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Direito Processual do Trabalho 1º Bimestre

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DISCIPLINA:Processual do Trabalho -Prof.Luiz Gustavo do Amaral
	Aula 02 -02/03/16
Conceito:
“Conceituamos o direito processual do trabalho como ramo da ciência jurídica, constituído por um sistema de princípios, normas e instituições próprias, que tem por objeto promover a pacificação justa dos conflitos decorrentes das relações jurídicas tuteladas pelo direito material do trabalho e regular o funcionamento dos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho”. Ou seja 
Direito processual do trabalho é oRamo da ciência jurídica, dotado de normas e princípios próprios para atuação do direito do trabalho e que disciplina a atividade das partes, juízes e seus auxiliares no processo individual e coletivo.
Autonomia
Em relação à autonomia do direito processual do trabalho perante o direito processual comum, ainda existem divergências na doutrina, nascendo duas teorias, a monista e a dualista. 
A teoria monista, minoritária, preconiza que o direito processual é unitário, formado por normas que não diferem substancialmente a ponto de justificar a divisão e autonomia do direito processual do trabalho, do direito processual civil e do direito processual penal. 
Neste contexto, para a teoria monista, o processo do trabalho não seria regido por leis e estruturas próprias que justificassem a sua autonomia em relação ao processo civil, constituindo-se o direito instrumental laboral em simples desdobramento do direito processual civil. 
A teoria dualista, significativamente majoritária, sustenta a autonomia do direito processual do trabalho perante o direito processual comum, uma vez que o direito instrumental laboral possui regulamentação própria na Consolidação das Leis do Trabalho, sendo inclusive dotados de princípios e peculiaridades que o diferenciam, substancialmente, do processo civil. 
É o próprio texto consolidado que determina a aplicação, apenas subsidiária, das regras de processo civil, em caso de lacuna da norma instrumental trabalhista (art. 769 da CLT)
- Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.
Monista – teoria minoritária - Preconiza que o Direito processual é Unitário
Normas que não diferem dos preceitos das demais - normas processuais (Civil e Penal) - Corrente minoritária
Dualista - Justifica a autonomia do direito processual do trabalho perante o direito processual comum; - Possui Regulamentação própria => CLT - Sendo dotado de princípios e peculiaridades específicos que o diferenciam do processo civil; - Corrente majoritária
EFICÁCIA DA LEI PROCESSUAL
1.Tempo
Exceção à regra Art. 1º. LINDB “salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada”. 
Em regra, as disposições do direito processual do trabalho entram em vigor a partir da data de publicação da lei, com eficácia imediata, alcançando os processos em andamento.
O processo, de maneira ampla, compreende uma série de atos processuais que se coordenam e se sucedem no curso do procedimento, iniciando-se com a petição inicial até o trânsito em julgado da sentença.
Princípio da Imediatidade da lei processual (art. 763)- O processo da Justiça do Trabalho, no que concerne aos dissídios individuais e coletivos e à aplicação de penalidades, reger-se-á, em todo o território nacional, pelas normas estabelecidas neste Título.
Isolamento dos atos processuais – a lei processual nova regulará apenas os atos processuais que serão praticados após sua vigência, não alcançando os atos já realizados sob a égide da lei anterior.
Abrange processo em andamento (CLT, arts. 912 e 915)
O direito processual pátrio adota o sistema denominado “isolamento dos atos processuais”, o qual estabelece que, estando em desenvolvimento um processo, a lei processual nova regulará apenas os atos processuais que serão praticados após sua vigência, não alcançando os atos já realizados sob a égide da lei anterior, os quais serão considerados válidos, produzindo todos os regulares efeitos previstos pela lei velha.
O art. 912 da CLT, o qual estabelece que “os dispositivos de caráter imperativo terão aplicação imediata às relações iniciadas, mas não consumadas, antes da vigência desta Consolidação”. Logo, os atos processuais já praticados antes da entrada em vigor da lei processual nova estarão resguardados, por constituírem ato jurídico perfeito e acabado, ou seja, os atos processuais praticados sob vigência da lei revogada mantêm plena eficácia depois de promulgada a lei nova, mesmo que esta estabeleça preceitos de conteúdos diferentes.
Os atos processuais não são atingidos pelo novo dispositivo legal, tendo em vista o princípio da irretroatividade da norma processual. Todavia, no caso de lei processual nova, cujo conteúdo envolva disposições atinentes à jurisdição e competência, terá a mesma aplicação imediata, regendo o processo e julgamento de fatos anteriores à sua promulgação
Por fim, o art. 915 consolidado estabelece que não serão prejudicados os recursos interpostos com apoio em dispositivos alterados ou cujo prazo para interposição esteja em curso à data da vigência da Consolidação das Leis do Trabalho. Em outras palavras, ao propor uma ação trabalhista, a parte ainda não possui direito adquirido ao recurso, mas, sim, mera expectativa de direito. O direito ao recurso será exercido de acordo com a lei vigente no momento da publicação da decisão de que se pretende recorrer.
