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Apostila ELIPSE final

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Prévia do material em texto

FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA 
LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMAS SUPERVISÓRIOS 
ELIPSE SCADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELETROTÉCNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVO HAMBURGO - 2014 
 1 
Capítulo 1 
 
1.1 AS NOVAS FRONTEIRAS DA AUTOMAÇÃO 
 
A AUTOMAÇÃO ultrapassou o chão-de-fábrica e se espalhou por todos os setores sendo 
necessário cada vez mais conhecer o que está por dentro desta automação. Tornou-se então necessário 
desenvolver sistemas que permitissem conhecer as variáveis internas as lógicas de automação. A esses 
sistemas chamou-se de SCADA. SCADA é uma abreviação de Supervisory Control and Data Acquisition, 
ou Sistema de Supervisão e Aquisição de Dados. 
Assim, o sistema SCADA tem como objetivo principal o monitoramento do chão de fábrica, 
através de uma comunicação em tempo real, ou seja, a função principal do SCADA é mostrar o que está 
ocorrendo no chão de fábrica naquele exato momento. 
 
 
Figura 1.1 – Hierarquia da automação industrial 
 
ERP (Enterprise Resource Planning - Planejamento dos Recursos Empresariais), é um software 
integrado de gestão empresarial que auxilia no planejamento e organização das empresas. 
Utilizando-se essa arquitetura, é realizada a integração atavés do software supervisório (ELIPSE 
SCADA) entre os dados coletados automaticamente do chão de fábrica com um sistema ERP. 
 
1.2 A AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 
 
Até o fim do século passado, a produção de bens utilizava exclusivamente a força muscular. Com 
o advento da Revolução Industrial, a força muscular cedeu lugar às máquinas. A esse processo foi 
denominado ‘produção mecanizada’ porque, nessa situação, o homem era ainda parte ativa, não como 
executor da tarefa produtiva, mas como controlador do processo. 
As máquinas, porém, foram gradativamente evoluindo, tornando-se cada vez mais independentes 
do controle do homem, assumindo tarefas e tomando decisões. 
O termo automação descreve um conceito amplo, envolvendo um conjunto de técnicas de 
controle, das quais é criado um sistema ativo, capaz de fornecer a melhor resposta em função das 
 2 
informações que recebe do processo em que está atuando. Dependendo das informações, o sistema 
calculará a melhor ação corretiva a ser executada. 
Entende-se também por automação, qualquer sistema, apoiado em computador ou equipamento 
programável, que remova o trabalhador de tarefas repetitivas e que vise a soluções rápidas e econômicas 
para atingir os objetivos das indústrias. 
 
Figura 1.2 - Diagrama de blocos de um sistema de automação 
 
O controle, sob o ponto de vista tecnológico, tem um papel importantíssimo no desenvolvimento 
de ações planejadas, modelando processos desde os mais simples até os mais complexos. 
 
1.3 CLP - Controlador Lógico Programável 
 
Os CLPs são dispositivos que permitem o comando de máquinas e equipamentos de maneira 
simples e flexível, possibilitando alterações rápidas no modo de operá-los, por meio da aplicação de 
programas dedicados, que ficam armazenados em sua memória. 
A figura 1.3 mostra através do diagrama de blocos, como o CLP atua no sistema: os sensores 
alimentam o CLP (processador), a cada instante, com os dados (variáveis de entrada) informando, através 
de níveis lógicos, as condições em que se encontram. Em função do programa armazenado em sua 
memória, o CLP atua no sistema por meio de suas saídas. As variáveis de saída executam, a cada instante, 
os acionamentos dos atuadores no sistema. 
Figura 1.3 – Diagrama de blocos simplificado de um CLP 
1.4 SENSORES E ATUADORES 
Sensor é definido como sendo um dispositivo sensível a fenômenos físicos, tais como: 
temperatura, umidade, luz, pressão, entre outros. Por meio dessa sensibilidade, os sensores enviam um 
 
MemóriaProcessador
Barramento
(dados, endereços, controle)
Entradas Saídas
Fonte
 3 
sinal correspondente para os dispositivos de medição e controle. O sinal de um sensor pode, entre outras 
funções, ser usado para detectar e corrigir desvios em sistemas de controle. 
 Os atuadores são dispositivos que aplicam uma determinada força de deslocamento ou outra ação 
física, definida pelo sistema controlador, por meio de uma ação de controle. Podem ser magnéticos, 
hidráulicos, pneumáticos, elétricos ou de acionamento misto. Como exemplo, há: válvulas e cilindros 
pneumáticos, válvulas proporcionais, motores, aquecedores, entre outros. 
Enquanto os sensores captam informações sobre o processo, os atuadores interferem neste 
mesmo processo, gerando assim, o controle. 
 
1.5 ARQUITETURAS DE REDES INDUSTRIAIS 
Nos processos produtivos, vem-se verificando uma tendência em substituir sistemas com 
processamento centralizado, geralmente baseado em equipamentos de grande porte, por sistemas 
distribuídos, compostos por diversos similares de menor porte. Porém, o controle distribuído somente será 
viável se todos os integrantes do sistema puderem trocar informações entre si de modo rápido e confiável. 
Para atender a essa necessidade, surgiram diversos tipos, padrões, protocolos em redes de 
comunicação industrial. 
Rede de comunicação industrial é o conjunto de equipamentos e softwares utilizados para 
propiciar o trânsito de informações da produção, entre os diversos níveis hierárquicos de um processo 
industrial. 
Exemplo de arquitetura para rede industrial 
 
Figura 1.4 – Exemplo de Arquitetura de uma Rede Industrial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
Capítulo 2 
 
