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RELATÓRIO CAMPO II FINALL eq VI

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ 
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS 
FACULDADE DE GEOLOGIA 
 
LEANDRO SOUSA FERREIRA 
MARIANE DE JESUS PEREIRA DA SILVA 
OLAILSON DE SOUZA XAVIER JUNIOR 
SANT CLAY AUGUSTO DINIZ MEDEIROS 
 
 
 
 
 RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO 
GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
FOLHA SB.22-Z-C ESCALA 1:100.000 
 
 
 
 
 
 
MARABÁ 
2016 
 
 
LEANDRO SOUSA FERREIRA 
MARIANE DE JESUS PEREIRA DA SILVA 
OLAILSON DE SOUZA XAVIER JUNIOR 
SANT CLAY AUGUSTO DINIZ MEDEIROS 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO 
GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
FOLHA SB.22-Z-C ESCALA 1:100.000 
 
 
Relatório apresentado à Universidade Federal Do Sul e 
Sudeste do Pará como requisito parcial de avaliação na 
Disciplina Estágio de Campo II do curso de Bacharelado 
em Geologia. 
Professores: 
Alberto Jacques Ribeiro Corrêa 
Daniel Silvestre Rodrigues 
Gilmara Regina Lima Feio 
José de Arimatéia Costa de Almeida 
Márgia Carvalho de Sousa 
 
 
 
 
 
MARABÁ 
2016 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1: Mapa geológico e seções geológicas da área de estudo. .............................................. 9 
Figura 2: Figura comparativa entre as diferentes respostas dos canais, (A) Canal do Tório e (B) 
Sinal Analítico. ............................................................................................................................ 11 
Figura 3: Figura mostrando as amostras mais representativas de cada domínio, com pontos 
georeferênciados. ........................................................................................................................ 12 
Figura 4: Figura unificada dos mapas aerogeofísicos e dados obtidos em campo. .................... 13 
Figura 5 – Foto caracterizando os relevos geomorfológicos com a subdivisão dos modelados 
geomorfológicos da subárea VI Bloco diagrama 3D. ................................................................. 19 
Figura 6: Forma de relevo côncavo convexo suave característico da Unidade Granodioritica. 20 
Figura 7: Relevo mais baixo e plano, localizado a nordeste da aréa. Unidade do Metapelito. .. 20 
Figura 8: Revelo montanhoso da Serra das Andorinhas- Unidade do Metassedimentos. .......... 22 
Figura 9: Relevo dissecado com topo convexo, apresentando colinas correspondente a Unidade 
do Monzogranito. ........................................................................................................................ 22 
Figura 10: Relevo dissecado com topo convexo- Unidade do Monzogranito. .......................... 23 
Figura 11: Relevo dissecado com topo convexo correspondente a Unidade do Metassedimentar.
 ..................................................................................................................................................... 23 
Figura 12: Mapa de alinhamento estrutural, mostrando a direção preferencial NW-SE. .......... 25 
Figura 13: Diagrama de rosetas mostrando a direção preferencial NW-SE da foliação. .......... 26 
Figura 14: Diagrama representando os dados de deformação da área VI plotados no diagrama 
de Fliin. ....................................................................................................................................... 27 
Figura 15: Figura mostrando uma orientação incipiente dos minerais. ..................................... 27 
Figura 16: Imagem destacando as duas formas de xenólitos, oblato (A) e prolato (B). ............ 28 
Figura 17: Veio de epidoto interceptando veio quartzo-FK....................................................... 29 
Figura 18 ; Fraturas com direções 60º/250 Az; 70º/168 Az; 80º/170 Az; 60º/210Az; 78º/178 
Az; 74º/300 Az; 50º/296 Az; 60º/250 Az; 40º/290 Az. ............................................................... 30 
Figura 19: Estereograma indicando as direções e ângulos de mergulho das fraturas 
encontradas. ................................................................................................................................. 30 
Figura 20: Diagrama de rosetas comparando a (A) foto interpretação e os (B) dados obtidos em 
campo. ......................................................................................................................................... 31 
Figura 21: Dique máfico seguindo direção 230 Az. .................................................................. 31 
Figura 22: Dique félsico seguindo direções de 300Az e 280Az, respectivamente. ................... 32 
Figura 23: Fraturas (seta vermelha) cortando veios (seta azul) na Unidade Bt-Anf Granodiorito 
Equigranular médio ou grosso com deformação incipiente. ....................................................... 33 
Figura 24: Relação de contato entre as unidades granodioritica e monzogranito. (A e C) a 
unidade monzogranito é vista interceptando a unidade granodioritica na forma de veios. (B e D) 
enclaves angulosos da unidade granodiorito incluso na litologia da unidade monzogranito. ..... 35 
Figura 25: Na figura é mostrada sobre destaque (linha vermelha pontilhada) a ocorrência de 
dique félsico o qual neste ponto intersectava a unidade granodioritica. ..................................... 36 
Figura 26: Litologia Biotita-Anfibólio Granodiorito Equigranular Médio a grosso com 
deformação incipiente a moderada, (A) forma de ocorrência lajedos e (B) enxames de blocos, 
(C) observava-se a litologia com granulação media coloração cinza esbranquiçada a esverdeada.
 ..................................................................................................................................................... 38 
Figura 27 – Diagramas modais Q-A-P (Streckeisen, 1976) para as rochas da Unidade I. ......... 40 
Figura 28: Fotomicrografias exibindo as principais feições petrográficas dos minerais 
encontrados na lâmina EJM-40. (A) (5x) sob nicóis cruzados e (B) luz natural – cristais de 
quartzo2 (Qtz) incluso em Anfibólio (Anf) e plagioclásio saussuritizado (Plg). (C) (5x) sob 
nicóis cruzados e (D) Luz natural – cristais de plagioclásio (Plg) fortemente saussuritizado com 
 
