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Uma análise do PIB e das Políticas Econômicas do Brasil no período entre 1995 a 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO – UNIDADE ACADÊMICA 
DE SERRA TALHADA 
 
 
 
 
 
 
DHIEGO LÚCIO DA SILVA 
LUIZ JUCIANO ALVES DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DAS VARIÁVEIS (PIB, PNB, EXPORTAÇÃO, IMPORTAÇÃO e o 
SALDO DA BALANÇA COMERCIAL) E DOS TIPOS DE POLÍTICAS 
ECÔNOMICAS DO GOVERNO BRASILEIRO, NO PERÍODO ENTRE 1995 A 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERRA TALHADA, 2016 
 
 
DHIEGO LÚCIO DA SILVA 
LUIZ JUCIANO ALVES DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DAS VARIÁVEIS (PIB, PNB, EXPORTAÇÃO, IMPORTAÇÃO e o 
SALDO DA BALANÇA COMERCIAL) E DOS TIPOS DE POLÍTICAS 
ECÔNOMICAS DO GOVERNO BRASILEIRO, NO PERÍODO ENTRE 1995 A 2015. 
Trabalho solicitado pela professora Keila Sonalle Silva da 
matéria Economia I do curso de Ciências Econômicas da 
UFRPE-UAST. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERRA TALHADA, 2016 
 
 
Sumário 
1.Introdução..................................................................................................................5 
2.Variáveis Macroeconômicas: PIB, PNB, Exportação, Importação e Saldo da Balança 
Comercial .....................................................................................................................6 
2.1. Produto Interno Bruto (PIB) .........................................................................6 
2.2. Produto Nacional Bruto (PNB) ....................................................................6 
2.3. Exportação, Importação e o Saldo da Balança Comercial ..........................7 
3. Governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) ............................................8 
3.1. Política Monetária no Primeiro Mandato de FHC (1995-1998) ...................8 
3.2. Política Monetária no Segundo Mandato de FHC (1999-2002) ...................8 
3.3. Política Fiscal no Primeiro Mandato de FHC (1995-1998) ...........................9 
 3.4. Política Fiscal no Segundo Mandato de FHC (1999-2002) ........................9 
 3.5. Consequências das Políticas Monetária e Fiscal do Governo FHC ..........10 
 3.6. O PIB no Governo FHC .............................................................................11 
 3.7. A Distribuição de Renda no Governo FHC ...............................................12 
 3.8. Pontos Positivos e Negativos do Governo FHC ........................................13 
4. Governo de Luiz Inácio “Lula” da Silva (2003-2010) ...............................................13 
 4.1. Política Monetária no Primeiro Mandato de Lula (2003-2006) ...................13 
 4.2. Política Monetária no Segundo Mandato de Lula (2007-2010) ..................14 
 4.3. Política Fiscal no Primeiro Mandato de Lula (2003-2006) .........................14 
 4.4. Política Fiscal no Segundo Mandato de Lula (2007-2010) ........................15 
 4.5. Consequências das Políticas Monetária e Fiscal do Governo Lula ..........15 
 4.6. O PIB no Governo Lula .............................................................................16 
 4.7. A Distribuição de Renda no Governo Lula ................................................17 
 4.8. Pontos Positivos e Negativos do Governo Lula .........................................18 
5. Governo de Dilma Rousseff (2011-2016) ...............................................................18 
 5.1. Políticas Monetária e Fiscal no Governo Dilma (2011-2015) ...................18 
 5.2. Consequências das Políticas Monetária e Fiscal do Governo Dilma ........19 
 5.3. O PIB no Governo Dilma ...........................................................................20 
 5.4. Distribuição de Renda no Governo Dilma .................................................21 
 5.5. Pontos Positivos e Negativos Governo Dilma ...........................................22 
6. Conclusão ..............................................................................................................23 
7. Referências ............................................................................................................24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 Trata-se de um levantamento de dados de algumas variáveis 
macroeconômicas, utilizadas para medir o crescimento do país, e ainda sobre políticas 
econômicas utilizadas pelos Presidentes do Brasil entre 1995 a 2015. Com um 
objetivo de fazer uma análise dessas políticas e dessas variáveis durante o governo 
FHC, Lula e Dilma. Apresenta a trajetória das política e variáveis de cada período de 
governo, enfatizando suas consequências, pontos positivos e negativos, o 
crescimento, a distribuição de renda e outras formas das quais foram utilizadas e como 
afetaram a economia brasileira. 
Apresenta de forma simples o funcionamento dessas políticas, a conceituação e a 
mensuração das variáveis. Ressaltando a) o que são e para que servem tais variáveis; 
b) como FHC, Lula e Dilma conduziram suas políticas fiscais e monetárias nos seus 
períodos de governo, além de quais consequências elas causaram na economia 
brasileira; c) enfatizando se a forma que essas políticas foram aplicadas caracterizam-
se como, expansionista ou contracionista; d) ainda analisando individualmente e 
detalhadamente o Produto Interno Bruto (PIB) em cada governo, explicitando sua 
elevação ou retração. 
 
