarias empregadas para medidas de volume. 
 
A medida do volume é feita comparando-se o nível do líquido com os traços marcados na parede 
do recipiente. Quando uma vidraria volumétrica como pipetas, buretas ou balões é preenchida com um 
líquido, forma-se uma concavidade denominada menisco. Se esse menisco estiver formando uma 
concavidade para cima, a leitura é feita no ponto de mínimo dessa curva. Por outro lado, se ele estiver 
formando uma parábola para baixo, então a leitura é feita no ponto de máximo. Os olhos do analista 
devem sempre permanecer no mesmo nível do menisco para evitar o chamado erro de paralaxe. A 
Figura 2 ilustra a forma correta de se realizar a leitura de volume em diferentes situações. 
 
 
Figura 2. Representação esquemática das formas corretas de medidas de volumes. 
 
3.4. Medidas de massa 
 
As medidas de massa são efetuadas em balanças, as quais geralmente são os instrumentos de 
maior precisão e exatidão disponíveis em um laboratório químico. Atualmente, as balanças mais comuns 
são do tipo eletrônica digital, podendo estas ser semi-analítica (precisão de 0,01 g) ou analítica (precisão 
de 0,0001 g). Balanças eletrônicas são, em geral, muito fáceis de operar. Você praticamente só tem que 
se lembrar de coisas bem básicas, como ligar a balança e verificar o zero (ou zerar) antes de colocar o 
objeto a ser pesado no prato. É possível, também, fazer a operação de tarar um recipiente: compostos 
químicos não podem ser colocados diretamente no prato da balança, mas devem ser pesados sobre um 
pedaço de papel manteiga (sólidos, apenas!) ou no interior de um frasco de vidro, como um pesa-filtros 
ou um béquer, etc. Supondo que você usará um pedaço de papel: é claro que seria necessário, antes, 
pesar o papel, para depois subtrair essa massa do total e obter a massa do produto químico que foi 
colocado sobre o papel. Nas balanças eletrônicas, você pode colocar o papel sobre o prato e zerar a 
balança com o papel em cima, operação chamada de “tarar”; fazendo isso, a massa do que estiver sobre 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
15 | P á g i n a 
o prato será “automaticamente descontada”. Após tarar a balança com o papel no prato, pode-se colocar 
o produto químico sobre o papel e o mostrador digital já dará a massa do produto químico, não sendo 
mais necessário subtrair a massa do papel. 
Apesar da simplicidade das medidas de massa, alguns cuidados devem ser tomados: 1) Antes 
de iniciar uma pesagem verifique sempre se o prato da balança está limpo. Caso existam resíduos 
sólidos no prato da balança, limpe-o com um pincel. Caso existam líquidos, desligue a balança remova o 
prato e seque-o com papel absorvente. 2) Jamais coloque reagentes químicos diretamente sobe o prato 
da balança. 3) Verifique se a balança está nivelada antes de iniciar a pesagem. Estando nivelada não a 
remova do lugar nem mesmo arraste “um pouquinho que seja”. 4) Jamais pese objetos que estejam 
molhados pelo lado de fora. 5) Os objetos a serem pesados deverão estar SEMPRE à temperatura 
ambiente. 
Balanças analíticas, aquelas cuja precisão é de 0,1 mg, são especialmente sensíveis e exigem 
outros tantos cuidados: seu prato fica encerrado dentro de uma caixa com portas de vidro, para evitar 
correntes de ar. Não é possível realizaruma medida de massa em uma balança analítica com as portas 
abertas, pois as correntes de ar fazem com que o prato da balança oscile impedindo, assim, que se 
obtenha uma leitura estável. Os objetos a serem pesados em uma balança analítica não podem ser 
manuseados diretamente com a mão, pois a gordura deixada pelos dedos altera o resultado das últimas 
casas. Desta forma, objetos a serem pesados em balanças analíticas devem ser manuseados com 
pinças ou com um pedaço de papel. 
Naturalmente não são apenas esses cuidados que irão garantir uma boa pesagem. Você tem 
que usar o bom senso em tudo que faz para obter resultados de qualidade. No caso específico deste 
experimento, por exemplo, é claro que quando você for pesar seu balão volumétrico vazio ele tem que 
estar bem seco; você não pode se esquecer de incluir a tampa do balão na pesagem; você não pode 
trocar a tampa do balão quando for pesá-lo cheio de líquido; depois de pesar o balão vazio, você não 
pode mais pegá-lo com a mão até pesá-lo cheio, se estiver usando balança analítica. Você não pode 
colocar o balão num lugar sujo de sua bancada, porque a sujeira pode aderir ao balão e alterar a massa 
e assim por diante. 
 
3.5. Medidas de temperatura 
 
As medidas de temperatura são efetuadas por leitura direta de um termômetro apropriado. Há 
muitos tipos de termômetro em uso nos laboratórios, mas a grande maioria é de mercúrio e varia apenas 
na faixa e na precisão da escala. Os principais cuidados a serem tomados ao efetuar uma medida de 
temperatura são: 1) Assegurar-se de que todo o bulbo do termômetro esteja mergulhado no meio cuja 
temperatura se quer medir. 2) Esperar até que tenha ocorrido equilíbrio térmico entre o meio e o bulbo do 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
16 | P á g i n a 
termômetro antes de efetuar a leitura; melhor ainda é fazer várias leituras a intervalos regulares (de 30 
segundos, por exemplo) até que a leitura permaneça constante; este valor constante final é a 
temperatura correta. 
 
4. Procedimento experimental 
 
Atenção! Toda vidraria que você recebeu já está devidamente limpa e seca, não a molhe! 
Haverá um termômetro no laboratório monitorando a temperatura ambiente. Anote a temperatura 
antes de iniciar seu experimento. Verifique a temperatura em intervalos de meia hora. 
Você deverá pesar um béquer de 50 mL, uma proveta de 25 mL e um balão volumétrico de 25 
mL (com a tampa). Após pesá-los, use um papel para manuseá-los (Por quê?). Anote a massa de cada 
um. 
Adicione 10 mL de água destilada ao béquer de 50 mL. Use a escala do próprio béquer e tome 
muito cuidado para não molhá-lo por fora, caso isto aconteça, seque-o com papel absorvente. Pese o 
conjunto béquer + água e anote a massa. Descarte a água contida no béquer. Repita este procedimento 
por mais duas vezes. 
Adicione 10 mL de água à proveta de 25 mL, tomando cuidado para não molhá-la por fora, caso 
isto aconteça, seque-a com papel absorvente. Pese o conjunto proveta + água e anote a massa. Despeje 
a água contida na proveta. Repita este procedimento por mais duas vezes. 
Complete o balão volumétrico até a marca com água. Para acertar rigorosamente o menisco, 
utilize uma pipeta conta gotas. Atenção! Não introduza a pipeta conta gotas diretamente na pisseta! 
Transfira um pouco de água para um béquer de 10 mL e utilize desta água para acertar o menisco! Pese 
o balão volumétrico cheio e anote a massa. Coloque um béquer de 100 mL na balança e tare-a. Transfira 
a água do balão volumétrico para este béquer sem retirá-lo da balança. Atenção! Esta operação será 
realizada dentro da balança. Muito cuidado para que não espirre água para fora do béquer! Isto 
estragaria sua medida e a balança! Repita este procedimento por mais duas vezes. 
Coloque o béquer de 50 mL na balança e tare-a. Pegue 10 mL de água com uma pipeta 
graduada. Transfira os 10 mL para o béquer dentro da balança. Atenção! Esta operação será realizada 
dentro da balança. Muito cuidado para que não espirre água para fora do béquer! Isto estragaria 
sua medida e a balança! Anote a massa da água transferida para o béquer. Tare a balança novamente 
e repita este procedimento por mais duas vezes. Repita todo este procedimento usando agora uma 
pipeta volumétrica. 
 