 
cristais de quartzo com extinção ondulante (Qtz) e cristais de Biotita com faces xenomórficas 
(Bt); (E) (5x) sob nicóis cruzados e (F) grandes cristais de quartzo bordejados por grãos 
menores (Qtz), e anfibólio (Anf) e plagioclásio alterados. ......................................................... 40 
Figura 29: Diagramas modais Q-A-P (Streckeisen, 1976) para as rochas da Unidade I. .......... 43 
Figura 30: Fotomicrografias exibindo as principais feições petrográficas dos minerais 
encontrados na lâmina CJY-38. (A) (10x) sob nicóis cruzados e (B) luz natural – mostrando 
cristais de quartzo1 (Qtz) com extinção ondulante e cristais de biotita com faces xenomórficas 
(Bt), inclusão de opacos em titanita (Ttn). (C) (5x) sob nicóis cruzados e (D) Luz natural – 
cristais de plagioclásio (Plg) fortemente alterados e cristais de biotita hipidiomorficos (Bt); (E) 
(5x) sob nicóis cruzados e (F) cristais de quartzo (Qtz), Plagioclásio (Plg) e Biotita (Bt) os 
principais constituintes. ............................................................................................................... 44 
Figura 31: Unidade Monzogranito, (A) forma de ocorrência da unidade em blocos rolados e (B) 
enxame de blocos caracterizando o relevo colinoso da área. (C) Biotita-Anfibólio Monzogranito 
equigranular médio a grosso e (D) Biotita monzogranito porfiritico com destaque para os 
porfiroclastos de plagioclásio de até 15mm. ............................................................................... 45 
Figura 32 : Diagramas modais Q-A-P(Streckeisen, 1976) para as rochas da Unidade II. ........ 47 
Figura 33: Fotomicrografias exibindo as principais feições petrográficas. (A) (5x) sob nicóis 
cruzados e (B) luz natural mostrando os cristais com contatos retos entre si, plagioclásio (Plg) 
com faces tabular e por vezes saussuritizado – cristais de quartzo com predomínio de extinção 
reta; (C) (5x) sob nicóis cruzados e (D) luz natural – cristais de quartzo (Qtz), Plagioclásio (plg) 
e Biotita (Bt) com faces idiomórfica a hipidiomorfica; (E) (5x) sob nicóis cruzados e (F) luz 
natural cristais de plagioclásio (Plg) afetados por processos de sericitização. ............................ 48 
Figura 34: Diagramas modais Q-A-P (Streckeisen, 1976) para as rochas da Unidade II. ......... 50 
Figura 35: Fotomicrografias exibindo as principais feições petrográficas. (A) (5x) sob nicóis 
cruzados e (B) luz natural mostrando cristais de anfibólio (Anf) xenomórficos e Quartzo3 
(Qtz); (C) (5x) sob nicóis cruzados e (D) luz natural – cristais de Ortoclasio (Or) com cristais 
de quartzo3 (Qtz); (E) (5x) sob nicóis cruzados e (F) luz natural cristais de biotita (Bt) com 
faces hipidiomorficas em contatos retos com quartzo2. .............................................................. 51 
Figura 36: Aspecto geral dos metarenitos da unidade metassedimentares, (A) e (B) foram 
encontrados na forma de blocos rolados, (C) metarenito arcósiano e (D) metarenito quartzoso.52 
Figura 37: Aspecto geral dos metapelitos da unidade metassedimentares, (A) e (B) foram 
encontrados na forma de blocos rolados próximo a lagos artificial, (C) metapelitos formado por 
argilominerais e (D) metapelito carbonoso. ................................................................................ 53 
Figura 38: Aspectos geral da ocorrência dos diques máficos na área, (A) estes foram 
encontrados em morrotes e (D) possui composição gabróica. .................................................... 54 
Figura 39: Diagramas modais Q-A-P (Streckeisen, 1976) para as rochas da Unidade II. ........ 55 
Figura 40: Fotomicrografias exibindo as principais feições petrográficas. (A) (5x) sob nicóis 
cruzados e (B) luz natural mostrando os cristais de plagioclásio (Plg) em formas de ripas 
características de gabros textura ofitica de plagioclásio incluso em cristais de piroxênio. (C) 
(5x) sob nicóis cruzados e (D) luz natural mostrando os cristais de plagioclásio (Plg) e 
Clinopiroxênio (Cpx) mostrando textura ofitica. ........................................................................ 55 
Figura 41: Aspecto geral da unidade dique félsicos, (A) forma de ocorrência da unidade e (B) 
aspectos macroscópicos............................................................................................................... 56 
Figura 42: Diagramas modais Q-A-P (Streckeisen, 1976) para as rochas da Unidade II. ......... 58 
Figura 43: Fotomicrografias exibindo as principais feições petrográficas. (A) (5x) sob nicóis 
cruzados e (B) luz natural mostrando os cristais de ortoclásio (Or) hipidiomorfico com cristais 
menores de outros cristais pouco observados devido a forte textura mimerquitica da rocha; (C) 
(5x) sob nicóis cruzados e (D) luz natural mostrando os grande quantidade de quartzo1(Qtz) na 
lâmina; (E) (5x) sob nicóis cruzados e (F) luz natural mostrando cristais de cloritas (Clr) e 
quartzo (Qtz) ao seu redor. ......................................................................................................... 59 
 
 
Figura 44 : Blocos diagramas mostrando a evolução geológica proposto pela equipe para a área 
VI. A) geração de magmas Sanukitóides no arqueano; B) instalação de bacias sedimentares 
arqueanas, C) eventos compreensivos que acarretaram dobramento das unidade da bacia; D) 
Estagio de rifteamento no proterozoico com colocação de granitos tipo A e magmatismo 
underplant, F) estagio de estabilidade e exumação das rochas encontradas na área. .................. 65 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1: Amostragem dos eixos plotados no diagrama de Fliin................................................32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÚMARIO 
CAPÍTULO 1: GEOLOGIA DA ÁREA .......................................................................7 
1.1: Caracterização geológica ................................................................................................. 7 
1.2: Aerogeofísica das unidades estratigráficas .................................................................. 10 
1.2.1: FOTOINTERPRETAÇÃO MAPA GAMAESPECTROMÉTRICO ............................ 14 
1.2.2: FOTOINTERPRETAÇÃO MAPA AEROMAGNETOMETRICO .............................. 15 
1.2.3 CONCLUSÃO GEOFÍSICA ..................................................................................... 17 
1.3: Caracterização geomorfológica .................................................................................... 18 
1.4: Geologia estrutural ........................................................................................................ 24 
1.4.1: GENERALIDADES .................................................................................................. 24 
1.4.3: ELEMENTOS DA TRAMA RÚPTIL ......................................................................... 28 
1.4.4: INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ESTRUTURAIS .................................................. 32 
1.5: Relações entre as unidades ............................................................................................ 33 
CAPÍTULO 2: PETROGRÁFIA .................................................................................36 
2.1: Descrição mesoscópica e microscópica ......................................................................... 36 
2.1.1: UNIDADE I – UNIDADE GRANODIORITICA ...................................................... 37 
2.1.1.1: Biotita-anfibólio granodiorito equigranular médio ou grosso com deformação 
incipiente a moderada ...................................................................................................... 37 
2.1.2 : UNIDADE II – UNIDADE MONZOGRANITO ..................................................... 44 
2.1.2.1: Fácies biotita-anfibólio monzogranito equigranular médio a grosso ................. 45 
2.2.2.2 : Fácies biotita monzogranito porfiritico ............................................................. 45 
2.1.3: UNIDADE METASEDIMENTOS ............................................................................. 51 
2.1.3.1: Metarenito arcosiano .......................................................................................... 52 
3.1.3.2: Metarenito quartzoso .......................................................................................... 52 
3.2.3.3: Metapelitos ......................................................................................................... 53 
2.1.4: UNIDADE IV- UNIDADE DIQUE MÁFICO ........................................................... 53 
2.1.5 – UNIDADE V – UNIDADE DIQUE FÉLSICO ........................................................ 56 
CAPÍTULO 3: DISCUSÃO E CONCLUSÃO ............................................................59 
CAPÍTULO 4: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................66 
ANEXOS ........................................................................................................................67 
 
 
RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
7 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
CAPÍTULO 1: GEOLOGIA DA ÁREA 
1.1: Caracterização geológica 
Para a individualização das unidades geológicas foram usados vários critérios queabrangem tanto as características estruturais como também as texturais presentes na área 
VI e que permitiram um maior entendimento do comportamento dos processos geológicos 
que atuaram e atuam na área. 
UNIDADE I: UNIDADE GRANODIORITICA 
A unidade I (Granodioritica) é caracterizada como a unidade mais representativa 
da área, compondo cerca de 45% da área VI, sendo localizada em toda porção central da 
área. Seus afloramentos mais representativos ocorrem na forma de grandes blocos e 
apresentam encraves achatados como caracteristica marcante da unidade, também é 
característico dessa apresenta deformação incipiente a moderado. Seus afloramentos mais 
representativos são LMOS-09 e LMOS-17. 
UNIDADE II: UNIDADE MONZOGRANITO 
A unidade II é dividida de acordo com as características faciológicas encontradas 
em campo, sendo elas individualizadas em duas fácies (Monzogranito porfiritico e 
Monzogranito Equigranular Grosso). Compõe cerca de 25% da área e encontra-se 
amplamente distribuída ao longo da porção sul. É característico desta unidade encontra-
se em contato com a unidade II. Seus afloramentos mais representativos ocorrem na forma 
de colinas com topo convexo e blocos rolados. 
UNIDADE III: UNIDADE METASSEDIMENTOS 
 A unidade III (Metassedimentos), compõe cerca de 30% da área, encontra-se 
localizada da porção noroeste a nordeste da mesma. É caracterizada com um relevo 
montanhoso, com topos aguçados. Aflora na forma de blocos rolados, devido a erosão 
dos topos aguçados da montanha. Seus afloramentos mais representativos são LMOS-03 
e LMOS-05. Através da fotointerpretação foi possível identificar na porção noroeste 
dobras assimétricas (hogback) que desenham o relevo montanhoso da Serra. 
 
