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Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1 Queridos alunos, Estamos na penúltima aula de nosso curso! Vamos ao estudo! Aula 07: (03/01) Segurança e medicina no trabalho: CIPA; atividades insalubres ou perigosas. Proteção ao trabalho do menor; Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990 e alterações): do direito da profissionalização e à proteção no trabalho. Proteção ao trabalho da mulher; estabilidade da gestante; licença maternidade e Lei 9.029/1995 e alterações. 7.1. Da segurança e Medicina do Trabalho: As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho. As normas estabelecerão: 1 Classificação das empresas segundo o número mínimo de empregados e a natureza do risco de suas atividades; 2 A qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de trabalho; 3 As demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho, nas empresas. Este tema é abordado seguindo a literalidade dos artigos da CLT, conforme vocês poderão observar: Art. 155 da CLT Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho: I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no art. 200; II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho; Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 2 III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do trabalho. Art. 156 da CLT Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição: I - promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho; II - adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias; III - impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste Capítulo, nos termos do art. 201. Art. 157 da CLT Cabe às empresas: I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III - adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. Art. 158 da CLT Cabe aos empregados: I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 3 a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. Art. 159 da CLT Mediante convênio autorizado pelo Ministério do Trabalho, poderão ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orientação às empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes deste Capítulo. CIPA: O art. 163 da CLT estabelece a obrigatoriedade de constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) de acordo com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho e do Emprego. Art. 163 da CLT Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA -, de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPAs. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) será composta de representantes da empresa e dos empregados, os primeiros são designados pelo empregador e os representantes de empregados titulares e suplentes são eleitos em escrutínio secreto. O mandato dos membros eleitos da CIPA será de um ano, sendo permitida uma reeleição, o presidente da CIPA será escolhido pelo empregador e o vice-presidente eleito pelos empregados. Art. 164 da CLT Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 4 § 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados. § 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. § 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição. § 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número da reuniões da CIPA. § 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA, e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente. Os representantes dos empregados titulares ou suplentes terão estabilidade provisória prevista no art. 10, II, ”a”do ADCT. Ao passo que os representantes indicados pelos empregadores não farão jus a esta estabilidade. Art. 165 da CLT Os titulares da representação dos empregados nas ClPAs não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo- se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. Súmula 339 do TST I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 5 Das Atividades Insalubres: De acordo,com o art. 189 da CLT, serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância, fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. O trabalho exercido em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de: 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo (art.192 da CLT). Em que pese o fato de o art. 193 da CLT dispor que o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário mínimo, o STF através da edição da Súmula vinculante 04 estabeleceu a impossibilidade de que tal cálculo seja com base no salário mínimo. SÚMULA VINCULANTE 04 STF Salvo os casos previstos na Constituição Federal, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. Para que ocorra a classificação da atividade como insalubre não bastará a constatação da perícia de que o ambiente de trabalho seja insalubre, devendo a atividade estar classificada como insalubre pelo Ministério do Trabalho. O Ministério do Trabalho aprovará o quadro de atividades ou operações insalubres, conforme estabelece o art. 190 da CLT. Art. 190 da CLT O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 6 Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos ou incômodos. O art. 191 da CLT e a Súmula 80 do TST tratam da eliminação ou neutralização das atividades e as respectivas conseqüências disto, observem: Art. 191 da CLT A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo. Súmula 80 INSALUBRIDADE A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado (Súmula 289 do TST). O art. 158 da CLT considera como ato faltoso do empregado a recusa injustificada em usar os equipamentos de proteção individual fornecidos pelo empregador. O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 7 A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. Em relação ao lixo urbano, há a Orientação Jurisprudencial 04 da SDI-1 do TST que não considera a limpeza em residências e escritórios como atividades insalubres. OJ 04 da SDI-1 do TST I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II - A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque não se encontram dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. É oportuno lembrar que segundo Orientação Jurisprudencial do TST, os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade. O empregado que trabalhe em condições perigosas terá direito ao recebimento de um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Quando forem devidos ao empregado os adicionais de periculosidade e o de insalubridade, ele poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 8 Art. 194 da CLT O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho. A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas. Quando for argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. A ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho e a realização ex officio da perícia não serão prejudicadas, pela designação de perito pelo juízo e nem pela realização da perícia acima mencionada. Art. 196 da CLT Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho, respeitadas as normas do art. 11. Art. 197 da CLT Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou transportados nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a padronização internacional. Parágrafo único - Os estabelecimentos que mantenham as atividadesprevistas neste artigo afixarão, nos setores de trabalho atingidos, avisos ou cartazes, com advertência quanto aos materiais e substâncias perigosos ou nocivos à saúde. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 9 Insalubridade: Súmula e OJ: Com a edição desta Súmula Vinculante pelo STF, o TST alterou a Súmula 228 em 2008, estabelecendo que a partir de Maio de 2008 o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo quando houver instrumento mais vantajoso fixado em norma coletiva. Vou tecer uma linha do tempo em relação aos dispositivos legais e entendimentos jurisprudenciais que acabaram por dar ensejo à alteração da Súmula 228 do TST, que trata da base de cálculo do adicional de insalubridade. A redação original da Súmula 228 do TST, estabelecida pela resolução 14/1985 estabelecia que o adicional de insalubridade incidiria, sobre o salário mínimo. Em 2003, a resolução 121 alterou a redação original passando a ressalvar as hipóteses previstas na Súmula 17 do TST que foi cancelada. O STF suspendeu a aplicação de parte da súmula 228 quando ela permite que o adicional de insalubridade seja calculado sobre o salário básico (DJE de 05 de agosto de 2009). Súmula 80 do TST A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. Súmula 228 do TST A partir de 09 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante 04 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. SÚMULA VINCULANTE 04 STF Salvo os casos previstos na Constituição Federal, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 10 Para que ocorra a classificação da atividade como insalubre não bastará a constatação da perícia de que o ambiente de trabalho é insalubre, devendo a atividade estar classificada como insalubre pelo Ministério do Trabalho. O Ministério do Trabalho aprovará o quadro de atividades ou operações insalubres, conforme estabelece o art. 190 da CLT. Art. 190 da CLT O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes. Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos ou incômodos. O art. 191 da CLT e a Súmula 80 do TST tratam da eliminação ou neutralização das atividades e as respectivas conseqüências disto, observem: Art. 191 da CLT A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo. O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado (Súmula 289 do TST). Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 11 O art. 158 da CLT considera como ato faltoso do empregado a recusa injustificada em usar os equipamentos de proteção individual fornecidos pelo empregador. O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. Em relação ao lixo urbano, há a Orientação Jurisprudencial 04 da SDI-1 do TST que não considera a limpeza em residências e escritórios como atividades insalubres. Quando o empregado submetido ao trabalho em condições insalubres prestar horas extraordinárias, o cálculo das horas extraordinárias levará em conta o valor do adicional de insalubridade (OJ 47 da SDI-1 do TST). OJ 04 da SDI-1 do TST I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II - A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque não se encontram dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho. Súmula 289 do TST O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 12 Mesmo que o trabalho seja executado de forma intermitente em condições insalubres o adicional de insalubridade será devido porque o empregado fica exposto aos agentes insalutíferos. O adicional de insalubridade pago com habitualidade integrará o aviso prévio indenizado, o 13º salário e a indenização (Súmula 139 do TST). Quando não for habitual integrará as férias (art. 142, parágrafo 5º da CLT) e o FGTS (art. 15 da Lei 8.036/90). Ele não integrará o repouso semanal remunerado porque o pagamento é mensal, estando esta verba já incluída (art. 7º, parágrafo 2º da Lei 605/49). Neste sentido a OJ 103 da SDI-1 do TST. A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. OJ 103 da SDI-1 do TST O adicional de insalubridade já remunera os dias de repouso semanal e feriados. OJ 47 da SDI-1 do TST A base de cálculo da hora extra é o resultado da soma do salário contratual mais o adicional de insalubridade. Súmula 139 do TST Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. Súmula 47 INSALUBRIDADE O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. Isolado Direito do TrabalhoTRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 13 É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas. Quando for argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. A ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho e a realização ex officio da perícia não serão prejudicadas pela designação de perito pelo juízo e nem pela realização da perícia acima mencionada. Art. 196 da CLT Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho, respeitadas as normas do art. 11. Art. 197 da CLT Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou transportados nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a padronização internacional. Parágrafo único - Os estabelecimentos que mantenham as atividades previstas neste artigo afixarão, nos setores de trabalho atingidos, avisos ou cartazes, com advertência quanto aos materiais e substâncias perigosos ou nocivos à saúde. Súmula 293 do TST A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 14 Esta Súmula (293) refere-se mais ao tema Provas no Processo do Trabalho, mas considerei importante abordá-la aqui. O Juiz prestará a tutela jurisdicional quando a parte a requerer e decidirá o conflito de interesses entre as partes nos limites em que ela foi proposta, ou seja, ele deverá decidir com base no que foi pedido pelo autor. Acontece que o empregado submetido a agente insalubre não possui o conhecimento técnico para saber qual agente insalubre lhe faz mal. Portanto quando ele