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Relatório - Tração

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
		
Relatório 
Tração
Deborah Maria Leite Nascimento
Emilly Cristine Pereira da Silva
Rayane Maria Cavalcanti Rodrigues
Douglas Willian
João Victor Campos Moraes
José Wanderson Lima
Leandro de Oliveira da Silva
Luiz Henrique de Amorim Araújo
Rafael de Lira Pessoa Mota
Raul Jefferson B. Moreira da Silva
Vinnícius Luiz R. de Lima
Recife – PE
Fevereiro 2014 – 2013.2
	
Relatório 
Tração
Projeto de pesquisa apresentado ao professor 
Yogendra
 
Prasad
 
Yadava
, como requisito à aprovação na 
disciplina 
Ensaios Mecânicos
, referente ao curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Pernambuco.
Recife – PE
Fevereiro 2014 –2013.2
SUMÁRIO
Introdução ....................................................................................................... 04
Ensaio de Tração........................................................................................ 05
1.1 Objetivo......................................................................................................05
1.2 Equipamento ............................................................................................ 05
1.3 Avaliação de Resultados ......................................................................... 06
2. Corpos de Prova ........................................................................................ 07
2.1 Materiais Soldados .................................................................................. 08
2.2 Preparação co Corpo de Prova ............................................................... 09
3. Procedimento ............................................................................................. 10
4. Tensão e Deformação ............................................................................... 11
4.1 Tensão ..................................................................................................... 11
4.2 Deformação ............................................................................................. 11
4.2.1 Tipos de Deformação ............................................................................ 12
5. Diagrama Tensão-Deformação .................................................................. 14
5.1 Limite Elástico e de proporcionalidade .................................................... 15
5.2 Limite de Escoamento ............................................................................. 16
5.2.1 Limite n ................................................................................................. 17
5.2.2 Encruamento ......................................................................................... 18
5.3 Limite de Resistência ............................................................................... 18
5.3.1 Estricção ............................................................................................... 18
5.4 Limite de Ruptura ..................................................................................... 19
5.4.1 Fratura .................................................................................................. 20
6. Resultados ................................................................................................. 21
6.1 Módulo de Elasticidade ............................................................................ 21
6.2 Limite n .................................................................................................... 22
6.3 Limite de Resistência ............................................................................... 23
6.4 Resiliência e Tenacidade ......................................................................... 23
Conclusão......................................................................................................... 27
Referências Bibliográficas ............................................................................... 28
INTRODUÇÃO
	Este relatório tem como objetivo apresentar características e aplicações do ensaio de tração, assim como a interpretação dos resultados obtidos pelo ensaio realizado pelos alunos. A máquina utilizada foi uma INSTRON 8801 com capacidade de carga de 10T, que se encontra no Laboratório de Propriedades Mecânicas da UFPE. O corpo de prova usado para o estudo é uma barra com seção retangular de aço A36, a qual possui como dimensões da parte útil: largura de 6 mm, espessura de 3 mm e comprimento base de 80 mm tomando como referência a norma ASTM.
	
ENSAIO DE TRAÇÃO
Consiste na aplicação de uma carga de tração crescente, em uma única direção, em um dado corpo de prova, previamente preparado e normatizado, até a ruptura do mesmo. Neste ensaio deseja-se medir a variação no comprimento em função da carga aplicada. Muitos dados técnicos são obtidos com este ensaio e é um dos mais utilizados no mundo metal-mecânico, os principais dados obtidos neste ensaio são Limite de Resistência à Tração, Limite de Escoamento, Módulo de Elasticidade, Módulo de Resiliência, Módulo de Tenacidade, Ductilidade, Coeficiente de Encruamento e Coeficiente de Resistência. 
1.1 Objetivo
O ensaio de tração tem como objetivo o estudo da resistência de um determinado material e a análise do seu comportamento quando submetido à tração. Esse estudo complementa a análise exigida em grande parte das empresas metalmetalúrgicas, assim como a qualificação de um material perante a exigência de empresas e projetos.
1.2 Equipamento
O equipamento utilizado para a realização do ensaio de tração é constituído basicamente de um dispositivo de fixação do corpo de prova acoplado a uma máquina, dotada de sistema eletromecânico ou hidráulico de aplicação de forças crescentes de tração; essa tração é aplicada de maneira contínua até a ruptura do corpo de prova. O equipamento apresenta, também, um sistema de indicação e registro das forças aplicadas durante o ensaio.
