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ESTUDO DE CASO: RELATO DE UMA SESSÃO TERAPÊUTICA EM GRUPO

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UFSJ – DPSIC
Disciplina: TETEG I
Docente: Dr. Marcelo Dalla Vecchia
Discentes: Gleidson Jordan dos Santos, Libna Cardoso de Souza e Natália Raquel de Paula
29 de agosto de 2013
ESTUDO DE CASO:
- RELATO DE UMA SESSÃO TERAPÊUTICA EM GRUPO –[1: Adaptada de: BLEGER, L.; PSIK, N. Psicanálisis grupal.Cuando, como por que. Buenos Aires: Tekné, 1997. Tradução livre.]
	O grupo apresentado estrutura-se como um grupo terapêutico sem uma abordagem específica, onde seus participantes, todos adultos, que além das sessões terapêuticas pré-estabelecidas participam de atividades de socialização externas. Há a presença de dois terapeutas para três pacientes, o que pode se apresentar como um desiquilíbrio, uma vez que os papéis dos coordenadores se confundem ao dos participantes ou em outras ocasiões, pela distinção entre os terapeutas, os participantes podem sentir-se inibidos frente a um e mais seguros com outro. Isso pode ser reforçado negativamente pelas falhas de comunicação entre os terapeutas. Pode-se tratar como vantagens de um grupo pequeno o fato de ele geralmente tratar-se de configurações efêmeras, transitórias e temporárias, circunscritas no tempo e no espaço, de um núcleo de pessoas bastante pequeno, de tal forma que cada um pode ligar-se a cada uma das outras de modo direto e pessoal, o que favorece a interação e, consequentemente, o estabelecimento de vínculos.[2: Andaló, C. S. A. (2006). Mediação grupal: Uma leitura histórico-cultural. São Paulo, SP: Ágora.]
	Não são apresentados no caso indícios da criação de roteiros pré-estabelecidos, não ficando claro o planejamento das sessões, todavia há uma abertura para a experimentação e um foco no “aqui-e-agora”, o que serve de base para as associações com o passado dos participantes. Habitualmente a forma como o sujeito age em determinada sessão diz muito do momento que ele está passando e pode servir de impulso para busca de significados para suas representações cotidianas e seu histórico pessoal, incluindo seus traumas e anseios. O nível de vinculação entre os pacientes é notável, qualquer entrada, saída ou a falta de alguém provoca desequilíbrios e modificações que alteram a configuração grupal. Como respostas psíquicas a essas faltas, temos a tomada de papéis alheios, bem como a associação com a perda externa que algum dos participantes tenha sofrido. A afetividade dentro do grupo pode ser em alguns casos uma resposta à falta de afeto de outros indivíduos externos.
	O grupo demonstra uma abertura ao novo, havendo a possibilidade da expressão de angústias por meio artístico ou literário, aproveitando-se de aspectos do Psicodrama de Moreno. Isso dá aos participantes instrumentos para liberação de emoções reprimidas. A possibilidade de livre expressão permite ao grupo remediar bloqueios individuais e de relação com os outros, em algumas situações traz-se também uma livre interpretação que exige atenção do coordenador para que não haja uma deformação perceptiva que acarrete em equívocos irreversíveis. O grupo demonstra conseguir chegar às identificações relacionadas com os problemas individuais, que muitas vezes são esclarecidos, indicando a possibilidade de mudanças na percepção do individuo sobre si próprio e os demais e acarretando num alívio das tensões cotidianas.

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