 
2.1 SISTEMAS SCADA 
Fornecem uma representação gráfica geral da planta em substituição aos painéis sinóticos 
tradicionais. 
Os sistemas SCADA (Supervisory Control and Acquisition Data System) são aplicativos que 
permitem que sejam monitoradas e rastreadas informações do processo produtivo, as informações podem 
ser visualizadas por intermédio de quadros sinóticos animados com indicações instantâneas das variáveis 
de processo (vazão, temperatura, pressão, volume, etc). 
Os dados são provenientes do controle do CLP, podendo os softwares supervisórios gerenciar 
processos de qualquer tamanho ou natureza. Estes auxiliam no processo de implantação da qualidade e de 
movimentação de informações para gerenciamento e diretrizes. Desta forma, a escolha do software de 
supervisão é muito importante na estratégia de automação de uma empresa. 
Um sistema SCADA permite a um operador, em uma localização central, controlar um processo 
distribuído em lugares distantes, como, óleo ou gás natural, sistemas de saneamento, ou complexos 
hidroelétricos, fazer set-point ou controlar processos distantes, abrir ou fechar válvulas ou chaves, 
monitorar alarmes, e armazenar informações de processo. 
Quando as dimensões do processo tornam-se muito grandes, os benefícios, em termos de redução 
de custos de visitas rotineiras, podem ser verificados, porque torna desnecessária a presença do operador 
ou a visita em operação normal. 
Hoje, os sistemas SCADA podem ter uma arquitetura aberta, ligada em rede, de forma a 
permitir que o fluxo de dados do processo ultrapasse o limite das paredes da empresa e percorra o 
mundo através dos meios de comunicação existentes. 
 
ANTIGAMENTE: 
 
 
 
 
 5 
ATUALMENTE: 
 
 
 
 
 
 
2.1 ELIPSE SCADA 
 
Uma maneira fácil de compreender o funcionamento do Elipse SCADA é partir das ferramentas 
disponíveis e sua apresentação em tela. 
A ilustração a seguir mostra a tela principal do Elipse SCADA quando uma aplicação está aberta, 
no módulo Configurador, identificando seus elementos. 
 
 6 
 
 
A Barra de Título mostra o caminho e o nome de sua aplicação, bem como o título da tela 
corrente que está sendo mostrada na área de trabalho. A áreade trabalho é o espaço onde desenvolvemos 
a aplicação. A edição de telas e de relatórios é feita nessa área. 
A Barra de Telas mostra o título da tela corrente e permite que você alterne entre uma tela e 
outra. 
A Barra de Menus permite a escolha das diversas opções para a configuração da aplicação. 
A Barra de Ferramentas permite que você execute determinadas tarefas rapidamente sem usar os 
menus. Assim, com apenas um clique, você pode criar objetos de tela ou chamar o Organizer, por 
exemplo. 
A Barra de Status mostra várias informações auxiliares quando editando uma aplicação, como 
por exemplo indicadores da ativação do teclado numérico (NUM), letras maiúsculas (CTRL) e rolagem 
de tela (SCRL) e coordenadas do ponteiro do mouse. Ela também mostra uma pequena descrição de um 
determinado objeto, por exemplo um Botão da Barra de Ferramentas ou um item de menu. 
 
 
2.2 OPÇÕES DE MENU 
 
É através das opções de menu que podemos acessar os recursos e funções do software. 
 
2.2.1 BARRA DE FERRAMENTAS 
 
 
 
 
 7 
 
 2.2.2 Barra de Ferramentas Objetos 
 
 
 
 
 
 8 
2.2.3 Barra de Ferramentas Arranjar 
 
A Barra de Ferramentas Arranjar possui comandos para edição de Telas agindo sobre os 
Objetos de Tela que estiverem selecionados; os mesmos comandos estão disponíveis no menu Arranjar. 
Para selecionar mais de um Objeto de Tela, utilize o botão esquerdo do mouse mantendo a tecla [Ctrl] 
pressionada; o último objeto selecionado ficará com o foco em vermelho para ser usado como referência. 
Para desselecionar um objeto use a combinação de teclas: [Ctrl]+[Shift]+BotãoEsq. 
 
 
 
 
 
 
 9 
EXERCÍCIO 01: CRIAÇÃO DE UMA APLICAÇÃO 
 
1) Abra o Software ELIPSE SCADA através do ícone na área de trabalho. 
 
2) Aparecerá uma janela como a abaixo, dizendo que o Hard-Key não foi encontrado. O Hard-
key é um hardware que ligado ao computador funciona como uma licença do software. No 
nosso caso escolheremos a opção SIM! O software rodará normalmente apenas com uma 
limitação no número de I/Os. 
 
3) Na tela abaixo clique em ARQUIVO e depois em NOVA APLICAÇÃO. 
 
 
4) Escolha o diretório da turma e salve com o nome de exercicio01. 
 
 
5) Agora a aplicação estará iniciada em modo de EDIÇÃO e conterá a TELA1, que é criada 
automaticamente. 
 
6) Faça a aplicação entrar em modo de EXECUÇÃO. Para isso pressione a tecla F10. 
 10 
O que aconteceu? _________________________________________________. 
Para sair do modo de EXECUÇÃO e entrar no modo de EDIÇÃO pressione a tecla ESC. 
Sempre que quiser testar o funcionamento da aplicação temos que pressionar a tecla F10! 
 
7) Agora clique duas vezes na tela em branco. Abrirá uma caixa de PROPRIEDADES DA TELA 
com várias ABAS. A quantidade de abas varia conforme o objeto que você selecionou. Vamos 
conhecer algumas ABAS de PROPRIEDADES DA TELA. 
 
 
 
 
 
 
8) ABA GERAL: 
 
 
 
 
PROPRIEDADE DESCRIÇÃO 
Nome Define um nome para a tela corrente par associá-la a scripts. 
Titulo Define um título para a tela. 
Nível de Define o nível de acesso para a Tela. Cada usuário pode ter um nível de acesso. 
 11 
acesso 
Bitmap Habilita / Desabilita o uso de um bitmap como fundo para a Tela corrente. 
Localizar 
Permite navegar na estrutura de diretórios a fim de encontrar os arquivos-imagem 
que serão usados como fundo para a Tela. 
Cor Define a cor de fundo para a tela corrente. 
 