EFICÁCIA DA LEI PROCESSUAL
2. Espaço
A eficácia da lei processual no espaço diz respeito ao território em que vai ser aplicado o dispositivo legal. No Brasil, prevalece o princípio da territorialidade, vigorando a lei processual trabalhista em todo o território nacional, sendo aplicada tanto aos brasileiros quanto aos estrangeiros residentes no Brasil. Destaque-se, todavia, que a execução da sentença estrangeira no Brasil depende de homologação do Superior Tribunal de Justiça, nos termos do art. 105, I, i, da CF/1988, com redação dada pela EC 45/2004, conhecida esta homologação como “juízo de delibação”. 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; 
FONTES FORMAIS 
Normas cogentes em regra
Aquela que se torna obrigatória, de maneira coercitiva,mesmo que venha constranger a vontade do indivíduo aque se aplica, bastando haver relação de causalidade paraque a norma incida sobre ele.
Aplicam-se mesmo que as partes tenham argumentos contrários diante dos fatos
FONTES FORMAIS
Leis próprias – CF, CLT
Leis subsidiárias do direito comum – tudo que não for trabalhista 
Jurisprudência
Súmulas, jurisprudência não sumuladas, precedentes normativos, orientações jurisprudenciais
Atos e regimentos expedidos pelos Tribunais
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS
1. Origem
1.1. De Origem Próprias (de origem na legislação processual específica de processo específico do processo do trabalho e que estãocontidas em molduras legais trabalhistas) desde 1946 art 111 a 116 cf/88.
CF 1946 (a primeira e mais importante)
CF 1988 (arts. 111 a 116)
CLT
Leis Esparsas e Decretos
1.2. Subsidiárias
CPC
Leis Esparsas
Decretos
Costumes
Direito Internacional
Tratado de Assunção (constituiu o Mercosul – dispôs sobrecondições de trabalho dos quatros países fundadores(Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai)
2. Matéria
2.1. Organizações (estrutura dos órgãos da jurisdição eas relações entre estes como um sistema)
2.2. Competência (dividir entre esses órgãos o trabalhoque vão realizar = territórios)
2.3. Ação (envolvem ampla série de temas, todos unificadosem torno do direito de ação, os tipos de ações e as garantiasdo divido processo legal como meio de assegurar o direitopúblico subjetivo de exigir a prestação jurisdicional).
2.4. Processo ou procedimento (dispõem sobre a relaçãojurídica processual em sua estrutura e em seutrâmite comtodas as fases do seu desenvolvimento até o final do processo)
PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Os princípios também atuam como fonte integradora da norma, suprindo as omissões e lacunas do ordenamento jurídico. 
Exercem ainda os princípios importante função, atuando como instrumento orientador na interpretação de determinada norma pelo operador do direito. 
Os princípios, portanto, desempenham uma tríplice função: informativa, normativa e interpretativa.
LICC – art. 4ºQuando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Consolidação das Leis do Trabalho
Princípio da Imediatidade da lei processual (art. 763, 820)
O princípio da imediação ou da imediatidade permite um contato direto do juiz com as partes, testemunhas, peritos, terceiros e com a própria coisa litigiosa, objetivando firmar o seu convencimento, mediante a busca da verdade real
Princípio Inquisitório (art. 765)
Confere ao juiz a função de impulsionar o processo, na busca da solução do litígio. 
Uma vez proposta a demanda, por iniciativa da parte, caberá ao juiz impulsioná-la, de ofício, em busca da efetiva e célere prestação da tutela jurisdicional (art. 262 do CPC). 
No processo do trabalho, esse princípio está consubstanciado no art. 765 da CLT, segundo o qual os juízos e tribunais do trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento da celeuma.
Princípio da concentração dos atos processuais (art. 849) 
O princípio da concentração dos atos processuais objetiva que a tutela jurisdicional seja prestada no menor tempo possível, concentrando os atos processuais em uma única audiência. Dispõe o art. 849 da CLT que a audiência de julgamento será contínua. Todavia, se não for possível concluí-la no mesmo dia, caberá ao juiz designar nova data para o seu prosseguimento. Em verdade, os juízes do trabalho vêm adotando a praxe, no procedimento comum, de dividir a audiência em três sessões (audiência de conciliação, audiência de instrução e audiência de julgamento). Não obstante, ainda existem alguns juízes que, mesmo no procedimento comum, realizam sessão única, concentrando todos os atos processuais em um só momento.