Figura 1– Máquina de ensaio utilizada no nosso ensaio
 
O experimento é normalmente feito em uma maquina universal, que tem esse nome divido a realização de diversos tipos de ensaios.
A máquina de tração é hidráulica, movida pela pressão de óleo, e está ligada a um dinamômetro que mede a força aplicada ao corpo de prova. Insere os valores obtidos do corpo de prova no software. E este traça um gráfico de tensão por deformação onde é demonstrado um gráfico que vai sendo traçado de acordo que o ensaio seja realizado.
Figura 2 - Máquina universal de ensaio
1.3 Avaliação dos Resultados
A avaliação dos resultados é feita pela comparação entre os valores das propriedades mecânicas do material, obtidos no ensaio de tração, com os valores mínimos especificados por normas, quando os valores obtidos no ensaio são iguais ou maiores que os especificados, o material ensaiado é considerado aprovado.
2. CORPOS DE PROVA
Em um ensaio de tração, os corpos de prova devem seguir um padrão (de forma e dimensões para cada tipo de teste), pois os resultados têm de ser significativos Suas dimensões devem ser adequadas à capacidade da máquina de ensaio.. A norma que define formatos e dimensões no Brasil é a MB-4 da ABNT, nos EUA é a ASTM.
	Os corpos de prova podem ser de seção circular ou retangular e são compostos por:
Cabeça
As extremidades do corpo de prova, com a função de fixação na máquina de modo que a força de tração atuante seja axial. 
Devem ter seção maior do que a parte útil para que a ruptura do corpo de prova não ocorra nelas.
Suas dimensões e formas dependem do tipo de fixação à máquina.
Figura 3 – Tipos de fixação mais comuns 
Parte Útil
Porção a ser analisada após o ensaio, ou seja, onde são feitas as medidas das propriedades mecânicas do material.
Segundo a ABNT, o comprimento da parte útil dos corpos de prova nos ensaiosde tração deve corresponder a 5 vezes o diâmetro da seção da parte útil.
Por acordo internacional, sempre que possível um corpo de prova deve ter 10 mm de diâmetro e 50 mm de comprimento inicial. Não sendo possível
a retirada de um corpo de prova deste tipo, deve-se adotar um corpo com dimensões proporcionais a essas.
Figura 4 – Representação de corpos de prova de seção circular e retangular
Entre as cabeças e a parte útil há um raio de concordância para evitar quea ruptura ocorra fora da parte útil do corpo de prova.
	Analisar as propriedades mecânicas de um metal depende da precisão na usinagem, se os corpos são de geometria circular ou plana e se as dimensões e acabamento estão de acordo com a norma.
2.1 Materiais Soldados
Podem ser retirados corpos de prova com a solda no meio ou no sentido longitudinal da solda.
Os ensaios dos corpos de prova soldados normalmente determinam apenaso limite de resistência à tração. Isso porque, ao efetuar o ensaio de tração de um corpo de prova com solda, tensiona-se simultaneamente dois materiais de propriedades diferentes (metal de base e metal de solda). Os valores obtidos no ensaio não representam as propriedades nem de um nem de outro material, pois umas são afetadas pelas outras. O limite de resistência à tração também é afetado por esta interação, mas é determinado mesmo assim para finalidades práticas.
Figura 5 – Retirada de material de corpo de prova em material soldado
2.2 Preparação do corpo de prova para o ensaio de tração
O primeiro procedimento consiste em identificar o material do corpo de
prova. Corpos de prova podem ser obtidos a partir da matéria-prima ou de partes específicas do produto acabado.
Depois, deve-se medir o diâmetro do corpo de prova em dois pontos no
comprimento da parte útil, utilizando um micrômetro, e calcular a média.
Por fim, deve-se riscar o corpo de prova, isto é, traçar as divisões no
comprimento útil. Num corpo de prova de 50 mm de comprimento, as marcações devem ser feitas de 5 em 5 milímetros.
Figura 6 – Corpo de prova pronto para ser fixado à máquina de ensaio
3. PROCEDIMENTOS
O primeiro ponto para a realização do experimento do ensaio de tração é a preparação do corpo de prova para o ensaio de tração, identificando o material do corpo de prova. 
