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Distúrbios de Linguagem Oral #OBJETIVOS, MÉTODOS E APRENDIZAGEM Avaliar, diagnosticas e propor o tratamento. Tudo com uma “investigação” multidisciplinar para dar uma devolutiva a família/paciente. #AVALIAÇÃO VINCULADA A INTERVENÇÃO: Processos dinâmicos e inter-relacionados Ação de causa “provável” Avaliação completa Ação dos sintomas e intervenção com sucesso Intervenção especifica #AVALIAÇÃO E DIAGNOSTICO: Questões a serem respondidas Hipóteses para formular e testar Selecionar procedimentos específicos Coleta de dados a partir dos procedimentos Analise de dados coletados Resultados para definir planos de intervenção Todo o processo de avaliação tem que ser olhado de modo geral, não só pelos relatos da família. Identificar as principais áreas da linguagem que estão deficientes, mas também observar as habilidades que já foram desenvolvidas. Ou seja, nós temos que saber em que nível a cç está. #OBJETIVOS: Determinar se a cç tem ou não um distúrbio de linguagem Identificar a causa do problema Identificar as áreas em déficit Descrever as regularidades no comportamento linguístico da cç Decidir o que é recomendado para a cç Avaliação e diagnóstico são processos contínuos. Documentação do tratamento Verificação da eficácia do plano de tratamento Reavaliações periódicas Avaliação vinculada a intervenção, como processo dinâmicos e inter-relacionados Um único procedimento ou instrumento, não é o suficiente para a avaliação e diagnóstico de linguagem. Sempre complementar com demais informações. O QUE AVALIAR? #HISTÓRICO DO CASO Antecedentes/ história do progresso Condutas atuais Uso de relatórios de outros profissionais e exames Uso de questionários com pais e professores Uso de entrevista com a família Dados: identificação, queixa, histórico de saúde, do desenvolvimento e emocional. Dados da família e do ambiente, comportamento e socialização. #CONTEÚDO, FORMA E USO: Semântica, fonologia, sintaxe, morfologia e pragmática Produção e compreensão Observação da cç em outros ambientes Observação da interação mãe-cç , visitas domiciliares e escolares #AVALIAÇÕES COGNITIVAS Tarefas Piagetianas, teste específicos de memória e atenção. Tarefas de cognição social Avaliação audiológica Avaliação do sistema estomatognático COMO AVALIAR? Testes padronizados e com referência de normalidade. Amostra de linguagem e procedimentos com critério de referência. #TESTES PADRONIZADOS: Procedimentos específicos para obter e analisar as informações, como forma de garantir objetividade, confiabilidade e validade. Valor de referência de normalidade: permite a comparação do desempenho do sujeito com a média do grupo (idade cronológica). Introduções quanto ao uso de estímulos, registro de respostas e analise de respostas. #AMOSTRA DE LINGUAGEM A amostra deve ser uma representação a mais parecida possível do que a cç apresenta e não quanto a lingg. Formas de eliciar a amostra: brincadeiras não estruturadas, figuras para elaboração de histórias, entrevistas e narração de vídeo. #CRITÉRIOS DE REFERÊNCIA São testes não padronizados, em que critérios específicos quanto ao examinador, material, modo de utilização do material, forma de registro, são determinados pelo examinador e não provenientes de uma fonte externa –como o protocolo de teste. É o examinador quem dá a estrutura e organiza os procedimentos de avaliação de acordo com a necessidade da cç. Esses testes não padronizados são tarefas construídas pelo clínico, para complementar os testes padronizados. TRANSTORNOS FONOLÓGICOS #CARACTERÍSTICAS: Conjunto restrito de consoantes Limitações no conjunto de traços Conjunto restrito de estruturas silábicas Maiores desvios em consoantes #FONOLOGIA CLÍNICA Desenvolvimento de instrumentos e análises Conhecimento de teorias fonológicas Conhecimento de sistemas da língua Conhecimento de desenvolvimento normal Conhecimento de desvios fonológicos #COLETA DE DADOS Fora de eliciação da produção linguística da cç, que deverá construir a amostra que servirá de base para analise e diagnóstico; em 3 formas : Cada uma tem o objetivo de passar informações diferentes, devem