Princípio da Oralidade (art. 847, 846 e 850, 848, 795) 
O princípio da oralidade consubstancia-se na realização de atos processuais pelas partes e pelo próprio magistrado na própria audiência, de forma verbal, oral. 
No processo do trabalho o princípio da oralidade é muito aplicado, podemos mencionar os seguintes exemplos:
a) leitura da reclamação – art. 847 da CLT; 
b) defesa oral em 20 minutos – art. 847 da CLT; 
c) 1. a e 2. a tentativas de conciliação – arts. 846 e 850 da CLT; 
d) interrogatório das partes – art. 848 da CLT; 
e) oitiva das testemunhas – art. 848, § 2.°, da CLT; 
f) razões finais em 10 minutos – art. 850 da CLT; 
g) protesto em audiência – art. 795 da CLT.
Art, 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes 
Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.
Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão        
Art. 848 - Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, exofficio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes. 
§ 2º - Serão, a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver.
Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias (art. 893)
Decisão interlocutória, conforme previsto no art. 162, § 2.°, do CPC, é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente. O processo do trabalho traz em seu bojo uma peculiaridade ao informar, no art. 893, § 1.°, da CLT, que as decisões interlocutórias não são recorríveis de imediato, somente permitindo-se a apreciação do seu merecimento em recurso da decisão definitiva. O Tribunal Superior do Trabalho, em relação à possibilidade de recurso em face de decisão interlocutória, por meio da Resolução 127/2005, publicada no DJU em 16.03.2005, revisou a Súmula 214, que passou a ter a seguinte redação: “S. 214/TST – Decisão interlocutória. Irrecorribilidade. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1.°, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso de imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2.°, da CLT”.
Princípio da conciliação (art. 764)
O art. 764 da CLT contempla, de forma explícita, o princípio da conciliação, ao dispor que os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. Neste contexto, os juízes e tribunais do trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos (art. 764, § 1.°, da CLT). Frise-se que, mesmo após encerrado o juízo conciliatório, é lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo (art. 764, § 3.°, da CLT). Outrossim, a Súmula 259 do TST que somente por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT.
CPC
Princípio Dispositivo ou Inércia da Jurisdição (art. 2º) 
O princípio dispositivo, também chamado de princípio da inércia da jurisdição, previsto no art. 2.° do CPC, informa que nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer. 
Logo, o processo começa com a iniciativa da parte, muito embora se desenvolva por impulso oficial (art. 262 do CPC). 
Em outras palavras, o princípio dispositivo impede que o magistrado instaure ex oficio o processo trabalhista.
Exceção ex oficio – dissidio coletivo
Princípio da Identidade do Juiz (art. 132)
O princípio da identidade física do juiz determina que o juiz que colheu a prova (depoimento pessoal das partes, oitiva das testemunhas, esclarecimentos verbais do perito etc.) é quem deve proferir a sentença.
“Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor”.
Princípio do contraditório e ampla defesa (art. 125, I)
Previsto também na CF, art. 5º, LV
Princípio da Lealdade Processual (art. 14, II)
O Código de Processo Civil traz em seu bojo dispositivos que objetivam inibir ou punir a parte que aja com má-fé ou com falta de lealdade processual,
Constitucionais
Princípio Imparcialidade do Juiz (art. 95) 
O princípio da imparcialidade do juiz está intimamente ligado ao princípio do contraditório e da ampla defesa, pois a imparcialidade do magistrado na direção e condução do processo certamente assegurará a igualdade de tratamento das partes e, principalmente, a garantia de justiça.
Princípio do Juiz Natural (art. 5º, XXXVII e LIII) 
O princípio em destaque impede que seja conferida competência não prevista na Carta Maior a quaisquer órgãos julgadores, ou mesmo seja estabelecido juízo ou tribunal de exceção, devendo ser respeitadas as regras objetivas de determinação de competência, prestigiando-se, assim, a independência e a imparcialidadeda autoridade julgadora. 
Princípio da motivação das decisões (art. 93, IX)
sob pena de nulidade, as decisões judiciais devem ser fundamentadas, motivadas.
Princípio do Devido processo Legal (art. 5º, LIV)
Encontra-se previsto, expressamente, no art. 5.°, LIV, da CF/1988, dispondo que ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição (art. 102, I, b)
O princípio do duplo grau de jurisdição impõe a obrigatoriedade, pelo menos, de duas instâncias (judicial ou administrativa, conforme o caso), bem como o atinente recurso que garanta às partes a devolução da matéria apreciada à instância superior.