Há também a usinagem da matéria-prima com fim de obter o corpo de prova de acordo com anorma ASTM E 8M-90, medindo o corpo de prova utilizando um paquímetro.
Fixa-se o corpo de prova na máquina por suas extremidades (o corpo de prova é preso por garras), numa posição que permite ao equipamento aplicar-lhe uma força axial de tração.
A força de tração é aplicada até haver ruptura do corpo de prova.
Os procedimentos de segurança são muito importantes e indispensáveis para a perfeita realização do experimento, onde deve ter a utilização de protetor auricular para a proteção contra ruídos e comportar-se adequadamente ao ambiente, manter o silêncio e evitar movimentos bruscos.
4. TENSÃO E DEFORMAÇÃO
4.1 Tensão
É definida genericamente como a resistência interna de um corpo a uma força externa aplicada sobre ele, por unidade de área.
Se uma barra é submetida a uma única forca de tração F, isto é, uma força normal à seção transversal da barra e coincidente com o seu eixo longitudinal, a tensão média de tração (termo proveniente do fato de a tensão não ser completamente uniforme sobre a área ) é: 
F
Figura 7 - Barra submetida a esforço de tração
Verifica-se que a tensão tem a dimensão de força por unidade de área, ou seja, Pascal (Pa).
4.2 Deformação
É definida como a variação de uma dimensão qualquer desse corpo, por unidade da mesma dimensão, quando esse corpo é submetido a um esforço qualquer.
Figura 8 - Deformação
Então se observa que com a aplicação da tensão σ a barra sofre uma deformação ε. Isto é, um aumento no seu comprimento com diminuição da área da seção transversal; este aumento de comprimento também recebe o nome de alongamento.
Figura 9 - Alongamento do Corpo de Prova
A carga F produz um aumento da distancia de um valor ; então a deformação linear média é dada por:
Pode-se também indicar a deformação de maneira percentual. Para isso basta multiplicar o resultado da equação por 100.
Verifica-se que a deformação é uma grandeza adimensional.
4.2.1 Tipos de Deformação
Há dois tipos de deformação, que se sucedem quando o material é submetido a uma força de tração:
Deformação Elástica
Após a remoção da carga à qual o corpo de prova está submetido, o mesmo retorna ao seu formato original, logo, a deformação não é permanente.
Essa deformação é independente do tempo, ou seja, quando uma carga é aplicada a deformação elástica permanece constante durante o período em que a carga é mantida constante.
Figura 10 – Representação da Deformação Elástica
Deformação Plástica
Uma vez cessados os esforços, o material recupera a deformação elástica, mas fica com uma deformação residual plástica, não voltando mais à sua forma original, logo, a deformação é permanente.
Figura 11 – Representação da Deformação Plástica
5. Diagrama Tensão-Deformação
Quando um corpo de prova é submetido a um ensaio de tração, através de leituras sucessivas ou a própria máquina de ensaio, fornece um gráfico que mostra as relações entre a força aplicada e as deformações ocorridas durante o ensaio; e este tem a mesma forma que o gráfico que relaciona tensão e deformação.
Os valores de deformação são indicados no eixo das abscissas (x) e os valores de tensão são indicados no eixo das ordenadas (y).
Figura 6 – Elementos do Diagrama Tensão-Deformação
Verifica-se que na fase elástica dos metais o diagrama é linear, sendo representado pela Lei de Hooke (a deformação é proporcional à tensão):
A constante de proporcionalidade E, é conhecida por módulo de elasticidade ou módulo de Young. 
É uma propriedade do material que proporciona uma medida de rigidez de um sólido, ou seja, fornece a máxima tensão que o material pode suportar sem apresentar deformação permanente após a retirada da carga. Ou seja, quanto maior o módulo, menor será a deformação elástica resultante da aplicação de uma tensão e mais rígido será o metal. Observa-se que E é a tangente do ângulo de inclinação da reta.
Um metal é mais dúctil que outro, se possui uma zona plástica mais extensa; isto é, ele pode se deformar plasticamente mais do que o outro até romper-se. Um material frágil possui a zona plástica muito pequena ou mesmo nula.