 
9) Modifique a cor desta tela para “VERMELHO”. 
 
10) Modifique o título para: EXERCÍCIO 01 DO ARMÁRIO xx (onde xx é o número de seu 
armário). Rode a aplicação no F10. O que mudou? 
 
11) Marque a opção BITMAP e através do botão localizar selecione um bitmap na pasta: 
C:\ELIPSE114B\IMAGENS. Rode a aplicação no F10. O que mudou? 
 
 
EXERCÍCIO 02: NAVEGAÇÃO ENTRE TELAS 
 
 
 
OBJETO BOTÃO 
 Através deste objeto podemos executar SCRIPTS em linguagem BASIC e até mesmo navegar 
entre telas. Vamos ver como funciona a navegação. 
 
EXERCÍCIOS: 
Crie uma segunda tela na aplicação anterior utilizando o MENU TELA e a opção NOVA. 
Na figura abaixo você pode ver que agora temos DUAS telas. 
 
 
O TÍTULO delas pode ser alterado: 
 Selecione a TELA através do menu PUSH DOWN; 
 Clique duas vezes em um espaço branco na TELA; 
 Modifique o TÍTULO digitando no espaço apropriado da ABA GERAL e a cor para 
AZUL; 
 
NOTE QUE O NOME É USADO PELO PROGRAMA. O TÍTULO É PERSONALIZADO 
PELO USUÁRIO. EVITE TROCAR OS NOMES DOS OBJETOS. 
 
Agora que temos duas telas vamos inserir em cada uma um botão. 
 Na TELA1 insira um botão e clique duas vezes nele. 
 Na ABA GERAL escolha, por exemplo, a TECLA DE FUNÇÃO como sendo F3. 
 Em IR PARA A TELA escolha TELA2. 
 
 12 
 
 
Na TELA2 insira um botão também mas programe na ABA GERAL: F4 e TELA1. 
Rode a aplicação e verifique a navegação entre telas. 
 
TAG 
 
A supervisão de um processo com o Elipse SCADA ocorre através da leitura de variáveis de 
processos no campo. Os valores dessas variáveis são associados a objetos do sistema chamados Tags. 
Para cada objeto inserido na tela, devemos associar pelo menos um tag ou atributo. 
Os tags são todas as variáveis (numéricas ou alfanuméricas) envolvidas num aplicativo. O valor 
do tag ou do atributo associado poderá, por exemplo, ser mostrado pelos objetos de animação em uma 
tela, ser utilizado em cálculos em um script, ser modificado através de ações do operador, entre outras 
possibilidades. 
Exemplo: 
MOTOR1 – tag plc associado a saída 4.0 que liga um contator que aciona o motor 1. (é necessário 
informar ao ELIPSE SCADA que este tag está associado a saída 4.0) 
MOTOR1=1 se a saída estiver ligada ou MOTOR1=0 se a saída estiver desligada 
 
IMPORTANTE! 
CADA VARIÁVEL DO PROCESSO (I/Os E MEMÓRIAS DO CLP, PARÂMETROS DO 
INVERSOR, ETC) DEVE SER ARMAZENADA EM UM TAG. 
CADA OBJETO NA TELA DEVE ESTAR ASSOCIADO A UM TAG. 
 
TIPOS DE TAG: 
TIPOS DESCRIÇÃO 
PLC 
É utilizado para trocar informações com os equipamentos de aquisição de 
dados (escrita e leitura) através dos drivers de comunicação. 
Bloco PLC 
Semelhante ao tag tipo PLC, porém permite a leitura de vários dados 
simultaneamente.. 
RAM 
Tag de utilização interna, para guardar valores em memória. Os tags RAM 
são voláteis, ou seja, só guardam os valores enquanto o aplicativo estiver 
 13 
aberto. 
Matriz São tags RAM arranjados de forma a permitir acesso vetorial ou matricial. 
Demo 
Tag para simulação de valores. Permite gerar curvas definidas ou valores 
aleatórios. 
Crono Permite a criação de contadores e temporizadores. 
Expressão Tag que permite a entrada de uma expressão numérica ou alfanumérica. 
DDE 
Permite trocar dados com programas que sejam Servidores DDE. DDE (Data 
Dynamic Exchange) é um protocolo desenvolvido pela Microsoft para 
comunicação entre aplicações baseadas em Windows. 
 
UM TAG deve receber um nome que identifique a variável que se quer ler ou escrever. Algumas 
regras para os nomes dos Tags: 
a) O nome não pode conter caracteres reservados, como operadores lógicos e aritméticos (+, -, *, 
/) e caracteres especiais (?, !, \, | , &, %, $, #, @). 
b) O nome não pode conter espaço; 
c) O nome não pode ser estritamente numérico, deverá ter uma letra inicial, pelo menos. 
 
TAG RAM 
São usados internamente para armazenar valores em memória. Este tipo de tag é volátil e por isso, 
mantém seus valores somente enquanto a aplicação está executando. O tag RAM tem apenas o seu nome, 
descrição e valor inicial como propriedades que devem ser configuradas. 
 
 
TAG EXPRESSÃO 
 O Tag Expressão permite que você atribuauma expressão numérica ou alfanumérica a um Tag. 
Você pode criar equações envolvendo variáveis quaisquer, sejam elas numéricas, alfanuméricas, tags ou 
atributos. Ao digitar a expressão, que será a operação que o tag realizará, automaticamente no campo 
Erros aparecerão os erros encontrados na edição até aquele momento. Podem ser usadas funções (seno 
cosseno, etc) e operadores. Os operadores mais comuns são: 
Adição (+), Subtração (-), Divisão (/), Multiplicação (*) 
 
 14 
 Outros tipos de TAG serão estudados oportunamente! 
 
OBJETOS 
 Vamos conhecer dois objetos de tela que serão úteis nos próximos exercícios. 
 
