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Ação Penal

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Ação Penal
• Conceito:
 É o direito público de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto, para que este resolva conflitos provenientes da prática de condutas definidas na lei penal como crime.
• Características:
 - Direito autônomo: que não se confunde com o direito material, que se pretende tutelar;
 - Direito abstrato: que independe do final do processo;
 - Direito subjetivo: pois o titular pode exigir do Estado-Juiz a prestação jurisdicional;
- Direito público: pois a atividade jurisdicional que se pretende provocar é de natureza pública.
• Condições:
- Possibilidade Jurídica do pedido (interesse de agir): é a necessidade e utilidade de ingressar com a ação penal;
- a legitimidade (ad causam): o autor da ação se este for titular do direito ao qual a prestação da atividade jurisdicional protegerá, sendo o réu responsável pela lesão ao direito do autor;
- justa causa: nada mais é do que materialidade e indícios de autoria do crime em questão.
Espécies de Ação Penal
Segundo a doutrina são duas as espécies de Ação Penal:
Ação Penal Pública:
 Em regra a Ação Penal será sempre pública, esta é exclusiva do Ministério Público, ele é obrigado a oferecer a denúncia, desde que estejam presentes as condições da ação, não podendo o mesmo desistir da Ação nem do Recurso interposto; Se obriga Também o Ministério Público a denunciar a todos os autores do crime; A autoridade oficial do Estado é responsável pela propositura da ação; Nenhum efeito da ação penal poderá afetar terceiros, pois a responsabilidade penal é subjetiva e personalíssima. Quando privada será necessária uma Queixa-crime oferecida pelo ofendido, ou pelo seu representante, mediante constituição de advogado. Dentro dessa regra geral há outra exceção, que é dada pelos casos de ação pública condicionada, também expressamente prevista em lei. Assim, não havendo expressa disposição legal sobre a forma de proceder, a ação será pública incondicionada. Havendo, conforme for, a ação será pública condicionada, ou, então, privada.
Art. 100, CP:
 A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privada do ofendido.
§1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.
 §2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo.
A Ação Penal Pública contém as seguintes subdivisões:
Ação Penal Pública incondicionada
•Conceito:
 É aquela em que o Ministério Público promoverá a ação independentemente da vontade ou interferência de quem quer que seja, bastando, para tanto, que concorram às condições da ação e os pressupostos processuais.
 •Titularidade (legitimidade art. 129,I, CF): 
 Ministério Público, com exclusividade à propositura da ação penal pública, seja ela incondicionada ou condicionada. A Constituição prevê uma única exceção: caso o Ministério Público não ofereça denúncia no prazo legal, é admitida ação penal privada subsidiária, proposta pelo ofendido ou seu representante legal.
art. 129,I, CF:
São funções institucionais do Ministério Público:
Promover privativamente, a ação penal pública em forma de lei;
Art. 24, §2°:
Seja qual for o crime , quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado ou Municípios a ação penal é pública.
•Princípios:
Obrigatoriedade: O Ministério Público tem o dever de dar inicio a ação penal caso todos os requisitos sejam preenchidos, e deixando de fazê-los o promotor estará cometendo crime de prevaricação. 
Indisponibilidade: o Ministério Público não pode desistir da ação penal por ele iniciada. Chega a atingir também a matéria recursal, pois o MP não poderá desistir do recurso que haja interposto.
Indivisibilidade: se a infração foi praticada por várias pessoas o MP não poderá somente um dos infratores. Ou acusa todos, ou não acusa ninguém.
Intranscendencia: A ação penal somente deve ser proposta em face daqueles que praticaram a infração penal, não podendo atingir pessoas estranhas ao fato criminoso.
. Ação penal Pública condicionada à representação do ofendido
•Titularidade:
 A Titularidade continua sendo do Ministério Público, entretanto o MP só poderá dar inicio se houver manifestação de vontade da vítima. A representação condiciona o início das investigações policiais e o oferecimento de denúncia. Os casos suspeitos a representação encontra-se previstos na lei, ainda nestes casos a ação penal continua sendo pública e exclusiva do Ministério Público.
 Se o ofendido for incapaz, o direito de representação cabe exclusivamente a quem tenha qualidade para representá-lo. Ao completar 18 anos e não sendo deficiente mental, o ofendido adquire o direito de representar, uma vez que se torna plenamente capaz. Ao completar 18 anos, só o ofendido poderá ofertar a representação. Se o ofendido for incapaz e não possuir representante legal, o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, nomeará um curador especial para análise da conveniência de oferecer a representação.
