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ESTUOO MICROFLORQ;TICO E PETROLOGICO DOS CARVOES DA MINA 
DO FAXINAL, FORMACAO RIO BONITO (PERMIANO), RS l 
MARGOT GUERRA . SOMMERu 
MARLENf MARQUES· TOfG02. ) 
PAULO SERGIO GOMES PAIM 2 
GILBERTO f. HEINZ'I 
JOAO BATISTA R. DA SIL VEIRA 2 •• 
YEDA BACKHEUSER 2 •• 
ABSTRACT 
This paper is the result of the pdrological and micro floristic analysis of coal seams from the Fa· 
xina! Mine (Rio Bonito Formation, Lower Pennian. Parana B:lsin. §Outhem Brazil). Petrological data 
showed I great predominance of tile Vitrinite maceral group (mainly Vitrite) and a low amount of 
the Exinite and Inertinite groups. Dispersed wood and cuticular fragments were predominant in the 
palynological samples , while poUens and spores were less abundant and in general poorly preserYed. 
Microfloristic analysis has revealed an U§Ociation with a predominance of spores related to a pIeri· 
dophytic plant community. The available petrological and plllynological data S\lWSI that tile coal 
seams originated mainly in a lelmatic environment 
INTRODUf;A.O 
Tendo em vista certas caracter{nicaspe· 
culiares apresenladas pelo~ carvGeS da Mina do 
Faxinai , RS, Brasil , no que serefereasuaeom· 
posi~ao petrogrtflca e microflm{stica,opresen· 
Ie trnbalhofoi elaborado 
A Mina do Faxlnalloca.liza-seaproxima. 
damenle a 50km I Sudoestc da cidade de Gua(· 
ba, RS (coordenadas UTM N6651.5; E4J2.7) 
(Fig. I) 
As rochasOra analisadasestaoinclufdas 
na Forma~ao Rio Bonito, Grupo Guatt, Super· 
grupo Tubarfo, da Bacia do Parnn~ (SCHNEJ· 
DERetai., 1974). 
Estudolirecentelirealizadolipor PICCOLI 
etal. (1983)e PAIMetal. (i983)permilirama 
caractcriza~iI'o cSlratigrMica. sedimcntol6gica e 
paleogeogrUlca dos sedimentitos gonduaniOO$ 
basals aflorantes naire. do graben de Mariana 
Pimentel,RS. 
&gundo PAlM et al. (op. dt.) as condi· 
~Oes paludaisnagreaforamcondicionadaspelas 
deposi~iI'o de sedimentos vinculados a lequeli 
Iluvials,osquailimpediramloontinua,.a:nda 
sedimcnu~iI'o fluvial Interiormente vigente, 
crianOO.ireasfavn.-aveisaacumula,.a:oepreser. 
va,.a:oda mat~riaorganica. 
Com base em dados sedimcntolOgioos po. 
de-se inferir que a ~rea da mina do Faxinal en· 
contraVi'se bulante prOxima du zonassoergui. 
du do embullmcnto. enqulnto outros IICdimen· 
10$ C<lroo!tOSos ocorrenles mais a leRe.no pa· 
leonle de Mariana Pimentel. fmam deposita· 
dos e mzonasmaisdeprimidasdabacia 
MATERIAL EMEToDOS 
Amostras das camadas de C<lrv;lo foram 
coletadas em afloramcntnsna mina lendo side 
descritas me§Oscopicamente seguindo urn mo· 
delo adapudo de SCHOPF (1960) e FERREl· 
RA et al. (1978). A posi~1o elipacial das cama· 
du eSiudadas, bern como 0 perm mcsose6pio 
de cada urna enC(lntram-se apresent.adas nas 
Figurns2 e3 . 
as eSludo$ microsoopios foram lealiza· 
dos em se~Oe$ polidali particuladas, represen· 
laliva! das distintas camadas, em mkrosoopia 
, Trabolhorealizadooomoapiofinanoe;,odaFINEP 
'In.tiluto doG<oocii..au,Uniwnidade Federll<loRk>GnndedoSul 
, BolumdoCNI'<a . 