Aula 03 -09/03/16
Organização da Justiça do Trabalho
CF, art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:
I – O Tribunal Superior do Trabalho
II – Os Tribunais Regionais do Trabalho
III – Juízes do Trabalho
Estrutura é Federalizada: As ações tem cunho federal:
O judiciário trabalhista é dividido em três graus de jurisdição: TST(terceiro grau), TRT (segundo grau), e os juízes do trabalho (primeiro grau, que exercem jurisdição na vara do trabalho); 
Tribunal Superior do Trabalho:
O TST surgiu em 1946/CF, momento em que a Justiça do Trabalho foi integrada no Poder Judiciário.
O TST é o órgão máximo da Justiça do Trabalho. Tem sua sede em Brasília-DF e jurisdição em todo território nacional.
Previsão Legal
CF, Art. 92, § 1º - O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal.
Composição do TST
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. 
Dessa totalidade de 27 ministros, Um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94
Os demais dentre juízes dos tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. 
SENADO => Maioria Absoluta
Número fixo, correspondente a mais da metade do total de seus membros. A maioria absoluta será atingida com 41 senadores
Quinto Constitucional
Lista sêxtupla elaborada pela OAB e pelo Ministério Público indicando os nomes. A indicação da OAB e Ministério Público ocorrerá alternadamente. O TST formará uma lista tríplice. 
Essa lista é encaminhada ao Chefe do Poder Executivo, que, no prazo de 20 dias, escolhe um dentre os três nomes. O escolhido será sabatinado pelo Senado. Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania
27 senadores titulares e 27 senadores suplentes. Aprovado, será nomeado pelo Presidente da República
Membros => titulação
Os magistrados do TST recebem o título constitucional de MINISTROS. A exemplo de todos os tribunais superiores e do próprio Tribunal de Contas da União. 
Resolução Administrativa n.º 1.295/2008 (art. 59) Os órgãos que compõem o próprio tst: 
I – Tribunal Pleno
II – Órgão Especial
III – Seção Especializada em Dissídios Coletivos
IV - Seção Especializada em Dissídios Individuais, dividida em duas seções
V - Turmas
Tribunal Pleno
Formado por todos os ministros da corte. Atribuição, dentre outras, de dar posse aos membros eleitos para cargo de direção e aos ministros nomeados para o Tribunal. No pleno são voltadas as súmulas do TST
Órgão Especial
Formado por 17 ministros (quórum mínimo de 08)
Delibera sobre disponibilidade ou aposentadoria de magistrado, escolhe juízes dos TRTs para substituir ministros em afastamentos superiores a 30 dias, julga mandados de segurança contra atos de ministros do TST e recursos contra decisão em matéria de concurso para a magistratura do trabalho e contra decisões do corregedor-geral da Justiça do Trabalho
Seção Especializada em Dissídios Coletivos - SDC
Composta por 09 ministros (quórum mínimo 05)
Julga dissídios coletivos de natureza econômica e jurídica, recursos contra decisões dos TRTs em dissídios coletivos, embargos infringentes e agravos de instrumento, além de revisão de suas próprias sentenças e homologação das conciliações feitas nos dissídios coletivos
Seção de Dissídios Individuais I – SDI-I
Composta por 14 ministros (quórum mínimo 08)
É o órgão revisor das decisões das Turmas e unificador da jurisprudência do TST
Julga agravos, agravos regimentais e recursos de embargos contra decisões divergentes das Turmas ou destas que divirjam de entendimento da Seção de Dissídios Individuais, de Orientação Jurisprudencial ou de Súmula
Seção de Dissídios Individuais II – SDI-II
Formada por 10 ministros (quórum mínimo 06)
Julgar ações rescisórias, mandados de segurança, ações cautelares, habeas corpus, conflitos de competência, recursos ordinários e agravos de instrumento
Tribunais Regionais do Trabalho:
Constituição de 1946Substituiu os Conselhos Regionais do Trabalho pelo TRT.
Previsão- CF, art. 115
Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respetiva região, e nomeados pelo Presente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos
Composição
Um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94. 
Os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente
Justiça Itinerante (CF, art. 115, § 1º)
Realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. Isso, sem dúvida, vai favorecer a população, pois a justiça “móvel” propiciará melhor acesso ao Judiciário das pessoas que residem em lugares distantes dos centros urbanos
Câmaras Regionais (CF, art. 115, § 2º)
Descentralização das funções judiciárias. Assegurar pleno acesso às partes em todas as fases do processo.