ser utilizadas as 3 formas. Repetição Simples e rápido. Pode-se testar em todos os sons da língua. Nomeação espontânea Uso de instrumentos padronizados e que contém possibilidades de produção de todos os fonemas da língua e em todas as posições em relação a estrutura da língua em sílabas e palavras. Evita repetições. Figuras isoladas ou temáticas (contextualizado). Fala espontânea Constitui um meio confiável de obtenção de uma amostra linguística que realmente demonstre o sistema fonológico da cç. Possibilita uma análise dos fonemas, sílabas e palavras dentro de frases. #GRAVAÇÃO Gravador digital com bom microfone e qualidade de video. #DESCRIÇÃO FONÉTICA Inventário fonético: verificação de sons de fala produzidos pela cç. Descrição fonética deve registrar todos os sons produzidos pela cç, independente do valor fonológico. #MODO DE PRODUÇÃO Plosiva, fricativa, nasal, liquida lateral e não -lateral. #PONTO DE ARTICULAÇÃO Bilabial, labiodental, alveolar , palatal e velar. #SONORIDADE Surda ou sonora. #ANÁLISE DE PROCESSOS FONOLÓGICOS Mostra a relação entre as formas adultas e infantis. Relação de simplificação e atingindo classes inteiras do som; Cada processo é analisado conforme a idade da cç. Frequência de ocorrências Estágio do desenvolvimento Grau de severidade Grau de integibilidade Distanciamento do sistema-alvo Identificação de características incomuns ou idiossincráticas AVALIAÇÃO DE VOCABULÁRIO #Importância do Vocabulário para o Desenvolvimento de Linguagem Dominar o significado das palavras e conseguir utilizá-las adequadamente são habilidades necessárias para quase todas as interações do dia-a-dia. Domínio de vocabulário é uma habilidade central para a proficiência geral de linguagem da criança. Estudos demonstram que habilidades de vocabulário receptivo e expressivo encontram-se relacionadas a outras áreas, como socialização, desenvolvimento da linguagem escrita, compreensão de textos. Crianças com distúrbios de linguagem apresentam dificuldade no aprendizado e/ou na retenção de novas palavras. Interferência dessa dificuldade em outras áreas do desenvolvimento. A habilidade de associar sons arbitrários a significados concretos requer recursos cognitivos e lingüísticos, e é fundamental para o aprendizado da linguagem, assim como para o sucesso comunicativo, social e acadêmico. Vocabulário e Inteligência. Uma criança típica conhece cerca de 13000 palavras quando entra na escola, alcançando 60000 ao fim do colegial. Essa aquisição é um processo rápido, tranqüilo e sem grandes esforços para a criança. #Vantagens e limitações dos procedimentos de avaliação 1-Testes padronizados: + auxilia em decisões de eligibilidade a serviços + útil na monitoração da evolução da criança - não indica necessidades funcionais da cç - não auxilia na seleção de alvos para a terapia - limitação na aplicabilidade a diversas populações 2-Informações dos pais (checklists) + obtém informações relevantes e funcionais + baixo custo e eficiência +/- útil nos estágios iniciais do desenvolvimento da linguagem; limitação da utilidade aos estágios iniciais. 3-Medidas de diversidade lexical – amostra + obtém informações relevantes e funcionais - consome muito tempo na análise da amostra 4-Medidas de aprendizagem de palavras + pode verificar o potencial de aprendizado de palavras + distingüe entre distúrbio de linguagem e diferença de linguagem - nenhum procedimento dinâmico é amplamente aceito nem está padronizado A correlação do aprendizado, linguagem, domínio de vocabulário. Aprendizado contínuo e habilidades necessárias para interação no dia-a-dia. Cç com distúrbios de linguagem apresentamdificuldades no aprendizado e/ou na retenção de novas palavras. A interferência dessa dificuldade em outras áreas do desenvolvimento. Níveis socioeconômicos interferem no desenvolvimento de aprendizagem (falta de exposição, vocabulário reduzido, habilidade de leitura afetada). ABFW Deve ser gravado (voz e imagem da cç), aplicado de acordo com o protocolo. Analise tradicional e analise de processos fonológico em protocolo específico. #PROCEDIMENTO Tarefa de nomeação de figuras O que é isso? Quem é