• Prazo para a representação:
 Art. 38, CPP:
Salvo disposição contrária, o ofendido, ou seu representante legal, decairá do direito de queixa ou de representação, se não exercer no prazo de 6 meses, contando do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
Prazo decadencial: depois dos 6 meses, a conseqüência é a decadência, que acarreta em extinção de punibilidade do crime (perde o direito da ação). A contagem do prazo será de natureza Penal: Conta-se o dia do inicio e exclui-se o dia final.
EX: O ofendido tomou conhecimento da autoria no dia 28/09/14, conta-se a partir desta data o prazo que terá fim no dia 27/03/15, o ofendido terá até essa data para fazer a representação. 
OBS: se o ultimo dia do prazo caiu em um sábado, domingo ou feriado, NÃO haverá prorrogação para o próximo dia útil.
•Impossibilidade de retratação 
Uma vez iniciada a ação penal, o Ministério Público a assume incondicionalmente, sendo irrelevante qualquer tentativa de retratação. A representação é irretratável após o oferecimento da denúncia, ela só poderá ser feita antes de oferecida a denúncia, pela mesma pessoa que representou.
-Retratação da retratação: O Tribunal de Justiça de São Paulo tem admitido a retratação da retratação, desde que feita dentro do prazo decadencial previsto em lei.
-Destinatário: Pode ser dirigida ao juiz, ao representante do Ministério Público ou à autoridade policial.
- Não vinculação: A representação não obriga o MP de oferecer denúncia.
Condicionada à Requisição do Ministro da Justiça
 A ação é pública, pois é promovida pelo Ministro da justiça, mas, para que possa promove-la, é preciso que haja requisição do Ministro da Justiça, sem o que é impossível a instauração do processo em determinados e raros crimes.
Crimes que exigem requisição do ministro da justiça: 
- Crime cometido por estrangeiro contra brasileiro, fora do Brasil;
- Crimes contra a honra cometidos contra chefe de Governo estrangeiro;
- Crimes contra a honra praticados contra o presidente da República.
•Prazo:
 Não existe um prazo na requisição, pois se entende que o ministro da justiça pode oferecê-la a qualquer tempo enquanto não estiver extinta a punibilidade do agente.
Retratação: É amplamente irretratável. Uma vez oferecida, não pode ser revogada.
Vinculação: Nada vincula que o MP seja obrigado a oferecer denúncia.
Ação Privada
•Conceito:
 É toda ação movida por iniciativa da vítima, ou, pelo seu representante caso houver incapacidade. Ela se denomina privada, pois seu titular é um particular, em contraposição com a ação penal pública, em que o titular é o Ministério Público.
Art. 100, § 2º do CP - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo.As ações penais de iniciativa privada classificam-se como visto anteriormente em: 
-Subsidiária da Pública;
 - Personalíssima;
 - Exclusivamente Privada.
• Titular:
 O ofendido ou seu representante legal. Na técnica do código, o autor denomina-se querelante e o réu querelado. Se incapaz e não tiver representante, ou os interesses colidirem entre eles, será nomeado curador especial.
•Princípios da Ação de Iniciativa Privada
Oportunidade ou conveniência: o querelante não está obrigado ao exercício da ação penal privada, de forma que exercerá o direito de queixa apenas se quiser, conforme lhe seja conveniente e ache oportuno;
Princípio da disponibilidade: Após o ajuizamento da ação penal privada, o querelante pode perfeitamente dela desistir, assim como também pode desistir de recurso eventualmente interposto. Como é de se notar, esse princípio anda lado a lado com o princípio da facultatividade;
Principio da invisibilidade: Não poderá a vítima, escolher a quem processar, devendo a sua ação penal ser dirigida a todos os autores da infração penal.
OBS: Há autores ainda que acrescente o princípio da Intranscendência a qual significa que a ação penal não poderá atingir pessoas estranhas ao crime.
•Espécies de Ação penal privada
-Exclusiva;
-Subsidiária da Pública;
-Personalíssima.
•Ação Penal Privada exclusivamente privada
 São aquelas promovidas mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. Quando o ofendido for menor de 18 anos, só poderá ser proposta por seu representante legal. Ao completar 18 anos, a partir dessa idade, somente ele terá legitimidade ativa para a ação privada, cessando a figura do representante legal.
