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DQOI - UFC Prof. Nunes Teoria Estrutural Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Departamento de Química Orgânica e Inorgânica Química Orgânica I Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr. nunes.ufc@gmail.com 1 Mar/2017 DQOI - UFC Prof. Nunes A Química Orgânica é a química do carbono. Química Orgânica 2 115 átomos Química Inorgânica DQOI - UFC Prof. Nunes O carbono está longe de ser um átomo abundante na crosta terrestre. Então, por que damos essa atenção tão especial a apenas um elemento entre 116? Química Orgânica 3 49,5 25,7 7,4 4,7 3,4 2,6 2,4 1,9 0,9 0,6 0,9 Oxigênio Silício Alumínio Ferro Cálcio Sódio Potássio Magnésio Hidrogênio Titânio Outros DQOI - UFC Prof. Nunes � A Química, como ciência, teve início no final da idade média com o nome de Alquimia. � Os alquimistas foram os primeiros pesquisadores que surgiram, e tinham como objetivos: � transformar qualquer metal em ouro, através do princípio chamado de “pedra filosofal”, e � o “elixir da vida” para prolongar a vida. Razões Históricas 4 DQOI - UFC Prof. Nunes Razões Históricas 5 � O médico suíço Paracelso, que também atuava no campo da alquimia, � afirmou que o homem era um composto químico cujas doenças são decorrentes das alterações desta estrutura, � sendo necessários medicamentos para combater as enfermidades. � Foi o início do uso de medicamentos para curar as enfermidades da época: � séculos XVI e XVII. DQOI - UFC Prof. Nunes Porém, somente no século XVIII foram extraídas �várias substâncias orgânicas a partir de produtos naturais, � além daquelas anteriormente conhecidas como: vinho (fermentação da uva) e os produtos obtidos por destilação de outras substâncias. 6 � Em 1777, a química foi dividida em duas partes, de acordo com Torbern Olof Bergmann: � I) a química orgânica estudava os compostos obtidos diretamente dos seres vivos e; � II) a química inorgânica estudava os compostos de origem mineral. Razões Históricas DQOI - UFC Prof. Nunes Entretanto, o desenvolvimento da química orgânica era prejudicado � pela crença de que, somente a partir dos organismos vivos – animais e vegetais, � era possível extrair as substâncias orgânicas. 7 Razões Históricas DQOI - UFC Prof. Nunes Tratava-se de uma teoria, conhecida pelo nome de “Teoria da Força Vital”, formulada por Jons Jacob Berzelius, que afirmava: �“A força vital é inerente da célula viva e o homem não poderá criá-la em laboratório”. Em 1828, um dos discípulos de Berzelius, Friedrich Wohler, conseguiu obter uma substância encontrada na urina e no sangue, conhecida pelo nome de uréia. 8 Razões Históricas uréia esperado obtido DQOI - UFC Prof. Nunes Após o êxito da experiência de Wohler, vários cientistas também tentaram a obtenção de outras substâncias orgânicas em laboratório, e verificaram que o �elemento fundamental em todos os compostos era o carbono. A partir de então, em 1858, Kekulé definiu a química orgânica como sendo a química dos compostos do carbono. 9 Razões Históricas DQOI - UFC Prof. Nunes A farmácia no século XIX era baseada em: � poções � espíritos � extratos brutos de plantas e animais. As doenças eram curadas � sem o conhecimento das causas e dos princípios ativos das medicações. Moléculas Orgânicas 10 DQOI - UFC Prof. Nunes A primeira participação da química orgânica no controle de doenças se deu em 1856, � síntese do corante “cor-de-malva” (mauveína) por Willian Perkin. Moléculas Orgânicas 11 DQOI - UFC Prof. Nunes 2ª razão para estudar os compostos orgânicos: � quantidade de compostos orgânicos � os químicos descobriram ou sintetizaram mais de 10 milhões compostos orgânicos e 1,7 milhão de compostos inorgânicos. � 85% dos compostos conhecidos são orgânicos � estima-se que a cada ano mais 10.000 sejam reportados. Química Orgânica 12 DQOI - UFC Prof. Nunes 3ª razão: As substâncias bioquímicas são compostos orgânicos: � carboidratos � lipídios � proteínas � enzimas � ácidos nucleicos (DNA e RNA) � hormônios � vitaminas Química Orgânica 13 DQOI - UFC Prof. Nunes Como são obtidos os compostos orgânicos? Isolando da Natureza: os seres vivos (plantas, animais, bactérias, fungos...) são verdadeiras “fábricas químicas” – Biossíntese. Compostos Orgânicos 14 DQOI - UFC Prof. Nunes Como são obtidos os compostos orgânicos? Isolando da Natureza: os seres vivos (plantas, animais, bactérias, fungos...) são verdadeiras “fábricas químicas” – Biossíntese. Compostos Orgânicos 15 penicilinas DQOI - UFC Prof. Nunes Como são obtidos os compostos orgânicos? Isolando da Natureza: os seres vivos (plantas, animais, bactérias, fungos...) são verdadeiras “fábricas químicas” – Biossíntese. Compostos Orgânicos 16 DQOI - UFC Prof. Nunes Como são obtidos os compostos orgânicos? Isolando da Natureza: Gás natural, petróleo e carvão. Compostos Orgânicos 17 DQOI - UFC Prof. Nunes Como são obtidos os compostos orgânicos? Síntese em Laboratório: Síntese Orgânica – a maior parte dos mais de 10 milhões de compostos orgânicos conhecidos é puramente sintética e não existe nos seres vivos. - Fármacos modernos: Valium, Prozac, Zantac, Lasix, Viagra e Enovid. Compostos Orgânicos 18 DQOI - UFC Prof. Nunes Síntese de Medicamentos 19 19801889 19811923 19811934 19861935 19851942 19871952 19871953 