aponta determinado agente na petição inicial e o perito constata outro agente insalubre que por ele não foi apontado, ele fará jus ao adicional de insalubridade. Há também em relação ao tema a OJ 278 da SDI-1 do TST que estabelece a obrigatoriedade de perícia para verificação da insalubridade. Os estabelecimentos comerciais, para iniciar as suas atividades, deverá ser inspecionado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, conforme estabelece o art. 160 da CLT. Art. 160 da CLT Nenhum estabelecimento poderá iniciar suas atividades sem prévia inspeção e aprovação das respectivas instalações pela autoridade regional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho. § 1º - Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação substancial nas instalações, inclusive equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar, prontamente, à Delegacia Regional do Trabalho. § 2º - É facultado às empresas solicitar prévia aprovação, pela Delegacia Regional do Trabalho, dos projetos de construção e respectivas instalações. OJ 278 da SDI-1 do TST A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar- se de outros meios de prova. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 15 Quando determinada atividade for descaracterizada como insalubre por ato de autoridade competente, o empregado não terá direito adquirido ao adicional de insalubridade, portanto cessará o seu pagamento (Súmula 248 do TST). A caracterização da insalubridade poderá ser elaborada por médico ou engenheiro segundo a orientação jurisprudencial 165 da SDI-1 do TST. OJ-SDI1-406. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010) O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas. OJ 165 da SDI-1 do TST O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado. Súmula 248 do TST A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 16 Das Atividades Perigosas: São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. Quero ressaltar que o art. 193 da CLT sofreu alterações, mas o edital foi publicado antes das alterações. Creio que este tema não será abordado, mas por cautela segue a legislação que alterou o art. 193 da CLT. LEI 12.740, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2012. Altera o art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943, a fim de redefinir os critérios para caracterização das atividades ou operações perigosas, e revoga a Lei 7.369, de 20 de setembro de 1985. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º O art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. ......................................................................................................... § 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo." (NR) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º Fica revogada a Lei 7.369, de 20 de setembro de 1985. Brasília, 8 de dezembro de 2012;191º da Independência e 124º da República. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 17 É oportuno lembrar que segundo Orientação Jurisprudencial do TST, os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade. Os empregados que trabalhem com instalações e reparos de linhas de telefonia são chamados de “cabistas” e farão jus ao adicional de periculosidade. Os empregados que trabalhem com radiação ionizante também farão jus ao adicional de insalubridade (OJ 345). O empregado que trabalhe em condições perigosas terá direito ao recebimento de um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Quando forem devidos ao empregado os adicionais de periculosidade e o de insalubridade, ele poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. Art. 194 da CLT O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho. Quando há pagamento habitual do adicional de periculosidade ele integrará o cálculo da indenização do art. 477 da CLT. O empregado quando está de sobreaviso está fora do local de trabalho sujeito às condições perigosas, portanto está afastado da área de risco e não fará jus ao recebimento do adicional de periculosidade. O empregado deverá estar permanentemente ou de forma intermitente exposto à área de risco para fazer jus ao adicional de periculosidade (Súmula 364 do TST). Quando a exposição do empregado ao risco ocorrer de forma intermitente será possível o recebimento do adicional de forma proporcional às horas de exposição ao risco, desde que tal fato esteja pactuado em norma coletiva. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 18 Periculosidade: Súmulas e OJ Os empregados que trabalhem com instalações e reparos de linhas de telefonia são chamados de “cabistas” e farão jus ao adicional de periculosidade. Os empregados que trabalhem com radiação ionizante também farão jus ao adicional de insalubridade (OJ 345). O empregado que trabalhe em condições perigosas terá direito ao recebimento de um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. OJ 345 da SDI-1 do TST A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do Trabalho 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, caput, e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade. OJ 347 da SDI-1 do TST É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema elétrico de potência. Súmula 39 do TST Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei 2.573, de 15.08.1955). Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 19 Quando forem devidos ao empregado os adicionais de periculosidade e o de insalubridade, ele poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. Art. 194 da CLT O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho. Quando há pagamento habitual do adicional de periculosidade ele integrará o cálculo da indenização do art. 477 da CLT. O empregado quando está de sobreaviso está fora do local de trabalho sujeito às condições perigosas, portanto está afastado da área de risco e não fará jus ao recebimento do adicional de periculosidade. Atenção: Alterada a redação do inciso II da Súmula 364 e cancelado o inciso I, passando a ter a seguinte redação: Súmula 361 do TST O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei 7.369, de 20.09.1985, não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu pagamento. Súmula 364 do TST Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente, ou que de forma intermitente sujeita-se às condições de risco. Indevido, apenas quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito ou que sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. Súmula 132 do TST I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras. II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 20 A princípio parece haver uma incongruência entre a Súmula 361 e 364 do TST, segundo o jurista Sérgio Pinto Martins. Observem: “A orientação estabelecida na Súmula 364 do TST acaba sendo contraditória com a Súmula 361 do TST”. Não se estabeleceu o que o que vem a ser tempo extremamente reduzido na Súmula 361 do TST. “Interposição intermitente é a descontínua”. O art. 193 da CLT exige que o contato com o elemento perigoso seja permanente, ou seja, diário. Se o contato for habitual ou diário, mesmo que por tempo reduzido deveria conferir o adicional de periculosidade. No entanto, o TST entende de outra forma. 