Palavras-chave: Políticas Econômicas, Variáveis Macroeconômicas, Economia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
1. Introdução 
 
O presente trabalho trata sobre uma análise das variáveis macroeconômicas e 
das políticas econômicas adotadas nos governos de Fernando Henrique Cardoso, de 
Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, mais concretamente sobre a 
mensuração e a definição das variáveis: PIB, PNB, exportação, importação e o saldo 
da balança comercial. Trata ainda das políticas monetárias e fiscais adotadas durante 
o período de governo de cada um, quais as mudanças elas causaram na economia 
brasileira, traz ainda também uma análise sobre a distribuição de renda e alguns 
pontos positivos e negativos de cada governo. 
Tem como objetivos entender e analisar as variáveis e políticas 
macroeconômicas nos governos FHC, Lula e Dilma. 
Está organizado em 4 partes. Na 1° são tratadas variáveis macroeconômicas, 
com a exposição de gráficos. Nas partes seguintes estão explicitadas a política 
monetária, a política fiscal, a distribuição de renda e análises do PIB dos governos. 
A metodologia baseou-se em analisar o conceito dessas variáveis, suas 
funções e estabelecer qual tipo de política econômica foi utilizada pelos governos, 
buscando dados em sites na internet, como o do IBGE, do IPEA, além do auxílio de 
diversos textos e artigos sobre o tema, que permitiu explicitar de forma simples a 
análise das variáveis e das políticas econômicas de cada governo, citados acima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2. Variáveis Macroeconômicas: PIB, PNB, Exportação, Importação e 
Saldo da Balança Comercial 
 
2.1 Produto Interno Bruto (PIB) 
 
O PIB é caracterizado pelo total de valores contabilizados a partir dos bens e serviços 
produzidos por regiões, sendo Cidade, Estado ou País, em certo período, que pode 
ser anual, mensal ou trimestral. É um indicador bastante difundido e aplicado nas 
análises socioeconômicas com o fim de mensurar o nível de desenvolvimento 
econômico de determinadas localidades. 
 
2.2 Produto Nacional Bruto (PNB) 
 
O PNB é a somatória de todas as riquezas produzidas por empresas pertencentes a 
um país, independentemente do local em que elas estão atuando. O PNB não se 
preocupa com localidade, e sim com nacionalidade,haja vista que as empresas 
nacionais que atuam no exterior remetem parte de seus lucros para o seu país de 
origem. 
Gráfico 1. 
 
Fonte: Contas Nacionais/IBGE. Disponível em:< 
http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/lista_tema.aspx?op=1&no=1>. Acesso em: 12 de 
dezembro de 2016. 
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ANO
PIB E PNB NOMINAIS DO BRASIL NO PERÍODO 
ENTRE 1995 A 2015.
PIB( Trilhões de R$ ) Produto Nacional Bruto ( Tilhões de R$)
7 
 
2.3 Exportação, Importação e o Saldo da Balança Comercial 
 
As exportações são os bens e serviços que são produzidos em cada país e, em 
seguida, são vendidos e enviados a clientes de outros países. 
 As importações dizem respeito aos gastos que as pessoas, governo, empresas 
de um país ou entidades que não se encaixem nestas definições têm para obter bens 
e serviços (alimentos, combustíveis, minérios, veículos, equipamentos, etc.) 
produzidos em outros países e que são trazidos daqueles países. Ou seja, a 
quantidade de bens e serviços que são produzidos no exterior e adquiridos pelas 
pessoas, empresas e governo. 
Assim sendo, o saldo da balança comercial é definido como a diferença que há 
entre o total de exportações menos o total das importações que são realizadas em 
cada país. 
Gráfico 2. 
 
Fonte: ADVFN. Disponível em:< http://br.advfn.com/indicadores/balanca-comercial >. 
Acesso em: 12 de dezembro de 2016. 
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ANO
EXPORTAÇÃO, IMPORTAÇÃO E O SALDO DA 
BALANÇA COMERCIAL DE BRASIL NO PERÍODO 
ENTRE 1995 A 2015
Exportações (Bilhões de U$) Importações (Bilhões de U$) Saldo da Balança Comercial (Bilhões de U$).
8 
 
3. Governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) 
 
 O sociólogo e cientista político Fernando Henrique Cardoso figurou como 
Presidente do Brasil entre 1995 a 2002. Ele assumiu a presidência em 1° de janeiro 
de 1995 sendo reeleito em 1998. 
 O objetivo principal do Governo FHC era, retirar o Brasil de uma crise 
econômica que já durava décadas e reordenar sua vida econômica, e desta forma, 
criar condições para que o país pudesse entrar em uma nova etapa de 
desenvolvimento. 
 