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17 | P á g i n a 
5. O Relatório deverá conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” 
 
1) Construa e preencha a tabela abaixo: 
Vidraria 
m vazio 
(g) 
m com água (g) m de água (g) m média de 
água (g) 
s 
(desvio 
padrão) m1 m2 m3 m1 m2 m3 
Béquer 50 mL 
Proveta 25 mL 
Balão volumétrico 25 mL 
Pipeta graduada 10 mL 
Pipeta volumétrica 10 mL 
 
2) Construa e preencha a tabela abaixo: 
m média de água 
contida no balão 
volumétrico (g) 
m de água transferida 
para o béquer de 100 
mL (g) 
m de água transferida 
para o béquer de 100 
mL (g) 
m de água transferida 
para o béquer de 100 
mL (g) 
m média de água 
transferida para o 
béquer 100 mL (g) 
s 
(desvio 
padrão) 
 
 
3) Empregue a tabela da questão 1 para comparar as diferentes vidrarias em termos de exatidão e 
precisão. (Você precisará dos valores de densidade apresentados na Tabela 1 e da temperatura 
ambiente para responder adequadamente esta questão). 
4) As vidrarias volumétricas costumam ser dividas em vidrarias de transferência, aquelas capazes de 
transferir volumes com grande exatidão e precisão e vidrarias “para conter” aquelas que conseguem 
armazenar volumes com grande exatidão e precisão, mas não conseguem transferi-lo com exatidão. 
Com base em seus resultados apresentados na tabela da questão 2, o balão volumétrico seria uma 
vidraria de transferência ou “para conter”? Justifique. 
5) Qual a importância de se conhecer a temperatura ambiente neste experimento? 
6) Neste experimento poderia ser utilizada água da torneira ao invés de água destilada? Justifique. 
7) Explique o que aconteceria com a densidade de uma solução ao se aumentar a quantidade de soluto, 
considerando que a adição de soluto não altere o volume da solução. Justifique. 
8) Qual seria a razão entre os volumes de dois objetos A e B, que apresentam a mesma massa, 
sabendo-se que a densidade de A é três vezes a de B. 
9) Um béquer contendo 4,00 x 102 cm3 de um líquido com uma densidade de 1,85 g cm-3 apresentou 
uma massa igual a 884 g. Qual é a massa do béquer vazio? 
10) Um colecionador adquiriu uma estatueta supostamente de ouro. Desconfiado, ele solicitou a um 
químico que realizasse alguma análise para confirmar se o artefato era realmente de ouro puro. 
Obviamente, a análise não poderia causar nenhum dano à valiosa estatueta. O químico realizou, então, o 
seguinte procedimento: pesou a estatueta, obtendo uma massa de 57,90 g. Preencheu uma proveta de 
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18 | P á g i n a 
100 mL com 50 mL de água e imergiu a estatueta nesta proveta. Após a completa imersão da estatueta, 
o químico verificou que o nível da água encontrava-se em 53 mL. Sabendo que a densidade do ouro é de 
19,3 g cm-3, diga se você daria uma boa ou má notícia ao colecionador. Justifique, considerando que o 
colecionador não possui nenhum conhecimento técnico. 
 
6. Bibliografia 
 
[1] M.G. CONSTANTINO, G.V.J. DA SILVA, P.M. DONATE. Fundamentos de Química Experimental. São Paulo: 
Edusp, 2004. 
[2] J.W. ZUBRIK, Manual de Sobrevivência no Laboratório de Química Orgânica. Rio de Janeiro: LTC, 2005. 
[3] P. ATKINS, L. JONES. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. Porto Alegre: 
Bookman, 2001. 
[4] T.L. BROWN, H.E. LeMAY, B.E. BURSTEN, J.R. BURDGE Química a Ciência Central, 9ª Edição,São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2005. 
[5] J. B. RUSSEL, Química Geral. 2ª edição. São Paulo: Makron Books, 1994. Vol. 1 e 2. 
 
 
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19 | P á g i n a 
Experimento 02 
 
USO DO BICO DE BUNSEN E TESTE DE CHAMA 
 
1. Objetivos 
 
a) Manusear corretamente o bico de Bunsen; estudar o comportamento da água quando submetida a 
aquecimento. 
b) Identificar alguns metais alcalinos e alcalinos terrosos pela cor emitida na chama do bico de Bunsen. 
 
2. Reagentes, vidrarias e equipamentos 
 
Bico de Bunsen Suporte universal 
01 Béquer de 250 mL Fósforo 
01 Pisseta com água destilada 
Soluções aquosas: LiF, NaCl, KCl, CaCl2, SrCl2, 
BaCl2 e CuSO4 
01 Termômetro (-10 a 150 °C) 01 Cronômetro 
01 Tripé Fio de níquel-cromo 
01 Tela de amianto HCl concentrado 
01 Garra com mufa 
 
3. Procedimento experimental 
 
3.1. Uso do bico de Bunsen 
 
a) Ascendendo o bico de Bunsen 
Feche a válvula de controle do gás do bico de Bunsen. Conecte o tubo de gás no orifício do 
queimador. Conecte o tubo no distribuidor de gás. Abra o distribuidor de gás e, em seguida, abra 
lentamente a válvula de controle no bico de Bunsen. Acenda um palito de fósforo ou isqueiro próximo ao 
queimador. Se a chama do palito for cessada nesse procedimento sem acender a chama no bico de 
Bunsen, repita a operação até a obtenção da chama. 
 
b) Ajustando o bico de Bunsen 
Ajuste a altura da chama no bico de Bunsen abrindo ou fechando a válvula de controle de gás. A 
chama apropriada será a menor chama necessária para executar a tarefa. Uma chama que tem em torno 
de 5 a 8 cm de altura é suficiente para a maioria das tarefas no laboratório. 
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20 | P á g i n a 
Ajuste o controle de ar até que a chama do bico esteja azul e contenha dois cones distintos. 
Chamas amarelas são resultados de pouco oxigênio na mistura gasosa. O fluxo de oxigênio pode ser 
incrementado (ou reduzido) na mistura do gás ajustando o controlador da entrada de ar. Nota: quando 
ajustar a entrada de ar, tome cuidado para não extinguir a chama ou desrosquear completamente 
o tubo do bico. Gire o anel inferior para um lado e para o outro e observe a chama no bico de Bunsen. 
Com o anel fechado a chama se assemelha com uma lamparina, já com o anel aberto se parece com a 
chama de um fogão a gás. 
 
Responda as questões abaixo: 
Qual a função do anel? Em que situação o combustível é queimado totalmente? 
 
c) Apagando a chama 
Apague a chama na ordem inversa a qual foi acesa, isto é: feche a válvula de controle do bico de 
Bunsen. Em seguida, feche a válvula do distribuidor e desligue o gás no distribuidor. Certifique-se de 
fechar completamente o fornecimento de gás para prevenir o acúmulo de metano no laboratório, pois 
uma pequena faísca pode ser suficiente para uma explosão perigosa. 
 
d) Aquecimento da água 
Monte o sistema conforme a Figura 1 e obedecendo as instruções. 
 
 
Figura 1. Sistema de aquecimento de água, empregando a chama do bico de Bunsen. 
 