Figura 12– Diferença entre Diagrama de Materiais Dúcteis e Frágeis
5.1 Limite Elástico e de Proporcionalidade
Limite Elástico
Definido como a maior tensão que o metal pode suportar, sem deixar qualquer deformação permanente quando o material é descarregado.
É representado pelo ponto A e recebe este nome porque, se o ensaio for interrompido antes deste ponto e a força de tração for retirada, o corpo volta à sua forma original, como faz um elástico.
Limite de Proporcionalidade
É representado pelo ponto A' no final da parte reta do gráfico, ou seja, onde a linearidade do gráfico termina. Logo a partir do qual a deformação deixa de ser proporcional à carga aplicada.
Figura 13–Representação do Limite de Elástico e de Proporcionalidade 
Observação: Na prática, considera-se que o limite de proporcionalidade e o limite de elasticidade são coincidentes.
5.2 Limite de Escoamento
O limite de escoamento é a tensão atingida no escoamento:
Escoamento é um tipo de transição heterogênea e localizada entre a deformação elástica e plástica, que acontece quando a tensão aplicada corresponde à tensão do limite de escoamento. 
Figura 14 –Escoamento
Caracterizando-se por um aumento relativamente grande da deformação com variação pequena da tensão durante a sua maior parte.Durante o fenômenoa carga oscila entre valores muito próximos uns dosoutros; o ponteiro da máquina fica parado durante toda a duração do fenômeno. Frequentemente, essa osculação começa após serem atingidas uma tensão mais alta chamada limite de escoamento superior e uma tensão menos chamada limite de escoamento inferior.
Figura 15 – Representação do Limite de Escoamento Inferior e Superior
Pode ser associado a pequenas quantidades de impurezas intersticiais ou substitucionais existentes no metal, pois um metal 100% puro não apresenta escoamento.Além disso pode ou não estar nítido no gráfico.
5.2.1 Limite n
Em casos nítidos o limite de escoamento é valor máximo da tensão na região de escoamento. Mas vários metais não apresentam escoamento, e mesmo nas ligas em que ocorre ele não pode ser observado, na maioria dos casos, porque acontece muito rápido e não é possível detectá-lo.
Então foram convencionados internacionalmente alguns valores para substituir este limite, já que a probabilidade de não ser possível a observação do escoamento nítido é grande.O valor convencionadon corresponde a um alongamento percentual:
n = 0,2%, para metais e ligas metálicas em geral;
n = 0,1%, para aços ou ligas não ferrosas mais duras;
n = 0,01%, para aços-mola.
Graficamente, o limite de escoamento dos materiais citados pode ser determinado pelo traçado de uma linha paralela ao trecho reto do diagrama tensão-deformação, a partir do ponto n. Quando essa linha interceptar a curva, o limite de escoamento estará determinado.
Figura 16–Representação Limite n
Então o limite de escoamento é ( é a carga que se observa em uma deformação de n% do material):
5.2.2 Encruamento
Após o escoamento, o metal está encruado. Ou seja, quanto mais o metal é deformado, mais ele se torna resistente. 
Já que os metais se deformam plasticamente por movimentos de discordâncias e estas interagem entre si e com outras imperfeições levando a uma redução na mobilidade das discordâncias, e então passa a ser necessária uma tensão maior para provocar maior deformação plástica, consequentemente aumentando a resistência e endurecimento do material.
Logo, o grau de encruamento de um metal determina a forma de sua curva do diagrama tensão-deformação correspondente na zona plástica.
5.3 Limite de Resistência
Por causa do encruamento o material resiste cada vez mais à tração externa, exigindo uma tensão cada vez maior para se deformar.
Nessa fase, a tensão recomeça a subir, até atingir um valor máximo num ponto B.
Figura 17 – Representação do Limite de Resistência
5.3.1 Estricção
Após ser atingida a carga máxima ocorre a estricção, que é a redução percentual da área da seção transversal do corpo de prova na região onde vai se localizar a ruptura. 
A estricção não pode ser considerada uma propriedade especifica do material, mas somente uma caracterização de seu comportamento durante o ensaio de tração. E através da mesma determina a ductilidade do material, quanto maior a porcentagem de estricção, mais dúctil é o material.
