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201691 15840 apostila+micro+2016

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Microeconomia (Teoria dos Preços)
O mercado diz respeito ao conjunto de compradores e vendedores que interagem, possibilitando a realização de vendas e compras.
Quantidades de uma mercadoria são vendidas por determinados preços: o preço de mercado.
Hipóteses:
Tudo mais constante (“Coeteris Paribus” – c.p.): análise parcial
Racionalidade dos agentes econômicos.
Curvas de Demanda e Oferta
Curva de Demanda: informa a quantidade que os consumidores desejam comprar para cada preço unitário que tenham de pagar D = f (P), c.p.
Variações no Preço: movimento ao longo da curva de demanda;
Demanda quantidade demanda.
Curva de Oferta: informa que quantidade os produtores estão dispostos a vender para cada preço que possam receber no mercado O = f (P), c.p.
Variações no Preço: movimento ao longo da curva de oferta;
Oferta quantidade ofertada.
Equilíbrio de Mercado: as duas curvas se interceptam no ponto de preço e na quantidade de equilíbrio (quantidades demandadas e ofertadas são iguais). Denomina-se mecanismo de mercado a tendência, em mercados livres (concorrencial), de que o preço se modifique até que o mercado fique limpo da mercadoria – neste ponto não há escassez e nem excedente.
	
	E Equilíbrio de mercado
P2 D> O, logo, há um excesso de demanda 
(ou escassez de oferta) – ocasionando uma elevação dos preços.
Modificações na Oferta e na Demanda
Modificação na demanda: Para a maioria dos produtos, a demanda aumenta com a elevação da renda. Um nível de renda mais elevado desloca a curva da demanda para a direita.
	D = f (R) c.p., logo,
 R = D Bem Normal 
 R = D Bem inferior
	
	
	Exemplo: Bem Normal
 R, logo, D>O P 
O novo equilíbrio após uma modificação na demanda. Quando a curva da demanda se desloca para a direita, o mercado fica equilibrado a um preço mais elevado P3, e uma quantidade maior Q3.
Modificação na Oferta: Se os custos de produção caem, as empresas podem produzir a mesma quantidade por preço menor ou então maiores quantidades pelo mesmo preço. A curva da oferta se desloca para a direita.
Outros fatores que modificam a oferta: preço, novas tecnologias, clima.
Preço de fatores de produção: O = f (P),c.p.
	Exemplo: Custos mais altos de matérias-primas, tornam a produção mais onerosa, fazendo com que as empresas reduzam sua produção.
 PMP QO ,
logo, um deslocamento da curva de oferta para a esquerda.
	
Elasticidade
A elasticidade é uma medida da sensibilidade de uma variável para outra. Trata-se de um número que nos informa a variação percentual que ocorrerá em uma variável, como reação a uma variação de 1% em outra variável.
Elasticidade preço da demanda (Ep): D = f(P) , c.p.
Mede a sensibilidade da quantidade demanda em relação a modificações no preço.
Expressão: = 
A elasticidade preço da demanda é geralmente um número negativo: utilizar módulo para cálculos.
Classificação:
Ep> 1, logo, a demanda é preço-elástica, porque o percentual de redução da quantidade demandada é maior do que o percentual de aumento no preço. Em geral, a elasticidade da demanda por uma mercadoria depende da disponibilidade de outras mercadorias que possam ser substituídas por ela. Quando existem substitutos próximos, um aumento no preço faz com que o consumidor passe a comprar menos de tal mercadoria, e mais de seu substituto. Então, a demanda é altamente preço-elástica. Quando não existem substitutos próximos, a demanda tenderá a ser preço-inelástica.
Ep< 1, logo, a demanda é preço-inelástica;
Ep= 1, logo, a demanda é unitária (a variação na quantidade é proporcional na variação do preço).
Fatores que afetam a Ep
Disponibilidade de bens substitutos;
Peso do bem no orçamento do consumidor;
Essencialidade do bem.
Formas de cálculo
No ponto:
Intervalos discretos: 
Derivada – estimativa estatística da função de demanda: 
Demanda diferenciável: 
No ponto médio.
Exemplos:
Seja P0 = 10; P1=15; Qd0 = 120; Qd1 = 100, calcular e classificar Ep no ponto potencial.
, logo, INELÁSTICA
Exercícios:
Seja: P0 = 2; P1= 3; Qd0 = 6; Qd1 = 4
Resp.: 0,66- Inelástica; 
Relação entre Elasticidade (Ep) e Receita Total (RT)
Definição de Receita Total (RT) = p q (preço vezes quantidade).
Logo, temos:
Elástica (Ep>1): % Qd > % p 	(as variações na quantidade demandada são maiores que as variações de preço) – assim, Receita Total varia em função da quantidade (RT % Qd, segue o sentido da % Qd ).
	Se preço Qd = RT
Se preço Qd = RT
	Exemplo:
	 preço
	 Qd
	RT( p q)
	