DISPLAY 
Mostrador numérico/alfanumérico em tempo real. Permite mostrar o valor de um TAG. 
 
 
SETPOINT 
 Permite mostrar e editar o valor de um TAG. É usado por exemplo para enviar ao CLP um valor 
novo para uma variável. 
 
EXERCÍCIO 03: CALCULADORA 
 
1) Vamos construir uma calculadora que multiplica um número por outro! 
 
2) No software ELIPSE SCADA selecione ARQUIVO – NOVA APLICAÇÃO. Salve como 
EX3_CALCULADORA. 
3) Vamos definir as parcelas como x e y e o produto como z. Essas variáveis vão ficar armazenadas 
em TAGs. As variáveis x e y estarão em uma TAG RAM e a variável z em uma TAG 
EXPRESSÃO que calcula automaticamente; 
4) Para criar a TAG RAM “x”: 
 15 
C
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IA
Ç
Ã
O
 D
E
 T
A
G
 R
A
M
 Clique ÍCONE ORGANIZER 
 clique TAGS 
 clique NOVO TAG 
 complete NOME = x 
 TIPO = TAG RAM 
 QUANTIDADE = 1 
 clique OK 
A TAG será criada com valor inicial igual a zero! 
5) Para criar a TAG RAM “y” o procedimento é semelhante ao passo 3; 
6) Para criar a TAG EXPRESSÃO “z”; 
C
R
IA
Ç
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 T
A
G
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X
P
R
E
S
S
Ã
O
 
Clique ÍCONE ORGANIZER 
 clique TAGS 
 clique NOVO TAG 
 complete NOME = z 
 TIPO = TAG EXPRESSÃO 
 QUANTIDADE = 1 
 clique OK 
A TAG será criada. Agora você deve inserir a OPERAÇÃO (x × y) 
Clique ÍCONE ORGANIZER 
 clique TAGS 
 clique na tag “z” 
 complete EXPRESSÃO x*y 
 clique FECHAR 
A EXPRESSÃO estará programada. O símbolo asterisco 
representa a operação de multiplicação. 
7) Agora devemos inserir um objeto SETPOINT na tela através do ícone . Você deve selecionar o 
ícone do objeto que se quer criar e clicar na tela segurando o botão do mouse, arrastando e 
definindo o tamanho do objeto. 
8) Esse objeto SETPOINT deve ser relacionado com a TAG “x”; 
 
 16 
C
O
N
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T
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G
 N
O
 O
B
J
E
T
O
 
Clique duas vezes no objeto SETPOINT 
 clique na aba TAGS (as vezes ela fica oculta. Use as setas) 
 clique dentro da janela objetos em APLICAÇÃO 
 clique em TAGS 
 clique em “x” 
 clique ADICIONAR 
 clique FECHAR 
Pronto! Você associou a TAG “x” ao objeto SETPOINT! 
 
9) Repita o procedimento do passo 6 e 7 para a TAG “y”; 
10) Agora insira um objeto DISPLAY através do ícone . Você deve selecionar o ícone do objeto 
que se quer criar e clicar na tela segurando o botão do mouse, arrastando e definindo o tamanho do 
objeto. Esse objeto deve ser relacionado ao TAG “z” como feito no passo 7; 
11) Organize os objetos na tela para parecer com a figura abaixo do item 1. 
12) Para modificar o TÍTULO de cada objeto devemos: 
A
L
T
E
R
A
R
 
T
ÍT
U
L
O
 
Clique duas vezes no objeto 
 clique na aba MOLDURA 
 clique no campo texto para alterá-lo 
 clique FECHAR 
 
 
13) Rode e teste a aplicação através da tecla F10. 
 
OBJETO GAUGE 
 O objeto GAUGE mostra uma variável através de um instrumento virtual analógico. 
 Vamos inserir no exercício anterior um objeto GAUGE (o procedimento é o mesmo de 
qualquer objeto). 
 Inicialmente vamos fazer duas configurações no GAUGE: limite inferior/superior e 
ASSOCIAÇÃO COM O TAG. 
 
 
 17 
L
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IN
F
/S
U
P
 
G
A
U
G
E
 
 
Clique duas vezes no objeto GAUGE 
 clique na aba GERAL 
 no quadro Valor clique em Valor mínimo: 0 
 em Valor Máximo: 1000 
 
 
 
R
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L
A
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A
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B
J
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O
 
C
O
M
 A
 T
A
G
 
 
Clique duas vezes no objeto GAUGE 
 clique na aba TAGS 
 selecione no quadro Objetos a tag criada: z 
 clique no botão adicionar: 
 
O objeto foi configurado e passará a mostrar (quando em modo de execução) o 
valor da TAG z (resultado da multiplicação). 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
Tag PLC 
 
Os tags tipo PLC são utilizados quando se deseja ler e escrever dados em um PLC (CLP), separadamente. 
Eles podem representar qualquer tipo de variável, como entrada ou saída digital ou analógica, 
dependendo da configuração e endereçamento requerido pelo driver. Antes de criar um tag PLC é 
necessário criar um objeto Driver, ao qual o tag será associado. 
Os drivers de comunicação são bibliotecas (arquivos .DLL) responsáveis pela interligação do Elipse 
SCADA com algum equipamento externo. Na verdade, podemos utilizar um driver para se comunicar 
com qualquer equipamento que possua uma interface de comunicação, seja uma máquina ou até mesmo 
um software (como no caso dos drivers de rede, como veremos mais adiante). Cada driver de 
comunicação está associado a um objeto Driver dentro do Elipse SCADA. 
Para criar um novo Driver, basta entrar no item Drivers a partir do Organizer e clicar no botão Novo. Na 
janela Open, indique o caminho para o arquivo .DLL desejado. Os arquivos de drivers podem ser 
instalados em separado, em qualquer diretório a ser definido pelo usuário. Uma vez escolhido o arquivo 
de driver, deve-se fazer as configurações dos parâmetros de comunicação. Clicando no botão Configurar, 
vemos um tela onde podem ser especificados os dados gerais para a comunicacão como: porta serial, taxa 
de comunicação e outros, de acordo com a documentação fornecida para cada driver. Para auxiliar a 
tarefa de configuração, pode-se apertar o botão Ajuda. O Elipse SCADA irá abrir o arquivo texto com a 
documentação do driver. 
C
O
N
F
IG
U
R
A
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O
 
D
O
 
D
R
IV
E
 
Clique ÍCONE ORGANIZER 
 clique em drivers 
 clique em NOVO 
 Localize o arquivo AlnetIv2.dll 
 clique em Configurar 
 clique em Extras 
Aqui você pode configurar os parâmetros de comunicação serial! 
 