É medida em porcentagem, pela diminuição da seção transversal do corpo de prova apos a ruptura:
Figura 18 – Evolução da Estricção de um Metal
5.4 Limite de Ruptura
Continuando a tração, chega-se a ruptura do material, que ocorre num ponto C.
A carga que produz a ruptura no material é geralmente menor que no limite de resistência, devido a diminuição da área que ocorre no corpo de prova depois que se atinge a carga máxima.
Figura 19 – Representação do Limite de Ruptura
5.4.1 Fratura
Consiste separação ou fragmentação de um corpo sólido em duas ou mais partes, sob ação de uma tensão, e pode ser considerada como sendo constituída da nucleação e propagação da trinca. 
Pode ser classificada em duas categorias gerais: 
Fratura Dúctil: Caracterizada pela ocorrência de uma apreciável deformação plástica antes e durante a propagação da trinca. Na fratura muito dúctil obtém-se superfícies em forma de cone.
Fratura Frágil: Nos metais é caracterizada pela rápida propagação da trinca, sem nenhuma deformação macroscópica e muito pouca microdeformação. 
Figura 20 – Tipos de Fratura
Figura 21 - Fratura Dúctil (Aspectos Macroscópicos)
6.RESULTADOS
6.1 Módulo de Elasticidade
Figura 20 - Gráfico para análise do módulo de elasticidade
Voltando à Lei de Hooke, o módulo de elasticidade E tem um valor constante para cada metal ou liga metálica, e muitas vezes para fim de praticidade, seus valores já são tabelados de experiências anteriores.
A diferença na magnitude do módulo de elasticidade dos metais, cerâmicas e polímeros é consequência dos diferentes tipos de ligação atômica existentes nos tipos de materiais. Além disso, com o aumento da temperatura, o módulo de elasticidade diminui para praticamente todos os materiais, com exceção de alguns elastômeros.
Analisando novamente um gráfico de tensão-deformação, pode-se encontrar então o módulo de Young verificando a inclinação do gráfico na fase elástica.
Verificando o gráfico da experiência de nosso grupo, têm-se que a máquina verificou um Módulo de Elasticidade de 30041,50 MPa, ou seja, em torno de 30 GPa.
Agora, os valores do gráfico, têm-se que quando a tensão é 140 MPa, a deformação é em torno de 0,375%, o que daria um Módulo de Elasticidade de 37333,33 MPa, ou seja, um erro de 24,27%.
Quando se usa o valor para a tensão de 210 MPa, com uma deformação específica de 0,75%, encontra-se um valor para o E de 28000,00 MPa, que tem um erro de 6,80%.
E usando uma tensão de 280 MPa, com uma deformação específica de 1,125%, encontra-se o valor de E de 24888,88 MPa, com um erro de 17,15%.
Porém, pegando-se uma média aritmética dos três valores, encontra-se um valor para o Módulo de Young de 30074,07 MPa, o que daria um erro de 0,11%, muito inferior aos valores encontrados, e bem aproximado ao valor encontrado pelo teste de tração.
	Conclui-se que o valor de 30074,07 MPa para o módulo de Young é aceitável, pois o erro obtido com relação a valor dado pela máquina foi pequeno e este aproxima bem valores de comparação dados por materiais semelhantes. 
6.2 Limite n
	
	Como o corpo de prova utilizado foi de alumínio, o valor de n% a ser usado será de 0.2%.
Figura 21 - Gráfico do ensaio realizado
	
	Com o gráfico anterior, percebe-se que a tensão para um deslocamento de 0.2% de deformação a partir do limite de proporcionalidade é de 365.08 MPa. Isso quer dizer que o Limite n do corpo de prova é de 365.08 MPa, ou 37.23 kgf/mm².
	Conclui-se que se comparado a outros materiais dúcteis e tenazes esta propriedade foi bem determinada, ou seja, tem valor semelhante à destes materiais de comparação.
6.3 Limite de Resistência
Figura 22 - Gráfico usado pra determinar o limite de resistência.
Para a nossa experiência um dos resultados obtidos foi o gráfico tensão x deformação, e nele foi marcado o ponto que corresponde ao limite de resistência que possui um valor aproximado de 568,69 MPa.
Conclui-se que este material tem bastante resistência se comparado a outros semelhantes como, por exemplo, a uma liga alumínio com tratamento térmico do tipo 2024-T351 a qual possui o limite de resistência de aproximadamente 469 MPa.