Coloque a tela de amianto sobre o tripé. Sobre a tela de amianto coloque um béquer de 250 mL 
contendo 150 mL de água. Você vai agora aquecer a água contida no béquer e fazer as devidas 
observações de como variará a temperatura da água com o tempo. Para isso, adaptar uma garra com 
mufa e fixar um termômetro dentro do béquer. Mergulhe o termômetro na água mantendo uma distância 
entre o bulbo do termômetro e o fundo do béquer de aproximadamente 01 (um) cm. 
Acenda o bico de Bunsen e ajuste de forma a obter a chama azul. Use um cronômetro para 
medir o tempo. A primeira leitura da temperatura será registrada como tempo zero. Em seguida, fazer as 
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21 | P á g i n a 
leituras a cada 02 (dois) minutos no termômetro e registrar o temperatura indicada na Tabela 01. 
Determine a temperatura na qual a água entrará em ebulição. 
 
Tabela 01. Variação da temperatura da água com aumento do tempo de aquecimento. 
Tempo (min) Temperatura (°C) Tempo (min) Temperatura (°C) 
00 12 
02 14 
04 16 
06 18 
08 20 
10 
 
3.2. Teste de chama 
 
Mergulhe o fio de níquel-cromo no ácido clorídrico concentrado e a seguir leve-o a zona redutora 
da chama, que pode ser identificada na Figura 2. Repita esta operação até que o fio, perfeitamente limpo, 
não mais transmita coloração à chama. 
 
 
Figura 2. Componentes de um bico de Bunsen e zonas simplificadas da chama. 
 
Mergulhe o fio de níquel-cromo em uma das soluções saturadas dos sais metálicos, e leve-o à 
zona oxidante da chama. Observe a cor da chama e anote o resultado na Tabela 02. Repita o 
procedimento anterior até que você tenha utilizado todas as soluções propostas neste experimento. 
Para o preenchimento completo da Tabela 02 será necessário levar em consideração as 
informações contidas na Tabela 03, além de uma consulta em livros de Química Geral para determinar a 
variação de energia (E) de transição. 
 
 
Zona redutora
Zona oxidante
Controle de ar
Entrada de gás
Controle de gás
Tubo queimador
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22 | P á g i n a 
Tabela 02. Resultados obtidos do teste de chama. 
Soluções Átomo excitado Cor da chama 
 Estimado do 
fóton (nm) 
E aproximado 
da transição 
Fluoreto de lítio (LiF) 
Cloreto de sódio (NaCl) 
Cloreto de potássio (KCl) 
Cloreto de cálcio (CaCl2) 
Cloreto de estrôncio 
(SrCl2) 
 
Cloreto de bário (BaCl2) 
Sulfato de cobre (CuSO4) 
 
Tabela 03. Espectro contínuo das radiações eletromagnéticas na região do visível. 
Intervalo de comprimento de 
onda (nm) 
Cor observada 
400 – 465 Violeta 
465 – 482 Azul 
482 – 487 Azul – esverdeado 
487 – 493 Turqueza 
493 – 498 Verde – azulado 
498 – 530 Verde 
530 – 559 Verde – amarelado 
559 – 571 Amarelo – verde 
571 – 576 Amarelo – esverdeado 
576 – 580 Amarelo 
580 – 587 Laranja – amarelado 
587 – 597 Alaranjado 
597 – 617 Laranja – Avermelhado 
617 – 780 Vermelho 
 
4. O relatório deve conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” 
 
1) Com os dados da Tabela 01 construa um gráfico colocando a temperatura na ordenada e o tempo na 
abscissa. Utilize um programa gráfico (p.ex. EXCEL®, ORIGIN®, etc.) para realizar esta tarefa. Discuta 
qual seria o efeito que um aumento da quantidade de água teria sobre a forma da curva obtida? 
2) Descreva os fenômenos responsáveis pelo aparecimento de cor característica quando os sais 
estudados são levados à chama. 
3) Qual a explicação que se dá para as diferenças de cores características dos vários sais estudados? 
4) O teste de chama pode ser usado para identificação de qualquer cátion? Por quê? 
5) Como o modelo atômico de Bohr pode ser usado para explicar esses resultados? 
 
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23 | P á g i n a 
5. Bibliografia 
 
[1] R.R. SILVA, N. BOCCHI, R.C. ROCHA FILHO. Introdução à Química Experimental. São Paulo: McGraw-Hill, 
1990. 
[2] A.I. VOGEL. Análise Química Qualitativa. Tradução de A. Gimeno. 5ª ed. São Paulo: Mestre Jou, 1981. 
[3] P. ATKINS, L. JONES. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. Porto Alegre: 
Bookman, 2001. 
[4] T.L. BROWN, H.E. LeMAY, B.E. BURSTEN, J.R. BURDGE Química a Ciência Central, 9ª Edição, São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2005. 
[5] J. B. RUSSEL, Química Geral. 2ª edição. São Paulo: Makron Books, 1994. Vol. 1 e 2. 
 
 
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24 | P á g i n a 
Experimento 03 
 
SEPARAÇÃO DOS COMPONENTES DE UMA MISTURA 
 
1. Objetivos 
 
Separar os componentes de umamistura, empregando métodos físicos de separação. 
 
2. Reagentes, vidrarias e equipamentos 
 
Mistura contendo areia, NaCl e naftaleno 01 Pipeta conta-gotas de plástico 
Cubos de gelo 01 Espátula 
02 Béqueres de 100 mL 01 Suporte universal 
01 Vidro de relógio Φ = 8 cm 01 Argola com mufa 
01 Vidro de relógio Φ = 10 cm 01 Tripé 
01 Bastão de vidro 01 Tela de amianto 
01 Placa de Petri 01 Bico de Bunsen 
01 Proveta de 25 mL 02 Papéis de filtro qualitativo 
01 Funil de vidro Balança analítica (0,001 g) 
01 Pisseta com água destilada Estufa 
 
3. Introdução 
 
Misturas são muito comuns, sendo usadas e consumidas pela sociedade em geral. Exemplos de 
misturas comuns ao cotidiano incluem o café, leite ou suco ingerido nas refeições matinais, o combustível 
empregado nos veículos automotores, os perfumes, cremes dentais e até mesmo o chão que você pisa. 
Na verdade, pouquíssimos materiais empregados no dia a dia são substâncias puras. 
Qualquer material contendo duas ou mais substâncias que não estejam combinadas 
quimicamente é uma mistura. Os químicos desenvolveram uma série de técnicas para separar os 
componentes de misturas, tais técnicas são baseadas nas diferenças das propriedades físicas 
apresentadas pelos diversos componentes de uma mistura. Alguns exemplos de técnicas físicas de 
separação são apresentados a seguir: 
Sublimação: processo pelo qual um sólido é convertido diretamente ao estado gasoso. Exemplos de 
sólidos que sublimam incluem iodo, cafeína, naftalina, etc. Este processo pode ser empregado para 
separar sólidos que sublimam de sólidos que não sofrem sublimação. 
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25 | P á g i n a 
Evaporação: neste processo a mistura é aquecida de modo que o componente mais volátil é separado 
na forma de vapor. Este processo é bastante apropriado para separar sólidos de líquidos. 
Extração: nesta técnica um solvente que seletivamente dissolve um componente é empregado para 
separá-lo dos demais componentes da mistura. Esta técnica pode ser empregada, por exemplo, para 
separar sólidos solúveis em água de sólidos insolúveis neste solvente. 
Filtração: nesta técnica um sólido é separado de um líquido pelo uso de um material poroso como filtro. 
Os materiais mais comuns utilizados como filtros em laboratórios químicos incluem papel e carvão 
ativado. O filtro deve permitir que o líquido passe pelos seus poros e que nenhum sólido o faça. Quanto 
mais eficientemente o filtro for capaz de fazer isto melhor será a eficiência da separação. 
A mistura que será separa neste experimento possui três componentes: naftaleno (C10H8), sal de 
cozinha (NaCl) e areia (SiO2). A separação será realizada de acordo com o esquema apresentado na 
Figura 1. 
 