3.1 Política Monetária no Primeiro Mandato de FHC (1995-1998) 
 
A política monetária de Fernando Henrique Cardoso foi condicionada pelas 
bases em que foi implantada o plano real: âncora cambial, elevadas taxas de juros e 
ajuste fiscal. 
A política monetária seguia a plano de câmbio, na qual a mesma foi executada para 
controlar a inflação e estabilizar a moeda se valendo o real ao dólar americano através 
da âncora cambial, a qual tem por função atrelar a moeda nacional a uma moeda 
estrangeira forte, buscando estabilização, assim fazendo com que o governo adotasse 
um regime de câmbio fixo. 
A política monetária utilizada constitui a contracionista, na qual houve a 
diminuição da oferta monetária e passou a ofertar mais títulos de dívida pública, com 
isso obteve-se a redução da demanda de moeda buscando sempre reduzir a inflação. 
O governo a partir do momento em que aumentou as taxas de juros assim 
atraindo investidores estrangeiros, por fim aumentando suas reservas monetárias. 
 
3.2 Política Monetária no Segundo Mandato de FHC (1999-2002) 
 
O segundo mandato de FHC, reeleito em 1998, começa com uma mudança 
radical na política econômica, mudando do câmbio fixo para o flutuante, tal mudança 
foi causada principalmente pelas crises internacionais, na Ásia e na Rússia, e 
problemas internos, como os juros altos e o desemprego. 
9 
 
Esses anos não foram marcados apenas pela mudança de câmbio, mas 
também pela intensificação da política fiscal, com o aumento das receitas e a das 
despesas conseguindo então superávits primários e a retomada do crescimento da 
economia, teve assim a criação da taxa base de juros, SELIC, que deixou mais 
transparente e confiável a negociação de títulos públicos. 
Porém quando o pais buscava alavancagem econômica depois de ter obtidos 
bons resultados, deparou-se com várias barreiras no caminho, como a crise de 
energia em 2001 no Brasil, a qual provocou a redução do nível da atividade das 
indústrias e a retração da economia, e em conjunto outra crise na Argentina, que como 
consequência reduziu a entrada de capital no país, e também o ataque de 11 de 
setembro nos Estados Unidos que aumentaram incertezas e a aversão ao risco dos 
investidores internacionais num contexto que acabou afetando não só o Brasil como 
o mercado mundial. 
 
3.3 Política Fiscal no Primeiro Mandato de FHC (1995-1998) 
 
 A política fiscal do Governo FHC - no começo do seu primeiro mandato era a 
continuação de ajustes fiscais elaborados pelo próprio FHC e sua equipe econômica, 
ainda, quando era Ministro da Fazenda no Governo de Itamar Franco preparando a 
economia para entrada do Plano Real – era uma política que já estava em andamento. 
 Essa política era baseada em três elementos: cortar as despesas, aumentar as 
taxas de juros e diminuir as transferências do Governo Federal. 
Além dessas outras iniciativas tomadas no primeiro mandato foram: as Propostas de 
Emenda Constitucional (PEC) – conhecidas como a Reforma da Previdência e 
Reforma Administrativa -; a lei que possibilitou o financiamento de dívidas estaduais 
e municipais; o ajuste patrimonial por meio de privatizações, como a privatização da 
Vale do Rio Doce e do Sistema Telebrás. 
 Consolidando-se assim uma política fiscal contracionista, onde se buscava o 
controle da inflação e a estabilização da moeda. 
 
3.4 Política Fiscal no Segundo Mandato deFHC (1999-2002) 
 
 O segundo mandato foi marcado por mudanças na área fiscal. Essas mudanças 
tiveram início ainda durante seu primeiro mandato, mas devido a seu alcance, só 
10 
 
foram apresentar resultados no período posterior. A principal alteração de impacto foi 
a introdução do Plano de Estabilidade Fiscal, em outubro de 1998, que tinha como 
objetivo estipular o patamar de superávit primário, do setor público, necessário para a 
estabilização da dívida pública em relação ao PIB. 
 Além do Programa de Estabilidade Fiscal, chamaram atenção os seguintes 
pontos: 
 A retomada da confiança na economia, para a qual contribuiu a mudança no 
superávit primário; 
 A diminuição do déficit público a partir de meados de 2001; 
 Os gastos sociais se mantiveram mais elevados no segundo mandato em 
relação ao primeiro; 
 O Programa de Estabilidade Fiscal foi baseado na elevação de receitas, 
enquanto as despesas continuaram crescendo. Como consequência, a carga 
tributária cresceu durante o período. 
Sendo assim, novamente o Governo FHC optava por uma política fiscal 
contracionista, onde passou a buscar o aumento da receita para o pagamento da 
dívida pública brasileira. 
 