19891954 19891958 19811962 19901963 19921964 19931968 19961970 19961970 19971975 19991976 19991976 19991977 19991980 AAS ác. barbitúrico cloroquina sulfonamidas penicilinas nitrofuranos progesterona talidomida haloperidol verapramil indometacina propranolol salbutamol prostaglandinas oxamniquina nifedipina cimetidina atenolol captopril oxicams praziquantel aciclovir ranitidina misoprostol mefloquina azidovudina iovastatina ozagrel mifepristona fluoxetina salmeterol inibidores de proteases tacrina taxotere zileuton zafirlukast sildenafil orlistat celecoxib rofecoxib C R O N O L O G I A DQOI - UFC Prof. Nunes Agronomia 20 DQOI - UFC Prof. Nunes Composição do Solo 21 Ácido fúlvico Ácido húmico - Matéria Orgânica DQOI - UFC Prof. Nunes Química dos Agrotóxicos 22 Os campos cultivados, entretanto, tornaram-se fontes de alimento para as mais variadas espécies de insetos e roedores e também foram atacados por fungos e bactérias. � Essas espécies se multiplicaram rapidamente por causa da grande quantidade de alimento e passaram a interferir no bem- estar das pessoas, sendo, por isso, consideradas pragas. O homem sempre buscou maneiras para combater as pragas que atacavam as plantações: desde rituais religiosos até o desenvolvimento de agrotóxicos. DQOI - UFC Prof. Nunes Química dos Agrotóxicos 23 O termo agrotóxico inclui: � inseticidas (controle de insetos), � fungicidas (controle de fungos), � herbicidas (combate às plantas invasoras), � fumigantes (combate às bactérias do solo), � algicida (combate a algas), � avicidas (combate a aves), � nematicidas (combate aos nematoides, � moluscicidas (combate aos moluscos), � acaricidas (combate aos ácaros), � além de reguladores de crescimento, � desfoliantes (combate às folhas indesejadas), e � dissecantes DQOI - UFC Prof. Nunes Por que usar Agrotóxicos? 24 Contribuição de agroquímicos para as colheitas atuais e potenciais Potencial residencialRendimento sem proteção das plantas Rendimento extra devido a proteção das plantas % m á x i m a t e o r i c a m e n t e Trigo Arroz Milho Batata Soja Algodão Fonte: Journal of Agricultural Science (2006) DQOI - UFC Prof. Nunes Por que NÃO usar Agrotóxicos? 25 Casos de Intoxicação por Agroquímicos no Brasil Fonte: Fiocuz DQOI - UFC Prof. Nunes Agrotóxicos Sintéticos 26 Os inseticidas orgânicos sintéticos começaram a ser utilizados em grande escala na década de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, a fim de proteger os soldados das regiões tropicais e subtropicais da África e da Ásia, das pragas transmissoras da doença-do-sono, malária, dentre outras. Devido à necessidade de proteger o exército, as pesquisas de novos inseticidas foram impulsionadas, o que resultou no desenvolvimento de vários agrotóxicos que são usados ainda hoje. As principais características dos organoclorados são: insolubilidade em água; solubilidade em líquidos apolares como éter, clorofórmio e, consequentemente, em óleos e gorduras, o que ocasiona o acúmulo do DDT no tecido adiposo dos organismos vivos; e alta estabilidade, pois demora muitos anos para ser degradado na natureza devido à baixa reatividade das ligações químicas presentes no composto em condições normais. DDT DQOI - UFC Prof. Nunes Agrotóxicos Sintéticos 27 DQOI - UFC Prof. Nunes Agrotóxicos Sintéticos 28 Quadro - Dois exemplos dos principais princípios ativos de dois agrotóxicos. DQOI - UFC Prof. Nunes Agrotóxicos Naturais 29 Exemplos de inseticidas naturais orgânicos são a nicotina e a rotenona. � A nicotina, extraída das folhas de fumo (Nicotiana tabacum), começou a ser utilizada no século XVII para controlar insetos em jardins, prática feita até hoje. � A rotenona é isolada de raízes de Derris elliptica, planta comum na Malásia e na Indonésia, e de espécies de Lonchocarpus, existentes na África e América do Sul e, desde o final do século XIX, é utilizada para o controle de lagartas. DQOI - UFC Prof. Nunes Sugestão de Leitura 30 DQOI - UFC Prof. Nunes 31 Engenheiros Agrônomos Top � Investigação da degradação física e metabólica de um potencial produto em sistemas de plantas, animais, solo e água. � Identificação e avaliação dos resíduos do composto e dos seus produtos de degradação nesses sistemas. DQOI - UFC Prof. Nunes 32 Sugestão de Leitura http://www.ecpa.eu/sites/default/files/R-and-D_report_2016_FINAL_revised_2016-04-13.pdf DQOI - UFC Prof. Nunes 33 Engenheiros Agrônomos Top Há 60 anos, a química agrícola e farmacêutica parecia estar caminhos divergentes. � No cena agrícola, as empresas industriais concentraram-se na síntese de várias classes de compostos e quando um composto químico era descoberto, havia muita alegria entre os químicos sintéticos. � Dizíamos que devido a química, a vida seria melhor, e era. Armado com agroquímicos sintéticos, os agricultores americanos tornaram- se a inveja do mundo. � Essencialmente, com uma vasta uma série de permutações químicas, o químico sintético tinha domesticado a natureza. DQOI - UFC Prof. Nunes 34 Agroquímicos e Farmacêuticos: A Conexão Ambos os agroquímicos e produtos farmacêuticos são dois dos pilares sobre os quais se situa a civilização moderna. “Mente sã em um corpo são” é certamente o produto ideal desse casamento interdisciplinar. � Os agroquímicos dão origem ao fornecimento