 
Figura 1. Representação esquemática do procedimento de separação adotado neste experimento. 
 
4. Procedimento experimental 
 
Pese um béquer de 100 mL limpo e seco com precisão de 0,001 g e anote a massa (béquer 1). 
Sem retirar o béquer da balança, transfira com o auxílio de uma espátula aproximadamente 1,5 g da 
mistura fornecida (anote ambas as massas em seu caderno com precisão de 0,001 g). Determine a 
massa exata da mistura por subtração. 
Aqueça a mistura contida no béquer 1 empregando a montagem experimental apresentada na 
Figura 2. Deve-se tomar cuidado para que a água proveniente do derretimento do gelo não caia no 
Areia + Naftaleno + NaCl
SUBLIMAÇÃO DO NAFTALENO
250°C
Areia + NaCl Naftaleno
Dissolução do NaCl
Adição de H2O
Solução de NaCl Areia úmida
FILTRAÇÃO
EVAPORAÇÃO DA ÁGUA EVAPORAÇÃO DA ÁGUA
NaCl Areia
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26 | P á g i n a 
interior do béquer. (Cuidado! Ao final das etapas envolvendo aquecimento no bico de Bunsen, o 
béquer estará muito quente! Espere que o mesmo se resfrie antes de manuseá-lo!). 
 
 
Figura 2. Montagem experimental empregada na etapa de sublimação do naftaleno. 
 
Aqueça a mistura até que seja observada a formação de vapores no interior do béquer. Um 
sólido deve ser formado na parte inferior do vidro de relógio (ou cápsula de porcelana) colocado sobre o 
béquer. A mistura deve permanecer sob aquecimento por cerca de 10 minutos após a observação do 
início da formação de dos vapores. Pese um vidro de relógio (Φ = 8 cm) com precisão de 0,001 g e anote 
a massa. Após os 10 minutos de aquecimento, desligue o bico de Bunsen, retire o vidro de relógio (ou 
cápsula de porcelana) tomando cuidado para não perder o sólido aderido. Raspe com uma espátula o 
sólido aderido transferindo-o para o vidro de relógio previamente pesado. Determine a massa de 
naftaleno. Com o auxílio de um bastão de vidro revolva (mover em círculos) exaustivamente a mistura 
contida no béquer 1. Monte novamente o sistema apresentado na Figura 2 e ligue o bico de Bunsen. 
Aqueça por mais 5 minutos. Caso continue a ocorrer formação de sólido no vidro de relógio (ou cápsula 
de porcelana) continue aquecendo por mais 10 minutos e repita o procedimento anterior. (Atenção! 
Descartar o naftaleno no recipiente indicado pelo técnico do laboratório. Não descartar na pia!) 
Após ter se certificado que todo o naftaleno foi removido por sublimação, espere até que o 
béquer 1 retorne à temperatura ambiente e pese-o. Determine a massa de naftaleno sublimado por 
subtração. 
Adicione cerca de 10 mL de água destilada ao béquer 1. Agite vigorosamente o conteúdo do 
béquer com auxílio de um bastão de vidro por cerca de 5 minutos. 
Pese um segundo béquer de 100 mL e um papel de filtro, ambos com precisão de 0,001g. (Não 
se esqueça de anotar as massas!). 
Monte o sistema de filtração conforme apresentado na Figura 3A. Dobre o papel de filtro 
conforme ilustrado na Figura 3B. 
 
Gelo
Mistura
Gelo
Mistura
Gelo
Mistura
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(A) (B) 
Figura 3. A) Ilustração de um sistema de filtração por gravidade. B) Etapas para a dobra do papel de filtro. 
 
Filtre a mistura contida no béquer 1. Caso seja necessário, utilize um bastão de vidro para 
transferir o sólido restante. Após a remoção da máxima quantidade possível de sólido do béquer 1, 
adicione a este 5 mL de água destilada para lavá-lo. Transfira também esta água para o funil de filtração. 
Repita este procedimento com mais 5 mL de água destilada. (Atenção para não perder parte do 
resíduo sólido no bastão de vidro). 
Após a filtração, coloque o papel de filtro “aberto” sobre um vidro de relógio e o leve à estufa a 
cerca de 120 °C, deixando-o lá por cerca de 20 minutos. Após isto, verifique se o resíduo sólido está 
completamente seco. Caso não esteja, deixe-o na estufa por mais 10 minutos. Após a secagem completa 
do resíduo sólido, retire-o da estufa, espere até que retorne à temperatura ambiente e pese novamente. 
Determine a massa de areia por subtração. 
Evapore a água do béquer 2 empregando a montagem experimental apresentada na Figura 4. 
Aqueça cuidadosamente para evitar que a solução “espirre” para fora do béquer. Quando quase toda a 
água tiver sido evaporada diminua a intensidade da chama para evitar que o sólido “espirre” para fora do 
béquer. Após a evaporação de toda a água, mantenha o aquecimento em chama branda por mais 5 
minutos. Caso o resíduo sólido obtido ainda esteja úmido, continue o aquecimento em chama branda por 
mais 5 minutos ou o leve a estufa a cerca de 120 °C por mais 15 minutos. Após a secagem completa do 
resíduo sólido, espere até que o béquer 2 retorne a temperatura ambiente. Pese-o e determine a massa 
de NaCl por subtração. 
 
Filtrado
Resíduo
sólido
Filtrado
Resíduo
sólido
Dobra
Dobra
Cortar
(opcional)
Dobra
Dobra
Cortar
(opcional)
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Figura 4. Montagem experimental empregada para a evaporação da água da solução de NaCl. 
 
5. O relatório deve conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” 
 
1) Calcule o rendimento percentual do procedimento de separação. 
2) Determine a porcentagem em massa de cada um dos componentes da amostra. 
3) Algum dentre os métodos de separação descritos neste roteiro poderia ser empregado para separar os 
elementos de um composto químico? Explique. 
4) Quando se prepara um chá mergulhando um saquinho de papel em água quente qual procedimento 
de separação é empregado? 
5) Um grupo de estudantes iniciou este experimento com 1,543 g da mistura. Ao final do experimento a 
massa de sólido recuperada foi de 1,734 g. Assumindo que não houve erro nas etapas de pesagem nem 
nos cálculos, apresente uma explicação experimental para este resultado. 
6) Você determinou a massa de naftaleno por duas maneiras: por subtração e por pesagem direta do 
naftaleno recolhido sob a cápsula de porcelana. Houve diferença entre os dois valores? A que pode ser 
atribuída esta diferença? Em sua opinião, qual é o procedimento mais confiável? 
7) 11,562 g de uma mistura contendo areia, NaCl e naftaleno foi submetida ao procedimento descrito 
neste roteiro. As seguintes massas foram encontradas: 3,642 g de NaCl, 1,564 g de naftaleno e 5,921 g 
de areia. Determine o rendimento percentual da separação e a porcentagem em massa de cada 
componente da mistura. 
8) Apresente pelo menos dois erros experimentais que justificariam um rendimento percentual menor do 
que 100 %. Apresente pelo menos dois erros experimentais que justificariam um rendimento percentual 
maior do que 100 %. 
9) Compare as porcentagens encontradas por seu grupo com as nominais. Faça uma comparação 
crítica. 
 