6.4 Resiliência e Tenacidade
Resiliência é a capacidade de um metal absorver energia quando deformado elasticamente, isto é, dentro da zona elástica, e liberá-la quando descarregado. A sua medida é feita pelo módulo de resiliência, que é a energia de deformação por unidade de volume, necessária para tencionar o metal da origem até a tensão do limite de proporcionalidade.
Figura 23 - Determinação gráfica do módulo de resiliência
Tenacidade de um metal é a sua capacidade de absorver energia na zona plástica. A tenacidade é medida através do módulo de tenacidade, que é a quantidade de energia absorvida por unidade de volume no ensaio de tração até fratura, ou a quantidade de energia por unidade de volume que o material pode resistir sem causar sua ruptura. Verifica-se que a primeira definição levaem conta a energia até o final do ensaio ao passo que a segunda só vai até a carga máxima (limite de resistência) suportada pelo metal.
Para determinar o módulo de tenacidade, , considere-se a figura. A energia de deformação para ir do ponto F ao ponto G é . Portanto, é . Como é a área hachurada FGHI, então é a área sob a curva tensão-deformação. 
Figura 24 - Determinação do módulo de tenacidade
Seely (1947) propôs uma expressão aproximada para obter o valor de para metais dúcteis,
Outro método, também para metais dúcteis, é usar uma medida aproximada da área sob a curva tensão-deformação igual a multiplicada pela deformação até a fratura , isto é,
Esse processo de medida da tenacidade é chamado “número índice de tenacidade”. Esse valor é um pouco maior que a área efetiva sob a curva, mas para metais dúcteis é um valor suficientemente preciso.
Para metais frágeis, como ferro fundido cinzento o módulo de tenacidade é determinado pela expressão abaixo, assumindo que a curva seja uma parábola.
A unidade de é ou . Como as expressões acima envolvem o valor de ·, é conveniente especificar o comprimento inicial de medida para precisar bem a deformação do metal na fratura. 
Figura 25 - Gráfico usado para determinar os módulos de resiliência e tenacidade
Aplicando a fórmula do módulo de resiliência () com os valores de e , obtemos
 ou 
	Aplicando a fórmula do módulo de tenacidade () com os valores de , e , obtemos
 ou 
	Conclui-se que o material ensaiado é dúctil e tenaz como já era esperado devido ao seu elemento base, estrutura cristalina e elementos de liga. Logo, este é capaz de absorver bastante energia na zona plástica.
CONCLUSÃO
Ensaios de ruptura por tração, assim como esse realizado, permite a observação do comportamento real de materiais quando submetidos a esforços esterçantes e permite, também, comparar esses resultados aos apresentados na forma didática (acadêmica). 
Sendo assim, o ensaio obteve sucesso ao permitir essa comparação. Levando em conta, também, que não foi observado possíveis fontes de erros de operação, visto o êxito dos resultados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, Sérgio A. Ensaios mecânicos de materiais metálicos. Fundamentos teóricos e práticos. 5ª ed. São Paulo: Ed. Edgard Blücher, 1982. 
Apostilas telecurso 2000.
www.metalmundi.com/si/site/1112?idioma=portugues
www.informacaosobre.com/Ensaio_de_tração
jorgeteofilo.files.wordpress.com/2011/08/epm-apostila-capc3adtulo09-propriedades.pdf. 
www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6543-corpos-de-prova-para-o-ensaio-de-trao. pt.wikipedia.org/wiki/Ensaio_de_tra%C3%A7%C3%A3o. 
www.mspc.eng.br/ciemat/ensaio110.shtml. 
www.urisan.tche.br/~lemm/arquivos/ensaios_mecanicos.pdf. 
www.dec.isel.ipl.pt/anexos_disciplinas/Mecanica_Aplicada/CapIV.pdf. 
www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6537-a-curva-tenso-deformao#.T6MKYetYtn4. (Acessado em Janeiro de 2014) 
pt.scribd.com/doc/58985827/3/Regiao-de-comportamento-elastico. 
www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/ensaios-nao-destrutivos-e-mecanicos/209-ensaio-mecanico-tracao.html
www.infoescola.com/fisica/ensaio-de-tracao/
Observação: Todos os sites foram acessados em Janeiro de 2014

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