Após configurado o driver de comunicação precisamos configurar o TAG PLC. 
TAG PLC é a variável que conterá um valor que se deseja ler/escrever no PLC. Pode ser uma entrada ou 
saída, digital ou analógica, ou um bit, byte, Word, etc pertencente a um operando. 
No caso do CLP ALTUS a criação e configuração do TAG PLC deve ser feita dessa maneira: 
 
C
R
IA
Ç
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O
 
D
O
 T
A
G
 P
L
C
 
Clique ÍCONE ORGANIZER 
 clique em TAGS 
 clique em NOVO TAG 
 complete NOME = ED_0_0 
 TIPO = TAG PLC 
 QUANTIDADE = 1 
 clique OK 
O tag foi criado. No quadro a seguir você deve configurá-lo. 
 19 
 
Para configurar o TAG PLC devemos configurar os parâmetros N1, N2, N3 e N4. 
O significado destes parâmetros varia de um fabricante de CLP para outro. No Caso do CLP 
ALTUS a tabela abaixo deve ser a utilizada: 
 
 N1 - número do CLP 
 N2 - tipo de operando (ver tabela abaixo) 
 N3 – endereço do operando 
 N4 - bit ou posição de tabela do operando 
 
N1 será igual a 0, no caso de haver apenas um CLP ligado diretamente ao computador. 
N2, N3 e N4 será conforme exemplos da tabela abaixo: 
 
+========================+===================+======+======+==========+| Tipo | Operando | n2 | n3 | n4 | 
+========================+===================+======+======+==========+ 
| Memória | M200 | 0 | 200 | 0 | 
+------------------------+-------------------+------+------+----------+ 
| Tabela de Memória | TM0 : pos=1 | 1 | 0 | 1 | 
+------------------------+-------------------+------+------+----------+ 
| Bit de Memória | M010 : bit 4 | 2 | 10 | 5 (4+1)* | 
+------------------------+-------------------+------+------+----------+ 
| Auxiliar | A1.7 | 5 | 1 | 8 (7+1)* | 
+------------------------+-------------------+------+------+----------+ 
| Entradas | E2.3 | 6 | 2 | 4 (3+1)* | 
+------------------------+-------------------+------+------+----------+ 
| Saídas | S4.2 | 6 | 4 | 3 (2+1)* | 
+========================+===================+======+======+==========+ 
* no ELIPSE não existe o bit ZERO. Ele inicia no 1 e vai até o 8. 
 
 
Preencha o quadro abaixo: 
+===================+======+======+==========+ 
| Operando | n2 | n3 | n4 | 
+===================+======+======+==========+ 
| M001 | | | | 
+===================+======+======+==========+ 
| S5.0 | | | | 
+===================+======+======+==========+ 
| E0.3 | | | | 
+===================+======+======+==========+ 
| A10.0 | | | | 
+===================+======+======+==========+ 
 
Para configurar a TAG PLC para a entrada 0.0 do PLC devemos fazer o seguinte: 
 20 
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L
C
 
Clique ÍCONE ORGANIZER 
 clique em TAGS 
 clique no tag criado: ED_0_0 
No campo driver aparecerá o nome do driver da ALTUS. 
 complete N1 = 0 
 N2 = 6 
 N3 = 0 
 N4 = 1 
 Scan = 100 
 clique FECHAR 
O tag foi configurado com SCAN de 100 milisegundos que seria o tempo de 
leitura no CLP desta TAG. 
 
 
LEITURA DO TAG PLC DIRETAMENTE NO TAG 
 Podemos realizar a leitura do valor da TAG PLC diretamente na TAG. Para isso devemos utilizar 
os botões LER e ESCREVER existentes dentro do espaço no canto inferior direito chamado de “testa a 
conexão aqui”. 
 Ao pressionar o botão LER você lerá a tag diretamente do CLP para o PC. Ao pressionar escrever 
você enviará para a variável no CLP o valor que estiver escrito na caixa “Valor”. Se aparecer a frase 
“leitura=ERRO” ou “escrita=ERROR”, abaixo dos botões, você deve verificar: 
 - Conexão física (cabos); 
 - CLP está ligado? 
 - configuração da serial; 
 
 21 
 
EXERCÍCIO 04: LEITURA ENTRADA E SAÍDA DIGITAL (DIRETO NA TAG) 
 
1) Utilizando o software MASTERTOOL EX crie um PROJETO NOVO e inclua o Ladder conforme 
abaixo: 
 
 
 
COLOCAR FICHA DO PLC NO POLIGRAFO 
 
 
 
2) Conecte um botão a entrada E0.0 e teste o funcionamento do programa acompanhando pelo LED 
da saída S4.0 
 
 
 
 
. 
3) No Elipse crie uma aplicação. 
4) Insira e configure o drive de comunicação da Altus. 
5) Crie e configure dois Tags PLC: Um para a entrada E0.0 (liga), outro e outro para a saída S4.0. 
6) Leia diretamente na TAG PLC o valor delas. 
 