Solução de 
NaCl
Solução de 
NaCl
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29 | P á g i n a 
6. Bibliografia 
 
[1] M.G. CONSTANTINO, G.V.J. DA SILVA, P.M. DONATE. Fundamentos de Química Experimental. São Paulo: 
Edusp, 2004. 
[2] J.W. ZUBRIK, Manual de Sobrevivência no Laboratório de Química Orgânica. Rio de Janeiro: LTC, 2005. 
[3] C.C. ANDREI, D.T. FERREIRA, M. FACCIONE, T.J. FARIA, Da Química Medicinal a Química Combinatória e 
Modelagem Molecular. Barueri: Manole. 
[4] P. ATKINS, L. JONES. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. Porto Alegre: 
Bookman, 2001. 
[5] T.L. BROWN, H.E. LeMAY, B.E. BURSTEN, J.R. BURDGE Química a Ciência Central, 9ª Edição, São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2005. 
[6] J. B. RUSSEL, Química Geral. 2ª edição. São Paulo: Makron Books, 1994. Vol. 1 e 2. 
 
 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
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Experimento 04 
 
DESTILAÇÃO SIMPLES 
 
1. Objetivos 
 
Usar a técnica de destilação para separar os componentes de uma mistura binária. 
 
2. Reagentes, vidrarias e equipammentos 
 
Solução de CuSO4 02 Garras com mufa 
Graxa de silicone Cacos de porcelana 
01 Balão de fundo redondo de 50 mL 01 Proveta de 25 mL 
01 Cabeça de destilação 02 Béqueres de 100 mL 
01 Adaptador para termômetro 02 Pipetas conta-gotas 
01 Termômetro 01 Manta aquecedora com agitação 
01 Condensador de 10 ou 20 cm 
 
3. Introdução 
 
A destilação é um dos métodos mais comuns para a purificação de líquidos. De modo geral, 
trata-se de uma técnica bastante simples: um líquido é aquecido até ser convertido ao estado gasoso, o 
gás entra em contato com uma superfície fria e se condensa, retornando ao estado líquido, o líquido 
recém condensado é, então, coletado em outro recipiente. A água destilada usada nos laboratórios é 
obtida por destilação da água de torneira, processo que separa a água dos vários sais, óxidos, etc. 
dissolvidos ou suspensos na água de torneira. Neste exemplo, a destilação foi empregada para separar 
um líquido de substâncias não voláteis. Outra aplicação muito importante da destilação é para separação 
de dois líquidos. É claro que para que esta separação seja possível deve existir uma diferença 
considerável entre os pontos de ebulição dos dois líquidos. Quanto maior for esta diferença, mais 
eficiente será a separação. Para separar líquidos com grande diferença entre os pontos de ebulição, ou 
quando não é necessária uma separação muito eficiente pode-se empregar a destilação simples. 
Entretanto, quando os pontos de ebulição dos líquidos a serem separados forem próximos ou quando 
uma separação muito eficiente é necessária, emprega-se outro tipo de destilação, chamada destilação 
fracionada. Neste último tipo de destilação, o líquido é vaporizado e condensado sucessivas vezes antes 
de ser coletado. No experimento que você realizará, será utilizada uma destilação simples, pois o 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
31 | P á g i n a 
objetivo será separar água de CuSO4, um sólido não volátil. Você ainda ouvirá falar muito e realizará 
mais experimentos envolvendo destilações simples e fracionadas durante seu curso de graduação. Por 
enquanto, é importante que alguns termos e conceitos fundamentais sejam apresentados. 
Quando um líquido é aquecido, a energia cinética das moléculas aumenta, algumas moléculas 
adquirem energia cinética suficiente para escaparem da fase líquida e passarem para a fase vapor. O 
vapor acima do líquido exerce uma determinada pressão, a qual sempre aumenta com o aumento da 
temperatura. Esta pressão é conhecida como pressão de vapor. Quando um líquido é aquecido, sua 
pressão de vapor aumenta continuamente, no momento em que a pressão de vapor do líquido igualar a 
pressão exercida sobre ele (geralmente a pressão atmosférica) o líquido entra em ebulição. A 
temperatura na qual isto ocorre é chamada ponto de ebulição. Se o líquido for uma substância pura, a 
temperatura não se altera durante a ebulição. Neste caso, quando o fornecimento de calor é aumentado 
ocorre uma ebulição mais forte, isto é, forma-se mais vapor por unidade de tempo, mas a temperatura 
permanece constante. Isto ocorre porque, durante a ebulição de uma substância pura, a energia 
fornecida ao sistema na forma de calor é integralmente utilizada para vencer as forças atrativas que 
mantém as moléculas na fase líquida (caso queira saber mais sobre isto, pesquise por calor/entalpia de 
vaporização). É muito importante que você tenha em mente, neste momento, que a pressão de vapor de 
um líquido nunca será igual a zero. Assim, quando uma mistura de dois líquidos (A e B), A mais volátil e 
B menos volátil, é destilada o vapor será mais rico em A do que em B, porém, alguma quantidade de B 
estará presente. Quando se realiza uma destilação fracionada, o vapor ficará cada vez mais rico no 
componente mais volátil à medida que o vapor sobe pela coluna sendo condensado e vaporizado 
sucessivas vezes. 
Conforme escrito anteriormente, a pressão de vapor de um líquido sempre aumenta com a 
temperatura. A Figura 1 apresenta a variação da pressão de vapor da anilina (C6H5NH2), um líquido 
orgânico empregado para produzir corantes sintéticos, em função da temperatura. Observe que a anilina 
é destilada a 184 ºC em uma pressão de 760 mmHg, no entanto, este composto pode ser destilado a 
68 ºC em uma pressão de 10 mm Hg. Observe atentamente a Figura 1 e tenha certeza que você 
visualiza estas informações. 
 
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32 | P á g i n a 
 
Figura 1. Curva pressão de vapor vs. temperatura para anilina. 
 
Neste experimento, uma mistura de água e CuSO4 será destilada para a purificação da água. O 
sistema de destilação simples que será empregado é ilustrado na Figura 2. 
 
 
Figura 2. Ilustração do sistema de destilação simples. 
 
Nestesistema, a mistura contida no balão é aquecida até a ebulição. O vapor atinge a 
extremidade superior do tubo de vidro. O vapor, então, atravessa um tubo de vidro resfriado com água 
corrente (condensador), o vapor volta ao estado líquido e é coletado em um novo recipiente. Compostos 
não voláteis como sais não são vaporizados e permanecem no primeiro balão. O líquido puro é, então, 
coletado no balão coletor. Para garantir maior eficiência no processo de destilação é importante que a 
ebulição ocorra suavemente. Frequentemente, a ebulição de um líquido (principalmente quando impuro) 
ocorre de maneira muito tumultuosa com a formação repentina de grandes bolhas de vapor seguida de 
intensa ebulição alternada com momentos nos quais o líquido permanece sem ebulir. É impossível fazer 
uma boa destilação nessas condições. A principal causa de ebulição tumultuosa é um aquecimento 
irregular no qual partes do balão ficam muito mais quentes do que outras e ocorrem transferências 
súbitas de calor, provocando o tumulto. A melhor maneira de reduzir esse problema é utilizar uma 
agitação eficiente. Quando a agitação não é possível, pode-se também obter bons resultados juntando 
cacos de porcelana ao líquido: os cacos liberam pequenas bolhas de ar que, além de agitar, facilitam a 
P
re
s
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Temperatura / ºC
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Temperatura / ºC
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33 | P á g i n a 
formação de vapor e evitam o superaquecimento; os próprios cacos ajudam também a agitar. (Atenção! 
Nunca adicione cacos de porcelana a um líquido quente: isto poderia provocar uma forte ebulição 
com consequências desastrosas.) 
 