• Bobi"a daCiman ElpeCiaJd.Pooqui ... P6. -e .. dlLl\,Io ·UFkGS 
- ---:.- .... 
,-It'--
I 
Q .0.11 .. _ .. 
~ u .............. .... 
de luz re!letida. Foram r<:aliudas con tagens 
combinadas de macerais e microlitotipos de 
acordo com as normas indicadas em STACH 
elal.( 197S). 
Para as anlllises palinol6gicas utilizaram· 
se amoSU'u repr<:sentativas de todas as cama· 
du(P2, PS,P6,P7);alemdisto,forarncolell' 
das amostras de di!tintosn(v-eisque comp<lem 
a camada, localizaoos no perfil da Figul"ll 2, 
com a sigla p, seguida de no1mero rortespon. 
denteiamoltra 
As amostras foram preparadas em ]abo. 
rl16rio de acordo rom OS m~todoS usuai, de 
maceca,.a:o,utilizando I solu,.a:o de Schulze pa. 
ra oxida,.a:o do carvao e HF e Hel para. di$$O· 
lu,<,odossilicatosec .. bonat05durochas 
As laminas palino!6gicas {oram montadas 
em B:IIsamo doCanadteencont ram-te naPali. 
noteca do Setorde Palinologia do Institutode 
Geo<:ii!nciasdaUFRGS. 
A rela,.a:o dasl:lrninaspalinol6gicase das 
se,.oespolidasutiliz.adasnestetraballioencon. 
t ra·sediscriminadaabaixo 
Umina! pillinol6&icu: MPP 3287 a MPP 
3302. 
c.vo.odaMi ... doFuln".RS ... p.1J.&3 
"' ---"'~-.' :-r.-1 I 
I 
} ILJ ; -l )',5~-
Fig.l_M,podoIOCOlI~do'r .. 
Se~Oes polidas: Fax. 1 (camada I), Fax 
2 (camada 2). Fax, 3 (camada intennedi4ria), 
Fax. 4 (camada 3). 
CtlracterlsliclS pelTograficas e 
microfloristicas 
Camada de carvJ:03 (Fig. 3) 
Mesoscopicamente predomin. 0 Clrvto 
Jistrado, com alto teorem vitr~nio. A nive1de 
macerais (Tabela 1),0 gropo da Vitrinita se 
fazdominante,enquantoogrupode lnertinita 
e princqnlmente da Uptinita slo eseassos. 0 
teotemargilo-minerais~ bastante baixo, 
Esta comp~:ro maoedlica se reflete no 
predomfnio davitritasobre rnicrolitotipos hi e 
trimaoerllicos, apareoendo os microlitotipos 
miStos.ou seja, com mattriamineral,emquan· 
lidadesmoderadas. 
Paiinologicarnente. I canada t relalin. 
mente poore em esporo5 e pdlell5, 05 quais se 
aprescntam muito mal preservados. f: registra. 
G • .,I ...... ..... ,.,,1 _ 
_ .. _.1 
P-.m"'I'~.mp.llnolOe;c. 