de alimentos. � Os produtos farmacêuticos mantêm o corpo e a mente em um estado saudável, em funcionamento. DQOI - UFC Prof. Nunes 35 Agroquímicos e Farmacêuticos: A Conexão Do ponto de vista econômico, os produtos farmacêuticos são produtos lucrativos de valor agregado. Os agroquímicos, por outro lado, embora possam gerar um sólido retorno, não geram tanto rendimento se considerarmos a proporção "peso para a venda“. Ou seja, alguns miligramas de um medicamento pode ser vendido por muitos dólares, enquanto vários quilos de um agroquímico podem ser vendidos pelo mesmo preço. Cl N N H OH OH O OH ABAMECTIN DVA 18 EC - GL 5 LITROS R$ 17,40 tratamento de ansiedade acaricida e inseticida DQOI - UFC Prof. Nunes 36 Agroquímicos e Farmacêuticos: A Conexão Como veremos, há uma série de modelos químicos que têm encontrado uso em ambas as disciplinas. � Mas certamente, na infinidade de fármacos que foram descobertos como produtos naturais, seus derivados sintéticos e a sequência lógica pela qual um chega a um produto ativo que já não se assemelha a seu progenitor, deve haver compostos que têm usos alternativos. De especial interesse na agricultura são aqueles produtos naturais � que não afetam negativamente o meio ambiente, porque são alvos específicos com alta especificidade; e � são biodegradáveis, Todos os atributos dos produtos naturais e, até certo ponto, seus produtos sinteticamente modificados. DQOI - UFC Prof. Nunes Resumindo.... A Química Orgânica é a química do carbono. Estuda os compostos orgânicos: � alimentos, codimentos e fragrâncias; � remédios e cosméticos; � plásticos, filmes, fibras e resinas; � tintas, verniz e colas; � “seres vivos” � agroquímicos Dividida em duas partes: Q. orgânica I: estrutura Q. orgânica II: reatividade Química Orgânica 37 DQOI - UFC Prof. Nunes Questionamentos ???? 38 DQOI - UFC Prof. Nunes � Por que as substâncias ao nosso redor se comportam diferentemente? � Por exemplo, por que sal de cozinha (ou qualquer outra substância iônica) é um sólido duro, frágil, de alto ponto de fusão e conduz uma corrente elétrica somente quando fundidos ou dissolvidos na água? Questionamentos 39 DQOI - UFC Prof. Nunes Por que a cera da vela (junto com a maioria das substâncias covalentes) apresenta baixo ponto de fusão, são macios, e não são condutores de eletricidade, � embora o diamante e outras poucas exceções possuem pontos de fusão elevadíssimos e são extremamente duros. 40 Questionamentos DQOI - UFC Prof. Nunes E por que o cobre (e outras substâncias metálicas) são brilhantes, maleáveis e capazes de conduzir uma corrente se fundido ou sólido? 41 Questionamentos DQOI - UFC Prof. Nunes � As respostas estão no tipo de ligação dentro da substância, as quais são responsáveis pelo comportamento de substâncias. � Em nível atômico, podemos distinguir um metal de um não-metal com base em várias propriedades que se correlacionam com a posição na tabela periódica. Resposta 42 DQOI - UFC Prof. Nunes Três tipos de ligação são resultantes de três formas de combinação entre três diferentes tipos de átomos: � metal + não-metal � não-metal + não-metal � metal + metal Ligações Químicas 43 metais não-metais semi-metais DQOI - UFC Prof. Nunes � A ligação iônica é caracterizada pela transferência de elétrons entre os átomos com grandes diferenças de suas tendências para perder ou ganhar elétrons. Ligação Iônica � O metal (energia de ionização baixa) perde um ou dois elétrons de valência, e o átomo não-metal (eletroafinidade altamente negativa) ganha elétron(s). Metais Não- Metais 44 DQOI - UFC Prof. Nunes � A transferência de elétrons de metal para não-metal ocorre, e cada átomo forma um íon com configuração eletrônica de gás nobre . � A atração eletrostática entre esses íons positivos e negativos constitui uma matriz tridimensional de um sólido iônico, cuja fórmula química representa a relação cátion-ânion. Metal + Não-metal 45 DQOI - UFC Prof. Nunes Ligações Covalentes � Ligação iônica não pode resultar de uma reação entredois não-metais, porque a sua diferença de eletronegatividade não é grande o suficiente para a transferência de elétrons acontecer. � Em vez disso, reações entre dois não- metais resultam em ligação covalente. � A ligação covalente é formada quando dois átomos com diferença de eletronegatividade muito pequena (ou zero) compartilham um ou mais pares de elétrons. 46 DQOI - UFC Prof. Nunes O caso mais simples de ligação covalente ocorre na � molécula diatômica H2. Formação de Ligações Covalentes 47 Aumentando a distância internuclear A u m e n t a n d o a e n e r g i a DQOI - UFC Prof. Nunes Teoria da Ligação de Valência � Anteriormente, a ligação covalente foi descrita como um par de elétrons compartilhados após a sobreposição de orbitais atômicos de dois átomos. � Esta é a idéia básica da Teoria de Ligação de Valência (TLV), a qual descreve como ocorre a formação de uma ligação. 48 DQOI - UFC Prof. Nunes Ligação no H2: Modelo Ligação de Valência � A principal característica da teoria das ligações de valência é que ela descreve uma ligação covalente entre dois átomos, em termos de uma sobreposição em fase de um orbital semi-preenchido de um átomo com um outro orbital semi-preenchido de outro átomo. � Os dois átomos de hidrogênio, cada um contendo um elétron em um orbital 1s, combina-se de modo que seus orbitais se sobreponham para dar um novo orbital associado a ambos. 