 
RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
8 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
UNIDADE IV: UNIDADE DIQUE MÁFICO 
A unidade IV (Dique Máfico) compõe menos de 1% da área. Seus afloramentos 
mais representativos, ocorrem na forma de grades corpos alongados com direções NE-
SW. 
UNIDADE V: UNIDADE DIQUE FÉLSICO 
A unidade V (Dique Félsico) compõe também menos de 1% da área, seus 
afloramentos ocorrem na forma de corpos com grandes dimensões e com direções de 
NW-SE. 
A partir das análises geomorfológicas, litológicas e estruturais foi possível 
individualizar cinco unidades (Figura 1). 
RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
9 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
 
Figura 1: Mapa geológico e seções geológicas da área de estudo. 
 
RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
10 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
1.2: Aerogeofísica das unidades estratigráficas 
Os métodos geofísicos são úteis na caracterização das litologias de acordo com as 
características físicas que as mesmas possuem, por conta disso são utilizados métodos 
específicos, visando destacar determinadas propriedades que possam ser úteis no 
mapeamento geológico. A partir disso foram produzidos dois mapas principais utilizando 
os métodos de gamaespectrometria e magnetometria (Figura 2): 
O método gamaespectométrico reflete os minerais que apresentam o elemento 
tório em sua composição. Esses minerais estão presentes em maior quantidade geralmente 
em rochas de composição félsicas, as quais refletirão os valores mais elevados de 
intensidade, enquanto que as rochas máficas mostrarão os menores valores de radiação 
(Figura 2A). 
 O método magnetométrico é relacionada a quantidade de minerais magnéticos 
presentes em uma determinada rocha. Entretanto, a maioria dos minerais que compõem 
as rochas, não apresentam propriedade magnética, ou seja, essas rochas não irão 
apresentar susceptibilidade magnética (SM). 
 As rochas que apresentam grande quantidade de minerais magnéticos, irão 
gerar respostas altas, sendo elas caracterizadas como anomalias magnéticas. Esse 
comportamento magnético nas rochas é caracterizado pela quantidade de magnetita 
presente na mesma. As rochas ígneas básicas e rochas metamórficas são as que irão 
apresentar maior SM, logo as sedimentares, geralmente, são caracterizadas por 
apresentarem o SM mais baixo. 
O método gamaespectométrico reflete os minerais que apresentam o elemento 
tório em sua composição. Esses minerais estão presentes em maior quantidade geralmente 
em rochas de composição félsicas, as quais refletirão os valores mais elevados de 
intensidade, enquanto que as rochas máficas mostrarão os menores valores de radiação 
(Figura 2B). 
RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
11 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
 
 
O uso de dados gerados pelos métodos aerogeofisicos, como por exemplo o 
aeromagnético, auxilia o mapeamento geológico caracterizando de forma mais precisa as 
estruturas geológicas, como por exemplo, os diques. Uma das principais vantagens dos 
métodos aerogeofísicos é a praticidade, que permite realizar o levantamento em qualquer 
tipo de superfície (terrestre ou aquático) assim como caracterizar áreas de difícil acesso, 
outras vantagens são, rapidez e economia. Mas existem também algumas desvantagens, 
uma delas ocorre no método aerogamaespectrométrico onde dependendo da densidade da 
cobertura da vegetação o sinal pode ser atenuado, interferindo diretamente o sinal 
radiométrico. A umidade e o clima também interferem nessa resposta do sinal 
radiométrico. 
Em geral, tanto o método aeromagnético, como o gamaespectométrico podem 
apresentar ambiguidades nos seus resultados, como de fato ocorreu no mapeamento 
realizado, essa variação foi solucionada através de dados obtidos em campo, com 
amostras representativas de cada unidade (Figura 3). 
Dessa forma, aliando dados de levantamento geofísico ás correções a partir de 
dados de campo, foi possível produzir um mapa litogeofísico caracterizando quatro 
domínios com base em suas respostas geofísicas (Figura 4). 
 
Figura 2: Figura comparativa entre as diferentes respostas dos canais, (A) Canal do Tório e 
(B) Sinal Analítico. 
 
RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
12 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Figura 3: Figura mostrando as amostras mais representativas de cada domínio, com pontos georeferênciados. 
RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
13 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Figura 4: Figura unificada dos mapas aerogeofísicos e dados obtidos em campo. 
 
RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
14 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
1.2.1: FOTOINTERPRETAÇÃO MAPA GAMAESPECTROMÉTRICO 
Para a elaboração do mapa de aerogamaespectrometrico foi necessário a 
interpretação dos dados gamaespectrometricos, algo que foi possível devido à 
combinação da imagem referente ao canal do Tório e a Topografia da área. O canal do 
Tório foi utilizado pois, o mesmo facilitou a definição dos domínios 
gamaespectrométricos, como também auxilia na divisão das unidades geológicas e na 
definição de seus limites. 
Através da análise da imagem gamaespectrométrica a qual foi elaborada no mapa, 
onde as cores correspondem a quantidade do elemento tório presente em determinado 
terreno. O tório apresenta grande afinidade com rochas félsicas ricas em potássio,com 
isso nos leva a entender que quanto mais félsica a rocha, mais o elemento tório encontra-
se na estrutura cristalina dos minerais que constituem essa rocha. Com isso foi possível 
fazermos a seguinte relação: As cores onde predominam os tons amarelados e alaranjados 
sugerem que possivelmente encontraremos litologias com concentrações intermediarias 
a altas de Tório (Th), porém durante o mapeamento geológico em algumas porções a 
resposta não correspondeu á litologia encontrada As cores em verde sugerem que 
podemos encontrar litologias com concentrações intermediarias a baixas de Th. Onde há 
predominância de vermelho e rosado sugerem encontrar rochas com alta concentrações 
desse elemento químico. 
Domínio 1: Encontra-se na porção norte da área, indo de oeste para leste, este 
domínio é caracterizado pelas cores que variam de verde, amarelo e avermelhado à 
rosado. Essa variedade de cores em uma mesma unidade evidencia que nessa porção da 
área ocorre uma heterogeneidade da resposta do canal do tório, onde podemos encontrar 
rochas que variam sua proporção do elemento. O relevo nessa porção da área possui 
maiores cotas altimétricas, caracterizando uma serra, correspondente á Unidade 
Metasedimentares (Amostras LMOS-ECII-03 e LMOS-ECII-05B). 
Domínio 2: Apresenta-se na porção extremo sul da subárea VI, esta porção é 
representada pelas cores avermelhado à rosados. Esta tonalidades avermelhado à rosado, 
indicam que a unidade apresenta grandes concentrações do elemento químico Tório, o 
que evidencia a grande quantidade de rochas félsicas de acordo com a unidade mapeada 
e é possível observar que a mesma possui um relevo de serra, podendo levar a entender 
que o mesmo pode ter sofrido erosão e contaminado o domínio 2, como já foi dito 
RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
15 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
anteriormente. Esse domínio foi caracterizado como pertencente á unidade Biotita 
Monzogranito Porfirítico ( Amostra LMOS-ECII-28) 
Domínio 3: Encontra-se na porção sul da subárea VI, e é representado pela cor 
avermelhados à rosados, indicando uma resposta alta do canal do tório, evidenciando a 
grande quantidade de minerais que contém o elemento tório em sua composição. Através 
da análise do mapa, é possível observar nessa porção da área que a mesma possui um 
relevo mais plano, diferentemente do outro domínio presente na área. Esse domínio foi 
caracterizado como pertencente à unidade Biotita-anfibólio monzogranito equigranular 
grosso (Amostra LMOS-ECII-15). 
Domínio 4: Apresenta-se em grande proporção na porção central da subárea VI, 
indo do extremo oeste para o extremo leste, este domínio é representado pelas cores com 
tons avermelhados à rosados na porção oeste variando para verde amarelado na porção 
leste. Essas tonalidades avermelhados à rosados indicam que esta unidade apresenta 
grande concentração do elemento Tório, já a tonalidade verde indica resposta 
intermediaria a baixa do canal do tório e a amarelada indica variação de altas a 
intermediaria do elemento tório. Foi observada uma ambiguidade na resposta geofísica, 
obtendo respostas similares no canal do Tório para litologias diferentes das unidades 
Granodiorito e Monzogranito, desse modo inferimos que a causa da resposta pode ter sido 
similar por conta da erosão e transporte dos sedimentos do Monzogranito, haja vista que 
a resposta do canal é relativamente superficial, obtendo um máximo 0,5m de 
profundidade do solo. Esse domínio corresponde á unidade Biotita-Anfibólio 
Granodiorito Equigranular médio ou grosso com deformação incipiente a moderada 
(LMOS-ECII-08). 
1.2.2: FOTOINTERPRETAÇÃO MAPA AEROMAGNETOMETRICO 
O método magnético utiliza as variações do campo magnético da Terra atribuídos 
ás mudanças produzidas pela suscetibilidade magnética das rochas. As propriedades 
magnéticas das rochas podem provocar perturbações no campo magnético, gerando 
anomalias magnéticas. 
Essas anomalias podem ser individualizadas pela resposta produzida, podendo 
indicar diferenças litológicas ou estruturais. 
RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
16 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Essas variações no campo magnético são geradas de acordo com a suscetibilidade 
magnética das rochas. Segundo a suscetibilidade magnética, as rochas podem ser 
classificadas em diamagnéticas, paramagnéticas e ferromagnéticas. Os corpos 
diamagnéticos são neutros, porém podem sofrer magnetização induzida. De forma 
semelhante, corpos paramagnéticos apresentam suscetibilidade induzida e baixa 
intensidade. Os corpos ferromagnéticos independem de um campo magnético externo, 
pois possuem magnetização remanescente com forte intensidade e suscetibilidade. Os 
principais minerais que apresentam alta suscetibilidade magnética são a magnetita, 
pirrotita, ilmenita e hematita. 
Segundo o grau de suscetibilidade, as rochas sedimentares tendem a produzir 
resultados mais baixos, posteriormente as rochas metamórficas como graus intermediário 
e as rochas ígneas com os maiores valores de suscetibilidade magnética. 
A partir da análise do mapa SRTM e de Amplitude do Sinal Analítico, foi possível 
observar padrões de respostas magnéticas, e assim individualizar três domínios 
principais: 
Domínio 1: Ocupa em maior proporção a parte sudeste e sudoeste da área. 
Apresenta uma resposta baixa no extremo do limite com o Domínio 4, caracterizada pela 
cor verde. Dessa forma, representa ás rochas da Unidade Metasedimentares, em 
particular, rochas de protólito com granulometria mais grosseira, com pouco conteúdo de 
minerais ferromagnéticos (Amostra LMOS-ECII-03). 
Nas porções mais a norte, o Domínio 1 responde ás litologias da Unidade 
Metasedimentar, em particular, rochas de protólito com granulometria fina, pois essas 
rochas tendem a apresentar maior disponibilidade de minerais magnéticos (Amostra 
LMOS-ECII-05B). 
Domínio 2: Apresenta-se localizado principalmente nas porções mais a sul. É 
aquele que apresenta em maior proporção valores elevados, representados, segundo a 
tabela de intensidade, pelas cores que variam de vermelho à rosa, indicando 
possivelmente uma alta concentração de minerais ferromagnéticos. 
O Domínio 2 corresponde ao contato entre a Unidade Biotita-anfibólio 
granodiorito equigranular médio ou grosso e a Unidade Biotita-anfibólio monzogranito 
quiganular grosso, no qual pode ocorre concentração de minerais neoformados de 
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magnetita, provocando a alta resposta na SM (Amostra LMOS-ECII-15) (Dall’Agnol, 
1994). 
Domínio 3: Está localizado principalmente na região extremo sul da área, no qual 
ocorrem os valores magnéticos de baixos a intermediários. São reconhecidas pela cor 
verde. Esse tipo de resposta indicou a presença de uma litologia característica de rochas 
mais evoluídas, com baixa concentração de minerais ferromagnéticos. A concentração 
dos valores baixos nas porções mais a sul pode ser associado á Unidade Biotita 
Monzograníto Porfirítico. (Amostra LMOS-ECII-28) 
Domínio 4: Localiza-se na parte central. É cacterizado pela cor amarelo e 
vermelho, a qual apresenta uma intensidade intermediária devido ao conteúdo médio de 
minerais ferromagnéticos. Corresponde ás unidades Biotita-Anfibólio Granodiorito 
Equigranular médio ou grosso (Amostra LMOS-ECII-08). 
1.2.3 CONCLUSÃO GEOFÍSICA 
A análise e interpretação mapas magnéticos e radiométricos aéreos foi 
fundamentalpara estabelecer os subsídios para um mapeamento geológico objetivo e 
eficiente. A caracterização das rochas segundo as diferentes respostas geofísicas forneceu 
uma análise prévia de modelos geológicos que puderam ser comprovados em campo, 
através do mapeamento geológico de detalhe. 
Em escala local, os mapas geofísicos permitiram delimitar a forma e contato das 
unidades observadas, além de fornecerem indícios da composição dessas rochas. 
O mapa de aeromagnetometria permitiu a individualização de quatro unidades, e 
foi de fundamental para definir os limites entre as Unidades 4 e 3, caracterizados como 
contato entre a Unidade Biotita-anfibólio granodiorito Equigranular médio ou grosso e a 
Unidade Biotita-anfibólio monzogranito equiganular grosso. 
A aeromagnetometria assinalou características de quatro unidades. A variação de 
intensidade na leitura do sinal permitiu a individualização de fácies com características 
distintas, porém que estavam presentes em uma mesma unidade, como foi o caso da fácies 
Biotita Monzogranito Porfirítico, pertencente á unidade Biotita-Anfibólio Monzograníto 
médio ou grosso. Da mesma forma, ocorreu com a Unidade Metasedimentares, que 
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18 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
apresentou respostas diferentes e a partir de dados de campo, puderam ser sugeridos 
diferentes protólitos para cada porção com variações na resposta. 
Outro aspecto fundamental do levantamento geofísico foi a possibilidade de 
correlacionar pontos que apresentavam mesma resposta, porém que revelaram problemas 
logísticos, impossibilitando o acesso direto ás litologias. Dessa forma, as porções com 
topografia mais elevada, que não puderam ser mapeadas, foram agrupadas em um mesmo 
grupo, como ocorre com a Unidade Metasedimentares, por apresentarem respostas 
equivalentes. 
Finalmente, pôde-se comprovar que o levantamento geofísico apresentou alto grau 
de precisão, com dados que foram trabalhados e corrigidos em campo, além de revelarem 
porções anômalas que serviram como guia para o mapeamento geológico. 
1.3: Caracterização geomorfológica 
 A análise e a divisão das unidades geomorfológicas foram feitas conforme 
parâmetros geométricos e texturais, extraídos com base em imagens obtidas pela Suttle 
Radar Topography Mission (SRTM) e Landsat-7. Esta análise é de suma importância 
para se determinar as características físicas do relevo e genéticas do material rochoso que 
o constitui. 
De acordo com o Manual Técnico de Geomorfologia do IBGE (2009) tem-se um 
princípio básico de ordenamento dos fatos geomorfológicos de acordo com uma 
classificação temporal e espacial, subdividida em táxons de compartimentação de relevo, 
seguindo a ordem decrescente de grandeza: Domínios Morfoestruturais, Regiões 
Geomorfológicas, Unidades Geomorfológicas e Modelados. 
A área de estudo pertence a Unidade Tectônica Cráton Amazônico, a qual também 
configura o seu Domínio Morfoestrutural, a sua unidade geomorfológica pertence as 
Superfícies Aplainadas do Sul da Amazônia, e sua região geomorfológica pertence à 
unidade da Baixada do Médio Tocantins. A classificação de Modelados de relevo abrange 
um padrão de formas de relevo que apresentam definição geométrica similar, e esta 
análise foi feita a partir das ferramentas de fotointerpretação da área de estudo, a qual foi 
dividida em três modelados de relevo, sendo estes: Modelado Dissecação Homogênea 
(Dh), Modelado de Dissecação Estrutural (DE) e Modelados de acumulação (Ac), 
conforme é evidenciado na Figura 5. 
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Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Figura 5 – Foto caracterizando os relevos geomorfológicos com a subdivisão dos modelados geomorfológicos da subárea VI Bloco diagrama 3D. 
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Modelado Dissecação Homogênea (Dh) com topo convexo 
 O modelado de Dissecação Homogênea (Dh) com topo convexo, compõe 
grande parte da terreno, ocorrendo sempre bordejando os relevos mais altos da área e 
também ocorre em contato com o modelo de acumulação, compondo cerca de 45% de 
todo o terreno. É caracterizado por um relevo mais suave, porém também há ocorrência 
de relevos côncavos suaves, com cotas menores que 340m (Figura 6). Esse modelado 
apresenta-se disseminado em grande porção da área. Em sua totalidade é composto por 
granodioritos e na porção nordeste é caracterizado por rochas Metassedimentares. 
Figura 6: Forma de relevo côncavo convexo suave característico da Unidade Granodioritica. 
 