4. Procedimento experimental 
 
Transfira aproximadamente 25 mL de sua mistura para um balão de fundo redondo. Adicione 
uma barra magnética ou cacos de porcelana. Monte o sistema de destilação apresentado na Figura 2, 
não se esqueça de usar graxa de silicone nas juntas esmerilhadas. (Atenção! Você provavelmente 
precisará de auxílio para montagem. Solicite ajuda caso necessário. Manuseie tudo com muito 
cuidado! São muitas peças de vidro que, caso se quebrem, poderão causar ferimentos.). 
Certifique-se que o sistema esteja aberto para a atmosfera. Não use um fluxo muito alto de água 
no condensador, isto poderia desconectar a mangueira, espalhando água pela bancada. 
Adapte a manta de aquecimento sob o balão contendo a mistura e ligue o aquecimento. Observe 
o sistema até que a primeira gota de líquido destilado seja coletada. Despreze o primeiro 1 mL de 
destilado. Assim que 1 (um) mL tenha sido descartado, anote a temperatura. Continue a destilação até 
obter aproximadamente 10 mL de destilado. 
Desligue o aquecimento e espere até que o sistema esfrie. (Atenção! Não descarte soluções 
contendo bário diretamente na pia!). 
 
5. O relatório deve conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” 
 
1) Em sua opinião, qual líquido possui maior pressão de vapor: água ou acetona? Justifique. 
2) Em qual região a água entra em ebulição em uma menor temperatura: ao nível do mar ou no pico do 
monte Everest? Justifique sua resposta. 
3) Quais as vantagens em se fazer vácuo no sistema de destilação apresentado na Figura 2? 
4) Explique porque o sistema de destilação deve sempre estar aberto para a atmosfera. 
5) Qual foi a temperatura anotada na etapa 4 do procedimento experimental? Qual temperatura você 
esperaria obter? Explique o porquê das diferenças. 
 
6. Bibliografia 
 
[1] M.G. CONSTANTINO, G.V.J. DA SILVA, P.M. DONATE. Fundamentos de Química Experimental. São Paulo: 
Edusp, 2004. 
[2] J.W. ZUBRIK, Manual de Sobrevivência no Laboratório de Química Orgânica. Rio de Janeiro: LTC, 2005. 
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34 | P á g i n a 
[3] C.C. ANDREI, D.T. FERREIRA, M. FACCIONE, T.J. FARIA, Da Química Medicinal a Química Combinatória e 
Modelagem Molecular. Barueri: Manole. 
[4] P. ATKINS, L. JONES. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente, 3ª Edição. 
Porto Alegre: Bookman, 2001. 
[5] T.L. BROWN, H.E. LeMAY, B.E. BURSTEN, J.R. BURDGE Química a Ciência Central, 9ª Edição. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2005. 
[6] J. B. RUSSEL, Química Geral. 2ª edição. São Paulo: Makron Books, 1994. Vol. 1 e 2. 
[7] A.I. VOGEL, Química Analítica Qualitativa, 5ª Edição. São Paulo: Mestre Jou, 1981. 
 
 
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35 | P á g i n a 
Experimento 05 
 
CROMATOGRAFIA EM PAPEL: SEPARAÇÃO DE ESPÉCIES IÔNICAS 
 
1. Objetivos 
 
Separar e identificar os componentes de uma mistura contendo cátions metálicos empregando a 
técnica de cromatografia em papel. 
 
2. Reagentes, vidrarias e equipamentos 
 
Solução 0,2 mol L-1 de Co(NO3)2 (Kit QUALI) HCl concentrado 
Solução 0,2 mol L-1 de Ni(NO3)2 (Kit QUALI) NH4OH concentrado 
Solução 0,2 mol L-1 de Fe(NO3)3 (Kit QUALI) 01 Papel cromatográfico (8 cm x 10 cm) 
Solução 0,2 mol L-1 de CuSO4 01 Béquer (600 mL) 
Acetona (frasco 1L) 01 Vidro de relógio 
01 Proveta (25 mL) 05 Tubos capilares 
02 Provetas (10 mL) 
 
3. Introdução 
 
A cromatografia é uma técnica que é usada para separar misturas de compostos em seus 
componentes individuais. A separação pode ser realizada quando a mistura está na fase gasosa 
(cromatografia gasosa) ou na fase líquida (cromatografia líquida). Este experimento emprega um tipo de 
cromatografia líquida. 
Existem diferentes formas de se realizar uma separação cromatográfica. Porém, dois elementos 
são comuns para todas essas formas, o primeiro é o uso de uma espécie carreadora, esteja ela na fase 
líquida ou de gás, para mover a mistura. A outra é a presença de algumas substâncias que levam a 
mistura a se separar nos seus componentes individuais e é denominada de fase estacionária. A 
cromatografia é uma técnica extremamente útil e versátil e pode ser aplicada para a separação de 
espécies inorgânicas (como íons metálicos) bem como para a separação de moléculas orgânicas ou 
biomoléculas. Neste experimento, a cromatografia em papel será usada para separar e identificar os 
componentes de uma mistura desconhecida de cátions metálicos. 
Na cromatografia em papel, um pedaço de um papel poroso serve como suporte para a fase 
estacionária. Ordinariamente, o papel de filtro (comumente utilizado em laboratório para se promover 
GQI070 – Química Experimental (2013) 
36 | P á g i n a 
filtrações) pode ser utilizado como uma fase estacionária para muitas separações cromatográficas. No 
entanto, folhas de papel específicas para cromatografia são comercializadas e são mais recomendadas 
para promover separações de melhor qualidade. Uma gota de uma solução contendo a mistura de 
cátions, por exemplo, é colocada próxima de uma das extremidades do papel cromatográfico. O papel é 
então parcialmente imerso em um líquido (o qual funciona como fase móvel). O líquido umedece o papel, 
subindo-o por ação da capilaridade , o mesmo fenômeno que faz a água subir uma toalha quando uma 
ponta é colocada na água. 
Quando o líquido alcança a área contendo os íons metálicos, os componentes da mistura 
começarão a se mover ao longo do papel com a fase móvel. Geralmente, as substâncias na mistura não 
serão hábeis para se mover tão rapidamente como a fase móvel. Além disso, cada componente da 
mistura se moverá no papel com sua própria velocidade característica. Esta variação na velocidade das 
substâncias é que torna a separação efetiva. 
Cada componente tem uma afinidade química característica pelo papel e uma afinidade química 
característica pela fase líquida. A substância com a menor afinidade pelo papel e amaior afinidade pelo 
líquido da fase móvel mover-se-á mais rapidamente que aquela que possui maior afinidade pelo papel e 
menor afinidade pela fase móvel. Estas afinidades competem uma com a outra e regulam a velocidade 
que o componente da mistura pode percorrer o papel. Os componentes somente movem-se pelo papel 
quando os mesmos se encontram na fase móvel líquida. Assim, substâncias diferentes terão afinidades 
diferentes pelo papel e pela fase móvel, fazendo com que cada componente de uma mistura mova-se 
com uma velocidade própria. Se o papel for longo o suficiente, todos os componentes serão totalmente 
separados durante o tempo que o líquido leva para atingir a extremidade oposta do papel, e cada 
componente da mistura ocupará, então, uma área diferente no papel. 
Se os componentes são altamente coloridos uma mancha para cada componente poderá ser 
observada diretamente no papel. Componentes incolores devem ser convertidos em manchas altamente 
coloridas para que possam ser visualizadas. Esse processo, denominado de desenvolvimento do 
cromatograma, envolve a pulverização do papel com um composto que vai reagir com os componentes 
da mistura. Uma vez desenvolvido, o papel cromatográfico irá conter um conjunto vertical de manchas 
visíveis organizadas de acordo com a taxa em que elas percorreram o papel. 
A razão das distâncias percorridas por uma mancha com relação à distância percorrida pelo 
líquido é uma medida da afinidade do componente pelas fases estacionária e móvel. Este valor numérico 
e adimensional é denominado de fator de retenção (Rf). 
solvente
componente
f
d
d
R 
 