 
 
 Agora você já sabe ler uma variável do CLP através do Software Elipse. Vamos ver como 
relacionar essa variável com um objeto de tela. 
 Os objetos de tela (Display, Setpoint, etc...) possuem uma aba chamada de TAGS. 
 Nesta aba vamos relacionar o OBJETO com a TAG. 
 22 
 
 
 
R
E
L
A
C
IO
N
A
R
 O
B
J
E
T
O
 
C
O
M
 A
 T
A
G
 
 
Clique duas vezes no objeto 
 clique na aba TAGS 
 selecione no quadro Objetos a tag criada: ED_0_0 
 clique no botão adicionar: 
 
O objeto foi configurado e passará a mostrar (quando em modo de execução) o 
valor da TAG PLC. 
 
 
EXERCÍCIO 05: LEITURA ENTRADA E SAÍDA DIGITAL (LEITURA EM OBJETOS) 
 
 
Crie 3 objetos DISPLAY na tela e customize-os para lerem as TAGS criadas no exercício anterior: 
 Nos objetos altere a TAG, TÍTULO, ETC. 
Rode a aplicação usando F10. 
1.7 CONCEITOS PARA A CONSTRUÇÃO DE TELAS 
 
Os olhos tendem a se mover de: 
 Uma imagem grande para uma menor 
 Uma cor saturada para uma não saturada 
 23 
 Uma cor brilhante para uma cor pastel 
 Uma imagem colorida para outra monocromática 
 Formas simétricas para formas assimétricas 
 Algo que se move e pisca para uma imagem estática. 
Logo ao construir uma tela devemos obedecer aos seguintes critérios: 
 Dar preferência a monitores de 19" 
 A construção da tela deve ser bem balanceada: o número de elementos de informação por tela 
deve ser coerente com a capacidade humana de interpretá-los. Evite telas congestionadas ou 
vazias demais. 
O sistema gráfico deve propiciar: 
 Resolução suficiente para tornar a imagem legível 
 Diversas cores simultâneas 
 Caracteres com diversas formas e tamanho 
 Representação gráfica dinâmica (animações). 
 Evite objetos grandes piscantes 
 Deve haver redundância na forma de representar uma informação: valor, barras, enchimentos, etc. 
A representação mais natural é a mais indicada. Por exemplo, enchimento para tanques e silos, 
rotação para um forno de cimento ou britador de martelos, etc. 
 Equipamentos devem ser desenhados de acordo com sua forma e tamanhos exatos. A 
representação fotográfica com excesso de detalhes, sombra, etc. é desaconselhável. 
 A seqüência para ligar ou desligar equipamentos ou realizar ações de controle similares deve ser 
simples e intuitiva. Simplesmente selecione o objeto com o mouse e selecione a opção LIGA no 
menu. 
Mensagens devem ser claras, explícitas e auto suficientes. Contra exemplo: Erro 46A: Execute o 
procedimento de emergência 78. 
 
 
EXERCÍCIO 06: CRIAÇÃO DE SUPERVISÓRIO PARA MONITORAR O FUNCIONAMENTO 
DE UM PORTÃO 
 
Incluir aqui a descrição da tarefa. 
 
 
EXERCÍCIO 07: LEITURA DE ENTRADA ANALÓGICA 
 
A leitura de uma entrada analógica é semelhante a de uma entrada digital. Ela também é feita através de 
um TAG PLC. 
1) Usando o software Mastertool EX crie um novo programa e configure o CLP para que seja 
utilizado o primeiro canal analógico. 
2) No LADDER inclua uma linha para ligar a saída S4.1 quando o valor de M200 for maior que 
20.000: 
 
 
3) Instale um potenciômetro no canal 01 e monitore através do Mastertool EX se a leitura está 
correta. 
4) Crie uma nova aplicação no Elipse Scada. 
 24 
5) Crie e configure uma TAG PLC (M200 como sugestão de nome) para a leitura do canal 01. 
6) Teste DIRETAMENTE na TAG se a leitura está correta. 
7) Adicione um objeto DISPLAY na tela e configure-o para ler a TAG criada. Rode a aplicação. 
8) Adicione um objeto GAUGE na tela e configure-o para ler a TAG criada. Coloque como valor 
MÁXIMO 35000. Rode a aplicação. 
 
OBJETO TEXTO 
 
O objeto texto permite que mostremos uma mensagem na tela, que fica relacionada a um tag. 
Usando o exercício anterior, vamos exibir uma mensagem relativa a saída usada. 
Primeiro devemos inserir o objeto na tela (seu ícone tem a LETRA A). 
Após devemos ir até a ABA ZONAS. 
 
Usando o botão (1) vamos adicionar 2 zonas de mensagem. 
Na lista (2) você poderá vê-las. Clique na zona 1 para configurá-la. 
No espaço (3) modifique a mensagem para “DESLIGADO”. 
No campo (4) programeo mínimo para 0 e no campo (5) o máximo para 0 também. 
 
Agora clique na zona 2 na lista. Configure a mensagem para “LIGADA” e os valores para 1 e 1. 
 
Por ultimo relacione na ABA TAGS com o tag da saída. Rode a aplicação. 
 25 
Redes Industriais 
 
 
TIPOS DE REDES 
REDE 485 
PROTOCOLO MODBUS 
TOPOLOGIA (PC/ELIPSE – INVERSOR – CLP) 
APLICAÇÃO: 
 BOTÃO EMERGÊNCIA DESLIGA TUDO E ZERA VARIAVEIS 
 INVERSOR OPERADO PELO CLP (VELOCIDADE, PARTIDA E SENTIDO) 
 PARÂMETROS LIDOS NO PC 
 PC ESCREVE NO CLP 
CONFIGURAÇÃO CLP 
CONFIGURAÇÃO INVERSOR 
CONFIGURAÇÃO PC 
 