Logo, Ep= = 1,5 (Elástica)
	0
	$20
	30
	$600
	
	1
	$16
	39
	$625
	
Inelástica (Ep<1): % Qd < % p 	(as variações na quantidade demandada são menores que as variações de preço) – assim, Receita Total varia em função do preço
(RT % p, segue o sentido da % p).
	Se preço Qd = RT 
Se preço Qd = RT
	Exemplo:
	 preço
	 Qd
	RT( p q)
	
Logo, Ep= = 0,33 (Inelástica)
	0
	$10
	120
	$1200
	
	1
	$15
	100
	$1500
	
 Elasticidade (EO) – Preço da Oferta (c.p.): O = f (p)
Logo, EO = 
Restrição Orçamentária
Cesta de Mercadorias
A cesta de mercado é um conjunto de uma ou mais mercadorias. Pode conter vários itens alimentícios em uma sacola de comestíveis, ou então uma combinação de itens alimentícios, de vestuário e combustíveis que um consumidor gasta a cada mês.
Representação: Cesta “A” = (q1, q2, q3,…,qn), onde “q” é igual a quantidade e “1” é igual a bens. 
Hipótese: cestas de apenas dois bens.
Linha do Orçamento ou Linha de Restrição Orçamentária
Indica as combinações de mercadorias que podem ser adquiridas com uma determinada renda do consumidor, em conseqüência de determinados preços das mercadorias. Como resultado, as combinações de itens que podem ser adquiridos encontram-se todas sobre a linha expressa por:
p1.q1 + p2.q2 R
onde “R” é igual a Renda e “p1“ e “p2“ são os preços do bem 1 e 2 respectivamente.
Ex.: Seja a renda de $80, o preço da alimentação igual a $1 e o preço do vestuário igual a $2. A figura abaixo apresenta as diversas combinações entre alimentação e vestuário que poderão ser adquiridas dentro da restrição orçamentária:
	Cesta
	Alimento
(A)
	Vestuário 
(V)
	Despesa
Total
	A
	0
	40
	$80
	B
	20
	30
	$80
	D
	40
	20
	$80
	E
	60
	10
	$80
	G
	80
	0
	$80
A linha AG apresenta o orçamento associado a uma renda de $80, um preço de alimentação p1 = $1 por unidade, e um preço de vestuário p2 = $2 por unidade. A inclinação da linha do orçamento é – p1/p2.
Fazendo uma análise do gráfico, todas as cestas na reta AG seriam possíveis dentro da renda. A cesta “C”, seria possível com uma sobre de renda. A cesta “F” ultrapassa a renda disponível, sendo impossível o seu consumo. 
Preferências do Consumidor[2: Fonte auxiliar para esta aula: PINDYCK, R. Microeconomia. São Paulo: Makron Books, 1994.]
Algumas Premissas básicas (Hipóteses):
A primeira premissa parte do princípio de que as preferências sejam completas, o que significa que dois consumidores poderiam comparar e ordenar todas as cestas de mercado. Em outras palavras, para quaisquer duas cestas A e B, um consumidor preferirá A em vez de B, preferirá B em vez de A, ou ser indiferente em relação às duas (Por “indiferente” designamos o indivíduo que estaria igualmente satisfeito com qualquer uma das duas cestas). Estas preferências não levam os preços em consideração;
A Segunda premissa importante afirma que as preferências são transitivas. Transitividade significa que se um consumidor prefere a cesta de mercado A em vez da cesta B, e prefere B em vez de C, então ele também prefere A em vez de C;
A terceira premissa segue o raciocínio de que todas as mercadorias sejam “boas” (isto é, desejáveis), de tal forma que, não se levando em consideração os preços, os consumidores sempre preferem levar uma quantidade maior de alguma mercadoria, em vez de menor. 
Estas três premissas constituema base da teoria do consumidor. Elas não explicam as preferências dos consumidores, porém conferem um aspecto de racionalidade a tais preferências.
Curvas de Indiferença
Uma curva de indiferença representa graficamente todas as combinações de cestas de mercado que poderiam oferecer o mesmo nível de satisfação a uma pessoa. Tal indivíduo é portanto indiferente em relação às cestas representadas pelo lugar geométrico dos pontos da curva.
Ex.: Seja a curva de indiferença I na tabela abaixo:
	Cestas
	q1(x)
	q2 (y)
	A
	1
	12
	B
	2
	6
	C
	3
	4
	D
	4
	3
	E
	5
	2,4
A curva I, para o consumidor, apresenta todas as cestas que lhe oferecem o mesmo grau de satisfação que a cesta básica A.
Mapa de Indiferença
O mapa de indiferença é um conjunto de curvas de indiferença que descreve as preferências de um consumidor. Qualquer cesta sobre a curva III, por exemplo, a cesta F, é preferível em relação a qualquer cesta básica sobre a curva II (por exemplo, a cesta B), a qual por seu turno é preferível a qualquer cesta sobre a curva I, por exemplo, G. 
Características das Curvas de Indiferença
São negativamente inclinadas, caso contrário, haveria preferência pela cesta com maior quantidade (contradiz a hipótese/premissa # 3);
São paralelas – não podem interceptar-se (contradiz as hipóteses/premissas # 2 e # 3).
	Ex.:
	