P. lint ... d. um.d. 
F;g.2_Pooi~dao""""-I<Ie"""""!Fo<~R;o9on1.o)doMi"'OoF ... ln.I . RS.8r.;1 
(....,lod""o_iorl.gl*1l1mlOOlCOpk:odo".~ 1 111 __ ) 
GUEIIIIA.sOMMEII, M. f f .1. C.",Ilt.doMi". doFoxlnol.IIS ... p.13-8J 
Tabela I - Camada 3 
Microlitoripos Gropo de Macerais MatiriDMineral 
Exinita 
Vitrita 42,5 
Liptita 
4 ,5 
Clarill 
Vitrinertita 3,0 
Trimao:rit8 4,6 \4.0 
CarbargiHlo 20.3 4.2 
Carbocarbonato 
Carbopirita 2,3 11.7 
Poliminerill 0,7 11,1 
Rocha 15,5 
lsolado 6,6 2.2 
Sub·Totai 2,0 
dagrandequantidadedeienhocomtraque(deol 
unisseriados e multiSlleriad~tipicosdeGymno$· 
permae gonduanicas. Osfragmentos de cuticu· 
las sfo pequenos, por~m bern preserndos. Pre· 
dominam fragmentol compostO! por Cl!"luLa$ 
a10npdas de paredes finas ocorrendo tam~m 
fragmentas com Cl!"Julas quadranguLares com 
papiiacentralizada,(Est.I,rJgs.6 e 7) 
Camada intennedWia (Fig. 3) 
Mesoscopicamente similar ~ camada 3 
quantoao predomfnio de caMO listradocom 
alto contel1do de vitrtnioe conseqtientemente 
acompos.i~aomicrosc6picaeiimilar. (Tabela2): 
alto oontelldo em Vitrinita comparativamente 
aos outrosgrupos de macerais(teor umpouco 
mais alto em Exinita) e quantidades hixu de 
argilo-minerais. 
Palinologicamente,aassocia,.a-oesporopo. 
ifnica,embonmaisexpressivadoquenacanu, 
da 3, apresenta poucas formas identificllveis; 0 
material apresellta..se mal preservado. As cut " 
cuiass!ofreqtientes.fragmenladas,compredo· 
mfnioderestoscomcelulasalol18adasepaledes 
finas,eienho.(Est. l,figs.I.2,J,5e6). 
Camadadec~2 (Fig.3) 
Mesoscopicamente ~ ainda 0 carv!o Iistra-
do o Htotipo predominante. No entanto,os teo-
Vitrinita /nerlinita Argifo.minerol 
99,9 0,1 
100.0 
36,2 56,3 7,5 
48.2 18.0 9,8 
43 .9 14.0 37,9 
63.3 10.0 3,3 1I ,7 
38,9 38,9 11.1 
11 ,7 4,8 47.2 36,3 
58) ',I 12.6 21,8 
62.2 1l.5 16.9 7,_ 
75,7 24.3 
res em vitr~nio deste carv[o Iistrado sfo baixo! 
como conillequencia doaumenlo nosteoresem 
caMofosco. 
A n{vel de macerais (Tabela 3), 0 grupo 
da Vitrinila continua sendo 0 dominanle, ape-
sar de que em quantidldesmenores do que nu 
camadas anterionnente descritu . Os argilo-mi-
nenis, an contrtrio. tornam-ie mais abulldan· 
tes. Como reflexo ocone urn lumenlO na quan_ 
tidade de microlitotipO$mistos,apewde ser 
linda a Vitrita 0 microiJtotipo dominante. 
A assocUa~.o mi~rof1or(stica nesta camad8 
apresenta mellior preserva,.a:o, permitindo a 
identific~[o de esporos triletes do gtnero 
Lundbltldisporo, Kl1luseli:rporiits t PonaliteJ 
principalmente. (Est. II. figs.2_3e 6). 
A:l clI lfcuias,emgnnde nl1mero. !leapre· 
sentam como fragmentas pequenOi e bern pre. 
servado! do mesmo tipo como ocorrem nas ca· 
madIllJeinlennedi:iria.f.regi$tradatam~mapresen~a de lenho de Gymnospermae. (Est. I, 
figs.I,3 e 5) 
Camadade carvlo I (Fig. 2) 
Tanto mesoscOpicaquantomicroscopiea. 
mente esta camada!le assc:mellia a camada 2. 