49 DQOI - UFC Prof. Nunes Ligação no H2: Modelo Ligação de Valência A aproximação dos dois orbitais atômicos 1s sobre um mesmo eixo, leva à formação de uma ligação sigma (σ). 50 DQOI - UFC Prof. Nunes � Outros pares de átomos não-metálicos compartilham seus pares de elétrons para formar ligações covalentes. � O resultado dessa partilha é que cada átomo atinge uma configuração eletrônica mais estável, a mesma que do gás nobre mais próximo. � Isso resulta em um arranjo mais estável para os átomos ligados. � A maioria das ligações covalentes envolvem o compartilhamento de dois, quatro ou seis elétrons, isto é, um, dois ou três pares de elétrons. � ligação covalente simples: compartilham um par de elétrons, � ligação covalente dupla: compartilham dois pares de elétrons, e � ligação covalente tripla: compartilham três pares de elétrons.51 Formação de Ligações Covalentes DQOI - UFC Prof. Nunes Ligações no Diclorometano A estrutura de Lewis, falha com relação ao diclorometano. A estrutura de Lewis do dicloroetano sugere que: � a estrutura fosse planar com ângulos de ligação iguais a 90º. � haveria a possibilidade de haver dois isômeros, fato este não comprovado. 52 C Cl Cl H H C Cl H H Cl DQOI - UFC Prof. Nunes Ligações no Metano Outro exemplo: Embora o metano tenha sua estrutura bem representada pela estrutura de Lewis, tal estrutura dá a falsa impressão de que a molécula do metano é planar com ângulos de ligação iguais a 90º. Além disso, como explicar a formação de 4 ligações se o carbono possui apenas dois elétrons desemparelhados? 53 DQOI - UFC Prof. Nunes Hibridização Processo através do qual atómos misturam orbitais atômicos � gerando novos orbitais atômicos � com energias intermediárias em relação aos orbitais puros que se misturaram. Portanto, trata-se de um proceso termodinamicamente favorável, uma vez que os a somatória da energia dos orbitais hibridizados é menor que a somatória da energia dos orbitais puros. H hibridizados < H puros 54 DQOI - UFC Prof. Nunes Metano: Hibridização sp3 55 Estado fundamental Estado excitado Estado hibridizado DQOI - UFC Prof. Nunes Metano: Hibridização sp3 56 4 sp3 DQOI - UFC Prof. Nunes Metano: Hibridização sp3 57 DQOI - UFC Prof. Nunes Metano: Estrutura 58 ligacão σ DQOI - UFC Prof. Nunes Metano: Estrutura 59 DQOI - UFC Prof. Nunes Exercitando Hibridização sp3 Construa um diagrama de orbitais para o nitrogênio na amônia, supondo hibridação sp3. Em que tipo de orbital os pares de elétrons isolados estarão, e quais os orbitais que se envolverão nas ligações? 60 DQOI - UFC Prof. Nunes Exercitando Hibridização sp3 Construa um diagrama de orbitais para o oxigênio na água, supondo hibridação sp3. Em que tipo de orbital os pares de elétrons isolados estarão, e quais os orbitais que se envolverão nas ligações? 61 DQOI - UFC Prof. Nunes O esquema de hibridização é determinado pelo número de átomos com o qual o carbono está diretamente ligado. No eteno, cada carbono da dupla ligação está ligado a 3 diferentes átomos através de 3 ligações σ e, portanto, 3 orbitais híbridos sp2 equivalentes são necessários. 62 Eteno: Hibridização sp2 Estado fundamental Estado excitado Estado hibridizado DQOI - UFC Prof. Nunes 63 Eteno: Hibridização sp2 3 sp2 + p DQOI - UFC Prof. Nunes 64 Eteno: Estutura DQOI - UFC Prof. Nunes Hibridização sp2 65 DQOI - UFC Prof. Nunes Exercitando Hibridização sp2 Construa um diagrama de orbitais para o nitrogênio na função iminia, e para o oxigênio na cetona, supondo hibridação sp2. Em que tipo de orbital os pares de elétrons isolados estarão, e quais os orbitais que se envolverão nas ligações? 66 DQOI - UFC Prof. Nunes Uma vez que cada carbono no acetileno está ligado a 2 outros átomos, a hibridação do orbital modelo exige que cada carbono tenha 2 orbitais equivalentes disponíveis para a formação das 2 ligações. 67 Etino: Hibridização sp Estado fundamental Estado excitado Estado hibridizado DQOI - UFC Prof. Nunes 68 Etino: Hibridização sp DQOI - UFC Prof. Nunes 69 Hibridização sp DQOI - UFC Prof. Nunes Exercitando Hibridização sp Construa um diagrama de orbitais para o nitrogênio na nitrila, supondo hibridação sp2. Em que tipo de orbital os pares de elétrons isolados estarão, e quais os orbitais que se envolverão nas ligações? 70 DQOI - UFC Prof. Nunes Etano, Eteno e Etino 71 Comp. ligação Energia ligação Etano Eteno Etino DQOI - UFC Prof. Nunes Predizendo a Geometria - TRPEV TRPEV – Teoria de Repulsão dos Pares de Elétrons de Valência Para prever a geometria de um pequeno composto, nós nos concentramos no átomo central e contamos o número de ligações σ e pares livres. � O total (ligações σ + os pares livres) é chamado o número estérico que indica o número de pares de elétrons (ligando e não ligando) que estão se repelindo. � A repulsão faz com que os pares de elétrons se disponham no espaço tridimensional de modo a obter distância máxima entre si. Como resultado, a geometria do átomo central será determinada pelo número estérico. 