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CONCEITO DE ARTE

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CONCEITO DE ARTE
O conceito de arte tem sua origem na Europa no início do século XX estendendo-se para o resto do mundo quando foi assimilado para atender a uma nova exigência estética: incorporar à cultura do prazer e do mercado nos tempos modernos (moderno no contexto europeu) onde seu significado é muito específico.
Impõe-se o artista, que vive da arte como profissão e da produção de seu trabalho; a obra de arte, considerada desde Kant, uma “finalidade sem fim” ou seja, sua própria finalidade, objeto de contemplação estética, quase que mística...
Observe:
Partindo do seu conteúdo estético podemos diferenciar nos quadros:
- técnicas (óleo sobre tela, colagem...)
- formas (figurativas, abstratas etc...) 
e o relacionamos a uma classe de arte (impressionismo, cubismo, surrealismo...)
Desde a época em que se atribui formalmente um conceito à arte, o problema da definição tem tido um lugar privilegiado entre os estudiosos do assunto, resultando em verdadeiras disputas acerca da arte.
Algumas teorias sobre o conceito de arte:
Teorias essencialistas
Objetivo: fornecer uma definição onde as propriedades selecionadas como essenciais estivessem presentes em todas as obras de arte e ausentes de todos aqueles objetos que não são obras de arte.
Obs.: de um modo geral, nenhuma das teorias essencialistas até hoje conseguiram satisfazer os objetivos a que se propunham.
Teorias estético-pedagógicas
Objetivo: construir uma definição centrada no sujeito, pois pode ser que objetivos diferentes provoquem experiências com algo comum:
Ex.:proposta de Clive Bell
O ponto de partida de todos os sistemas da estética deve ser a experiência pessoal de uma emoção peculiar.
Aos objetos que provocam essa emoção chamamos obras de arte.
Todas as pessoas sensíveis concordam em que há uma emoção peculiar provocada pelas obras de arte[...]. Essa emoção é chamada de emoção estética; e se pudermos descobrir uma qualidade comum e peculiar a todos os objetos que a provocam, teremos resolvido o que eu considero ser o problema central da estética. Teremos descoberto a qualidade essencial de uma obra de arte, a qualidade que distingue as obras de arte das restantes classes de objetos.[...] Qual é essa qualidade?[...] Só uma resposta parece possível — a forma significante [...] [Isto é,] uma combinação de linhas e cores (tomando o preto e o branco como cores) que me provoca uma emoção estética.
[Bell, the Aesthetic Hypothesis, pp. 6- 12]
Teorias da indefinibilidade da arte
Objetivos: não é o de chegar a uma definição de arte, mas o de elucidar o conceito de arte, descrevendo o modo como usamos corretamente o termo “obra de arte”, posição defendida por Weitz que acredita na impossibilidade de fornecer uma definição essencialista de arte.
Teorias institucionaisEx: um artefato para ser considerado obra de arte precisou que alguém lhe conferisse o estatuto de candidato para a apreciação no mundo da arte.
Na pré-história as manifestações que se desenvolveram antes da escrita, ou seja antes do surgimento das primeiras civilizações, em diferentes locais e em grandes variedades de produção, podem ser consideradas obras de arte?
A expressão ARTE deve ser incorporada à expressão “arte rupestre”?
Há os que defendem a resposta "Não":
“Os caminhos que levam a pensar e fazer arte, faz sentido para a sociedade que produz, “[...] é específica de cada cultura” (MITHEN, 2002, p.252)
Os executores das pinturas rupestres não possuíam o conceito de arte-estética.
A maneira de interpretar a “arte rupestre” segundo um conceito de arte parte do pesquisador, que descreve as figuras pintadas nas pedras; partindo de seu próprio conteúdo estético, diferencia as técnicas, as formas e até as identifica dentro de uma classe de arte (abstrata, primitiva etc.); porém, dificilmente chegará a alguma interpretação mais verdadeira, por que a “tradição viva” (cf.Damata, 1987, p.50) não está mais presente.
A imagem nem sempre pode representar aquilo que aparenta. Por trás de sua descrição formal podem estar ocultos significados que não são possíveis de serem resgatados nas pinturas rupestres. Já os objetos de cerâmica, desde que não possuindo outros atributos, que não os de conferir-lhes suas funções utilitárias, podem ser analisados e descritos formalmente, quanto à sua função dentro da cultura que as produziram.
A expressão arte deve ser incorporada à expressão arte rupestre?
Alguns autores dizem que sim:
Segundo MORIN ressaltar que a “arte rupestre”, além do sentido ritual e mágico comportaria também o sentido estético, que são perfeitamente combináveis:
“Os fenômenos mágicos são potencialmente estéticos e ... os fenômenos estéticos são potencialmente mágicos” (apud SEDA, 1997, p.152).
Se entendermos por arte rupestre uma representação como reprodução daquilo que se “pensou” ao realizar, se a imagem rupestre é produto de uma “visão de mundo” socialmente compartilhada, representar, então, é rememorar aquilo que se reapresenta na mente de quem produz essas imagens, e que desperta sentido no grupo espectador.
Sugere-se, então, que o termo representação rupestre se apresente de maneira mais apropriada a esse tipo de manifestação cultural. Representação como reprodução daquilo que se pensa.
A capacidade de representação simbólica do homem, alguns defendem que tenha evoluído desde a mais antiga espécie hominídea para as formas mais complexas do homem moderno. Outros porém defendem que ela tenha aparecido com o Homo Sapiens há cerca de 50 mil anos e seriam conexões cerebrais já prontas.
As pinturas rupestres em todo o mundo têm sido datadas em períodos que variam entre 40 mil anos até o presente, como os povos sul-africanos que repintam os painéis rupestres “deixados pelos seus antepassados”, como forma de reinterpretar suas tradições. Acredita-se que a produção de imagens no período pré-histórico dava aos executores o dom da criação, tinha a função definida; pintar era possuir e dominar a natureza.
As pinturas encontradas nas paredes das grutas e abrigos rochosos podem exprimir o cotidiano dos grupos primitivos através de cenas de caça, luta, dança, entre outras atividades ou de maneira estática formas humanas, formas de animais, representação de plantas, sinais geométricos simples ou complexos (quando associados vários sinais simples, formando um único sinal) em cores: preta e tonalidades avermelhadas, ocres e violáceas que não são mais fáceis de se obter na natureza.
FASES DA PRÉ-HISTÓRIA
PALEOLÍTICO (25.000 a.C. 8.000 a.C.) — Representação de animais (cavalos e bisões, cervos, leões, matutes e touros), sinais geométricos simples, figura humana (homem, mulher).
MESOLÍTICO (8.000 a.C.) — Surgem os fragmentos de pedra pintados com símbolos e cercaduras geométricas e abstratas.
NEOLÍTICO (5.000 a.C. a 3.000 a.C.) — Criam cerâmicas decoradas e pinturas de cenas de lutas, caça e dança.
IDADE DO BRONZE (2.000 a.C.) — Figuras, signos e símbolos próximos ao da escrita. Representação e celebração da fecundidade.
ARQUITETURA
As primeiras intervenções arquitetônicas são caracterizadas pelos menires, dólmens e cromlechs, construções de pedra que não se tratavam de moradias, tinham a função de templo ou de câmara mortuárias.
MENIRES - pedras cravadas no chão de forma vertical.
DÓLMENS - galerias abertas que possibilitavam o acesso a uma tumba.
CROMLECHS - menires e dólmens organizados em círculos.
A construção de abrigos com peles de animais e fibras vegetais tecidas ou combinações de ambas foram os primeiros abrigos construídos. Anteriormente os refúgios eram lugares da natureza como: aberturas nas rochas, cavernas e grutas.
 