3.5 Consequências das Políticas Monetária e Fiscal do Governo FHC 
 
 As políticas econômicas - monetária e fiscal – do Governo FHC, tiveram êxito, 
ao controlar a inflação que era seu principal objetivo e trazer estabilidade a economia, 
mas fez com que o Brasil entrasse em um regime macroeconômico de âncora cambial, 
altas taxas de juros e aumentos na relação dívida pública/PIB. 
 No primeiro mandato ocorreu várias oscilações na economia brasileira devido 
as mudanças nas políticas econômicas, no sentido de ocorrer tanto a elevação quanto 
a redução na taxa de juros, de cortar ou preservar os gastos públicos, de dificultar ou 
facilitar as compras, de estimular ou desestimular o consumo, a produção e a geração 
de empregos, tudo isso a procura de driblar a crise e manter a inflação sobre controle. 
 No segundo mandato, há uma mudança nas políticas econômicas, na 
monetária o sistema de metas de inflação é instituído, na fiscal o governo procura 
alcançar superávits primários, para diminuir a relação da dívida pública/PIB. 
 
 
11 
 
3.6 O PIB no Governo FHC 
Gráfico 3. 
 
Fonte: Contas Nacionais/IBGE. Disponível em:< 
http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/lista_tema.aspx?op=1&no=1 
>. Acesso em: 12 de dezembro de 2016. 
 
O gráfico 3 mostra a evolução do PIB, em valores correntes, no período dos dois 
mandatos do Governo FHC. 
 No início de seu governo FHC obteve, principalmente nos três primeiros anos, 
uma elevação considerável do PIB, certamente graças a inicialização do Plano Real, 
que começou a trazer estabilidade ao país, reduzindo os altos níveis de inflação e 
introduzindo uma nova moeda ao país trazendo tal estabilidade, além de introduzir 
uma política fiscal contracionista e a busca pelo controle dos gastos, outro ponto que 
contribuiu para esse aumento foram as privatizações de algumas empresas, gerando 
mais receitas. 
 Nos anos seguintes, mais precisamente em 1998 e 1999, o PIB teve um 
crescimento bem abaixo do esperado, causado pela mudança meio que radical de 
sua política econômica, quando mudou o câmbio de fixo para flutuante. Além disso, 
nesse período o mercado global passou por algumas crises, como a da Ásia e a da 
Rússia, que afetaram o crescimento brasileiro, devido a estabilidade do Risco País, 
mas mesmo assim continuou havendo o aumento, mesmo que pequeno, no PIB do 
país (Brasil Escola). 
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Ano
PIB NOMINAL NO GOVERNO FHC 
(1995-2002)
PIB( Trilhões de R$ )
12 
 
 Nos últimos três anos de seu governo ele conseguiu um aumento gradual, com 
algumas oscilações, devido as altas na inflação, crises internacionais, como a da 
Argentina, aumento de incertezas por parte dos investidores internacionais, devido ao 
ataque de 11 de setembro de 2001, nos EUA. Além da crise de energia enfrentada 
pelo pais, em 2001, reduzindo a capacidade produtiva da indústria, afetando 
diretamente o PIB. 
 Portanto, o Governo FHC obteve tanto bons quanto maus resultados, mesmo 
assim continuou mantendo o PIB nominal em constante elevação. 
 
3.7 A Distribuição de Renda no Governo FHC 
 
As políticas sociais no Brasil mudaram de paradigma durante o período de 
governo de FHC. Antes predominavam, auxílios variados, quase intermediários pelo 
poder público: doações de cestas básicas, entrega de leite, distribuição de água na 
seca. Depois do início do governo FHC estruturou-se uma rede social para combater 
a pobreza introduzindo ações públicas coordenadas contra suas causas estruturais e 
transferências diretas de renda ao cidadão. 
 Os níveis de pobreza diminuíram durante as duas gestões (1995 a 2002) de 
Fernando Henrique Cardoso. A estabilização da economia tirou da miséria cerca de 
10 milhões (IBGE) de brasileiros que, em 1994, não ganhavam nem o suficiente para 
comprar itens mais básicos de sobrevivência. Essa redução foi quase um efeito 
colateral do Plano Real que buscava controlar a inflação, sendo que os principais 
afetados pela mesma eram os cidadãos carentes. 
 O primeiro efeito positivo foi praticamente automático. Os brasileiros cujos 
rendimentos os colocavam entre os 10% mais pobres (IBGE) viram sua renda dobrar. 
Com a estabilização, a alta dos preços parou de corroer os salários da população que 
não tinha acesso aos instrumentos que os protegeriam da inflação. 
 Os trabalhadores também foram beneficiados pela queda dos preços 
aumentando seu poder de compra. Houve também aumento do salário mínimo. 
Além disso, foi no governo FHC que se introduziu o programa que hoje 
conhecemos como Bolsa Família, que serviu tanto para melhoria da renda quanto 
para a inserida de crianças e adolescentes na escola. 
 Essas medidas e consequências do governo foram de fundamental importância 
para os anos posteriores onde tivemos uma queda nas desigualdades sociais do país. 
13 
 
3.8 Pontos Positivos e Negativos do Governo FHC 
Positivos: 
 Dar sequência ao Plano Real; 
 Combate a hiperinflação; 
 Privatização da telefonia; 
 Criação dos medicamentos genéricos; 
 Programa de combate a AIDS; 
 Mutirões da saúde; 
 Algumas privatizações, que eram necessárias. 
 Negativos: 
 Política cambial equivocada; 
 Privatizações desastrosas; 
 Desemprego recorde; 
 Perda do poder aquisitivo; 
 Números ruins: importações, exportações. 
 