 
Modelados de acumulação (Ac) 
 O modelado de acumulação (Ac), ocorre na porção central da área e também na 
porção nordeste. Está em contato com o modelado de dissecação homogêneo (Dh), 
compondo cerca de 15% da área mapeada. É característico deste modelado localizar-se 
em porções mais baixas do terreno com cotas de 200 a 220 de altitude (Figura 7), possui 
uma superfície mais plana. É composto em sua maioria por granodioritos e na porção 
nordeste é caracterizado por metasedimentos. 
 
Figura 7: Relevo mais baixo e plano, localizado a nordeste da aréa. Unidade do Metapelito. 
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 Modelado de Dissecação Estrutural com topos aguçados (DE) 
 O modelado de Dissecação Estrutural com topos aguçados (DE), localiza-se em boa 
parte da área, ocorrendo na porção noroeste, sudoeste e sudeste. Perfaz 40% do terreno 
da área. Na porção noroeste o DE, é caracterizado por um relevo com topos aguçados 
montanhoso com cotas de até 540m de altitude (Figura 8). Esse modelado na parte 
noroeste de acordo com a fotointerpretação e dados de campo possui metassedimentos 
dobrados formando feixes de cristas, caracterizando-as como cristas assimétricas 
(Hogback) (IBGE, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
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Figura 8: Revelo montanhoso da Serra das Andorinhas- Unidade do Metassedimentos. 
 
 
Na porção sudoeste o modelo de Disssecação Estrutural (DE), é caracterizado por 
um relevo dissecado com colinas com topo convexos, com cotas de 540m metros de 
altitude (Figura 9 e 10) constituído pela unidade monzogranito em seu topo. 
 
Figura 9: Relevo dissecado com topo convexo, apresentando colinas correspondente a Unidade 
do Monzogranito. 
 
 
RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
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Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Figura 10: Relevo dissecado com topo convexo- Unidade do Monzogranito. 
 
Na porção sudeste o modelado é caracterizado por um relevo dissecado com topo 
convexo com, com cotas de 360 a 540m de altitude (Figura 11). Esse modelado é 
constituido por metassedimentos e são relacionados com o relevo da porção noroeste da 
área, onde os mesmos foram separados por uma falha que fora inferida na área devido 
este possuir características de movimento um em relação ao outro. 
Figura 11: Relevo dissecado com topo convexo correspondente a Unidade do Metassedimentar. 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA24 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
1.4: Geologia estrutural 
1.4.1: GENERALIDADES 
As informações estruturais da área VI podem variar de detalhes microscópicos até 
extensões quilométricas, ocorrendo em contextos muito variados registrando variações 
acerca das condições de tensões e deformações que atuam na região (Fossen, 2012). A 
fim de descobrir tais elementos de cunho estrutural, o mapeamento geológico realizado 
na subárea VI possibilitou a identificação e caracterização de feições estruturais de caráter 
rúptil predominantemente e subordinadamente de trama dúctil. 
Na etapa Pré-Campo foram utilizados softwares para obter os dados estruturais da 
área, através de imagens aéreogeofísica e SRTM, a partir dessa análise foi gerado um 
diagrama de roseta e um mapa de fotoalinhamento, os quais evidenciaram um trend 
preferencial NE-SW. Uma análise de campo mais precisa das dobras identificadas no 
mapa de alinhamentos não foi possível, pois o acesso as áreas da Unidade 
Metassedimentos foi impossibilitada devido problemas logísticos. 
No que se refere às deformações de caráter dúctil, elas são representadas por 
foliações incipientes, seguindo um trend preferencial NW-SE, e indicadores cinemáticos, 
onde o evento deformacional deixou vestígios sobre o sentido do principal tensor que 
deformou a rocha. Porém no que se refere às deformações de caráter rúptil, elas são 
representadas pelo processo de diaclasamento que está presente apenas na unidade 
Biotita-anfibólio granodiorito equigranular médio ou grosso com deformação incipiente. 
As diaclases, ou juntas, são definidas como um plano ou uma superfície de fratura que 
intersecta a rocha e ao longo dos quais não ocorreu, ou foi mínimo, o deslocamento de 
massa. Essas juntas em algumas situações se encontram preenchidas por materiais de 
composições variadas, as vezes por material silicoso ou por material de epidoto, e 
apresentam direção preferencial NE-SW, o que corrobora os dados obtidos através de 
análise de fotointerpretação na fase de Pré-Campo (Figura 12). Com as observações de 
campo, analisando suas relações de contato, podemos interpretar que o evento que 
fraturou a unidade mapeada foi posterior ao evento deformacional que provocou a 
foliação incipiente. . 
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Figura 12: Mapa de alinhamento estrutural, mostrando a direção preferencial NW-SE. 
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Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
2.4.2: ELEMENTOS DE TRAMA DÚCTIL 
UNIDADE I – BIOTITA-ANFIBÓLIO GRANODIORITO EQUIGRANULAR MÉDIO 
OU GROSSO COM DEFORMAÇÃO INCIPIENTE 
Foliação 
A foliação presente na área VI foi observada em apenas uma unidade. A Unidade 
Biotita-anfibólio granodiorito quigranular médio ou grosso com deformação incipiente, 
caracteriza-se por uma foliação incipiente, na qual não foi possível observar os planos de 
foliação, dessa forma, a direção de xenólitos deformados foi utilizada para definir a 
direção da foliação. A direção dos xenólitos em 310Az, 291Az e 285Az segue um trend 
preferencial NW-SE (Figura 13). 
Figura 13: Diagrama de rosetas mostrando a direção preferencial NW-SE da foliação. 
 
Em todas as seções de rochas analisadas oberam-se medidas, para a aplicação no 
Diagrama de Fliin, dos três eixos de deformação de vestígios de xenólitos. A forma do 
elipsoide de deformação nos vestígios pôde ser obtida lançando-se num gráfico as razões 
axiais X/Y e Y/Z como eixos de coordenadas. A partir do diagrama gerado para os dados 
estruturais da área VI, pôde-se investigar a magnitude e geometria tridimensional de 
deformação (Figura 14): 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
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Figura 14: Diagrama representando os dados de 
deformação da área VI plotados no diagrama de Fliin. 
 