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37 | P á g i n a 
onde dcomponente é a distância percorrida por cada um dos componentes da mistura e dsolvente é a distância 
percorrida pelo líquido da fase móvel (medida desde o ponto de partida até a frente do líquido). 
É importante ressaltar que o valor de Rf de uma substância é uma constante para um dado par 
de fases móvel e estacionária. Isto é, repetido o processo cromatográfico empregando os mesmos 
solventes da fase móvel e o mesmo tipo de papel, o fator de retenção de uma dada substância não se 
altera. 
Este experimento envolve o estudo da cromatografia em papel do cloreto de cobalto(II) (CoCl2), 
cloreto de níquel(II) (NiCl2), cloreto de cobre(II) (CuCl2), e cloreto de ferro(III) (FeCl3). A fase móvel 
consistirá de uma mistura de ácido clorídrico e acetona. Uma vez que a fase móvel tenha carregado os 
íons metálicos por uma distância considerável ao longo da fase estacionária (papel), o papel deverá ser 
removido e tratado com amônia (NH3) para neutralizar o ácido clorídrico e, em seguida, com uma solução 
dimetilglioxima para desenvolver as manchas. 
 
4. Procedimento experimental 
 
Atenção! Ácido clorídrico (HCl) e amônia (NH3) podem causar queimaduras químicas e danificar a roupa. 
caso haja contato dessas substâncias com a pele, lave a área contaminada abundantemente e relate o 
incidente para o seu instrutor de laboratório. ácido clorídrico ou amônia concentrados somente deverão 
ser utilizados em capela em funcionamento. acetona é volátil e inflamável de forma que nenhum fogo (de 
qualquer espécie) deve ser utilizado dentro do laboratório no momento de execução do processo 
cromatográfico. 
 
4.1. Processo cromatográfico 
 
Em um béquer (600 mL), adicione 14 mL de acetona com auxílio de uma proveta (25 mL), 2 mL 
de HCl concentrado (proveta de 10 mL) e 2 mL de água destilada (proveta de 10 mL). Agite brandamente 
o béquer para misturar as soluções. Em seguida, cubra o béquer com um vidro de relógio grande, 
deixando sobre a bancada em repouso até o momento adequado. 
Coloque o papel cromatográfico sobre um papel toalha limpo e, com auxílio de um lápis(eira) 
(NUNCA uma caneta) e uma régua, trace uma linha a 1 cm de uma de suas extremidades de 8 cm. 
Marque agora sobre a linha traçada no papel, cinco pontos onde será aplicada cada uma das soluções 
dos íons metálicos e a mistura desconhecida. Para isso, faça o primeiro ponto a uma distância de 2 cm 
da extremidade lateral do papel, o segundo ponto será marcado a 1 cm do primeiro, o terceiro a 1 cm do 
segundo e assim sucessivamente. Rotule cada ponto, escrevendo sob a respectiva marca da esquerda 
para a direita: Fe, Cu, Ni, Co e MD. Veja ilustração do papel cromatográfico na Figura 1. 
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Figura 1. Papel cromatográfico para a separação e identificação de uma mistura de íons metálicos. 
 
Sobre cada ponto goteje, com auxílio de um tubo capilar, uma (ou duas) gota(s) das seguintes 
soluções: cloreto de ferro(III) 0,2 mol L-1; cloreto de cobre(II) 0,2 mol L-1; cloreto de níquel(II) 0,2 mol L-1; 
cloreto de cobalto(II) 0,2 mol L-1; e a mistura desconhecida. Utilize um tubo capilar limpo para cada 
solução. Assegure-se de que a mancha de líquido de cada uma das soluções quando aplicadas no papel 
não se espalhem mais que 0,5 cm de diâmetro. Caso seja necessário, faça um rápido treinamento com 
água destilada sobre uma folha de papel toalha. 
Deixe o papel secar por cerca de 1 minuto na bancada. Logo após, cole com um pedaço de fita 
crepe um fio de barbante na extremidade oposta onde foi tracejada a linha e insira o papel 
cromatográfico dentro do béquer, evitando que o papel fique em contato com a parede interna do béquer 
(Figura 2). Toda essa etapa dever ser realizada com máximo de cuidado possível, pois o papel 
cromatográfico (com o lado contendo a linha tracejada) deverá tocar o béquer somente no fundo onde 
está a fase móvel. Assegure-se de que o solvente esteja abaixo da marca de 1 cm. 
 
 
Figura 2. Ilustração do sistema cromatográfico. 
 
Feche novamente o béquer com o vidro de relógio. Não mexa no béquer durante o processo 
cromatográfico. Observe as manchas no papel à medida que o solvente percorre o papel por efeito de 
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39 | P á g i n a 
capilaridade e anote suas observações. Quando o líquido da fase móvel alcançar 1 cm (medida visual) 
do topo do papel, retire o vidro de relógio e, em seguida, retire o papel cromatográfico de dentro do 
béquer. Tome os cuidados necessários para que os seus dedos toquem apenas a extremidade superior 
do papel que não está umedecida com o líquido da fase móvel. 
Coloque o papel cromatográfico sobre uma folha de papel toalha limpa (a mesma utilizada 
anteriormente) e, com auxílio de um lápis(eira), marque rapidamente a frente de chegada do líquido, 
contornando o limite entre a parte úmida e seca do papel. Deixe o papel em repouso por cerca de cinco 
minutos para que evapore a fase móvel. 
 
4.2. Revelação cromatográfica 
 
Leve o papel cromatográfico seco para a capela (que deve estar ligada) e coloque-o dentro de 
um béquer contendo um chumaço de algodão embebido com solução concentrada de hidróxido de 
amônio (NH4OH). Feche o béquer com o vidro de relógio. Esta etapa serve para revelar algumas das 
manchas no papel devido à reação da amônia com alguns dos íons metálicos. Espere por alguns minutos 
até que as manchas se revelem, cerca de 5 minutos. 
Em seguida, retire o papel de dentro do béquer e, com auxílio de um borrifador, pulverize uma 
solução de dimetilglioxima, aproximadamente 1 % (m/v), cuidadosamente sobre o caminho percorrido 
pelo Níquel e pela amostra desconhecida. Anote suas observações. Após reveladas todas as manchas, 
deixe o papel secar por alguns minutos. No papel cromatográfico seco, circule cuidadosamente cada 
mancha no papel com um lápis(eira) e meça a distância da linha 01 cm (ponto de partida) até o centro da 
mancha. Meça também a distância que o líquido se moveu (a partir da linha 1 cm até a frente de chegadado solvente marcada com lápis). Calcule os valores de Rf para cada solução (íon metálico) aplicado 
individualmente e para componente da mistura desconhecida. Usando os valores de Rf calculados, 
identifique os íons metálicos presentes na sua mistura desconhecida. 
 