	Em conformidade com este diagrama, o consumidor deveria ser indiferente em relação às cestas A, B e D. Entretanto, B é preferível em relação a D, pois B contém um número maior de mercadorias. Sendo assim, a suposição de que as curvas de indiferença poderiam interceptar-se contradiz a premissa de que mais é preferível que menos.
Utilidade[3: Fonte auxiliar para esta aula: PINDIYCK, R. Microeconomia. São Paulo: Makron, 1994.]
Utilidade é o nível de satisfação que uma pessoa tem ao consumir um bem ou ao exercer uma atividade. Na análise econômica, a utilidade é mais utilizada com a finalidade de sumarizar (medir) a ordenação das preferências de cestas de mercado.
	Utilidade Total (UT): aumenta com o aumento do consumo de um bem.
	
Utilidade Marginal
Mede a satisfação adicional, obtida mediante o consumo de uma quantidade adicional de uma mercadoria. Pode ser calculada pela fórmula: 
Utilidade Marginal Decrescente: à medida que se consome mais de uma determinada mercadoria, seu processo de consumo (em algum ponto) passará a resultar em adições cada vez menores de sua utilidade. 
Exemplo (em relação ao gráfico de UT, acima):
	Quant.
	UT
	UMg
	
	
	0
	0
	-
	
	
	1
	12
	12
	
	
	2
	22
	10
	
	
	3
	30
	8
	
	
	4
	36
	6
	
	
	5
	40
	4
	
	
	6
	42
	2
	
	
	7
	42
	0
	
	
	8
	40
	-2
	
	
O Equilíbrio do Consumidor
	
	As cestas “A”, “B” e “D” são consumíveis;
A curva de Indiferença “I2” traz maior satisfação (dentro da Restrição Orçamentária) – logo, “B” será a cesta escolhida (Equilíbrio do Consumidor) apesar da “A” estar mais a direita, no entanto, na linha inferior I1.
Apesar da cesta “C” ser a mais preferível (mais acima e a direita de “B”), encontra-se fora da curva de R.O. (impossível seu consumo).
Demanda do Consumidor
A Demanda de um bem será analisada a em função da variação da Renda e dos preços.
Modificações da Renda, c.p.
A ocorrência de uma aumento da renda, permanecendo inalterados os preços de todas as mercadorias, faz com que os consumidores alterem sua escolha de cesta de mercado.
A curva renda-consumo determina as combinações entre o bem 1 e o bem 2 maximizadoras da utilidade, associadas com cada um de todos os possíveis níveis de renda;
	Com o aumento da renda, a curva de Restrição Orçamentária (R.O.) desloca-se para a direita (I’) – ao mesmo preço, aumentam as quantidades consumidas (bens normais: inclinação positiva da curva de renda-consumo);
Caso os bens fossem inferiores (a quantidade demandada cai, à medida que a renda aumenta), a inclinação seria descendente;
	
Curvas de Engel
As curvas de renda-consumo podem ser utilizadas na construção de curvas de Engel, as quais relacionam a quantidade consumida/demandada de uma mercadoria ao nível de renda. 
Modificações no Preço, 
Uma aumento no preço de um bem, permanecendo inalterados a renda e o preço do outro bem, faz com que o consumidor altere sua escolha de cesta de mercado.
	
	A curva preço-consumo representa o traçado das combinações maximizadoras de utilidade entre dois bens, que são associadas com cada um de todos os possíveis preços do bem 1.
A curva da demanda mostra a quantidade de um bem que o consumidor adquirirá em virtude do preço deste bem.