Deverão atuar nos Estados onde não há Tribunal Regional. Ex. Amapa, Roraima, Acre.
Ao todo são 24 TRTs
São Paulo possui 02
Não possuem TRTs: Tocantins, Amapá, Roraima, Acre
TRT 9 - Paraná
Varas Itinerantes (seis)
Goioerê vinculada à V. T. de Campo Mourão
Loanda vinculada à V. T. de Paranavaí
Rio Negro vinculada à V. T. de São José dos Pinhais
Medianeira vinculada à V. T. de Foz do Iguaçu
Pitanga vinculada à V. T. de Ivaiporã
São Mateus do Sul vinculada à V. T. de União da Vitór
Juízes do Trabalho:
Previsão Legal
CF, art. 116
A jurisdição trabalhista no primeiro grau, passou a ser exercida por um juiz singular, denominado juiz do trabalho, que exerce suas funções nas denominadas varas do trabalho.
Exceção: Art. 112 - Juízes de direito nas Comarcas não abrangidas por sua jurisdição trabalhista
Recurso para o respectivo Trib. Reg. do Trabalho.
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
Art. 668 CLT - Recepcionou o art. 112 CF - Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Juntas de Conciliação e Julgamento, os Juízos de Direito são os órgãos de administração da Justiça do Trabalho, com a jurisdição que lhes for determinada pela lei de organização judiciária local.  (Vide Constituição Federal de 1988)
“O Juiz do Trabalho ingressará na carreira como Juiz do Trabalho Substituto, após aprovação em concurso público de provas e títulos, sendo designado pelo Presidente do TRT para auxiliar ou substituir nas Varas do Trabalho. Após dois anos de exercício, o Juiz do Trabalho substituto torna-se vitalício. Alternadamente, por antiguidade ou merecimento, o Juiz será promovido a juiz Titular da Vara do Trabalho e, posteriormente, pelo mesmocritério, a juiz do Tribunal Regional do Trabalho. Além disso, poderá chegar ao posto de Ministro do Tribunal Superior do Trabalho desde que preencha os requisitos constitucionais”.
Aula 04 -16/03/16
Auxiliares do Juiz
A execução dos trabalhos o juiz conta com o apoio de diversas funções exercidas por auxiliares, comuns a todos os órgãos judiciais que dividem a mesma competência, como os distribuidores, contador e o serviço de dados econômicos. E os específicos, permanentes funcionários como o diretor de secretaria e o oficial de justiça ou eventuais não funcionários, como os peritos.
Comuns: Contador - Distribuidor
Específicos: Diretor de Secretaria, Oficial de justiça.
Secretaria:Art. 710 a 712 CLT trata da Secretaria.	
Para auxiliar nos serviços burocráticos a vara tem uma secretaria. Cabe-lhe o recebimento, autuação, andamento, guarda, conservação do processo e outros papeis registro das decisões etc... 
O Serviço de Secretaria é dirigido por um diretor de secretariaque é responsável pelo cumprimento das ordens do juiz. O diretor da secretaria possui auxiliares que o ajudara no cumprimento das ordens.
Oficial de Justiça e oficial de Justiça Avaliador: Art. 721 CLT
Os oficiais de justiça: executam atos que lhe são cometidos pelo juiz decorrentes da execução da sentença, ou seja, Citação da parte para a execução, a penhora de bens, remoção de bens penhorados, notificação das testemunhas,
Regiões sem oficiais de justiça ou estiverem impedidos: Qualquer funcionário designado pelo juiz.
Oficial de justiça avaliador: é o mesmo funcionário, mas atua também como perito avaliador dos bens penhorados, elaborando um laudo que atribui determinado valor aos bens que serão vendidos judicialmente.
Os oficiais de justiça ou são lotados numa vara ou agrupados em uma central de distribuição de mandados de todos os juízes (sorteio). Os oficiais de justiça ou avaliadores tem um prazo de 09 dias para cumprir os mandados judiciais, causando prejuízo (morosidade) ao exequente se não cumprir em 09 dias. Podem se valer de suporte policial se encontrar resistência, casos de extrema necessidade.
Distribuidor: Clt art. 713 a 715 / Ncpc 284 a 290
Nas localidades onde existe mais de uma vara há um Distribuidor.
Compete ao distribuidor, pela ordem de entrada e sucessivamente para cada vara distribuir os feitos, (processos, cartas precatórias) fornecer certidões ou recibos aos interessados... Os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional dentre os funcionários da vara.
A distribuição é Geral ou Especifica; geral, o processo entra é peticionado e vai para umas das varas... Especifica é por dependência, juiz provento, processo anterior conexo.