ele/ela? Que cor é essa? Que forma é essa? Ter 10 segundos para a resposta Ausência de resposta ou não sei -> próxima figura -> reapresentação da figura não nomeada no final do campo semântico -> novamente ausência de resposta -> caracterizamos NÃO DESIGNAÇÃO -> próximo campo. #ANÁLISE TRADICIONAL Fonema de sílaba inicial Fonema de sílaba final Omissão, substituição, distorção ou normal Análise quantitativa #PROCESSOS FONOLÓGICOS Fonemas consonantais em todas as posições Análise dos processos do desenvolvimento Análise dos processos idiocráticos Quantitativo___Qualitativo Produtividade (>25% de acertos nos processos) Idade de eliminação do processo #ANÁLISE DE RESPOSTAS DVU= designação de vocábulo usual Cavalo / cavalo ND= não designação Cavalo / ---------- PS= processo de substituição Cavalo / boi Classes de processos de substituição de designações #PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO Modificação da categoria gramatical Galo / galinha Substituição de vocábulo por seu hiperônimo não-imediato: Alface / comida Substituição de vocábulo por seu hiperônimo imediato: Alface / verdura Substituição de vocábulo por co-hipônimo próximo Alface / agrião Substituição de vocábulo por co-hipônimo distante Alface / cenoura Substituição de vocábulo por hipônimo Verdura / espinafre Substituição de vocábulo por atributo de co-hipônimo Panela / pra fritar ovo Criação de neologismo por analogia morfo semântico sintáxica Chiqueiro / porqueiro Criação de vocábulo foneticamente expressivo Rinoceronte / rinofeçante Substituição de vocábulo por parassinônimo Taturana / bicho de fogo Substituição de vocábulo por vocábulos que designam seus atributos pertinentes Pica-pau / aquele passarinho que faz buraco nas árvores Substituição por vocábulos que designam seus atributos não-pertinentes Bisão / cachorro de máscara Substituição e/ou complementação de semiótica verbal por não-verbal Correta: violino / aquele que toca assim (gesto imitando o movimento correto) Incorreta: tambor / gesto de tocar piano Substituição por paráfrase cultural Leão / Rei Leão Substituição por paráfrase afetiva Cachorro / Tobi Enfermeira / mamãe Substituição por designação de funções Batedeira / é pra fazer bolo Substituição de vocábulo por onomatopéia Correta: cachorro / au-au Incorreta: cachorro / miau Substituição de vocábulo por valorização do estímulo visual Sanduíche / pão Substituição de vocábulo por gesto indicativo Blusa / gesto indicativo, apontar Substituição de vocábulo por segmento ininteligível Jacaré / ~~~~ PRAGMÁTICA Pragmática é a área que estuda o uso da linguagem em contextos sociais (saber o que dizer, como dizer, e quando dizer – e como “ser” com outras pessoas). Usar língua para diferentes propósitos: solicitar, protestar, cumprimentar, informar, prometer, ordenar... Adaptar ou mudar a linguagem de acordo com as necessidades ou expectativas de um ouvinte ou situação: falar diferentemente com uma criança ou um adulto, dar informação suficiente para um ouvinte não familiar, falar em sala de aula diferentemente de como fala num parque… Seguir regras para conversas e narrativas: regras de troca de turnos na conversa, introdução de tópicos na conversa, manutenção de tópicos, reelaborar a mensagem quando não compreendido, contar histórias, uso de sinais não verbais na conversa (distância do interlocutor, expressões faciais, contato de olho, toque – variáveis culturais). #AVALIAÇÃO DE PRAGMÁTICA É necessária uma situação completa de conversa para analisar a fala da criança e do avaliador. A brincadeira é possível avaliar a sequência e diversidade de função comunicativa. Os pesquisadores concordam que a avaliação da pragmática deve ser realizada numa estrutura de discurso completo, e não dentro de unidades individuais, como orações isoladas do contexto. Conversar não consiste numa seqüência aleatória de enunciados produzidos por dois indivíduos: deve haver uma relação clara entre os enunciados em seqüência. Sabe-se que para determinar a gravidade do distúrbio pragmático de uma criança não basta uma análise quantitativa de freqüência de ocorrência de atos comunicativos. O julgamento