4. Governo de Luiz Inácio “Lula” da Silva (2003-2010) 
 
 Luiz Inácio Lula da Silva figurou como Presidente do Brasil entre 2003 a 2010. 
Ele assumiu a presidência em 1° de janeiro de 2003 sendo reeleito em 2006. 
 Teve como principais objetivos dar continuidade ao crescimento do país, 
reduzir a desigualdade social e figurar de vez o Brasil no cenário global. 
 
4.1 Política Monetária no Primeiro Mandato de Lula (2003-2006) 
 
 O Governo Lula continuou a política monetária adotada a partir do segundo 
mandato de FHC, de cumprimento das metas de inflação, usando a taxa de juros 
básica como único instrumento de combate à inflação. 
 O primeiro mandato foi bastante baseado na elevação e na diminuição da taxa 
de juros, no âmbito de acelerar o crescimento, incentivando o consumo e diminuindo 
os investimentos, além da facilitação de crédito ao consumidor, não deixando de lado 
o controle da inflação, que diminuiu, mesmo tendo extrapolado o limite estabelecido 
durante seusprimeiros anos. 
14 
 
 Consolidando-se uma política monetária expansionista, onde buscou a 
aceleração do crescimento, aumentando o PIB, o nível de desemprego, etc. 
 
4.2 Política Monetária no Segundo Mandato de Lula (2007-2010) 
 
 O segundo mandato do Governo Lula permaneceu com a política monetária 
dos anos anteriores até meados de 2007, a partir desse período abriu mão da política 
monetária mais rígida. 
 Nos primeiros anos do segundo mandato o Governo manteve uma redução 
constante na taxa de juros básica, tal medida teve como principal objetivo estimular a 
expansão do crescimento. Essa redução contribuiu ainda para o crescimento da 
expansão produtiva do país, o aumento do consumo pelas famílias e pela 
administração pública, que só pôde ser ampliada por mérito de algumas medidas 
adotadas pelo Governo, que foram: 
 A expansão de crédito; 
 As políticas de redução da desigualdade social, como o Programa Bolsa 
Família; 
 A recuperação do poder de compra do salário mínimo. 
Sendo assim, a facilidade ao crédito associada as outras duas medidas permitiu 
maior poder de compra as famílias de baixa renda, que seguindo o estimulo da política 
monetária expansionista, lançaram-se ao mercado de consumo, impulsionando a 
expansão produtiva e consequentemente, a elevação do PIB para níveis maiores. 
 
4.3 Política Fiscal no Primeiro Mandato de Lula (2003-2006) 
 
 O início da política fiscal do Governo Lula é marcado pelas consequências da 
política fiscal do governo anterior, que tinha como objetivo nos últimos anos, a 
diminuição da dívida pública, que chegou a passar de 60% do PIB. 
 Sendo assim, o Governo aceitou honrar com o compromisso de pagar ou pelo 
menos diminuir tal dívida, se vendo obrigado a seguir a mesma política fiscal de FHC, 
procurando aumentar os superávits primários e reduzir o percentual da dívida pública 
em relação ao PIB. 
 Embora no primeiro mandato não tenha conseguido alcançar suas metas de 
superávit primário, ele deu indícios de que estava tentando alcançá-la. 
15 
 
 Além disso ainda propôs alguns Projetos de Emendas Constitucionais (PEC), 
como a da Reforma da Previdência e do Sistema Tributário. 
 Tendo como consequência o aumento do superávit, principalmente devido ao 
aumento das receitas e da carga tributária. 
 
4.4 Política Fiscal no Segundo Mandato de Lula (2007-2010) 
 
 O início do segundo mandato novamente foi marcado pela continuação da 
política fiscal dos anos anteriores, buscando superávits primários. 
 O ponto importante do 2° mandato foi o aumento nas despesas do Governo 
que procurou colocar em prática o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), 
que tinha como objetivo promover o crescimento sem abrir mão do controle sobre a 
inflação, já que boa parte dos financiamentos foram feitos pelo Governo Federal. 
 Passando assim a ampliar o limite de crédito para o setor público o que gerou 
uma redução na dívida líquida do setor público em relação ao PIB. 
 