Contador:
Contador é funcionário permanente do judiciário, perito é auxiliar eventual do juiz por este designado pra um processo.
Contador faz os cálculos de juros de mora, atualizações e outros que lhe são atribuídos pelo juiz.
Procuradores Ministério Público do Trabalho
Ministério Público: Incumbe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. (art. 127 CF)
Ministério Público do Trabalho CF. 128, b – previsão legal.
O ministério público da união abrange o ministério publico do trabalho, integrado por procuradores. 
Art. 129, III São funções institucionais do Ministério Público:
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
Garantias:
Vitaliciedade
Irredutibilidade
Inamovibilidade
Os procuradores do trabalho têm garantias de vitaliciedade após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo se não por sentença judicial transitada em julgado; de irredutibilidade do subsidio remuneratório e da inamovibilidade, salvo por interesse publico mediante decisão do órgão colegiado competente do ministério publico, por voto de maioria absoluta dos seus membros, assegurado ampla defesa.
Vedações:
Exercício da advocacia;
Participação em sociedade comercial;
Exercício de outra função publica, salvo em cargo de magistério;
Atividade político-partidária;
Estatuto Ministério Publico do Trabalho: LC 75/93
  Art. 85. São órgãos do Ministério Público do Trabalho:
        I - o Procurador-Geral do Trabalho;
        II - o Colégio de Procuradores do Trabalho;
        III - o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho;
        IV - a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho;
        V - a Corregedoria do Ministério Público do Trabalho;
        VI - os Subprocuradores-Gerais do Trabalho;
        VII - os Procuradores Regionais do Trabalho;
        VIII - os Procuradores do Trabalho.
Havendo dissidio coletivo sem greve o ministério publico vai apenas opinar, para que se possa resolver o dissidio. 
Art. 114 § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.
Defensoria Publica CF art. 134
A defensoria publica é instituição essencial à função jurisdicional do estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa em todos os graus, dos necessitados. 
Art. 5º LXXIV - O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
Sua atribuição é concorrente com os sindicatos, que são obrigados a manter serviços de assistência judiciaria aos associados. CLT – 514, b
É devida a todo aquele que perceber salario igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual beneficio ao trabalhador de maior salario, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar sem prejuízo do sustento próprio ou da família.
Advocacia da União
A AGU representa a união judicialmente e extrajudicialmente, cabendo-lhe atividades de consultoria e assessoramento jurídico do poder executivo.
	Competência da Justiça do Trabalho
Em razão da NATUREZA JURÍDICA 
Em razão da Matéria
Pessoas 
Em razão do LUGAR
Competência territorial 
Em razão da HIERARQUIA DOS ÓRGÃOS 
Competência funcional
Competência quanto a Matéria/Pessoas CF art. 114/CLT 652
A competência em razão da matéria é definida em função da natureza da lide descrita na peça inaugural, ou seja, a competência é firmada em função da causa de pedir e dos pedidos contidos na petição inicial. 
No âmbito da Justiça laboral, a competência é definida em razão da matéria e tem como fundamento jurídico principal o art. 114 da Carta Maior, artigo este alterado pela EC 45/2004, a qual ampliou, significativamente, a competência material da Justiça do Trabalho.
É absoluta – É aquela que pode ser conhecida ex oficio, antes do transito em julgado.
A parte Reclamada poderá arguir em preliminar de defesa 
Pode ser invocada antes do trânsito em julgado 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
II as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
IX outras controvérsiasdecorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito
Competência quanto a Matéria/Pessoas art. 114 CF / 652 CLT
IncisoI - As ações oriundas da relação de trabalho
Após a EC 45/2004, a Justiça do Trabalho passou a ter competência para processar e julgar qualquer relação de trabalho e não só a relação de emprego, as resultantes de pequena empreitada e as firmadas entre trabalhadores portuários e operadores portuários ou OGMO.
Nesta esteira, um pedreiro, um pintor, um marceneiro, ou qualquer outro profissional autônomo que não receber pelos serviços prestados, embora não seja empregado do tomador de serviços em função da ausência de subordinação, ajuizará eventual demanda perante a Justiça laboral.