72 # ligações σ = 4 # pares pares livre = 0 número estérico = 4 # ligações σ = 3 # pares pares livre = 1 número estérico = 4 # ligações σ = 2 # pares pares livre = 2 número estérico = 4 DQOI - UFC Prof. Nunes Geometrias Resultantes da Hibridização sp3 Número estérico = 4 73 tetraédrica pirâmide trigonal angular DQOI - UFC Prof. Nunes Geometrias Resultantes da Hibridização sp2 BF3 - Número estérico = 3 O boro tem três elétrons de valência, cada um deles usado para formar uma ligação. O resultado é três ligações σ e nenhum par livre, dando um número estérico de 3. O átomo de boro central requer, portanto, três orbitais, em vez de quatro, e deve ser hibridizado sp2, em uma disposição trigonal plana. 74 trigonal plana DQOI - UFC Prof. Nunes Geometrias Resultantes da Hibridização sp2 Imina - Número estérico = 3 O átomode nitrogênio deve ser hibridizado com sp2. O estado de hibridação sp2 é sempre caracterizado por uma disposição trigonal plana de pares de elétrons, � mas quando descrevemos a geometria, nós focalizamos somente nos átomos (ignorando pares livres). � A geometria deste átomo de nitrogênio é, portanto, angular. 75 trigonal plana # ligações σ = 2 # pares pares livre = 1 número estérico = 3 DQOI - UFC Prof. Nunes Geometrias Resultantes da Hibridização sp BH2 - Número estérico = 2 O átomo de berílio tem dois elétrons de valência, cada qual é utilizado para formar uma ligação. � O resultado são duas ligações σ e nenhum par livre, dando um número estérico igual a 2. � O átomo de berílio central requer, portanto, apenas dois orbitais e deve ser hibridizado. � Lembre-se que os orbitais hibridados sp alcançam a separação máxima quando estão lineares. 76 linear # ligações σ = 2 # pares pares livre = 0 número estérico = 2 DQOI - UFC Prof. Nunes Ligações Covalentes Apolares e Polares Ligações covalentes podem ser polares ou apolares. Em uma ligação apolar, como na molécula de hidrogênio, H2, (HSH ou HXH) o par de elétrons é igualmente compartilhado entre osdois núcleos de hidrogênio. 77 DQOI - UFC Prof. Nunes Ligações Covalentes Apolares e Polares Na molécula de H2, por exemplo, os átomos H têm a mesma eletronegatividade. Isto significa que os elétrons compartilhados são igualmente atraídos por ambos os núcleos dos átomos de hidrogênio e, portanto, “gastam” a mesma quantidade de tempo próximo de cada núcleo. Nas ligações covalentes apolares, a densidade de elétrons é simétrica em relação a um plano que é perpendicular a uma linha entre os dois núcleos. Isto é verdade para todas as moléculas diatômicas homonucleares, como H2, O2, N2, F2 e Cl2, porque os dois átomos idênticos têm eletronegatividades idênticas. 78 DQOI - UFC Prof. Nunes Ligações Covalentes Apolares e Polares Moléculas Diatômicas Heteronucleares O fluoreto de hidrogênio (ácido fluorídrico), HF, é um composto covalente gasoso à temperatura ambiente. Sabemos também que a ligação H-F tem algum grau de polaridade, pois H e F não são átomos idênticos e, portanto, não atraem os elétrons da mesma forma. Mas quanto polar esta ligação será? 79 DQOI - UFC Prof. Nunes Ligações Covalentes Apolares e Polares A eletronegatividade do hidrogênio é 2,1, enquanto a do flúor é de 4,0. Sendo assim, a densidade de elétrons é distorcida na direção do mais eletronegativo (F). Esta pequena variação de densidade de elétrons deixa o H parcialmente positivo (δ+). 80 DQOI - UFC Prof. Nunes Ligações Covalentes Apolares e Polares A separação de cargas em uma ligação covalente polar cria um dipolo. Nós esperaríamos, portanto, dipolos diferentes nas moléculas covalentes HF, HCl, HBr, HI, uma vez que os halogênios têm eletronegatividades diferentes. Portanto, os átomos desses elementos têm tendências diferentes para atrair um par de elétrons que compartilham com o hidrogênio. 81 DQOI - UFC Prof. Nunes Representação das Moléculas 82 Os químicos usam muitos estilos diferentes para desenhar moléculas. Vamos considerar a estrutura do isopropanol, também chamado de álcool de isopropílico. A estrutura deste composto é mostrada abaixo numa variedade de estilos de desenho: Estrutura parcialmente condensada Estrutura de Lewis Estrutura condensada Fórmula molecular DQOI - UFC Prof. Nunes Representação das Moléculas 83 A vantagem das estruturas de Lewis é que todos os átomos e ligações são explicitamente desenhados. No entanto, as estruturas de Lewis são mais adequadas para moléculas muito pequenas. Para moléculas maiores, torna-se extremamente cansativo desenhar a ligação de cada átomo. Em estruturas parcialmente condensadas, as ligações C-H não são todas desenhadas explicitamente. Por exemplo, no desenho acima, CH3 refere-se a um átomo de carbono com ligações a três átomos de hidrogênio. Mais uma vez, este estilo de desenho é apenas prático para pequenas moléculas. Estrutura parcialmente condensada Estrutura de Lewis Estrutura condensada Fórmula molecular DQOI - UFC Prof. Nunes Representação das Moléculas 84 Em estruturas condensadas, nenhuma das ligações é desenhada. Grupos de átomos são agrupados quando possível. Por exemplo, o isopropanol tem dois grupos CH3, os quais estão ligados ao átomo de carbono central, mostrado como este: (CH3)2CHOH. Mais uma vez, este estilo de desenho é apenas prático para pequenas moléculas com estruturas simples. A fórmula molecular de um composto simplesmente mostra o número de cada tipo de átomo no composto (C3H8O). Nenhuma informação estrutural é fornecida. Na