Ela apresenta duas propriedades importantes: em primeiro lugar, o nível de utilidade que pode ser obtido varia à medida que se move ao longo da curva – quanto mais baixo o preço de produto, maior seu nível de utilidade (quando cai o preço de uma mercadoria, o poder aquisitivo de consumidor é aumentado); em segundo lugar, em cada ponto da curva de demanda, o consumidor estará maximizando utilidade, ao satisfazer a condição de que a taxa marginal de substituição do bem 1 pelo bem 2 seja igual à razão entre os preços destes bens (à medida que cai o preço do bem 1, a razão entre os preços e a TMS também cai).
Pelo fato de diferentes consumidores atribuírem valores diferenciados ao consumo de cada mercadoria, o valor máximo que estariam dispostos a pagar por tais mercadorias também seria diferenciado. Excedente do consumidor é a diferença em ter o preço que um consumidor estaria disposto a pagar por uma mercadoria e o preço que realmente paga ao adquirir tal mercadoria.
O excedente do consumidor pode ser facilmente calculado quando conhecemos a curva da demanda. 
Quando a curva da demanda não é uma linha reta, o excedente do consumidor é medido pela área, situada abaixo da curva de demanda, e acima da linha do preço. 
Exemplo:
Calcular o ponto equilibrio sabendo que Qd = 500 – 10P e Qo = 100 + 10P.
500 – 10P = 100 + 10P PE = $20,00; Qd = 500 – 10(20) Qd = 300;
Se Qd for = 0 Qd = zero P = max 0 = 500 – 10P 10P = 500 $50,00;
Produção
“Processo pelo qual um firma transforma os fatores de produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado”.[4: VASCONCELLOS, M. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 2000.]
Método (ou processo) de Produção: Caracteriza-se como diferentes combinações dos fatores de produção a um dado nível de tecnologia;
Eficiência: um método é tecnicamente eficiente (eficiência técnica ou tecnológica) quando, comparando com outros métodos, utiliza menor quantidade de insumos para produzir uma quantidade equivalente do produto. A eficiência econômica está associada ao método de produção mais barato (isto é, os custos de produção são menores) relativamente a outros métodos.
Função Produção
“É a relação que mostra a quantidade física obtida do produto a partir da quantidade física utilizada dos fatores de produção(insumos) num determinado período de tempo.” Para efeitos didáticos, costuma-se considerá-la como uma função de apenas duas variáveis:
	q = f (N,K)
	onde:
q = quantidade;
N = quantidade utilizada de mão-de-obra;
K = quantidade utilizada de capital.
Fatores Fixos e Fatores Variáveis de Produção – Curto e Longo Prazos
Fatores de produção variáveis: são aqueles cujas quantidades utilizadas variam quando o volume de produção varia (ex.: trabalhadores, matérias-primas);
Fatores de produção fixos: são aqueles cujas quantidades não variam quando o produto varia (ex.: instalações, tecnologia).
Análise de Curto Prazo
Refere-se ao período de tempo no qual um ou mais fatores de produção não podem ser modificados. Fatores que não podem ser modificados neste período são denominados insumos fixos de produção (Ex.: capital da empresa, novas instalações, etc.).
Conceitos de Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal
Produto Total: é a quantidade do produto que se obtém da utilização do fator variável(N), mantendo-se fixa a quantidade dos demais fatores (K);
Produto médio do fator: é o resultado do quociente da quantidade total produzida pela quantidade utilizada desse fator. Temos então:
	Produto médio da mão-de-obra:
	