Objetivo: caracterizar obras de arte em função da instituição denominada mundo da arte.
 
 
Na pré-história as pinturas encontradas nas paredes das cavernas são
A vestígios arqueológicos de 250 mil anos.
B representações rupestres.
C inscrições feitas por animais.
D imagens resultantes de fenômenos naturais.
E inscrições
de significado mágico.
A teoria estético-pedagógica considera que a arte 
A não pode ser definida.
B pode ser definida por sua centralização no sujeito.
C possui propriedades essenciais, comuns a todas as obras artísticas.
D é caracterizada em função de uma instituição que se chama mundo da arte.
E apresenta propriedades essenciais, ausentes nos objetos que não são obras de arte.
Os menires aparecem na arquitetura pré-histórica e são
A galerias cobertas que dão acesso a tumbas.
B pedras de forma vertical cravadas no chão. 
C abrigos construídos com fibras vegetais.
D grutas ou abrigos rochosos.
Considere as afirmativas abaixo e assinale a alternativa que completa a frase de modo incorreto.
No período conhecido como Idade do Bronze, 
A a pintura apresenta nível de elaboração próximo ao de formas escritas.
B o caráter mágico da arte fica preservado.
C são mais utilizadas as tonalidades avermelhadas e a cor preta.
D nasce a arte rupestre.
E a arte associa-se à celebração da fertilidade.
A representação rupestre
A apresenta sentido estético ritual e mágico.
B apresenta sentido estético.
C reproduz o que se pensou.
D é produto de uma visão de mundo.
E contém a presença da “tradição viva”.

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