• Privada Subsidiária da pública
 Se o MP por inércia deixar de oferecer denúncia no prazo legal, abre-se ao particular a possibilidade de, substituindo-o, oferecer sua queixa-crime, dando-se início a ação penal. Isso quer dizer que o direito de dar início à ação penal que, originalmente, é de iniciativa pública, somente se transfere ao particular se houver inércia do MP.
•Ação privada Personalíssima
 Sua titularidade é atribuída única e exclusivamente ao ofendido, sendo o seu exercício vedado até mesmo ao seu representante legal, inexistindo, ainda, sucessão por morte ou ausência.
 Como exemplo podemos citar o delito previsto no art. 236 CP, que cuida do induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento. O parágrafo único do mencionado artigo afasta, com essa redação, qualquer possibilidade de ser transferida ao CADI, haja vista que, em virtude de sua natureza personalíssima, como bem destacou Mirabete, "só podem ser intentadas única e exclusivamente pelo ofendido, não havendo, portanto, sucessão por morte ou ausência".
•Prazo da ação penal privada
 Em regra, será de 6 meses a contar do conhecimento da autoria da infração. Se o ofendido for incapaz, só contará o prazo a partir da capacidade. Há nesse último caso duas espécies de prazos, um em relação ao representante que será de 6 meses a contar do conhecimento da autoria e outro do incapaz menor que, mesmo que conhecido a autoria, antes dos 18 anos, o prazo só será contado a partir de quando o mesmo atingir tal idade.
 O prazo é decadencial, computando-se o dia do começo e excluindo-se o do final. Do mesmo modo, não se prorroga em dias não úteis. Assim, se o termo final do prazo cair em sábado, domingo Enquanto o particular estiver à frente dessa ação penal, o MP funcionará, obrigatoriamente, como fiscal da lei, assumindo a posição original de parte nos casos de negligência do querelante. 
 Nesse sentido proclama o art. 29 do CPP: Se for intentada ação penal de iniciativa privada subsidiária da pública, o Ministério Público poderá aditar a queixa, repudiá-Ia ou oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. ou feriado, o ofendido ou quem deseje por ele propor a ação, deverá procurar um juiz que se encontre em plantão e submeter-lhe a queixa-crime. Nunca poderá aguardar o primeiro dia útil, como faria se o prazo fosse prescricional.
 No caso de morte ou ausência do ofendido, o prazo decadencial de 6 meses começará a correr a partir da data em que qualquer dos sucessores tomar conhecimento da autoria, exceto se, quando a vítima morreu, já se tinha operado a decadência. O prazo decadencial é interrompido no momento do oferecimento da queixa, pouco importando a data de seu recebimento.
CONDIÇÕES E REQUISITOS DA AÇÃO PENAL
 As condições da ação devem ser analisadas pelo juiz quando do recebimento da queixa ou da denúncia, de ofício. Faltando qualquer delas, o magistrado deverá rejeitar a peça inicial, declarando o autor carecedor de ação. Se não o fizer nesse momento, impõe-se que ele o faça a qualquer instante, em qualquer instância, decretando, se for o caso, a nulidade absoluta do processo.
São, assim, requisitos que subordinam o exercício do direito de ação: 
 -Possibilidade Jurídica do Pedido: No processo penal seu conceito é aferido positivamente: a providência pedida ao Poder Judiciário só será viável desde que o ordenamento, em abstrato, expressamente a admita. Nesse passo, a denúncia será rejeitada quando, por exemplo, o fato narrado evidentemente não constituir crime. 
-Interesse de Agir: Desdobra-se na trinômia necessidade e utilidade do uso das vias jurisdicionais para a defesa do interesse material pretendido e adequação à causa do procedimento e do provimento, de forma a possibilitar a atuação da vontade concreta da lei segundo os parâmetros do devido processo legal. 
-Legitimação para agir: Cuida-se aqui da legitimidade ad causam, que é a legitimação para ocupar tanto o pólo ativo da relação jurídica processual, o que é feito pelo MP, na ação penal pública, e pelo ofendido, na ação penal privada, quanto o pólo passivo, pelo provável autor do fato, e da legitimidade ad processum, que é a capacidade para estar no pólo ativo, em nome próprio, e na defesa de interesse próprio.

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