Em termos microflor isticos tambtm esta 
camada apresenta a meilrrla composi,..o da ca· 
mada 2, com a preoominAncia de Lundbladis· 
poro e Portalileserarossacadol,dol quail 
Plltobo""iCO I PllinologilnIAm,doSUI-l9S3 - 801.IG-USP,I''''.~Goo<:ihCi ... USI'.15:13,l50.19804 
Tlbel12 - CamIlla Intermedlma 
Microlitotipos Gropo de Macerais MaltrlaMinoa/ 
Exinlta Vitrin;la Argilo-minual CarhoruzlO 
Vinita 31,9 0 ,' 99" 0,6 
Uptita 
Inertita 3,7 100,0 
Oarita 11,5 19,6 77,8 1,6 
Vitrincrtita i,S 45,0 47.0 8,0 
Trimacerita 6,3 13,1 63,3 12.4 11,2 
Carbargilito 16,0 10,0 42.6 8,6 38,8 
Carbocarbonllo 0,7 SQ,O 20,0 
Carbopirita 2,2 93,2 6,8 
P<::oliminerita 6,0 1,2 40,8 3,7 26,5 9,9 17,9 
Roehl 11,7 2,2 9,8 7,9 19" 5,' 55,7 
lsoJado 8,' 5,8 48,2 7,5 25,7 7,5 5,3 
Sub,Total 5,7 62,3 8,4 13,4 2,0 8,2 
Total 76,4 23,6 
Tabela 3 - Camada 2 
MicrolilOtipos GropodeMacerai, MattrlilMineral 
Exinita Vitn'nita InertinfcQ Argllo-mlnerQ/ Carbonllto 
33,3 99,3 0,1 0,6 
Uplita 0,6 100,0 
9,1 96,8 2,8 0,4 
Oarita 2,6 28,8 62.5 3,7 
1,9 53,4 34,9 11,7 
Trimaeerita 1,3 20,0 52,5 20,0 7,5 
Cubargilito 9,6 9,1 25,7 20,9 44) 
Carbopirita 0,6 90,0 10,0 
Polimincrila 2,6 2,5 5,0 45,0 37,5 2,5 7,5 
Rocha 36,5 2,' 3, 1 12,8 72,S 5,9 3,3 
lsolldo 1,9 1,7 61,0 8,5 27.1 1,7 
Sub-Total 3) 41,0 17,7 33.1 2,3 1,4 
Total 63,2 36,8 
"'0. -c-
.. : . 0' ::f.:: 
Fi",3-F'o!,ff, ,,-,,,,oopicos <:!"',,,,mod_ d. ,,,,· 
"""2.in .. rmedjj oi •• 3.Form~A ioBo"ito.Mi"" 
do Fuln. ' , RS, Sr .. ,I , Slml>o~l. como .... Fi\i. 1 
POlOniei:rporires 6 o#neromaisrepresentativo. 
(Est. U,flgs.2,4e 6). 
Os fragmentol de cuticula!, em meoor 
mlmero do que nas demais camadas, $10 rcpre-
scntados principalmente por c~lulas alongadas 
de paredes finu, on espessas, alem de fragmen-
tO$ com papilas eentraliudas. 510 tambo!m re-
78 
gislrados fragmento l de cutfcula! vinculadas a 
GlossopteridaJes.(bI.ILfig. 7;EKi,fig.4). 
A camada I, devido a sua maiur espessura 
a heterogeneidade vertical, foi estudada em 
maiordetalhe quanlo~composil'!fomicrotlor[s. 
liea . 
Mesoscopicarneo te ,a camadapode serdi· 
vidida em 3 niveisde carvilo separadospor 2 
nivds de estl!reis. Comrelal,'Soaotcorvitr~nio , 
pode.!iediurqueonlvclinferiorpossuiquanti-
dades intermedi~riu em relil~!ro ao niVe! su.pe. 
rior(maisricoemvitrenio) e mo!!dio(maisp<)bre 
emvitrcnioJ (Fig. 2). 