Os resultados representaram uma equivalência com as estruturas observadas em 
campo, pois, no diagrama, a concentração dos dados amostrados encontra-se próximo da 
origem, o que indica que a magnitude da deformação foi pequena. Dessa forma, isso 
sugere que a foliação produzida nas rochas apresenta-se com baixa intensidade, 
orientando levemente os cristais (Figura 15). 
Figura 15: Figura mostrando uma orientação incipiente dos minerais. 
 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
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A distribuição dos pontos acima e abaixo da diagonal mostra que a geometria 
produzida é heterogenia (Figura 16). A deformação com elipsoide prolato apresenta forte 
estiramento, com aumento de volume (Figura 16A). O elipsoide oblato, em forma de 
panqueca, mostra um achatamento intenso, com diminuição do volume (Figura 16B). 
Figura 16: Imagem destacando as duas formas de xenólitos, oblato (A) e prolato (B). 
 
1.4.3: ELEMENTOS DA TRAMA RÚPTIL 
Deformações rúpteis são características de deformações da crosta superior, são 
esforços acumulados em níveis excedentes aos da resistência do material. As fraturas 
geralmente ocorrem nas porções mais superiores ou intermediários da crosta, ou seja, 
quando as mesmas estão próximas a superfície. Estas estruturas ocorrem na área de 
estudo, em forma de veios, diques e juntas. 
UNIDADE I – BIOTITA-ANFIBÓLIO GRANODIORITO EQUIGRANULAR MÉDIO 
OU GROSSO COM DEFORMAÇÃO INCIPIENTE 
Veios 
São estruturas discordantes na rocha hospedeira preenchidas por um material 
secundário. Estas estruturas são encontradas localizadas mais nas porções NE da área 
mapeada na unidade Biotita-anfibólio granodiorito equigranular médio ou grosso com 
deformação incipiente com comprimentos e espessuras variadas, apresentam composição 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
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Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
quartzo-feldspátca e epidoto, com direções 288ºAz e 30º Az, respectivamente (Figura 
17). 
Figura 17: Veio de epidoto interceptando veio quartzo-FK. 
 
 
Juntas 
Estas estruturas foram encontradas apenas na porção NE da área VI e estão 
presentes apenas na unidade Biotita-anfibólio granodiorito equigranular médio ou grosso 
com deformação incipiente, variando de extensões milimétricas a centimétricas (Figura 
18). Observando a área como um todo, as juntas apresentam-se sem direção preferencial, 
no entanto por vezes é concordante com a foliação incipiente das rochas, podendo inferir 
que a região pode ter sofrido mais de um evento deformacional rúptil ou que o mesmo 
evento variou de direção durante do tempo geológico, pelo fato que suas direções variam 
de NW-SE para NE-SW. 
 
 
 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
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Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Figura 18 ; Fraturas com direções 60º/250 Az; 70º/168 Az; 80º/170 Az; 60º/210Az; 78º/178 Az; 
74º/300 Az; 50º/296 Az; 60º/250 Az; 40º/290 Az. 
 
Na unidade Biotita-anfibólio granodiorito Equigranular médio ou grosso com 
deformação incipiente as medidas estruturais marcam um trend preferencial NE-SW das 
juntas, os quais são discordantes do trend da sua foliação, porém ocasionalmente também 
encontram-se fraturas de direção NW-SE e E-W (Figura 18 e 19), o que fora também 
comparado com a interpretação de fotoalinhamentosfeito da área (Figura 20). 
Figura 19: Estereograma indicando as direções e ângulos de mergulho das fraturas encontradas. 
 
 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
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Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Figura 20: Diagrama de rosetas comparando a (A) foto interpretação e os (B) dados obtidos em 
campo. 
 
UNIDADE IV: DIQUE MÁFICO 
Dos quatros diques encontrados dois são máficos os quais se apresentam maciços, 
com textura fanerítica fina. Esta unidade aflora nas porções a sudeste da área, por vezes 
cortando a estrada, seguindo um trend preferencial NE-SW (Figura 21). 
Figura 21: Dique máfico seguindo direção 230 Az. 
 
UNIDADE V: DIQUE FÉLSICO 
Diques são fraturas preenchidas por um magma ascendente no momento que 
encontrou uma descontinuidade na crosta, ou seja, esse material atravessou grandes 
camadas rochosas pré-existentes até chegar e a alojasse nessas fraturas. O que realmente 
é encontrado na subárea VI pelo fato dos diques cortarem as unidades existentes, então 
interpretamos que eles são mais jovens que as rochas que os hospedam. 
Foram encontrados na área VI de composição félsica e textura faneritica fina a 
média. Apresentando espessuras laterais métricas, seguindo um trend preferencial NW-
SE (Figura 22). 
. 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
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Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Figura 22: Dique félsico seguindo direções de 300Az e 280Az, respectivamente. 
 
1.4.4: INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ESTRUTURAIS 
A partir das relações de campo, foi possível estabelecer uma sequência 
progressiva dos processos estruturais que atuaram na área VI. A foliação incipiente 
ocorreu em um primeiro momento, no qual a deformação da rocha orientou os xenólitos 
segundo a direção da foliação, provocando um estiramento dos mesmos. Os dados dos 
eixos dos vestígios de xenólitos foram obtidos e plotados no Diagrama de Fliin, 
estabelecendo uma equivalência com os dados de Campo, que evidenciaram uma baixa 
magnitude na deformação, e eixos de deformação com valores distintos (Tabela 1): 
Dados dos Vestígios 
Vestígio x z y X/Y Y/Z LnX/Y LnY/Z 
1 11 5 7 1,57143 1,4 0,45199 0,33647 
2 11 4 4 2,75 1 1,0116 0 
3 5 2 3,5 1,42857 1,75 0,35668 0,55962 
4 8 3 6,8 1,17647 2,26667 0,16252 0,81831 
5 15 3 12 1,25 4 0,22314 1,38629 
6 5 2 3,5 1,42857 1,75 0,35668 0,55962 
7 5 3,5 3,5 1,42857 1 0,35668 0 
8 7 3,5 5 1,4 1,42857 0,33647 0,35668 
9 7,5 2,5 3,5 2,14286 1,4 0,76214 0,33647 
 
Tabela 1: Amostragem dos eixos plotados no diagrama de Fliin. 
 
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A direção da foliação do Biotita-Anfibólio Granodiorito Equigranular médio ou 
grosso em NW-SE, indica que os tensores atuaram nas direções NE-SW, porém, devido 
à ausência de afloramentos nos quais os planos da foliação fossem evidentes, uma análise 
mais detalhada se tornou impossibilitada. 
As fraturas ocorrem em todas as porções da área, e são as estruturas predominantes 
que truncam a Biotita-Anfibólio Granodiorito Equigranular médio ou grosso com foliação 
incipiente. Essas fraturas aparecem comumente cortando veios de epidoto e quartzo-
feldspaticos, indicando que as fraturas ocorreram em um momento posterior ao 
preenchimento dos veios (Figura 23). 
Figura 23: Fraturas (seta vermelha) cortando veios (seta azul) na Unidade Bt-Anf Granodiorito 
Equigranular médio ou grosso com deformação incipiente. 
 
1.5: Relações entre as unidades 
As diferentes unidades mapeadas na área apresentam relações estratigráficas entre 
si, podendo nos fornece uma datação relativa (Figura 24). Um dos melhores marcadores 
de ordenamento cronológico são os enclaves e as relações de intersecção entre as 
unidades, entretanto não se pode observar esses marcadores ou qualquer outro em 
algumas das unidades encontradas na área. 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
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Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
A unidade Granodioritica é encontrada na forma de enclaves arredondados a 
subarredondados na Unidade Monzogranito (Figura 24B e D), e também é observada 
relação de intersecção entre as unidades (Fgura 24A e C) sendo a unidade granodioritica 
em afloramentos interceptada por veios da unidade monzogranitica. Para essas tais 
observações, temos a conclusão que a unidade granodioritica é mais antiga que a unidade 
monzogranitica, uma vez que, qualquer corpo ou estrutura que intersecte outra formou-
se depois desse (Principio da Intersecção) e para fragmentos de rochas 
(enclaves/xenólitos) incorporados ou incluídos numa dada litologia são mais antigos que 
a litologia que as engloba (Principio da Inclusão). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
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Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Figura 24: Relação de contato entre as unidades granodioritica e 
monzogranito. (A e C) a unidade monzogranito é vista interceptando 
a unidade granodioritica na forma de veios. (B e D) enclaves 
angulosos da unidade granodiorito incluso na litologia da unidade 
monzogranito. 
 