Relação de trabalho que se equipara a relação de consumo não é de competência da Justiça Trabalhista (Ex.: advogado, médicos, dentistas pleiteando cobrança de honorários) 
Súmula 363 STJ
O TST e o STJ (S. 363) vem formando entendimento no sentido da incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar ação de cobrança de honorários proposta por advogado pessoa física
Impende destacar que no julgamento do RR-48900-38.2008.5.15.0051, a SDI-1 posicionou-se pela incompetência da Justiça do Trabalho em ações de cobrança de honorários proposta por profissional autônomo. No mesmo sentido temos a Súmula 363 do STJ, que estabelece que compete à Justiça Estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente
Abrangidos os entes públicos externo 
Competência da Justiça Trabalhista (Ex. Ação movida por empregado contra consulado pleiteando verbas rescisórias) 
E da administração pública direta e indireta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios 
ADIn n.º 3395 => Não é competência da Justiça do Trabalho ações envolvendo Estatutários 
Portanto, em face da interpretação manifestada pelo Supremo Tribunal Federal, temos que a Justiça do Trabalho é incompetente para conciliar e julgar as ações envolvendo servidores públicos estatutários, sendo competente a Justiça Federal (no caso de ações que envolvam servidores públicos federais) ou a Justiça Estadual (na hipótese de ações que envolvam servidores públicos estaduais ou municipais)
Servidores celetistas CLT =>Competência da JT
Inciso II - Matéria relativa a questões emanadas da greve 
Mesmo que tenham preceitos de direito civil (Ex.: Esbulho possessório [quando os grevistas fecham a empresa]) 
Exceção=>matéria penal
O STF editou a Súmula Vinculante 23, estabelecendo que a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.
Inciso III - Ações sobre representação sindical
O Inciso III atribui competência à Justiça do Trabalho para processar e julgar ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores. 
Inicialmente, tendo em vista que o diploma constitucional em comento somente se refere a “sindicatos”, entendemos que deve ser conferida uma interpretação extensiva ao texto legal, para nele compreender também as federações e confederações.
Assim, quando dois ou mais sindicatos disputarem base territorial de representação de categoria, tal matéria estará afeta à seara trabalhista
Inciso IV - Mandado de segurança, habeas corpus e habeas data
Contra qualquer autoridade coatora quando houver matéria trabalhista (Novidade imposta pela EC 45/2004) 
 - Ex: fiscal do trabalho quando comete irregularidade, cerceamento de liberdade proferida por um delegado regional do trabalho.
Os Juízes de primeiro grau passam a ter competência para julgar MS e HC 
Exceção => autoridade coatora interna a Justiça do Trabalho (Juiz ou Desembargador) competência será dos TRTs
Inciso V - Conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista
Assuntos relacionados a divergência entre órgãos com jurisdição trabalhista 
Exceção: CF,art.102,I “o”
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
 o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;
O conflito de competência ocorre quando: 
• dois ou mais juízes se declaram competentes (conflito positivo de competência); 
• dois ou mais juízes se declaram incompetentes (conflito negativo de competência); 
• entre dois ou mais juízes surge controvérsia sobre a reunião ou separação de processos (arts. 115 do CPC e 804 da CLT).
No âmbito laboral, o conflito de competência pode ser suscitado pelos juízes e tribunais do trabalho, pelo Ministério Público do Trabalho ou pela parte interessada. No que concerne à parte interessada, o art. 806 da CLT dispõe que, se ela já houver oposto na causa exceção de incompetência, estará proibida de suscitar o conflito. Os conflitos de competência serão resolvidos: 
• Pelos TRTs, quando suscitado entre Varas do Trabalho da mesma região, entre juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista da mesma região, ou entre Varas do Trabalho e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista (na mesma região) – art. 808 da CLT; 
• Pelo TST, quando suscitado entre TRTs, entre Varas do Trabalho e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes – art. 808 da CLT; 
• Pelo Superior Tribunal de Justiça, quando suscitado entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, “o”, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos. Destaca-se a competência do STJ para julgar os conflitos entre Vara do Trabalho e juiz de direito não investido na jurisdição trabalhista – art. 105, I, d, CF/1988; 
• Pelo Supremo Tribunal Federal, quando suscitado entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal. Ressalte-se a competência do STF para julgar o conflito de competência entre o TST e órgãos de outros ramos do Judiciário – art. 102, I, o, CF/1988. Vale mencionar que, em virtude da hierarquia, não se configura conflito de competência entre TRT e Vara do Trabalho a ele vinculada (Súmula 420 do TST).
Inciso VI Ações de indenização por dano moral ou patrimonial
Qualquer ação de dano moral ou patrimonial proposta pelo empregado em face do empregador ou vice-versa, quando decorrente da relação de trabalho, será de competência material da Justiça do Trabalho.
O TST, em relação ao dano moral, também adotou semelhante posicionamento, consubstanciado na Súmula 392
“SÚMULA 392 do TST. DANO MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. (redação alterada) Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas”.