5. O relatório deve conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” 
 
1) Calcule o Rf para todos os componentes da mistura desconhecida e para os íons metálicos aplicados 
individualmente no papel cromatográfico. 
2) Identifique todos os íons metálicos presentes na sua mistura desconhecida. Apresente as reações 
químicas que tornaram possíveis a visualização dos íons metálicos presentes no seu cromatograma. 
Para tal, consulte livros de Química Geral, Analítica ou Inorgânica. 
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3) Suponha que existam 2 componentes, A e B, em um mistura. A afinidade química de A para a fase 
estacionária é menor que a de B, enquanto que a afinidade química de A para a fase móvel é maior que 
a de B. Se a mistura for submetida à cromatografia em papel, qual substância percorrerá maior distância 
ao final do experimento? Qual substância terá o menor valor de Rf? Explique cada resposta. 
4) (a) Se a substância X percorre 4,7 cm durante um experimento de cromatografia em papel e a fase 
móvel percorre 6,6 cm, qual é o valor do Rf dessa substância? (b) Se a fase móvel tivesse percorrido 9,4 
cm, qual seria a distância percorrida pela substância X? 
5) Por que foi usado um lápis(eira) para fazer as marcações no papel cromatográfico e não uma caneta? 
Explique. 
6) Se a água destilada usada para preparar a solução de HCl neste experimento tivesse passado por um 
tubo de ferro, o HCl estaria contaminado com FeCl3. Se fosse utilizada uma solução de HCl contaminada 
com FeCl3 (impureza) como fase móvel, a impureza iria aparecer no cromatograma como uma faixa de 
cor em toda a extensão do papel e não apenas como uma mancha. Explique por que isso ocorre. 
7) A fase móvel começa a percorrer o papel cromatográfico antes da linha de 1 cm marcada como ponto 
de partida do processo cromatográfico. Com base nisso, estariam errados os valores de Rf calculados 
para os íons metálicos desse experimento? 
 
6. Bibliografia 
 
[1] M.G. Constantino, G.V.J. da Silva, P.M. Donate. Fundamentos de Química Experimental. São Paulo: Edusp, 
2004. 
[2] P. Atkins, L. Jones. Princípios de Química: Questionando a vida moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: ed. 
Bookman, 2001. 
[3] J.B. Russel. Química Geral. 2ª edição. São Paulo: Editora Makron Books, 1994. 
[4] C.H. Collins, G.L. Braga, P.S. Bonato. Fundamentos de Cromatografia. Campinas: Editora da Unicamp, 2006. 
 
 
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Experimento 06 
 
SÍNTESE DE UM SAL INORGÂNICO 
 
1. Objetivos 
 
Sintetizar e caracterizar um sal simples: o sulfato de cobre pentahidratado (CuSO4.5H2O). 
 
2. Reagentes, vidrarias e equipamentos 
 
Óxido de cobre(II) CuO 01 Espátula 
Álcool etílico absoluto 01 Bastão de vidro 
Pisseta com água destilada 01 Proveta de 10 mL 
Ácido sulfúrico 6 mol L-1 01 Béquer de 100 mL 
NaOH 0,1 mol L-1 01 Erlenmeyer de 100 mL 
BaCl2 0,1 mol L-1 01 Vidro de relógio (Φ =10 cm) 
Balança (precisão 0,001 g) 01 Estante com 04 tubos de ensaio 
01 Papel de filtro qualitativo Gelo em cubos 
Bico de bunsen 04 Tubos de ensaio 
 
3. Procedimento experimental 
 
3.1. Síntese do sulfato de cobre pentaidratado 
 
Pese cerca de 2 g de óxido de cobre II e coloque em um béquer (não se esqueça de anotar a 
massa exata de óxido, para cálculo do rendimento percentual). 
Adicione 5 mL de água destilada e 10 mL de ácido sulfúrico 6 mol L-1. Esta adição deve ser lenta 
e realizada sob constante agitação promovida por um bastão de vidro. Em seguida, aqueça a mistura 
resultante, com um bico de Bunsen, até completa dissolução do CuO. A dissolução é acompanhada por 
mudança de coloração da solução, de preta para azul escura. Deixe a solução em repouso até que ela 
volte à temperatura ambiente. A seguir, coloque o béquer num banho de gelo. Filtre a mistura, pesando 
previamente o papel de filtro a ser utilizado. Lave os cristais com álcool etílico absoluto até eliminar todo 
o excesso de ácido sulfúrico. Espere alguns minutos para que os cristais fiquem secos. Finalmente, pese 
os cristais juntamente com o papel de filtro, deixe secar ao ar por mais 10 minutos e repese-os. Se a 
massa obtida for igual à anterior, calcule o rendimento percentual da síntese. Caso contrário, repita a 
secagem (ao ar) dos cristais até obter massa constante. 
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3.2. Caracterização do produto obtido 
 
Transfira uma ponta de espátula do produto obtido para um tubo de ensaio e dissolva em água. 
Adicione gota a gota uma solução de NaOH 0,1 mol L-1. Anote suas observações. A este mesmo tubo de 
ensaio adicione algumas gotas de NH4OH 4 mol L-1. Anote suas observações. 
Transfira uma ponta de espátula do produto obtido para um tubo de ensaio e dissolva em água. 
Adicione gota a gota uma solução de BaCl2 0,1 mol L-1. Anote suas observações. Atenção! O íon Ba2+ é 
extremamente tóxico! Não descarte esta solução na pia! Haverá um recipiente próprio para o 
descarte desta solução, informe-se junto ao docente, técnico ou monitor! 
 
4. O relatório deve conter os seguintes itens na seção “Resultados e Discussão” 
 
1) Descreva todas as evidências da ocorrência de reações químicas observadas. 
2) Apresente a equação química balanceada que representa a síntese realizada. 
3) Determine o rendimento percentual da síntese com os respectivos cálculos. 
4) Apresente as equações químicas iônicas balanceadas relativas aos testes para cobre e sulfato. 
5) Determine a massa de KOH necessária para reagir estequiometricamente com 0,1 g do produto de 
sua síntese. 
6) Suponha que 0,1 g do produto de sua síntese seja dissolvido em 40 mL de água. Qual a concentração 
molar de Cu2+ em solução? Qual a massa de KOH necessária para reagir estequiometricamente com o 
cobre? 
7) Mistura-se 0,2 g de CuO com 0,3 g de H2SO4. Qual a massa de CuSO4.5H2O deve ser obtida 
considerando 100 % de rendimento? 
8) Por que o cálculo de rendimento neste experimento é realizado considerando apenas o CuO e não o 
H2SO4? 
9) Por que o produto desta síntese foi lavado com etanol e não com água? 
 
5. Bibliografia 
 
[1] M.G. CONSTANTINO, G.V.J. DA SILVA, P.M. DONATE. Fundamentos de Química Experimental. São Paulo: 
Edusp, 2004. 
[2] J.W. ZUBRIK, Manual de Sobrevivência no Laboratório de Química Orgânica. Rio de Janeiro: LTC, 2005. 
[3] P. ATKINS, L. JONES. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente, 3ª Edição. 
Porto Alegre: Bookman, 2001. 
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[4] T.L. BROWN, H.E. LeMAY, B.E. BURSTEN, J.R. BURDGE Química a Ciência Central, 9ª Edição. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2005. 
[5] J. B. RUSSEL, Química Geral. 2ª edição. São Paulo: Makron Books, 1994. Vol. 1 e 2. 
[6] A.I. VOGEL, Química Analítica Qualitativa, 5ª Edição. São Paulo: Mestre Jou, 1981. 
 
 
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Experimento 07 
 
DETERMINAÇÃO DE ÁGUA DE HIDRATAÇÃO 
 
1. Objetivos 
 
Obtenção de substância anidra e determinação da % de água; obtenção da fórmula molecular de 
uma substância hidratada. 
 
2. Reagentes, vidrarias e equipamentos 
 
01 Espátula 01 Bastão de vidro 
01 Cápsula de porcelana 01 Tripé 
01 Tela de amianto 01 Pinça metálica (formato de tesoura) 
01 Bico de Bunsen 01 Dessecador 
Sulfato de cobre pentahidratado 01 Balança semi-analítica

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