 
 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
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Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
A unidade dique félsicos intercepta a unidade granodioritica no afloramento 
LMOS-06 (Figura 25), com isso caracterizando que a unidade granodioritica é mais 
antiga pois partimos do princípio de que o corpo interceptado e mais antigo do que o 
corpo que intercepta. 
Figura 25: Na figura é mostrada sobre destaque (linha vermelha pontilhada) a ocorrência de 
dique félsico o qual neste ponto intersectava a unidade granodioritica. 
 
CAPÍTULO 2: PETROGRÁFIA 
A petrografia é um ramo da petrologia cujo objeto é a descrição das rochas e a 
análise das suas características mineralógicas. Da respaldo para a interpretação e 
entendimento petrologia, afim de objetivar os mecanismos físicos e químicos que formam 
e transformam as rochas. 
2.1: Descrição mesoscópica e microscópica 
A partir do trabalho de mapeamento feito na área VI, foram possíveis 
individualizar cinco unidades. Essa individualização foi realizada a partir de classificação 
petrográfica macroscópica feita em 35 afloramentos na fase de campo na área VI, e 
analise microscópica de 6 lâminas delgadas representativas das unidades. Para a 
classificação das rochas ígneas utilizou-se a média composicional de seus constituintes 
mineralógicos plotados no diagrama Q-A-P e Q-A + P-M (Streckeisen, 1976; Le Maitre 
et al. 2002), para unidade metassedimentar usou-se sua granulometria, e sua forma de 
ocorrência. Partindo desses preceitos foram individualizadas cinco unidades, sendo elas 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
37 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
a UNIDADES GRANODIORITICA, UNIDADE MONZOGRANITO, UNIDADE 
METASEDIMENTARES, UNIDADE DIQUE MÀFICO e UNIDADE DIQUE 
FÈLSICO. 
2.1.1: UNIDADE I – UNIDADE GRANODIORITICA 
Essa unidade foi vista em quase toda porção mais central da área e também nas 
bordas sudoeste e sudeste estima-se que ocorre em aproximadamente 45% da área, é 
representado pela fácies Biotita-anfibólio granodiorito equigranularmédio ou grosso com 
deformação incipiente a moderada. Para a classificação da unidade foi utilizado a 
estimativa modal macroscópica e plotadas no diagrama Q-A-P e Q-A + P-M (Streckeisen, 
1976; Le Maitre et al. 2002). 
2.1.1.1: Biotita-anfibólio granodiorito equigranular médio ou grosso com deformação 
incipiente a moderada 
 Os afloramentos da litologia Biotita-anfibólio granodiorito equigranular médio a 
grosso com deformação incipiente a moderada (Figura 26) estão na forma de enxame de 
blocos, blocos ou lajedos (Figura 26A e B) as rochas encontradas é analisada em escala 
macroscópica possuíam em sua maioria uma coloração cinza com porções esverdeada, 
textura fanerítica, holocristalina, levemente anisotrópicas ou com deformação incipiente 
(vista a partir de direção preferencial dos enclaves estirados) equigranular médio a grosso 
(2 a 8mm), leucocrática (IC~15%). Composição mineralógica Quartzo (38%), 
plagioclásio (35%) e feldspato alcalino (12%), biotita (8%), anfibólio (4%) e epidoto 
(3%). As litologias dessa fácies (Figura 26C e D) encontra-se em porções alteradas pelo 
processo de saussuritização do plagioclásio o que acarretam a coloração esverdeada na 
unidade. 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
38 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Figura 26: Litologia Biotita-Anfibólio Granodiorito Equigranular Médio a grosso com 
deformação incipiente a moderada, (A) forma de ocorrência lajedos e (B) enxames de blocos, (C) 
observava-se a litologia com granulação media coloração cinza esbranquiçada a esverdeada. 
 
Para a análise microscópica da unidade foram descritas duas lâminas delgadas que 
aparentam serem as mais representativas da unidade, sendo a EJM-40 da fácies Anfibólio-
Biotita Granodiorito Equigranular médio a grosso. 
EJM-40 
Assembleia mineral 
Possui textura fanerítica, levemente anisotrópica, cristalinidade holocristalina, 
com textura granular, equigranular média a grossa (~2,5mm), leucocrática (IC~14,5%). 
Minerais essenciais são caracterizados por Quartzo (~42,6%), Plagioclásio (~34,5%) 
Feldspato Ortoclásio (~8,4%). Como minerais varietais Anfibólio (~8%) e Biotita 
(~5,5%), já os minerais acessórios são representados por titanita (~0,3%), zircão (~0,2%). 
Os minerais secundários são Epidoto (~0,6%) e muscovita (~0,3%) sendo o primeiro 
formado pela saussuritização dos plagioclásios. 
Aspectos texturais dos diferentes minerais: 
 Quartzo 
Foram identificadas duas variedades de quartzo, descritas abaixo: 
Quartzo1 - São cristais de formas xenomórficos, apresentam dimensões de até 
4mm, ocorrem com contatos retos com o plagioclásio mais em sua maioria irregulares 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
39 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
com os cristais adjacentes, sua extinção é do tipo ondulantes, possui inclusões de 
muscovitas microcristalina (sericita). 
 
Quartzo2 – Ocorrem como cristais policristalinos provenientes de recristalização, 
apresentam tamanho relativo variando de 0,03 a 0,5 mm com faces hipidiomórficas. 
Geralmente ocorrem orientados e bordejando os cristais de quartzo1 podendo ser 
encontrados inclusos nos mesmos. Demonstram contato suturados entre si, reto e 
irregulares com plagioclásio é irregular com os demais minerais, encontram-se inclusos 
no anfibólio. 
 Plagioclásio 
Apresentam dimensão de até 4mm, exibem faces cristalinas hipidiomórficas e 
seus contatos são muito irregulares com os minerais adjacentes e alguns retos com 
quartzo. O tipo de maclamento predominante é do tipo albita. Ocorre intenso processo de 
saussuritização tornando difícil estimar a composição química dos mesmos. Possui 
quartzo2 como inclusão, sericita e epidoto. 
 Anfibólio 
Ocorrem com dimensões 2 a 3mm, exibem formas hipidiomórficas, possui 
contatos irregulares com os quartzos e plagioclásio, ocorre em porções sofrendo processo 
de alteração. Possui nclusão de quartzo2. Por vezes apresentam sua clivagem bem nítidas, 
e assim como as biotitas aparecem também orientados. 
 Biotita 
Possui dimensão 0,5 a 4mm, exibem formas hipidiomórficas, possui contatos 
irregulares com o quartzo e plagioclásio e alguns poucos retos. Ocorrem na maioria das 
vezes como agregados orientados. 
 Feldspato Ortoclásio 
Apresentam granulação de fina a média de 0,5 a 1,5mm, fácies cristalinas 
hipidiomorficas, seus contatos são do tipo retos com plagioclásio e irregulares com 
quartzo. Os cristais de ortoclásio são fracamente lamelares. 
 Zircão 
Dimensão em média de 0,2mm, faces idiomóficas a hipidiomórficas, possui 
contatos irregulares com os minerais adjacentes, são vistos inclusos em plagioclásio e 
anfibólio. 
 Epidoto 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
40 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Possui dimensões de até 0,4mm, exibem hábito granular com forma xenomórfica 
e em sua maioria arredondados, ocorrem com contatos irregulares com os minerais 
adjacentes, observa-se inclusos em cristais de plagioclágio e disseminados por boa parte 
da lâmina como produto da saussuritização do plagioclásio. 
 Muscovita 
Representada por muscovita microcristalina com forma hipidiomórfica de 
granulação fina (0,5mm) e contato reto com o quartzo e por vezes com a biotita, são 
produtos de allteração. 
 Titanita 
Dimensão até 0,4mm, faces idiomórfica, possui contatos irregulares com os outros 
minerais, ocorre de forma pontual na lâmina. 
A média composicional da lamina LJM-40 foi plotada em diagrama Q-A-P 
(Streckeisen 1976) exibidos na Figura 27. E fotomicográfia dos minerais e texturas mais 
encontrados na lâmina. 
Figura 27 – Diagramas modais Q-A-P (Streckeisen, 1976) para as rochas da 
Unidade I. 
 