Convém ressaltar que em relação às ações acidentárias, ou seja, lides previdenciárias derivadas de acidente de trabalho promovidas pelo trabalhador segurado em face da seguradora INSS, a competência será da Justiça Comume não da Justiça do Trabalho.
O prazo para pleitear danos morais é 3 anos após o fato.Mesmo que ele continue trabalhando. Passado 3 anos, prescreve.
Inciso VII - Ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho
Execução de multa, devida a alguma irregularidade no estabelecimento, transcorre o tempo e a empresa não paga a multa. 
A execução é na justiça do trabalho.
Inciso VIII - Execução de ofício das contribuições sociais
Sumula 368 TST
- Sentença Condenatória
- Sentença Declaratória não incidira na competência da JT
SÚMULA N° 368, I, TST. DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO. I – A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição.” 
Ex. Ação de reconhecimento de vinculo para se aposentar. Se o juiz der a sentença favorável, sera de natureza declaratória. Declarando o vinculo. Não há verbas. 
Ex. Recolher INSS – se a sentença for condenatória - Justiça do trabalho
Inciso IX - Outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho
A CF estabelece a competência material da Justiça do Trabalho para processar e julgar outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho. 
O TST, por meio da Súmula 300, estabeleceu que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS).
COMPETENCIA EM RAZAO DO LUGAR 
ART. 651 CLT
Definirá qual a vara competente. 
Sua natureza é relativa 
Caberá a parte invocá-la 
 Sob pena de prorrogar a competência (art.65NCPC) 
Ação de Exceção de Incompetência 
 Peçaapartada da contestação
 Reconhecendo da exceção o juiz remeterá ao Juízo Competente 
Caberárecurso imediatoseacompetênciaforatribuídaa VaradoTrabalhode outro TRT
=>Súmula214,“c”eCLT, art.799,§2º=>exceçãoàregradoart.893,1ºdaCLT
Súmula nº 214 TST - DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) - Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: 
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.
Exceção à regra do 893 
Art. 799 - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência.
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final. 
Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: 
        I - embargos;   
        II - recurso ordinário;
        III - recurso de revista;      
        IV - agravo.   
 § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.  
Em regra a decisão interlocutória não cabe recurso imediato. A exceção é quando discute competência.
Se a competência for entre estados cabe recurso imediato;
Se for de varas de mesmo estado, não cabe recurso.
A competência territorial das Varas do Trabalho (competência em razão do lugar) está disciplinada no art. 651.
 - Art. 651. A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
§ 1.° Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara da Localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
§ 2.° A competência das Varas do Trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. 
§ 3.° Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços”. 
Regra:
Portanto, em regra, a demanda trabalhista deve ser proposta na localidade em que o empregado efetivamente tenha prestado seus serviços, independentemente se o contrato foi celebrado noutra localidade ou no estrangeiro.
Ex. Contratado em Curitiba, mas trabalhava em Guairá, compete a Guaíra ou a vara mais próxima.
§1º 651 – 1º Exceção
Ex.: Trabalhador que preste serviços em vários locais ao mesmo tempo(empregado itinerante) 
 Competência Vara da localidade onde a empresa tenha agência ou filial e a essa o empregado esteja subordinado 
Ex.: Trabalho em todo estado do PR e MS, mas estou subordinado à filial de Londrina, compete a Vara desta localidade 
 Não havendo subordinação a filial ou agência a competência será do domicilio do empregado ou mais próximo
§ 2.º, art. 651
Prestação de serviço no exterior para empresa sediada no Brasil. Justiça do Trabalho Brasileira.
Trabalhador que presta serviço no Brasil à empresaestrangeira 
Regradoart.12 da LINDB - Art. 12.  É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
§ 3.°, art. 651
Menciona que em relação às empresas itinerantes que promovam atividades fora do lugar da celebração do contrato (exemplos: atividades circenses, feiras agropecuárias, motoristas de ônibus de linhas intermunicipais etc.), Seria assegurado ao obreiro apresentar reclamação trabalhista no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
OJ 142 – SDI-2 – Não compete ao juízo declarar incompetente. Se o reclamante optou por ajuizar naquela vara, prevalecerá sua vontade, lembrando que deverá ter prestado serviço naquela localidade.
Competência em razão da hierarquia dos órgãos –Competência interna ou funcional
Matérias originárias dos Tribunais 
Ex.Dissídiocoletivo,oseupeticionamentoocorre diretamentenoTribunal 
Competência absoluta
O Juiz poderá decidir de ofício, ou pelas partes antes do trânsito em julgado
Toda vez que ele decidir de oficio, é competência absoluta.

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