verdade, existem três isômeros constitucionais com fórmula molecular C3H8O: isopropanol, propanol e etil metil éter. Estrutura parcialmente condensada Estrutura de Lewis Estrutura condensada Fórmula molecular DQOI - UFC Prof. Nunes Estruturas em Linha 85 Não é prático desenhar estruturas de Lewis para todos os compostos, especialmente os grandes. Como exemplo, considere a estrutura da amoxicilina, um dos antibióticos mais comumente usados da família penicilina: Químicos orgânicos desenvolveram um estilo de desenho eficiente que pode ser usado para desenhar moléculas muito rapidamente. DQOI - UFC Prof. Nunes Estruturas em Linha 86 Estruturas em linha não só simplificam o processo de desenho, mas também são mais fáceis de ler. A estrutura em linha de ligação para amoxicilina é: DQOI - UFC Prof. Nunes Como Desenhar Estruturas em Linha 87 As estruturas de linha são desenhadas em um formato em zigue-zague, onde cada canto ou ponto final representa um átomo de carbono. Por exemplo, cada um dos seguintes compostos tem seis átomos de carbono. Duplas ligações são mostradas com duas linhas, e as ligações triplas são mostradas com três linhas: DQOI - UFC Prof. Nunes Como Desenhar Estruturas em Linha 88 Observe que as ligações triplas são desenhadas de forma linear em vez de em um formato em zigue-zague, porque as ligações triplas envolvem átomos de carbono sp, que têm geometria linear. Os dois átomos de carbono de uma ligação tripla e os dois átomos de carbono ligados a eles estão em linha reta. Todas as outras obrigações são desenhadas em um formato em zigue- zague. DQOI - UFC Prof. Nunes Como Desenhar Estruturas em Linha 89 Os átomos de hidrogênio ligados a carbonos também não são mostrados nas estruturas da linha de ligação, porque é assumido que cada átomo de carbono possuirá átomos de hidrogênio suficientes para atingir um total de 4 ligações. Portanto, podemos inferir que deve haver mais duas ligações a átomos de hidrogênio que não aparecem (para dar um total de quatro ligações). Desta forma, todos os átomos de hidrogênio são inferidos desenhando: O desenho indica apenas duas ligações conectadas da este átomo de carbono. DQOI - UFC Prof. Nunes Como Desenhar Estruturas em Linha 90 Quando estiver desenhando estruturas em linha, siga as seguintes regras: 1) Átomos de carbono em ma cadeia linear devem ser desenhados no format de zigue-zague. 2) Quando desenha ligações duplas, desenhe todas as ligações tão distantes quanto possível. é desenhada assim muito melhor que DQOI - UFC Prof. Nunes Como Desenhar Estruturas em Linha 91 Quando estiver desenhando estruturas em linha, siga as seguintes regras: 3) Quando desenhar ligações simples, a direção nas quais as ligações são desenhas é irrelevante. 4) Todos os heteroátomos (átomos diferentes de C e H) devem ser desenhados, e qualquer hidrogênio ligado a um heteroátomo deve ser desenhado. é o mesmo que é desenhadoassim DQOI - UFC Prof. Nunes Como Desenhar Estruturas em Linha 92 Quando estiver desenhando estruturas em linha, siga as seguintes regras: 5) Nunca desenha carbonos com mais que 4 ligações. DQOI - UFC Prof. Nunes Exercício 93 Para cada uma das seguintes moléculas, determine o número de átomos de carbono presentes, e depois determine o número de átomos de hidrogênio ligados a cada átomo de carbono: DQOI - UFC Prof. Nunes Representação das Moléculas 94 Com a prática, a escrita de fórmulas estruturais de moléculas orgânicas torna- se rotineira e pode ser simplificada ainda mais. Por exemplo: Nestas representações simplificadas, chamadas de fórmulas de linha de ligação, os únicos átomos especificamente escritos são aqueles que não são nem carbono nem hidrogênio ligado a carbono. Contudo, os hidrogênios ligados a hetero-átomos são mostrados. torna-se torna-se fórmula condensada fórmulas de linha DQOI - UFC Prof. Nunes Representação das Moléculas 95 Além das formas de representação apresentadas, também é comum encontrarmos moléculas representadas tridimensionalmente: tridimensional, cavalete e projeção de Newman. projeção de Newman projeção de Newman cavalete cavalete tridimensional tridimensional Ligações alternadas Ligações eclipsadas DQOI - UFC Prof. Nunes Cargas Formais 96 Uma carga formal está associada a qualquer átomo � que não exiba o número apropriado de elétrons de valência. As cargas formais são extremamente importantes, e elas devem ser mostradas em estruturas em linha. Uma carga formal ausente torna uma estrutura em linha incorreta e, portanto, inútil. � Assim, vamos rapidamente identificar as cargas formais em estruturas em linha. DQOI - UFC Prof. Nunes Cargas Formais 97 Agora vamos considerar cargas formais sobre átomos de carbono. Vimos que o carbono geralmente faz quatro ligações, � o que nos permite "ver" todos os átomos de hidrogênio, mesmo que eles não sejam explicitamente mostrados em estruturas em linha. Agora devemos modificar essa regra: Um átomo de carbono geralmente � terá quatro ligações � somente quando não tem uma carga formal. Quando um átomo de carbono � carregar carga (positiva C+ ou negativa C-), � terá três ligações em vez de quatro. DQOI - UFC Prof. Nunes Cargas Formais 98 Para entendermos melhor, vamos considerar primeiro o C+, e então consideraremos o C-. Lembre-se que o número de valência