4.5 Consequências das Políticas Monetária e Fiscal do Governo Lula 
 
 O Governo Lula manteve as mesmas políticas econômicas do último mandato 
de FHC, no seu primeiro mandato, buscando as metas de inflação e superávit 
primário. 
 No segundo mandato com a criação do PAC, tendo como objetivo promover o 
crescimento. Contudo manteve as mesmas política econômicas não alterando os 
fundamentos das metas de inflação nem do superávit primário. Por outro lado, buscou 
um regime macroeconômico entre a diminuição de impostos, elevação dos 
investimentos e do financiamento, aceleração do crescimento, geração de emprego e 
renda e o aumento das arrecadações. 
 Conclui-se então que o Governo Lula não mudou as suas políticas econômicas, 
mas mudou o foco das políticas para tentar desenvolver o país. 
 
 
 
 
 
16 
 
4.6 O PIB no Governo Lula 
 
Gráfico 4. 
 
Fonte: Contas Nacionais/IBGE. Disponível em:< 
http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/lista_tema.aspx?op=1&no=1>. Acesso em: 12 de 
dezembro de 2016. 
 
O gráfico 4 mostra a evolução do PIB, em valores correntes, no período dos dois 
mandatos do Governo Lula. 
 No primeiro ano de governo, em 2003, o PIB teve uma pequena elevação se 
comparado com a maioria dos anos seguintes (IBGE), essa pequena elevação se teve 
em parte pela continuidade da política econômica que Lula herdou de FHC, onde 
primeiro se buscou a estabilidade, através de políticas de controle sobre a inflação, 
para depois alcançar o crescimento. 
 Nos anos de 2004 a 2008, o crescimento do PIB foi oscilante, mas com altas 
elevações, devido ao crescimento e aumento de produção em vários setores da 
economia, como a indústria, o comércio e a agropecuária, além da facilidade de se 
obter crédito e o aumento da renda (Estadão), dando maior poder de consumo aos 
cidadãos, consequentemente aumentando o PIB, mas não se teve apenas o aumento 
do PIB como ponto positivo, tivemos também a redução na taxa de desemprego e 
maior nível de igualdade social entre os brasileiros. 
Em 2009, devido a crises na economia mundial, como a dos EUA, o 
crescimento foi de apenas 0,2% (IBGE). Mas no ano seguinte, fim do segundo 
1,72
1,959
2,172
2,41
2,718
3,108
3,328
3,887
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
T
ri
lh
ã
o
 d
e
 R
$
Ano
PIB NOMINAL NO GOVERNO LULA (2003-2010)
PIB (Trilhões de R$)
17 
 
mandato de Lula, o crescimento alcançou uma marca histórica com o crescimento de 
7,5% (IBGE), sendo um dos maiores da história do país. 
 Enfim, no Governo Lula o país mesmo sendo afetado por crises conseguiu 
alavancar o crescimento do Brasil, principalmente por causa de programas como o 
PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), lançado em 2007, nos consolidando 
como um dos maiores PIBs do mundo. 
 
4.7 A Distribuição de Renda no Governo Lula 
 
 Para muitos o ex-Presidente Lula é considerado como o governante dos 
pobres, pois durante seu governo consolidou diversos programas sociais que 
contribuíram para a elevação da renda de milhões de brasileiros que viviam na 
pobreza, além de dar continuidade e implementar programas de governos anteriores. 
 Uma das principais formas de combater as desigualdades e a má distribuição 
de renda foi com o aperfeiçoamento do programa social Bolsa Família, que passou a 
ter finalidade de transferir de forma direta rendas do Governo para famílias pobres e 
em extrema miséria. O Bolsa Família foi apontado como um complemento financeiro 
para amenizar a fome das famílias em situação financeira precária. Foi apontado 
também como um dos fatores que propicia às famílias das classes mais pobres um 
consumo maior de produtos o que beneficia a economia do país. Além de ter sido 
considerado um dos principais programas de combate a pobreza no mundo. 
 Além do Bolsa Família o Governo Lula implantou uma série de programas 
sociais buscando melhorias da renda das famílias e a diminuição das desigualdades, 
foram eles: 
 Peti – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, que concede bolsas 
mensais a crianças e adolescentes frequentes à escola; 
 Luz Para Todos – criado em 2003, com o objetivo de levar energia elétrica a 
milhões de brasileiros; 
 Brasil Alfabetizado e Educação Para Jovens e Adultos – criado para combater 
o analfabetismo; 
 Pro uni – criado em 2004, com o intuito de beneficiar estudantes carentes de 
cursos de graduação em instituições privadas; 
 Entre outros. 
18 
 
Com esses programas conseguiu fazer com que um total de 35,7 milhões de 
brasileiros chegassem a classe média e 20,5 milhões saíssem da pobreza (Estadão).4.8 Pontos Positivos e Negativos do Governo Lula 
Positivos: 
 A criação do Pro Uni; 
 Taxa básica de juros em queda; 
 Maior estabilidade na economia; 
 Menor inflação; 
 Queda na taxa de desemprego; 
 Aceleração do crescimento; 
 Redução das desigualdades sociais. 
 Negativos: 
 Alto nível de corrupção; 
 Distribuição de cargos públicos nas estatais e agências reguladoras; 
 Aumento da dívida previdenciária; 
 Alta carga tributária; 
 Gastos excessivos. 
 