	Produto médio do capital:
	
Produto Marginal: é o volume de produção adicional ocasionado pelo acréscimo de uma unidade de insumo mão-de-obra. Da mesma forma que o produto médio, o produto marginal aumenta inicialmente e posteriormente apresenta queda.
	Produto Marginal 
da mão-de-obra: 
	
	(variação do produto)
(acréscimo de 1 unidade de mão-de-obra)
	Exemplo: Considerando-se dois fatores: terra (fixo) e mão-de-obra (variável), pode-se verificar que, várias combinações de terra e mão-de-obra foram utilizadas para produzir arroz e se a quantidade de terra for mantida constante, os aumentos da produção dependerão do aumento de mão-de-obra utilizada lavoura.
	Capital
(K)
	MdO
(N)
	Prod.
Total
(q)
	Prod.
Médio
(q/N)
	Prod.
Marginal
(q/N)
	
	10
	0
	0
	-
	-
	
	10
	1
	10
	10
	10
	
	10
	2
	30
	15
	20
	
	10
	3
	60
	20
	30
	
	10
	4
	80
	20
	20
	
	10
	5
	95
	19
	15
	
	10
	6
	108
	18
	13
	
	10
	7
	112
	16
	4
	
	10
	8
	112
	14
	0
	
	10
	9
	108
	12
	-4
	
	10
	10
	100
	10
	-8
	A figura mostra que o volume de produção aumenta até atingir um valor máximo igual a 112 (D); após este ponto apresenta diminuição. Esta parte do produto total encontra-se tracejada, indicando que volumes de produção com mais de 8 unidades de mão-de-obra por mês não são tecnicamente eficientes, e portanto não fazem parte da função produção. A eficiência técnica não admite a possibilidade de ocorrência de produtos marginais negativos.
	
	Nesta figura, as unidades do eixo vertical foram trocadas, passando de volume de produção total para volume de produção por unidade de insumo mão-de-obra. Observe que o produto marginal é sempre positivo quando o volume de produção é crescente, sendo negativo quando o volume de produção é decrescente.
	
Lei dos Rendimentos Decrescentes
Ao aumentar-se o fator variável (mão-de-obra), sendo dada a quantidade de um fator fixo, a produtividade marginal do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce até tornar-se negativa. Vale apenas se mantiver um fator fixo (portanto, só vale a curto prazo).[5: Ibidem.]
	A partir dos dados fornecidos anteriormente, podemos analisar que a partir da quarta unidade de mão-de-obra incluída no processo produtivo, começam a surgir os rendimentos decrescentes. A oitava unidade, associada a 10 unidades do fator fixo terra, maximiza o produto (112 unidades). A produtividade marginal dessa oitava unidade é nula (zero). Daí por diante, cada unidade do fator variável mão-de-obra, associada às 10 unidades do fator fixo terra, passará a ser ineficiente, ou seja, sua produtividade marginal torna-se negativa.
	