para um átomo de carbono é quatro. Assim, para ter uma carga formal positiva, � um átomo de carbono deve estar faltando um elétron. Em outras palavras, ele deve ter apenas três elétrons de valência. � Tal átomo de carbono só pode formar três ligações. Nenhum átomo de H sobre o carbono Dois átomos de H sobre o carbono Três átomos de H sobre o carbono DQOI - UFC Prof. Nunes Cargas Formais 99 Agora vamos nos concentrar nossa atenção em átomos de carbono carregados negativamente (C-), isto é, � o átomo de carbono deve ter um elétron extra. Em outras palavras o átomo de carbono deve ter 5 elétrons de valência. DQOI - UFC Prof. Nunes Cargas Formais 100 O mesmo acontece com outros átomos. Exemplos: 3A 4A 5A 6A Átomo Família # é valência carga formal B 3A 3 0 4 -1 C 4A 4 0 3 +1 5 -1 N 5A 5 -1 5 0 4 +1 O 6A 6 0 5 +1 DQOI - UFC Prof. Nunes Cargas Formais 101 Exercícios: Determine a carga formal dos átomos de nitrogênio e oxigênio em cada um dos exemplos abaixo: 3A 4A 5A 6A - 0 + + + 0 - 0 DQOI - UFC Prof. Nunes Identificando Pares de Elétrons Livres 102 Para determinarmos a carga formal sobre um átomo, � devemos saber quantos pares livres ele tem. Para sabermos quantos pares livres ele tem, � devemos saber a carga formal do átomo. Vamos examinar um caso onde nem os pares de elétrons livres nem a carga forma são representadas. Carga formal -1 +1 # é valência 6 4 # pares é livres 2 1 DQOI - UFC Prof. Nunes Identificando Pares de Elétrons Livres 103 1 ligação + 3 pares livres 2 ligações + 2 pares livres 3 ligações + 1 pares livres Exemplos: Exemplos: Exemplos: DQOI - UFC Prof. Nunes Identificando Pares de Elétrons Livres 104 Exercício: Desenhe todos os pares de elétrons nos átomos de oxigênio em cada um dos exemplos abaixo. DQOI - UFC Prof. Nunes Identificando Pares de Elétrons Livres 105 2 ligações + 2 pares livres 3 ligações + 1 pares livres 4 ligações + 0 pares livres Exemplos: Exemplos: Exemplos: DQOI - UFC Prof. Nunes Identificando Pares de Elétrons Livres 106 Exercício: Desenhe todos os pares de elétrons nos átomos de nitrogênio em cada um dos exemplos abaixo. DQOI - UFC Prof. Nunes Efeito Indutivo 107 Um átomo de halogênio eletronegativo puxa os elétrons da ligação em sua direção. Puxar elétrons através ligações sigma (σ) é chamado de efeito indutivo. Se olharmos para a base conjugada de um ácido carboxílico, vemos que o efeito indutivo estabiliza a base conjugada através da diminuição da densidade de elétrons sobre o átomo de oxigênio. Estabilizar uma base aumenta a acidez do seu ácido conjugado. efeito indutivo retirador DQOI - UFC Prof. Nunes 108 efeito indutivo retirador Quanto mais eletronegativo for o halogênio, mais intenso será o efeito indutivo. � Mais estável será a base conjugada. � Mais ácido será o composto. Efeito Indutivo DQOI - UFC Prof. Nunes 109 O efeito de um substituinte sobre a acidez de um composto diminui à medida que a distância entre o substituinte e o átomo de oxigênio aumenta. Efeito Indutivo DQOI - UFC Prof. Nunes 110 Mais exemplos Efeito Indutivo DQOI - UFC Prof. Nunes 111 Todos os substituintes nos exemplos anteriores eram retiradores de elétrons, fato ete que aumentava a estabilidade das bases conjugadas e, consequentemente, aumentava a acidez dos ácidos. Quais seriam os efeitos resutantes da presença de grupos doadores de elétrons sobre a acidez dos compostos? Grupos Doadores de Elétrons Estes grupos desestabilizam a base conjugada, porque, em vez de ajudar a espalhar-se a carga negativa, eles aumentam a densidade de carga. Os grupos doares de elétrons mais comuns na química orgânica são os grupos alquila. DQOI - UFC Prof. Nunes http://www.quimica.ufc.br/fim 112 Forças Intermoleculares - Software Educacional DQOI - UFC Prof. Nunes Ressonância - Software Educacional 113 http://www.quimica.ufc.br/ressonância DQOI - UFC Prof. Nunes Deslocalização de Elétrons 114 Um ácido carboxílico é muito mais forte que um álcool, logo tem uma base conjugada consideravelmente mais estável. Há dois fatores que tornam a base conjugada de um ácido carboxílico para ser mais estável do que a base conjugada de um álcool. � a retirada de elétrons (efeito indutivo) pelo oxigênio da carbonila diminui a densidade de elétrons do íon. � a densidade de elétrons é mais diminuída pela deslocalização de elétrons. DQOI - UFC Prof. Nunes Deslocalização de Elétrons 115 elétrons localizados formas de ressonância elétrons deslocalizados híbrido de ressonância DQOI - UFC Prof. Nunes Deslocalização de Elétrons 116 Os seguintes mapas de potencial mostram que há menor densidade de elétrons no oxigênio átomos no íon carboxilato (região de laranja) do que no átomo de oxigênio do íon alcóxido (região vermelha): carga deslocalizada sobre dois oxigênios DQOI - UFC Prof. Nunes Deslocalização de Elétrons 117 deslocalização aumenta a densidade de elétrons no anel estes dois pares deelétrons livres estão em orbitais sp2 e não se sobrepoem com o sistema π do anel DQOI - UFC Prof. Nunes Exercícios 118 Para cada um dos exemplos abaixo, determine se cada curva viola uma das duas regras, e descreva a violação, se violar. (Não se esqueça de contar todos os átomos de hidrogênio e todos os pares de elétrons livres. Desenhando a estrutura de ressonância do seguinte compost requer uma seta