5. Governo de Dilma Rousseff (2011-2016) 
 
 A economista e política brasileira Dilma Vana Rousseff figurou como Presidente 
do Brasil entre 1° de janeiro de 2011 a 31 de agosto de 2016, sendo reeleita em 2014, 
mas por sofrer um processo de impeachment foi afastada do cargo antes do termino 
de seu segundo mandato. 
 
5.1 Políticas Monetária e Fiscal no Governo Dilma (2011-2015) 
 
O Governo Dilma manteve o regime de política monetária ancorado nas metas 
inflacionárias durante seu período de governo, mesmo que na maior parte do tempo 
essas sendo extrapoladas e divergindo do seu modelo de política fiscal. 
 Em relação a política fiscal no ano de 2011 foi adotado o modelo contracionista 
que resultou na elevação do superávit primário. No final desse mesmo ano e no início 
19 
 
de 2012, a política fiscal assumiu um papel diferente que graças aos resultados do 
superávit anterior permaneceu com esse mesmo perfil. A isenção tributária de 
diversos setores também ocorreu nesse período, aliado ao objetivo de reaquecer a 
economia e aumentar a competitividade da indústria nacional. A maior parte dessas 
medidas de isenção fez parte do Plano Brasil Maior, lançado em 2011. 
 Sendo assim, essa política fiscal previa a redução dos tributos e aumento dos 
investimentos, sem comprometer a meta fiscal, que era geração de superávit. 
 Nos anos seguintes, até o fim de seu primeiro mandato, em 2014, percebeu-se 
os seguintes pontos: 
 A carga tributária cresceu; 
 Houve desoneração de muitas folhas de pagamento; 
 O superávit do setor primário, assim como a inflação permaneceram oscilantes 
tanto em metas quanto em resultados, gerando desconfiança dos investidores; 
 A dívida pública teve decréscimos, devido a redução da taxa de juros e 
superávits primários. 
Em 2015 o Governo promoveu o ajuste fiscal, nome dado ao esforço para 
equilibrar as contas do país. Isso foi devido, segundo críticos, ao descontrole do 
Governo nos anos anteriores. 
 O que resultou em cortes orçamentários em diversas áreas, como a da 
educação, a da saúde e até mesmo o corte no principal programa de infraestrutura do 
Governo, o PAC. 
 Tudo isso em busca de fechar as contas no azul. 
 
5.2 Consequências das Políticas Monetária e Fiscal do Governo Dilma 
 
 Essas políticas até que apresentaram um resultado positivo nos primeiros anos 
do Governo, mas a partir dos anos finais do mandato até o afastamento da Presidente, 
em 2016, a execução falha e imprópria dessas políticas, segundo críticos, levaram o 
país aos mais baixos níveis de crescimento das últimas décadas (IBGE), gerando 
altos níveis de inflação, aumento extraordinário no desemprego, gerando uma crise 
que presenciamos até o momento. 
 
 
 
20 
 
5.3 O PIB no Governo Dilma 
 
Gráfico 5. 
 
Fonte: Contas Nacionais/IBGE. Disponível em:< 
http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/lista_tema.aspx?op=1&no=1>. Acesso em: 12 de 
dezembro de 2016. 
 
 
 O gráfico 5 mostra a evolução do PIB, em valores correntes, no período do 
Governo Dilma. 
 No ano de 2011, o PIB brasileiro cresceu menos que a média mundial ao longo 
de 2011, segundo o IBGE, por ter sido afetado pela crise nos Estados Unidos e pela 
política contra a inflação, adotada pelo Banco Central, aumentando a taxa básica de 
juros, desestimulando o consumo. 
 Em 2012, o Governo adotou algumas medidas com o objetivo de acelerar o 
crescimento, como por exemplo, a diminuição da taxa básica de juros e a redução dos 
impostos (ADVFN), utilizando como instrumento uma política fiscal expansionista. Mas 
mesmo com todas essas medidas de estímulos adotados pelo Governo, o PIB 
brasileiro apresentou um crescimento baixo. 
 Em 2013, houve um crescimento graças a aumentos da produção nos setores, 
da agropecuária, da indústria e de serviços (IBGE), causando uma elevação no PIB. 
4,375
4,713
5,157
5,521
5,904
0
1
2
3
4
5
6
7
2011 2012 2013 2014 2015
Tr
ilh
ão
 d
e
 R
$
Ano
PIB NOMINAL NO GOVERNO DILMA (2011-2015)
PIB (Trilhões de R$)
21 
 