A base t 0 top<) da camada ! apresentam 
uma associa~jo pcb!. em esporos, estando 0 
malerial malpreservado_ Ascutfculasnestesni. 
vei. larnbern sao raras,ocorrendo alguns frag. 
mentos que podem ser vinculados a Glossoplt· 
ridales . porapresentarempadrOesidtnticosao$ 
encunt!adu, em megaf6ssd sculotadus no n(vel 
intennediario descrito a seguir. Olenho,no en· 
tanto , predominasobreosdemaile1ementos. 
o nfvelintcnnedi1rio delta camadaapre· 
'<Cnla urna associ3~1oesporopol(nicacomabun. 
dtncia de csporosdogeneroLundbladilpOrau-
!iOCiados aPunctatisporjres,Portafitese raros sa· 
cados. As culiculas, ern rnenorquantidad ~, ain. 
da encontram«malpreservadas 
o nIVel estl!ri1 infe rior aprescntao male· 
rial esporopolinico rnuilO mal preservado, de 
impossl've! identific~jo . As cuticulasocorrern 
COm alt a freq iitncia, sendoosfragmentosdeta· 
manho bern maior do que osassociadol a05ni· 
veil de cartlo. Uma grande proporS'So destes 
fragmento s foram re!acionados a Glossopteri· 
dales, Neste mesmo nive! foram identificados 
rnegafosse is com paclrOes epidennicospreserw· 
dos relacionados a GluJJup/eris cf. G. oeciden· 
talis White 1908 (GUERRA~SOM.MER et al., 
1983). 
INTERPRET A~O DOS 
RESULTADOS 
Corn base ern dados resultantesdaslIll1Li· 
scspctrogr6ficas c rn icroflor(sticaJ ,podcm ser 
feita& algumas cOllsidera~lSes sobre as condi~Oes 
deposicionais que atuaramdurdnte asedimenta· 
~[o dam3t,;riaorg~nica estudada , 
Constatou -$e nas camadas de can-a-o urn 
tOlal predomfnio de matt'ria organica prove. 
niente de rnateriallenhoso, principalmente na 
fonna de Vitrita, ooorrendo em meoo! proper-
~!ro constituintcs do grupo da Exinita. Amat~· 
ria mineral ocorre emquantidades reduzidas. 
Teores mais aliOS de argilo·minerais do ref1exo 
de inlelcala~Ocs es~,ei5 nas camadas, mais do 
que teoresaltos nascarnadasdecarvlopropria-
menteditas. 
A composi.~:ro destas camadas de carvlo 
em termosdemaceraise microlilotipos indiCli 
um ambiente redutor . por\!m com reduUda It· 
minad"gua. 
Estudos palinolOgicos revelnam lambtm 
a predominfnciadeJenhoegrandequantidade 
de cuifcuw dillpCrsas. bempreservadas,e wna 
I$socia~1o esporopolfnica em geralmal preser· 
Vida e relativamente pouen abundanlC. Eslaas-
socia~o apresenta urn predomlniode esporol 
sobre pOlens. sendo portlnlO, formada por 
plantas dn tipo pteridofftico, com menor pro-
por~1o de sacados do grupo das Gymnosper-
Os fragmentos de cuticulas. em wa maio· 
ria. nlo apre!l!!nllmcaraclCriSlicasdiagnastica.s 
suficlentel para a Identiflca~1O a grupos deftnl· 
dos; todavia, foi passivel consllllr a pre3e1l~a 
de Glossopteriliaies como urn dos componenles 
daassocia~o.Osfragmentosdelenhollmlx!m 
parecem indicar uma vincul~1O com GlolSOpte· 
riliales porapresentaremestrutur~loidt'ntica 
alraqueldeosdefragrne:ntosdeeixolassociados 
a foihas de GW$J(}pteIU provenientesde nlvel 
intenneditrio is camadasde c:arva:o;formasvin· 
culadas is Pterid6fitas lImbtm foram identifi· 
cadu. 
Observa4e. no enblnto, pc:quenas varia· 
79 
~oes nlS caracteristicas deposicionais dascama. 
dUlquianaiisadas. 
As caroadas J e intermediilriase caracte· 
rium petrognlficamente por urn alto teor de vi· 
tn'!nioe Vitrita epequenaquantidadedeargilo. 
minerais. A a$$OC~lo microfloristica ~ pobre e 
malpreservadaquantoaoconteudoesporopoli· 
nico, sendn abundante a ooom!'ncia de leoho e 
cuticulu bern prellervadas. ESlesdadoslevaram 
I inferirurn ambiente redutor no qual a Ilmlnl 
d'4gua era muilOdelgada,permitindoapenasl 
nlo oxida~o do material lenholO sem. no en-
tanto, favorecer 0 aporle de eJementosdetrlti· 
cosinorganicos. 