curva. A cabeça da seta curva é colocada no átomo de oxigênio, e a cauda pode somente ser colocada em um local sem violar as regras para desenhar setas curvas. Desenhe a seta curva. DQOI - UFC Prof. Nunes Exercícios 119 Para cada um dos exemplos abaixo, desenhe a estrutura de ressonância que é formada a partir do movimento indicado pelas setas curvas. Não se esqueça das cargas formais. DQOI - UFC Prof. Nunes Exercícios 120 Para cada um dos exemplos abaixo, desenhe a(s) seta(s) curvas requeridas para converter a primeira estrutura de ressonância na segunda. Em cada caso, inicie desenhando todos os pares de elétrons livres, e então use a carga formal para guiar você. DQOI - UFC Prof. Nunes Exercícios 121 Para cada um dos exemplos abaixo, desenhe a estrutura de ressonância apropriada. H Acetilcolina (um nerotransmissor) Ácido 5-amino-4-oxopentanóico (usado na terapia e diadnose de tumores hepáticos) Desenhe a(s) estrutura(s) para cada um dos compostos abaixo. DQOI - UFC Prof. Nunes Exercícios 122 Para cada um dos exemplos abaixo, localize o par de elétrons livres adjacente a carga positiva e desenhe a estrutura de ressonância. Desenhe a(s) estrutura(s) de ressonância de cada um dos compostos abaixo. DQOI - UFC Prof. Nunes Exercícios 123 Desenhe todas as estrutura(s) de ressonância significativas para cada um dos compostos abaixo. Use estruturas de ressonância para ajudá-lo a identificar todos os sítios de densidade eletrônica baixa (δ+) no seguinte composto. DQOI - UFC Prof. Nunes Exercícios 124 Para cada composto abaixo, identifique todos os pares de elétrons livres e indique se cada par é localizado ou deslocalizado. Então, use esta informação para determiner a hibridação e geometria de cada átomo que exibe um par de elétrons livres. DQOI - UFC Prof. Nunes 125 Energia de Ressonância do Benzeno A hidrogenação do benzeno e de outros arenos é mais fácil que a hidrogenação de alcenos e alcinos. Dois dos catalisadores mais ativos são o ródio e a platina e é possível hidrogenar arenos na presença desses catalisadores, em temperatura ambiente e pressão moderada. O benzeno consome três equivalentes molares de hidrogênio para produzir ciclo-hexano. DQOI - UFC Prof. Nunes 126 Energia de Ressonância do Benzeno energia de ressonância do benzeno DQOI - UFC Prof. Nunes 127 Energia de Ressonância do Benzeno �A energia de ressonãncia do benzeno é bem grande, de 6-10 vezes a do trienoconjugado. �É esse enorme aumento de energia de ressonância que coloca o benzeno e os compostos relacionados em uma categoria separada, que chamamos de aromática. DQOI - UFC Prof. Nunes 128 Regra de Hϋckel Um dos primeiros sucessos da teoria dos orbitais moleculares ocorreu em 1931, quando Erich Hϋckel descobriu um padrão interessante nos níveis de orbitais π do benzeno, do ciclobutadieno e do ciclo- ocatetraeno. DQOI - UFC Prof. Nunes 129 Regra de Hϋckel Ao limitar a análise aos polienos conjugados monocíclicos e restringir as estruturas a geometrias planares, Hϋckel percebeu que dependia do número de elétrons π para que um hidrocarboneto desse tipo fosse aromático. Ele estabeleceu a Regra de Hϋckel. DQOI - UFC Prof. Nunes 130 Regra de Hϋckel Entre os polienos planares, monocíclicos e totalmente conjugados, somente aqueles que possuem (4n+2) elétrons π, em que n é um número inteiro, têm estabilidade especial, ou seja, são aromáticos. Podemos ampliar esta generalização, observando que, entre os hidrocarbonetos abrangido pela regra de Hϋckel, aqueles com (4n) elétrons π, além de não serem aromáticos, são antiaromáticos. O benzeno, do ciclobutadieno e do ciclo-ocatetraeno são exemplos claros da regra de Hϋckel. O benzeno com seis elétrons π é um sistema (4n+2) e, pela regra de, é prognosticado como sendo aromático. O ciclobutadieno quadrado eo ciclo-ocatetraeno planar são sistemas 4n, respectivamente com 4 e 8 elétrons π, e são antiaromáticos. DQOI - UFC Prof. Nunes 131 Exercício Apresente uma explicação para cada uma das seguintes observações: a) O composto A tem 6 elétrons π, mas não é aromático. b) O composto B tem 6 elétrons π, mas não é aromático. c) O composto C tem 12 elétrons π e é aromático. A B C DQOI - UFC Prof. Nunes 132 Outros Exemplos DQOI - UFC Prof. Nunes 133 Íons Aromáticos Hϋckel percebeu que sua análise dos orbitais moleculares de sistema conjugados podia ser estendida para além dos hidrocarbonetos neutros. Ele enfatizou que o cátion ciclo-heptatrienila, também chamdo de íon tropílio, continha um sistema de seus elétrons π de camada fechada, completamente conjuagado e análago ao benzeno. não aromático aromático DQOI - UFC Prof. Nunes 134 Íons Aromáticos O sistema ciclo-pentadienílico de 5 membros constrasta com o ciclo- heptatrienilílico. Aqui o cátion tem 4 elétrons π, é antiaromático, muito instável e bastante difícil de ser gerado. O ânion ciclopentadienila, porém, tem 6 elétrons π deslocalizados sobre 5 carbonos e é aromático. ciclopentadienila DQOI - UFC Prof. Nunes 135 Compostos Aromáticos Heterocíclicos São aromáticos? DQOI - UFC Prof. Nunes 136 Compostos Aromáticos Heterocíclicos São aromáticos? DQOI - UFC Prof. Nunes 137 Compostos Aromáticos Heterocíclicos DQOI - UFC Prof. Nunes 138 Compostos Aromáticos Heterocíclicos
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