 No ano de 2014, o PIB fechou o ano com um leve aumento de 0,1% (IBGE) -
devido aos investimentos das empresas terem caído, diminuindo seu poder de 
produção, e os gastos do governo aumentaram (ADVFN) -, o pior resultado para a 
economia desde 2009, quando fechou em 0,2% (IBGE). 
 Em 2015, a economia encolheu 3,8%, em comparação com 2014, graças a 
uma crise interna, onde os níveis de inflação estavam elevados, o desemprego 
aumentando e os cidadãos preocupados e incertos com o futuro, sendo assim 
diminuindo seu consumo. Essa queda e a maior desde a década de 1990, sendo a 
sétima vez, desde 1948 (IBGE), que o país tem um saldo de variação negativo do PIB. 
 Enfim, o Governo Dilma obteve, como em outros governos, bons e maus 
resultados, por exemplo, a elevação do crescimento nos seus primeiros anos de 
governo, mas também teve pontos negativos, como altas na inflação e um 
desemprego crescente. 
 
5.4 A Distribuição de Renda no Governo Dilma 
 
A Presidente Dilma deu continuidade aos resultados e programas inseridos e 
alcançados no governo anterior, continuou apoiando e tentando melhorar os 
programas sociais, mesmo com dificuldades, por causa da elevação da concentração 
de renda e do desemprego. 
 Em 2013, a miséria aumentou 10% (Ipea), sendo que quase 1 milhão de 
brasileiros voltaram a miséria. De acordo com números do IBGE, o percentual de 
famílias em extrema pobreza saltou de 3,63% em 2012, para 4,03% em 2013. Para o 
Ipea a recessão e o ajuste fiscal são ameaças para os programas sociais. 
 Os motivos para esses aumentos seriam a ausência de correção monetária dos 
benefícios sociais. 
 Segundo dados do Ipea a renda média per capita dos extremamente pobres 
nos anos de 2011 a 2014, nos três anos iniciais tiveram uma queda, 2011 – R$ 58,34, 
em 2012 – R$ 58,19, em 2013 – R$ 57,33, já no ano de 2014 teve uma alta 
considerável – R$ 73,16, mesmo assim continuando baixa se comparado a outros 
anos e levarmos em conta o nível da inflação. 
 Também segundo o Ipea a pobreza nos domicílios vem oscilando durante o 
Governo Dilma, tendo uma queda em entre 2011 e 2012, e aumento nos anos 
seguintes de seu governo. 
22 
 
 Conclui-se que a Presidente Dilma procurou dar continuidade aos bons 
resultados do Governo Lula, mas falhou elevando as desigualdades e a má 
distribuição de renda do país. 
 
5.5 Pontos Positivos e Negativos Governo Dilma 
Positivos: 
 Programa Minha Casa, Minha Vida; 
 Regimes de Cotas para universidades; 
 Programa FIES; 
 Carta Branca para a Polícia Federal; 
 Programa Luz Para Todos; 
 Programa Mais Médicos. 
Negativos: 
 Inflação em disparada; 
 Recessão econômica; 
 Impotência para lidar com a crise político-econômica; 
 Presidente sem diálogo político, efetivo, com o Congresso; 
 Programa Mais Médicos; 
 Alta no desemprego; 
 Desaceleração do crescimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Conclusão 
 
Neste trabalho procuramos analisar e entender as variáveis e as políticas econômicas 
– monetária e fiscal – utilizadas pelo Governobrasileiro entre os anos de 1995 a 2015. 
Buscamos explicitar de forma simples, como elas funcionaram, para que elas serviram 
e quais as mudanças que causaram no país, em cada Governo. Ainda tratamos da 
distribuição de renda, podendo, após a leitura e compreensão, comparar e entender 
melhor como funcionou a gestão de cada governo, desde FHC à Dilma, 
compreendendo o que cada um procurou alcançar, e como eles ajudaram ou 
prejudicaram o desenvolvimento do país. 
 Concluímos que, todos os governos procuraram, de alguma forma, alavancar o 
crescimento do Brasil e diminuir as desigualdades, através de políticas expansionistas 
ou contracionistas, sendo que cada um tiveram bons e maus resultados, contudo 
todos tiveram sua importância. 
 Sendo assim, cumprindo todos os objetivos por nós propostos, após termos 
analisado as variáveis – PIB, PNB, etc. – e as políticas econômicas adotadas, 
passando a entender melhor cada uma delas e como funcionaram nos governos 
analisados. 
 Por fim, este trabalho foi de extrema importância, pois nos permitiu conhecer e 
compreender melhor o tema pesquisado, além de ter-nos permitido desenvolver e 
aperfeiçoar competências de investigação, seleção e organização de dados e ideias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Referências 
 
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