Estágio II (área verde): 
PmeN = Máximo; 
PmgN = decrescente (porém, ainda positivo)
Estágio III: antieconômico
Análise de Longo Prazo
A hipótese de que todos os fatores são variáveis caracteriza a análise de longo prazo. A suposição de que todos os fatores de produção variam, inclusive o tamanho da empresa, dá origem aos conceitos de economias ou deseconomias de escala. 
Economias de Escala ou Rendimentos de Escala
Rendimentos constantes de escala: Se todos os fatores crescem numa dada proporção, a produção cresce na mesma proporção. As produtividades médias dos fatores de produção permanecem constantes;
Rendimentos crescentes de escala (ou economias de escala): Se todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, a produção cresce numa proporção maior. Isso ocorre porque empresas com maiores plantas permitem maior especialização tarefas (melhor divisão de trabalho) e porque certas unidades de produção só podem ser operadas a partir de um nível mínimo de produção (as chamadas indivisibilidades na produção);
Ex.: aumentando-se a utilização dos fatores em 10%, o produto cresce 20% - eqüivale a dizer que a produtividade dos fatores aumentou;
Obs.: indivisibilidade: numa siderúrgica, não existe “meio forno”; quando se adquire mais um forno, deve ocorrer um grande aumento na produção.
Rendimentos decrescentes de escala (ou deseconomias de escala): Se todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, a produção cresce numa proporção menor. A expansão da empresa pode provocar descentralização e acarretar problemas de comunicação entre direção e as linhas de produção.
Produção com dois insumos variáveis
Isoquanta
É uma curva que representa todas as possíveis combinações de insumos que resultam no mesmo volume de produção.
	As isoquantas de produção mostram as várias combinações de insumos necessárias para que a empresa possa obter um determinado volume de produção (produto). Um conjunto de isoquantas, ou mapa de isoquantas, descreve a função de produção da empresa. O volume de produção (produto) aumenta à medida que passamos da isoquanta Q1 (55 unidades por ano) para a isoquanta Q2 (75 unidades por ano) e para a isoquanta Q3 (90 unidades por ano).
	
Taxa Marginal de Substituição Técnica
As isoquantas possuem inclinação descendente e forma convexa de modo semelhante às curvas de indiferença (Teoria do Consumidor). A inclinação da isoquanta em qualquer ponto mede a taxa marginal de substituição técnica (TMST), ou seja, a capacidade de a empresa efetuar a substituição de capital por mão-de-obra, mantendo o mesmo nível de produção. 
Equação: 
Elasticidade do Produto (q)
Mede a sensibilidade do produto à alterações na quantidade usada do fator de produção
	
GN = ou 
	
GK = ou 
Custos a Curto Prazo
Custo Total (CT) será calculado pela fórmula CT = CF + CV ou CT = r . k + w . N
Custo Fixo (CF): será incorrido independentemente do nível de produção que seja obtido pela empresa. É calculado pela fórmula: CF = r . K ;
Custo Variável (CV): varia conforme o nível de produção. É calculado pela fórmula: CV = w . N (onde “w” significa salário, remuneração).
Custo Marginal (CMg): é o aumento de custo ocasionado pela produção de uma unidade extra de produto. Pode ser expresso da seguinte forma:
Custo Médio
É o custo por unidade do produto. Existem três tipos de custo médio:
Custo fixo médio: 
Custo variável médio: 
Custo total médio: 
Exemplo 1:
Custos ($) de uma empresa no curto prazo
	Nível 
de
Produção
	Custo
Fixo
(CF)
	Custo
Variável
(CV)
	Custo
Total
(CT)
	Custo
Marginal
(CMg)
	Custo
Fixo
Médio
(CFMe)
	Custo
Variável
Médio
(CVMe)
	Custo
Total
Médio
(CTMe)
	0
	50
	0
	50
	-
	-
	-
	-
	1
	50
	50
	100
	50
	50,0
	50,0
	100,0
	2
	50
	78
	128
	28
	25,0
	39,0
	64,0
	3
	50
	98
	148
	20
	16,7
	32,7
	49,3
	4
	50
	112
	162
	14
	12,5
	28,0
	40,5
	5
	50
	130
	180
	18
	10,0
	26,0
	36,0
	6
	50
	150
	200
	20
	8,3
	25,0
	33,3
	7
	50
	175
	225
	25
	7,1
	25,0
	32,1
	8
	50
	204
	254
	29
	6,3
	25,5
	31,8
	9
	50
	242
	292
	38
	5,6
	26,9
	32,4
	10
	50
	300
	350
	58
	5,0
	30,0
	35,0
	11
	50
	385
	435
	85
	4,5
	35,0
	39,5
Exemplo 2:
Calcular o Custo Marginal (CMg) de 2 unidades sabendo que:
Custo Total (CT) é 4Q2 + 5q + 20
Para calcular no ponto específico “2”, usamos a derivada 
Curvas de custo da empresa
No diagrama (a) o custo total (CT) corresponde à soma vertical do custo fixo (CF) e dos custos variáveis (CV). No diagrama (b) o custo total médio (CTMe) corresponde à soma do custo variável médio (CVMe) mais o custo fixo médio (CFMe). A curva de custo marginal (CMg) intercepta as curvas de custo variável e custo total médio em seus respectivos pontos mínimos.
Curvas de Custos a Longo Prazo
	Custos a longo prazo com rendimentos crescentes e decrescentes de escala: A curva de custo médio a longo prazo CMeLP corresponde ao envolvente das curvasde custo médio a curto prazo (CmeCP1, CmeCP2 e CmeLP3). Havendo rendimentos crescentes e decrescentes de escala, os pontos mínimos das curvas de médio e curto prazo não se encontram situadas na curva de custo médio a longo prazo.
	