7.2. Da proteção ao trabalho do menor: As principais normas referentes ao trabalho do menor, abordadas em provas, estão contidas nos artigos 402 /440 da CLT, vejamos: � O trabalho do menor será desenvolvido a partir de 16 anos (art. 7º XXXIII da CF/88), salvo se o menor for aprendiz quando a idade inicial será de 14 anos. � O trabalho do menor reger-se-á pelas disposições do presente Capítulo, exceto no serviço em oficinas em que trabalhem exclusivamente pessoas da família do menor e esteja este sob a direção do pai, mãe ou tutor, observado, entretanto, o disposto nos artigos 404, 405 e na Seção II. � É proibido qualquer trabalho aos menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos. � O trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais à sua formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que não permitam a freqüência à escola. � Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno, considerado este o que for executado no período compreendido entreas 22 (vinte e duas) e as 05 (cinco) horas. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 21 Atenção: O Estado proíbe o trabalho do menor nos casos: a) serviços noturnos (art. 404, CLT); b) locais insalubres, perigosos ou prejudiciais a sua moralidade (art. 405); c) trabalho em ruas, praças e logradouros públicos, salvo mediante prévia autorização do Juiz de Menores, que verificará se o menor é arrimo de família e se a ocupação não prejudicará sua formação moral (art. 405, § 2º). Ao empregador é vedado utilizar o menor em atividades que demandem o emprego de força física muscular superior a 20 ou 25 quilos, conforme a natureza contínua ou descontínua do trabalho, com exceção se a força utilizada for mecânica ou não diretamente aplicada. A duração da jornada de trabalho do menor não sofre limitações: submete-se aos mesmos princípios gerais, sendo, portanto, no máximo de 8 horas diárias ou 44 horas semanais (art. 411, CLT c.c. 7º, XIII, CF/88). A prorrogação da jornada diária de trabalho ao menor é vedada. O artigo 414 da CLT estabelece que o menor de 18 anos empregado que trabalhar em mais de um estabelecimento, as horas de trabalho de cada um, serão totalizadas. Isto porque ao contratar um segundo emprego o menor não poderá cumprir número de horas a não ser aquelas disponíveis para completar as oito horas diárias. O empregador é obrigado a conceder ao menor o tempo necessário para a freqüência às aulas (CLT, art. 427). Ao menor é assegurado o salário mínimo integral, bem como, se for o caso, o salário profissional. As férias dos empregados menores submetem-se às mesmas regras do adulto, mas não poderão ser concedidas fracionadamente (art. 134, § 2º, CLT). Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 22 7.3 Da proteção ao trabalho da mulher: A CLT possui normas especiais de proteção do trabalho da mulher devido às condições fisiológicas, como a gravidez e a lactação, como a menor força física entre outros. A Constituição Federal prevê igualdade formal entre homens e mulheres, ou seja, a igualdade perante a lei. Porém, deve-se buscar a igualdade material ou substancial. O intérprete da lei deverá desigualar os desiguais. Assim, determinadas normas jurídicas não afrontam o Princípio da Isonomia, previsto no art. 7º da CRFB/88. A Constituição Federal assegura à mulher os seguintes direitos: a) licença-maternidade sem prejuízo do emprego e do salário com a duração de 120 dias; b) proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; c) proibição de diferença de salário de exercício de função e de critérios de admissão por motivos de sexo; d) garantia de emprego à mulher gestante desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto; e) condições para que a presidiária permaneça com os seus filhos durante o período de amamentação. Art. 7º da CF/88 São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 23 Regras especiais para o trabalho da mulher: � A mulher tem que ter um período de descanso de 15 minutos antes de prestar o trabalho extraordinário. � Caso a mulher trabalhe aos domingos deverá ter uma escala de revezamento quinzenal que garanta no mínimo a cada 15 dias o repouso aos domingos. � É vedado exigir que a mulher empregue força muscular superior a 20 quilos em trabalho contínuo ou 25 quilos para o trabalho ocasional. Caso a remoção ocorra por impulso ou tração esta vedação não existirá. � Em relação aos locais de trabalho o empregador será obrigado: a) a adotar medidas como higienização, ventilação, iluminação e outros concernentes à segurança e ao conforto das mulheres; b) instalar bebedouros, aparelhos sanitários lavatórios cadeiras ou bancos suficientes que permitam às mulheres trabalharem sem grande esgotamento físico; c) instalar vestiários com armários individuais privativos das mulheres, exceto os estabelecimentos comerciais, escritórios, bancos e atividades afins, em que não seja exigida a troca de roupa, e outros a critério da autoridade competente em matéria de segurança e higiene do trabalho. Em resumo: A empregada gestante tem direito á licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário. O salário-maternidade para a segurada empregada consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral. A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28o dia antes do parto e a ocorrência deste. Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 dias previstos na Lei. O início do afastamento do trabalho da segurada empregada será determinado com base em atestado médico ou certidão de nascimento do filho. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 24 Normas da CLT aplicadas ao Trabalho da Mulher: Art. 372 - Os preceitos que regulam o trabalho masculino são aplicáveis ao trabalho feminino, naquilo em que não colidirem com a proteção especial instituída por este Capítulo. Parágrafo único - Não é regido pelos dispositivos a que se refere este artigo o trabalho nas oficinas em que sirvam exclusivamente pessoas da família da mulher e esteja esta sob a direção do esposo, do pai, da mãe, do tutor ou do filho. Art. 373 - A duração normal de trabalho da mulher será de 08 (oito) horas diárias, exceto nos casos para os quais for fixada duração inferior. Art. 373-A - Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, assim o exigir; II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notória e publicamente incompatível; III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão profissional; IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego; V – impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez; Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 25VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. Parágrafo único - O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas temporárias que visem ao estabelecimento das políticas de igualdade entre homens e mulheres, em particular as que se destinam a corrigir as distorções que afetam a formação profissional, o acesso ao emprego e as condições gerais de trabalho da mulher. Art. 377 - A adoção de medidas de proteção ao trabalho das mulheres é considerada de ordem pública, não justificando, em hipótese alguma, a redução de salário. Art. 381 - O trabalho noturno das mulheres terá salário superior ao diurno. § 1º - Para os fins desse artigo, os salários serão acrescidos de uma percentagem adicional de 20% (vinte por cento) no mínimo. § 2º - Cada hora do período noturno de trabalho das mulheres terá 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. Art. 382 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho, haverá um intervalo de 11(onze) horas consecutivas, no mínimo, destinado ao repouso. Art. 383 - Durante a jornada de trabalho, será concedido à empregada um período para refeição e repouso não inferior a 1(uma) hora nem superior a 2 (duas) horas salvo a hipótese prevista no art. 71, § 3º. Art. 384 - Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do período extraordinário do trabalho. Art. 385 - O descanso semanal será de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas e coincidirá no todo ou em parte com o domingo, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa de serviço, a juízo da autoridade competente, na forma das disposições gerais, caso em que recairá em outro dia. Parágrafo único - Observar-se-ão, igualmente, os preceitos da legislação geral sobre a proibição de trabalho nos feriados civis e religiosos. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 26 Art. 386 - Havendo trabalho aos domingos, será organizada uma escala de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical. Art. 388 Em virtude de exame e parecer da autoridade competente, o Ministro do Trabalho e da Administração poderá estabelecer derrogações totais ou parciais às proibições a que alude o artigo anterior, quando tiver desaparecido, nos serviços considerados perigosos ou insalubres, todo e qualquer caráter perigoso ou prejudicial mediante a aplicação de novos métodos de trabalho ou pelo emprego de medidas de ordem preventiva. Art. 389 - Toda empresa é obrigada: I - a prover os estabelecimentos de medidas concernentes à higienização dos métodos e locais de trabalho, tais como ventilação e iluminação e outros que se fizerem necessários à segurança e ao conforto das mulheres, a critério da autoridade competente; II - a instalar bebedouros, lavatórios, aparelhos sanitários; dispor de cadeiras ou bancos, em número suficiente, que permitam às mulheres trabalhar sem grande esgotamento físico; III - a instalar vestiários com armários individuais privativos das mulheres, exceto os estabelecimentos comerciais, escritórios, bancos e atividades afins, em que não seja exigida a troca de roupa e outros, a critério da autoridade competente em matéria de segurança e higiene do trabalho, admitindo-se como suficientes as gavetas ou escaninhos, onde possam as empregadas guardar seus pertences; IV - a fornecer, gratuitamente, a juízo da autoridade competente, os recursos de proteção individual, tais como óculos, máscaras, luvas e roupas especiais, para a defesa dos olhos, do aparelho respiratório e da pele, de acordo com a natureza do trabalho. § 1º - Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos30 (trinta) mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade terão local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período da amamentação. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 27 §2º - A exigência do § 1º poderá ser suprida por meio de creches distritais mantidas, diretamente ou mediante convênios, com outras entidades públicas ou privadas, pelas próprias empresas, em regime comunitário, ou a cargo do SESI, do SESC, da LBA ou de entidades sindicais. Art. 390 - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superiora 20 (vinte) quilos para o trabalho continuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional. Parágrafo único - Não está compreendida na determinação deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos. Art. 390-B - As vagas dos cursos de formação de mão-de-obra, ministrados por instituições governamentais, pelos próprios empregadores ou por qualquer órgão de ensino profissionalizante, serão oferecidas aos empregados de ambos os sexos. Art. 390-C - As empresas com mais de cem empregados, de ambos os sexos, deverão manter programas especiais de incentivos e aperfeiçoamento profissional da mão-de-obra. Art. 390-E - A pessoa jurídica poderá associar-se a entidade deformação profissional, sociedades civis, sociedades cooperativas, órgãos e entidades públicas ou entidades sindicais, bem como firmar convênios para o desenvolvimento de ações conjuntas, visando à execução de projetos relativos ao incentivo ao trabalho da mulher. Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez. Parágrafo único - Não serão permitidos em regulamentos de qualquer natureza contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu emprego, por motivo de casamento ou de gravidez. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 28 Art. 392 - A empregada gestante tem direito à licença maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário. § 1º - A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência deste. § 2º - Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2 (duas) semanas cada um,mediante atestado médico. § 3º - Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias previstos neste artigo. § 4º - É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos: I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho; II -dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de,no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares. Art. 393 - Durante o período a que se refere o art. 392, a mulher terá direito ao salário integral e, quando variável,calculado de acordo com a média dos 6 (seis) últimos meses de trabalho, bem como aos direitos e vantagens adquiridos, sendo-lhe ainda facultado reverter à função que anteriormente ocupava. Art. 394 - Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado romper o compromisso resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação.Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 29 Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito,durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um.Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 06 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente. Art. 397 - O SESI, o SESC, a LBA e outras entidades públicas destinadas à assistência à infância manterão ou subvencionarão, de acordo com suas possibilidades financeiras, escolas maternais e jardins de infância, distribuídos nas zonas de maior densidade de trabalhadores, destinados especialmente aos filhos das mulheres empregadas. Art. 399 - O Ministro do Trabalho e da Administração conferirá diploma de benemerência aos empregadores que se distinguirem pela organização e manutenção de creches e de instituições de proteção aos menores em idade pré escolar, desde que tais serviços se recomendem por sua generosidade e pela eficiência das respectivas instalações. Art. 400 - Os locais destinados à guarda dos filhos das operárias durante o período da amamentação deverão possuir, no mínimo, um berçário, uma saleta de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária. 7.4. Da estabilidade da gestante e da licença-maternidade: A empregada gestante tem assegurado pela Constituição Federal uma licença de 120 dias sem prejuízo do emprego e do salário, sendo inclusive vedada a sua dispensa arbitrária ou sem justa causa. Faz jus, ainda a uma estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Atenção: Gestante (art. 10, II, b da ADCT CF/88). O art. 10, II, b da ADCT estabelece que até que seja promulgada lei complementar, fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 30 Súmula 244 do TST GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA I) O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). II) A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe- se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. III) A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art.10, inciso II, alínea b, do ADCT, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado. A teoria da responsabilidade objetiva considera que o importante é a confirmação da gravidez para a empregada e não para o empregador. Neste sentido o inciso I da Súmula 244 do TST. O inciso II da Súmula 244 estabelece que durante o período de garantia de emprego a empregada tem direito de ser reintegrada. Terminada esta garantia ela terá direito à indenização (salários e demais direitos correspondente ao período da estabilidade). E, por fim o inciso III que foi alterado recentemente assegura a estabilidade em contratos de prazo determinado. Sem prejuízo do salário é garantido á empregada durante a gravidez: a) mudar de função caso por questões de saúde a gravidez exija; b) o direito de ausenta-se para seis consultas médicas e demais exames complementares; c) dois intervalos de meia hora para amamentação (art. 396 da CLT); d) as empresas onde trabalhem pelo menos 30 mulheres o empregador deverá ter creches. Porém tal exigência será suprida por convênios com Sesi, Sesc e etc. O pagamento de reembolso creche também supre a exigência de instalação de creche; e) É exigida a manutenção de uma cozinha, com instalações sanitárias nos locais destinados à amamentação. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 31 A gravidez determina duas situações jurídicas distintas: a) Quatro semanas antes do parto até 120 dias é Estabilidade absoluta segundo o jurista Arnaldo Sussekind; b) Nos cinco meses após o parto é Estabilidade relativa, pois estará protegida contra despedida arbitrária e não contra Justa Causa. Os artigos 93/103 do Decreto 3048/99 e a Lei 8.213/91 dispõem sobre o salário-maternidade que é devido à segurada da previdência social durante 120 dias com início em 28 dias antes e término 91 dias depois do parto, podendo ser prorrogado em casos excepcionais, por mais duas semanas antes ou depois do parto mediante atestado médico específico. Seja o parto antecipado ou não a segurada terá direito aos 120 dias. O salário-maternidade da segurada empregada será uma renda mensal igual a sua remuneração integral e será pago pela empresa que compensará quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre folha de salários. No caso de empregos concomitantes a segurada fará jus ao salário- maternidade relativo a cada emprego. Para a empregada doméstica o salário-maternidade será igual ao seu último salário de contribuição. A empregada doméstica faz jus ao salário-maternidade e faz jus à garantia de emprego de cinco meses após o parto que é a estabilidade relativa, pois a Lei 11.324/2006 acrescentou o § 4º à Lei do Doméstico. A mãe adotante faz jus à licença-maternidade de 120 dias, mas não faz jus à (garantia de emprego) estabilidade por ausência de previsão legal. Atenção: A licença-maternidade de 180 dias, por enquanto é aplicada quando haja lei estadual que a regulamente ou quando a empresa participe do programa de empresa cidadã (Lei 11.770/08) e em troca de incentivos fiscais adota o prazo de 180 dias. Somente quando a Constituição Federal for emendada é que o prazo de 180 dias será obrigatório para todos os empregadores. O plenário do Senado aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC), que aumenta de 120 para 180 dias a licença-maternidade. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 32 Na prática, a proposta amplia o alcance da Lei 11.770/08, de autoria da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), que faculta às empresas privadas a concessão da licença de seis meses, em troca de benefícios fiscais - permite a dedução das despesas extras com a trabalhadora gestante do Imposto de Renda. EM RESUMO: O art. 10, II, b da ADCT estabelece que até que seja promulgada lei complementar, fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. A teoria da responsabilidade objetiva considera que o importante é a confirmação da gravidez para a empregada e não para o empregador. Neste sentido o inciso I da Súmula 244 do TST. O inciso II da Súmula 244 estabelece que durante o período de garantia de emprego a empregada tem direito de ser reintegrada. Terminada esta garantia ela terá direito à indenização (salários e demais direitos correspondente ao período da estabilidade). O inciso III não asseguraestabilidade durante o contrato de experiência, por ser contrato de prazo determinado. 7.5. Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90): do direito da profissionalização e à proteção no trabalho: Capítulo V: Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. (Vide Constituição Federal) O art. 60 da Lei 8.069/90 foi revogado pela Emenda Constitucional 20/98 que eleva para 16 anos o piso etário para qualquer trabalho, salvo na condição de aprendiz a partir de 14 anos. Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei. Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico- profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 33 Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios: I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular; II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente; III - horário especial para o exercício das atividades. Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem. Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários. Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido. Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho: I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte; II - perigoso, insalubre ou penoso; III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social; IV - realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à escola. Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade de entidade governamental ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade regular remunerada. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 34 § 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem sobre o aspecto produtivo. § 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo. Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre outros: I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento; II - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho. 7.6. Lei 9.029/95: Como visto, razões históricas fizeram e permanecem fazendo com que o legislador estipule normas de proteção ao trabalho. Essas normas podem ser constitucionais ou infraconstitucionais. No caso especificamente da mulher, com relação à maternidade e eventual discriminação daí decorrente, embora a Constituição Federal e a CLT a protejam - a CLT em seu artigo 391 e a Constituição Federal no artigo 10, alínea "a" do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - , há casos em que o fato da mulher ter se casado ou se encontrar em estado de gravidez são determinantes para sua exclusão do quadro funcional da empresa. Essa prática é comum e pode se materializar por meio da requisição, por parte do empregador, da exigência de exames prévios de não gravidez e de esterilização, não obstante a vedação legal. Nesses casos, a lei 9029/95 protege o direito à intimidade da mulher. Com fundamento no art. 7º, XXXI, da CF, bem como nos artigos 1º e 4º, da Lei nº 9.029/95, que proíbem as práticas discriminatórias para efeitos de permanência da relação jurídica de trabalho, em caso de comprovada dispensa discriminatória é possível o trabalhador ser reintegrado ao emprego, com o pagamento dos salários e benefícios do período de afastamento, sem embargo de fazer jus a indenização por danos morais a tanto. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 35 Não há negar que a Constituição Federal de 1988 consagrou os direitos fundamentais no estímulo ao bem de todos, sem preconceitos e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, IV); além da igualdade entre os cidadãos (art. 5º, caput e I); proibição de distinção de salários, funções, critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil (art. 7º, XXX); na justiça social garantida pela busca do pleno emprego e na redução das desigualdades sociais (art. 170, VII e VIII). Nesse sentido, a preocupação de evitar a discriminação nas relações de trabalho vem desde a contratação do trabalhador, que deve ter como pano de fundo as garantias e princípios constitucionais que fundamentam o Estado Democrático de Direito, para que não haja ofensa aos princípios primordiais da Constituição Federal, concernentes à dignidade da pessoa humana, ao valor social do trabalho, à igualdade, à não-discriminação e à busca do pleno emprego. Ainda, com relação à dispensa, a empresa privada não se encontra em campo neutro quando se trata de promover meios de sobrevivência digna ao trabalhador. A liberdade de iniciativa não representa um aval para dispensas abusivas. Trata-se de garantia constitucional que deve conviver em harmonia com outros valores constitucionais, como a dignidade humana, a igualdade e a valorização social do trabalho. Além da Constituição Federal, que observou as diretrizes das Convenções da OIT, as práticas discriminatórias, também, são alvo de legislações infraconstitucionais, sendo a mais específica, nas relações de trabalho, a Lei 9.029, de 13 de abril de 1995. Ficou expressamente previsto, no seu artigo 1º, que é proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso à relação de emprego, ou sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade, ressalvadas, nesse último caso, as hipóteses de proteção ao menor previstas constitucionalmente. Especificamente ainda, em relação à mulher empregada, constituem crime as práticas discriminatórias de exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez, de adoção de quaisquer medidas, de iniciativa do empregador, que configurem indução à esterilização genética, promoção ou controle de natalidade. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 36 O remédio mais evidente que existe contra a discriminação, no direito brasileiro, é a indenização pelo dano moral... Sem embargo disso, após a publicação da Lei n. 9.029, de 1995, passou, o trabalhador, a contar com uma nova opção: a reintegração.” Nos Estados Unidos, através de ações afirmativas, o Estado não contrata empresas que não tenham ações afirmativas e não faz empréstimos financeiros a empresas judicialou administrativamente reconhecidas como praticantes de discriminação. No Brasil, a proposição inicial da Lei 9.029/95 previa proibições de contratação pelo governo, no entanto tais proibições acabaram não sendo aprovadas. Portanto, o texto vigente da Lei 9029/95, em seu artigo 3º, prevê em caso de sua inobservância, a cominação de sanções trabalhistas (indenização ou readmissão), cumulativamente com sanção administrativa (multa de dez vezes o maior salário pago pelo o empregador) e ainda de sanção econômico-financeira (a vedação de obtenção de financiamento perante instituição oficial). Assim, quanto à reparação dos danos ante a inobservância aos termos da Lei 9.029/95, ou seja, nos casos de discriminação ali previstos, é facultado ao empregado – vítima da prática discriminatória, a opção pela readmissão, com ressarcimento integral do período de afastamento, ou a percepção em dobro da remuneração do período de afastamento. Pode-se dizer que a menção à readmissão no texto legal constitui uma impropriedade técnica. Isso porque a readmissão ocorre quando o contrato de trabalho foi validamente rescindido, por pedido de demissão do empregado, término de contrato a termo, ou despedida sem justa causa, sendo esse mesmo empregado posteriormente readmitido à empresa. Já a reintegração é a conseqüência da nulidade da dispensa, não permitida pela lei. Quando a dispensa do empregado decorre de ato discriminatório do empregador, vedado pelo ordenamento jurídico, a hipótese é, pois, de reintegração, não de readmissão. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 37 Como o respeito à honra e dignidade do trabalhador é um dever contraído pelo empregador ao contratá-lo, segue-se que a prática, por este último, de atos que discriminem o empregado por sua cor, origem, raça, sexo, estado civil, situação familiar ou idade, importarão em falta a este dever ínsito ao contrato de trabalho, cabendo, então indenização por danos materiais e morais, com fundamento no artigo 5º, incisos V e X, e no artigo 114 da Constituição Federal c/c os artigos 186 e 187 do Código Civil. Cabe ainda asseverar que, além da hipótese de reparação dos danos à vítima da prática discriminatória, a Lei 9.029/95 prevê, sobretudo, punição ao seu infrator. Além das sanções trabalhistas, referida lei prevê que seu infrator poderá ser punido criminalmente se cometer alguma das práticas discriminatórias previstas em seu artigo 2º, além daquelas expressamente previstas que tipificam crimes resultantes de preconceito de etnia, raça ou cor. Enfim, a Lei 9029/95, específica à análise das práticas discriminatórias nas relações de trabalho, dispõe tanto de sanções trabalhistas de reparação dos danos, quanto de sanções administrativas e econômico- financeiras, como também punitivas, cabendo serem efetivadas às largas. A Lei 9.029/95 Proíbe a exigência de atestados de gravidez e esterilização, e outras práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência da relação jurídica de trabalho, e dá outras providências. Lei 9.029/95 Art. 1º Fica proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso a relação de emprego, ou sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade, ressalvadas, neste caso, as hipóteses de proteção ao menor previstas no inciso XXXIII, do art. 7º da Constituição Federal. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 38 Art. 2º Constituem crime as seguintes práticas discriminatórias: I - a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez; II - a adoção de quaisquer medidas, de iniciativa do empregador, que configurem; a) indução ou instigamento à esterilização genética; b) promoção do controle de natalidade, assim não considerado o oferecimento de serviços e de aconselhamento ou planejamento familiar, realizados através de instituições públicas ou privadas, submetidas às normas do Sistema Único de Saúde (SUS). Pena: detenção de um a dois anos e multa. Parágrafo único. São sujeitos ativos dos crimes a que se refere este artigo: I - a pessoa física empregadora; II - o representante legal do empregador, como definido na legislação trabalhista; III - o dirigente, direto ou por delegação, de órgãos públicos e entidades das administrações públicas direta, indireta e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Art. 3o Sem prejuízo do prescrito no art. 2o e nos dispositivos legais que tipificam os crimes resultantes de preconceito de etnia, raça ou cor, as infrações do disposto nesta Lei são passíveis das seguintes cominações:(Redação dada pela Lei nº 12.288, de 2010) I - multa administrativa de dez vezes o valor do maior salário pago pelo empregador, elevado em cinqüenta por cento em caso de reincidência; II - proibição de obter empréstimo ou financiamento junto a instituições financeiras oficiais. Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 39 Art. 4o O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes desta Lei, além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre: (Redação dada pela Lei nº 12.288, de 2010) I - a readmissão com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente, acrescidas dos juros legais; II - a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais. Coloquei algumas questões da CESPE, embora o nosso foco seja a FCC, pois considerei importante a forma de abordagem das questões para o treino de vocês. 7.7. Questões FCC e CESPE sem comentários: 1. (FCC – PGE-AM – 2010) No que se relaciona à segurança e medicina do trabalho é correto afirmar: (A) Cabe às empresas e ao Ministério Público do Trabalho instruir os e pregados, por meio de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. (B) A doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social, não é considerada acidente de trabalho. (C) Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. (D) Não cabe às empresas filantrópicas e sem fins lucrativos adotar as medidas determinadas pelo órgão regional competente, na medida em que se tratam de empregadores diferenciados. (E) Cabe às empresas facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente e impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes do Regulamento da Empresa. Vamos aos exercícios! Isolado Direito do Trabalho TRT – RIO Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 40 2. (FCC – Analista Judiciário - TRT 23ª Região -2011) Segundo súmula do Tribunal Superior do Trabalho, a fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e proporcional
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