desses comportamentos enquanto adequados ou inadequados auxilia o fonoaudiólogo a determinar se as habilidades pragmáticas da criança são típicas ou alteradas. #PARÂMETROS PRAGMÁTICOS Uso adequado dos atos comunicativos Manejo adequado do tópico conversacional (seleção, introdução, manutenção e troca) Uso adequado de trocas de turno Uso de itens lexicais identificáveis e apropriadamente específicos, e de recursos de coesão no discurso, de forma que seja compreensível ao interlocutor Adaptação ao estilo e status do interlocutor #CHECK LIST Mais iniciativas que outras crianças? Interrompe muito o parceiro comunicativo? Raramente repara seus enunciados? Interpreta literalmente as mensagens? O enunciado mantém o tópico, mas sem expandir ou adicionar informações novas? Fala incessantemente? Dificuldade na troca de turnos? Dificuldade em manter tópicos? Tópicos socialmente inadequados? Perguntas inadequadas? Ignora iniciativas comunicativas do parceiro? #TESTES PADRONIZADOS Enfocam apenas os aspectos da interação que são possíveis de eliciação. Como o uso apropriado de atos de fala ou interação comunicativa. Problemas quanto à natureza interacional da competência pragmática e a necessidade de ser avaliada dentro do contexto de uma situação natural e não segmentada. Testes padronizados enfocam apenas os aspectos da interação que são passíveis de eliciação, como o uso apropriado de atos de fala ou intenções comunicativas, para informar, negar, solicitar... AVALIAÇÃO DA PRAGMÁTICA ABFW #Coleta de dados; Contexto comunicativo rico O mais espontâneo possível Atividades lúdicas / interesse da criança Filmagem em vídeo Presença de um adulto familiar 30 minutos Provocar situações problemáticas Precisa de espaço para a comunicação não se inicie-se e que possa participar da terapia. #ANÁLISE DOS DADOS: Atos comunicativos: começam quando a interação adulto-criança, criança-adulto ou criança-objeto é iniciada, terminando quando o foco de atenção da criança muda ou há troca de turno. % de atos comunicativos e número de atos comunicativos por minuto. Meio comunicativo: Verbal, Vocal ou Gestual Tipologia das funções comunicativas #TIPOLOGIA: Pedido de objeto Pedido de ação Pedido de rotina social Pedido de consentimento Pedido de informação Protesto Reconhecimento do outro Exibição Comentário Auto-regulatório Nomeação Performativo Exclamativo Reativo Não-focalizado Jogo Exploratório Narrativa Expressão de protesto Jogo compartilhado #RESULTADOS % do espaço comunicativo No. de atos comunicativos por minuto Tipologias predominantes Meio comunicativo predominante INDICADORES OBJETIVOS DE ALTERAÇÕES DA COMPREENSÃO NA COMUNICAÇÃO ORAL Tarefa de compreensão da comunicação e linguagem oral. A compreensão da linguagem é o processo completo com níveis diversos. #TESTES GERAIS DE LINGUAGEM Reynell Desenvolvimental Language Scale (RDLS) Auditory Discrimination Test Goldan-Fristoe-Woodk test of Auditory Discrimination #TESTE DE RECONHECIMENTO DE PALAVRAS Peabody Picture Vocabulary Test Desenvolvimento linguístico na cç dos 2 aos 6 anos Identificação de figuras: compreensão em cç em desenvolvimento normal e alterações na linguagemTeste de vocabulário auditivo por figuras: normatização e validação preliminares #TESTE DE AVALIAÇÃO DE CONCEITOS Boehm Test of Basic Concepts Formação de conceitos por cç com paralisia cerebral: em estudo exploratório sobre fluência das brincadeiras Desenvolvimento de conceito em cç com distúrbios específicos de linguagem #TESTE DE COMPREENSÃO DAS ORAÇÕES Token Test Clinical Evoluation of language fundamentals, oral directions subtest Avaliando a linguagem receptiva via “Token Test” #TESTE DE COMPREENSÃO DE CONTRASTE GRAMATICAL Test for Reception of Grammar - TROG Aquisição e deficiência da linguagem. #ALÉM DA ORAÇÃO Integração do significado da oração com conhecimento geral Compreensão por seleção Falha na compreensão de provérbios #COMPREENSÃO DE DISCURSOS Dissociações compreensão de orações X Compreensão do discurso DEL Teste de raciocínio verbal (composto pelo teste de QI e Wisc-III) Teste de compreensão da narrativa
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