Quando falamos de sistemas supervisórios, sempre esbarramos na infraestrutura. 
Redes de comunicação são essenciais para acessar controladores e instrumentos de aquisição 
de dados. Assim, sempre é necessário estudar como é estruturada estas redes de comunicação, 
quais as vantagens de cada tipo de rede e como operá-las. Vamos abordar a seguir uma das 
redes de comunicação mais utilizadas em ambientes industriais. 
As redes RS-485, ou TIA/EIA-485, são redes de comunicação serial de simples implantação e 
confiáveis para comunicação através de protocolos com equipamentos. Podem atingir até 
1200m, possibilitando que plantas fabris possam ser instaladas com poucas redes de 
comunicação. Outras vantagens de redes RS-485: 
1. Comunicação em até 10Mbps para redes de curta distância; 
2. Número máximo de dispositivos entre 32 e 256 na rede (conforme resistência unitária 
de cada equipamento e distância da rede); 
3. Baixo custo de implantação; 
4. Tolerância a interferência eletromagnética, principalmente se sua instalação possuir 
blindagem; 
5. Comunicação diferencial (não requer terra comum). 
Tanto a velocidade de comunicação quanto ao número de equipamentos devem ser 
especificados conforme ao comprimento da rede e ao formato da mesma. 
Redes RS-485 geralmente são implementadas sob formato Daisy Chain pois esta otimiza a 
distância e diminui as perdas de comunicação. Em redes menores é possível o uso de 
barramentos com derivação. 
 26 
 
 
Figura 1 - Daisy Chain com Arduinos (agradecimentos a Joca Maverick do LabDeGaragem). 
Em instalações industriais, são recomendados cabos par-trançado blindados com aterramento 
a cada ponto de conexão. Isto se deve pois em unidades fabris com redes de longa distância as 
diferenças de terra entre os equipamentos podem exceder os limites estabelecidos pelas 
normas EIA e TIA, previstas para previnir a queima de equipamentos nestas condições. 
 27 
Durante seu projeto, considere também a distância da rede e a velocidade de comunicação de 
seus equipamentos. O gráfico abaixo demonstra onde operar para a distância escolhida. 
 
 
 
 
Figura 2 - Distância do cabo versus Velocidade de comunicação. 
Além de baratas e simples em sua construção, redes RS-485 podem operar em diversos tipos 
de protocolos seriais. Utilizando protocolos abertos, o integrador possui muito mais 
flexibilidade de integrar seus sistemas e facilitar melhorias futuras e integração com 
equipamentos diferentes. 
Fique atento as particularidades dos protocolos, especifique adequadamente sua rede e boa 
comunicação! 
 
 
 
 
Neste artigo abordaremos o padrão de comunicação EIA-485, suas especificações e seus limites práticos. E veremos 
o porquê dela ser a rede mais utilizada em ambiente industrial nos dias de hoje 
Ele é chamado normalmente de RS-485, entretanto, seu nome oficial é EIA-485 que reflete o nome do comitê que 
naquele tempo foi padronizado. Esse padrão será logo revisado e se tornará a norma TIA/EIA-485-A. 
 
 
O padrão RS-485 é baseado na transmissão diferencial de dados que é ideal para transmissão em altas velocidades, 
longas distâncias e em ambientes propícios a interferência eletromagnética. 
 
Ele permite a comunicação entre vários elementos participantes em uma mesma rede de dados. 
 
Suas características básicas são: 
 
•Característica multipoint; 
• Apenas uma fonte simples de +5V para alimentar os circuitos de transmissão e recepção; 
• Transmissão de dados em modo comum com tensões de –7V até +12V. 
• Até 32 participantes (cargas); 
• Transmissão de dados em até 10 Mbps em uma distância máxima de 12 metros; 
• Distância máxima de 1200 metros em 100 Kbps. 
 
 
 28 
 
 
Os tags tipo PLC são utilizados quando se deseja ler e escrever dados em um PLC (CLP), 
separadamente. Eles p 
 
Configurando os parâmetros de controle do Inversor 
 Nesta aplicação utilizaremos o controle local através do teclado e o controle remoto como Serial 
(através da comunicação MODBUS). Os parâmetros a serem configurados são: 
 
P220: (Seleção de Local/ Remoto) = 6 
P221: (Seleção de Referência Local) = 0 - Tecla 
P222: (Seleção de Referência Remoto) = 9 - Serial 
P223: (Seleção Giro Local) = 2 - Tecla 
P224: (Seleção Gira/Pára Local) = 0 - Teclas I O 
P225: (Seleção JOG Local) = 1 - Tecla 
P226: (Seleção Giro Remoto) = 5 - Serial Horário 
P227: (Seleção Gira/Pára Remoto) = 2 - Serial 
P228: (Seleção JOG Remoto) = 3 - Serial 
 
Configurando os parâmetros de comunicação 
 Para estabelecer a comunicação entre o CP e o Inversor é necessário ajustar os parâmetros de 
comunicação. Estes devem ser idênticos nos dois equipamentos para não haver erros de comunicação. Os 
parâmetros são: 
P312: (Tipo de Protocolo Serial) = 1 - MODBUS RTU, 9600 bps, sem paridade. 
P308: (Endereço do Inversor na rede MODBUS) = 2 (arbitrado) 
 
Habilitando a comunicação MODBUS 
 Para habilitar a comunicação através do protocolo MODBUS clique em Configuração do CP, 
localizada na treeview do projeto. 
 Na opção Configuração das COMs selecione o protocolo MODBUS Mestre na porta de 
comunicação COM2 (RS485). 
 29 
 
 
Configurando os parâmetros de comunicação 
 Para configurar os parâmetros de comunicação clique em COM2 localizada na treeview do 
projeto. A janela de configuração da porta COM2 será apresentada 
 
 Clique no botão Propriedades da COM... 
Configure os parâmetros de comunicação de maneira idêntica aos configurados no Inversor. 
 