Formato em “U”: rendimentos de escala crescente do lado esquerdo, rendimentos de escala decrescentes do lado direto.
Principais Características das Estruturas Básicas de Mercado
	Característica
	Concorrência Perfeita
	Monopólio
	Oligopólio
	Concorrência Monopolista
	Quanto ao número de empresas
	Muito grande.
	Só há uma empresa
	Pequeno.
	Grande.
	Quanto ao produto
	Homogêneo. Não há quaisquer diferenças
	Não há substitutos próximos.
	Pode ser homogêneo (alumínio) ou diferenciado (automóveis).
	Diferenciado embora tenha substitutos próximos.
	Quanto ao controle das empresas sobre os preços
	Não há possibilidades de manobras pelas empresas.
	As empresas têm grande poder para manter preços relativamente elevados, sobretudo quando não há intervenções restritivas do governo (leis antitrustes). LucroMax CMg=RMg
	Embora dificultado pela interdependência enter as empresas, estas tendem a formar cartéis controlando preços e quotas de produção.
	Pouca margem de manobra, devido à existência de substitutos próximos.
	Quanto à concorrência extrapreço
	Não é possível nem seria eficaz.
	A empresa geralmente recorre a campanhas institucionais, para salvaguardar sua imagem.
	É intensa, sobretudo quando há diferenciação do produto.
	É intensa, exercendo-se através de diferenças físicas, embalagens e prestação de serviços complementares.
	Quanto às condições de ingresso na indústria.
	Não há barreiras
	Barreiras ao acesso de novas empresas.
	Barreiras ao acesso de novas empresas.
	Não há barreiras.
Cartel
No oligopólio, tanto as quantidades ofertadas quanto os preços são fixados entre as empresas por meio de conluios ou cartéis. O cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor que determina a política de preços para todas as empresas que a ele pertencem. 
O setor produtivo brasileiro é altamente oligopolizado, sendo possível encontrar inúmeros exemplos: montadoras de veículos, setor de cosméticos, indústria de papel, indústria de bebidas, indústria química, indústria farmacêutica, etc.
Principais barreiras à entrada de uma empresa no mercado
Monopólio puro ou natural: ocorre quando o mercado, por suas próprias características, exige a instalação de grandes plantas industriais, que operam normalmente com economias de escala e custos unitários baixos, possibilitando à empresa cobrar preços baixos por seu produto, o que acaba praticamente inviabilizando a entrada de novos concorrentes.
Elevado volume de capital: A empresa monopolista necessita de um elevado volume e capital e uma alta capacitação tecnológica;
Patentes: Enquanto a patente não cai em domínio público, a empresa é a única que detém a tecnologia apropriada para produzir aquele determinado bem;
Controle de matérias-primas básicas: por exemplo, o controle das minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio.

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