As camada, denominadas I e 2 (Fils. 2 C 
3)aprc!lentam CIllctetisticas petrogr.lficuse-
meihanlCS entre si, tais como menor teor de vi, 
trtnio(Vitrinita)emaiorabund.lnciadelrgilo. 
minerais em rela~lo is camadas intermediiria e 
3.DopontodevistapalinoJ6gico,aaS$OCia~o 
esporopolinica, altm de meihof preservada, ~ 
tambtmnestecaso,maisabundantedoquenos 
demais. islo permite inferir urn ambiente com 
infl~ncia de uma Illmina d'ilgua urn pouco 
mais espessa do que nu camadas 3 e interme-
diuia. 
AnMises detalhadas dOl niYCis de topo, 
meioebasedacamadli . enl'velesterilinferior 
(Fig.2).indicamterhavidooscil~Ifacio16· 
gicudwaOle . deposi~odC$tacarnada.Deste 
modo, a base da camada caractenza« pela de· 
posi,",o em ambiente inOuenciado por wna del· 
gada!!m.inad'Iigu.a;emdir~loaonive!Uteril 
inferior ocone um rebaixamenlo dnta !!m.ina 
d'",u.a possibilitando 0 de.senvolvimenlo de 
uma vegelaorJO de eartter me!6nJo. 
Segue« aeSleevenlo.umanovaelevaorJO 
do niVe! d'ligua coodicionando a deposi~lo de 
uma turfeira com caracter{slicas de ambienle 
maisprolundodO!'jucosn{veillmaisrnferio.ru 
ecomoeslabeJecunentodevegeta~odollpo 
higrdfi1o.FinaliundoociclodedeposiorJOdes-
tacarnadade carvlo, voltaram as condi.yOes pa, 
leoeool6gicasreinantesduranteaformaorJOdo 
nlYelbasal. 
A partir da caracler~o de microam. 
bientesdeposicionaillreinantesnadeposiorJOde 
camadu de carvlo no SIll do Brasil (MARQUES 
- TDIGO & CORReA DA SILVA. 1983), as 
camadas de carvlg da Min, do Faxinalcorres-
ponderiam ao ambiente te!m~lico.com vegeta· 
BIBUOGRAFIA 
Cr.rClo.61MinadoFuinal.AS ... p.73-83 
,",0 do lipo ptendofitioo de porte lterb~ceo,u. 
sociado' ocorrfficia de Gymnospennae arbo· 
rescentes. Enquanto 1$ camadas3e intermc:di'· 
ria vinculam« I um ambienle tipicamente tel· 
m;ftico. JS camadas I e 2 ap~sentam caracter{" 
tieastransicionaillaumarnbientelimTlO·lel~ti. 
o nivel uu!ril inferior.intercaladonlcl· 
madal,representlumarnbienteeSkncialmente 
meSOnJo que poderia corresponder a uma ¥tHe, 
taorJo de bordo de turfeira. 
ComparltiYlll"lenle aosdemaisCln'Oeses-
tudados em diferentesjazidas da Bacia do Para· 
ni.oscarvOesda Minado Faxin.al fOIlffi os que 
.p.uenwam cond~s mais raSlS de deposi., 
~fo. Estas oondi.yOesp&leoecoIOgicas sJo bastan· 
tecoerentucomoposicionamenlopaleoeoolo... 
HicoestimadoporPAIM elal.(J983)parIC$lC 
ponto,ou xja, proximo de ronasmaissoergui· 
dasdabaciasedimcntar 
FERREIRA. J .A.I' .. StiFFERT. T. ol SANTOS. AP _ 1978 _ ho/.'O Qr~J ~o Rio GNJldf do s..1. Conmi<> 
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