Adicionando as relações MODBUS 
 30 
 Agora é necessário realizar as Relações MODBUS. Estas relações são a equivalência entre as 
variáveis do CP (Memória, Auxiliar, Saída...) com os endereços das variáveis MODBUS. 
 Para adicionar uma relação clique no botão Inserir Relação. A janela de Edição de Relação 
MODBUS Mestre será aberta. Nesta janela são configuradas as relações: 
 
 
 31 
Inserindo relação para leitura dos Parâmetros do Inversor 
 Através da rede MODBUS, é possível acessar todos os parâmetros disponíveis para o CFW08. 
Os parâmetros estão disponíveis nos endereços MODBUS conforme tabela abaixo: 
 
 Abaixo um exemplo de relação MODBUS para realizar a leitura dos parâmetros P1 a P7: 
 
 
 
 Esta relação realiza a leitura de 7 parametros do escravo número 2. Os endereços lidos são P002 a 
P008 (40002 a 40008) e colocados nas memórias M100 a M106 respectivamente. 
 32 
Inserindo Relação para Variáveis Básicas 
 Através da rede MODBUS, é possível acessar as Variáveis Básicas disponíveis para o CFW08. As 
Variáveis Básicas estão disponíveis nos endereços MODBUS conforme tabela abaixo: 
 
 
 
- Algumas Variáveis Básicas são somente leitura e outras permitem escrita. São elas: 
V00 -> Indicação do Modelo do Inversor. Deve aparecer o valor 8 para o modelo CFW09. 
V02 -> Indicação do estado do Inversor. (Variável de leitura). 
V03 -> Seleção de comando lógico. Esta Word é divida em dois bytes onde cada bit possui um 
comando. São eles: 
• Bit 8 -> Habilita Rampa 
• Bit 9 -> Habilita Geral 
• Bit10 -> Sentido da Rotação 
• Bit11 -> JOG 
• Bit13 -> Não usado• Bit14 -> Não usado 
• Bit15 -> “Reset’ Inversor 
V04 -> Referência de Velocidade dada pela Serial. É definida a velocidade do motor. 
 
V06 -> Estado dos modos de operação. (Variável de leitura). 
V07 -> Estado dos modos de operação. (Variável de escrita). 
V08 -> Velocidade do Motor. 
- O Inversor pode ser comandado pela Variável Básica 03 ou através dos bits de comando. 
 
- Abaixo um exemplo de relação MODBUS para escrever a Referência de Velocidade é: 
 
 33 
 
 
 Esta relação realiza a escrita em 1 variável no escravo número 2. O endereço em que será 
realizada a escrita é o 5005 (45005) que corresponde à memória M110 do CP. 
 A escrita nesta variável deve respeitar a seguinte condição descrita no manual do inversor: 
Esta variável é apresentada utilizando 13-bits de resolução. Portanto, o valor de referência 
de velocidade para a velocidade síncrona do motor será igual a 8191 (1FFFh). 
Este valor deve ser utilizado somente como uma velocidade de base para calcular a 
velocidade desejada (velocidade de referência). 
Por exemplo: 
1) Motor 4-pólos, 60Hz, velocidade síncrona = 1800rpm e referência de velocidade = 
650rpm 
1800 rpm - 8191 
650 rpm - X = 2958 = 0B8Eh 
 Este valor 2958 deve ser escrito na Memória M110, a qual representa a referência de velocidade 
do motor. 
 34 
Inserindo relação para leitura dos Bits de Estado 
- Através da rede MODBUS, é possível acessar os Bits de Estado através dos endereços: 
 
 
 
- Estes bits informam alguns estados de funcionamento do inversor. São eles: 
• Bit 0 -> Habilita Rampa (0) Desabilitado (1) Habilitado 
• Bit 1 -> Habilita Geral (0) Desabilitado (1) Habilitado 
• Bit 2 -> Sentido da Rotação (0) Anti-Horário (1) Horário 
• Bit 3 -> JOG (0) Desabilitado (1) Habilitado 
• Bit 4 -> Modo de Operação (0) Local (1) Remoto 
• Bit 5 -> Subtensão (0) Sem subtensão (1) Com subtensão 
• Bit 6 -> Sem Função 
• Bit 7 -> Erro (0) Sem Erro (1) Com Erro 
 
- Abaixo um exemplo de relação MODBUS para leitura dos Bits de Estado: 
 
 
 35 
 
- Esta relação realiza a leitura de 8 variáveis do escravo número 2. Os endereços lidos são 1 a 8 
(00001 a 00008) correspondentes as variáveis A10.0 a A10.7 do CP. 
 
4.7.4 Inserindo relação para escrita dos Bits de Comando 
- Através da rede MODBUS, é possível acessar os Bits de Comando. Podem ser acessados através 
dos endereços: 
 
 
 
- Estes bits permitem realizar comandos no inversor. São eles: 
• Bit 100 -> Habilita Rampa. (0) Desabilitado (1) Habilitado 
• Bit 101 -> Habilita Geral. (0) Desabilitado (1) Habilitado 
• Bit 102 -> Sentido da Rotação. (0) Anti-Horário (1) Horário 
• Bit 103 -> JOG. (0) Desabilitado (1) Habilitado 
• Bit 104 -> Modo de Operação. (0) Local (1) Remoto 
• Bit 105 -> Sem Função 
• Bit 106 -> Sem Função 
• Bit 107 -> Reseta Inversor. (0) Não Reseta (1) Reseta 
- Para que o inversor comece a girar o motor os bits 100 e 101 devem ser setados para 1. 
 
- Abaixo um exemplo de relação MODBUS para escrita nos Bits de Comando: 
 
 36 
 
 
6 Observações 
- Todos os registradores (parâmetros e variáveis básicas) são tratados como registradores do tipo 
holding, referenciados a partir de 40000 ou 4x, enquanto os bits são referenciados a partir de 
0000 ou 0x. Os bits de estado possuem as mesmas funções dos bits 8 a 15 do estado lógico 
(variável básica 2). Estes bits estão disponíveis apenas para leitura, sendo que qualquer 
comando de escrita retorna erro para o mestre. 
- No CP os endereços MODBUS iniciam em 1, ou seja, registradores do tipo de holding iniciam 
em 40001 enquanto os bits iniciam em 00001. Cuidar este deslocamento do bit.

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