Figura 28: Fotomicrografias exibindo as principais feições petrográficas dos minerais 
encontrados na lâmina EJM-40. (A) (5x) sob nicóis cruzados e (B) luz natural – cristais de 
quartzo2 (Qtz) incluso em Anfibólio (Anf) e plagioclásio saussuritizado (Plg). (C) (5x) sob nicóis 
cruzados e (D) Luz natural – cristais de plagioclásio (Plg) fortemente saussuritizado com cristais 
de quartzo com extinção ondulante (Qtz) e cristais de Biotita com faces xenomórficas (Bt); (E) 
(5x) sob nicóis cruzados e (F) grandes cristais de quartzo bordejados por grãos menores (Qtz), e 
anfibólio (Anf) e plagioclásio alterados. 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
41 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
 
 
CJY-38 
Possui textura fanerítica, anisotrópica, cristalinidade holocristalina, equigranular 
média, leucocrática (IC~17,5%). Minerais essenciais são caracterizados por Plagioclásio 
(~41,5%), Quartzo (~32,5%), Feldspato Ortoclásio (~7,5%). Como minerais varietais 
Anfibólio (~10,2%) e Biotita (~5,3%), já os minerais acessórios são representados por 
titanita (~0,3%), apatita (~0,2%) e opacos (0,1%). Os minerais secundários são Epidoto 
(~2%) e clorita (~0,4%) sendo o primeiro formado pela saussuritização dos plagioclásios. 
Aspectos texturais dos diferentes minerais: 
 Quartzo: 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
42 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Foram identificadas duas variedades de quartzo, descritas abaixo: 
Quartzo1 – Ocorrem com dimensões de até 2mm, com formas xenomórficas, em 
sua maioria possuem extinção ondulantes, contato irregular predominante. Apresenta 
algumasinclusões de biotita. 
 Quartzo2 – Ocorrem na forma de policristalinos de até 0,3 mm de dimensões, 
possuem extinção reta, contatos suturados entre si, e irregulares com a maioria dos outros 
minerais adjacentes. Encontram-se envolvendo os cristais de quartzo1. 
 Plagioclásio 
Exibe dimensões que variam de 1 a 3mm, com formas hipidiomórficas, possuindo 
raros formato tabular, com maclamento do tipo albita predomintemente e alguns raros 
polissintético e karlsbar preservado, sua composição é de An29. Apresenta contato 
irregular com os demais minerais, encontra-se fortemente saussuritizados. 
 Anfibólio 
Apresentam dimensões que variam de 0,5 a 2mm, com formas xenomórficas. 
Notasse inclusões de quartzo, muscovita e epidoto. Ocorrem juntamente com as biotitas 
em uma massa circundando os cristais maiores em uma direção preferencial. 
 Feldspato alcalino 
Com tamanhos variando de 0,5 a 2mm, com formas no geral xenomórficas, ocorre 
fraturas ao longo das quais ocorre recristalização do álcali-feldspato ou preenchimento 
por epidoto e quartzo. 
 Biotita 
 Ocorre com tamanhos variando de 0,5 a 1,5mm como cristais idiomórficos a 
subdiomórficas, em porções ocorre substituida parcialmente por clorita. Apatita e zircão 
ocorrem como intrusões. 
 
 Epidoto 
Ocorre como cristais xenomórficos, com tamanhos médios de até 0,3mm, estando 
associado a saussuritização do plagioclásio. 
 Clorita 
A clorita ocorre em porções na lamina, sendo produto da alteração de cristais de 
biotita. Apresenta-se xenomórfica, com tamanhos de até 1mm, sempre associado a biotita. 
 Titanita 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
43 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Formas subdiomórficas a idiomórficas, com inclusão de quartzo2, dimensão até 
0,3mm, contatos retos com a biotita e irregulares com os demais. 
 Opaco 
Dimensões de até 1 mm, com formas subarredondadas, com contatos irregulares 
com os minerais circundantes, ocorrem inclusos em biotita. 
A média composicional da lamina CJY-38 foi plotada em diagrama Q-A-P 
(Streckeisen 1976) exibidos na Figura 29. 
 
 
Figura 29: Diagramas modais Q-A-P (Streckeisen, 1976) para as rochas da Unidade I. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
44 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Figura 30: Fotomicrografias exibindo as principais feições petrográficas dos minerais 
encontrados na lâmina CJY-38. (A) (10x) sob nicóis cruzados e (B) luz natural – 
mostrando cristais de quartzo1 (Qtz) com extinção ondulante e cristais de biotita com faces 
xenomórficas (Bt), inclusão de opacos em titanita (Ttn). (C) (5x) sob nicóis cruzados e 
(D) Luz natural – cristais de plagioclásio (Plg) fortemente alterados e cristais de biotita 
hipidiomorficos (Bt); (E) (5x) sob nicóis cruzados e (F) cristais de quartzo (Qtz), 
Plagioclásio (Plg) e Biotita (Bt) os principais constituintes. 
 
 
2.1.2 : UNIDADE II – UNIDADE MONZOGRANITO 
 A unidade monzogranito (Figura 31) perfaz cerca de 25% e é encontrada na 
porção sul da área na forma de enxame de blocos ou blocos rolados (Figura 31A e B) 
caracterizando o relevo colinoso da área, e é representada por duas fácies Biotita-
Anfibólio Monzogranito equigranular médio a grosso e Biotita monzogranito porfirítico. 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
45 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Para a classificação da unidade foi utilizado a estimativa modal macroscópica e plotadas 
no diagrama Q-A-P (Streckeisen, 1976). 
2.1.2.1: Fácies biotita-anfibólio monzogranito equigranular médio a grosso 
 As rochas dessa fácies (Figura 31C) possuem coloração cinza rosada, 
holocristalina, textura fanerítica, isotrópica, hololeucocrática (11%), equigranular média 
a grossa (2 a 4mm) composta mineralogicamente por plagioclásio (28%), quartzo (30%), 
feldspato potássico (32%) e biotita (5%) e anfibólio (6%). 
2.2.2.2 : Fácies biotita monzogranito porfiritico 
 A fácies Biotita Monzogranito Porfiritico (Figura 31D) é representada por rochas 
de coloração rosada, holocristalina, textura fanerítica, isotrópica, hololeucocrática (6%), 
inequigranular (4 a 15mm) composta mineralogicamente por plagioclásio (31%), quartzo 
(26%), feldspato potássico (36%) e biotita (6%). 
Figura 31: Unidade Monzogranito, (A) forma de ocorrência da unidade em blocos rolados e (B) 
enxame de blocos caracterizando o relevo colinoso da área. (C) Biotita-Anfibólio Monzogranito 
equigranular médio a grosso e (D) Biotita monzogranito porfiritico com destaque para os 
porfiroclastos de plagioclásio de até 15mm. 
 
Para análise microscópica da unidade foram descritas duas lâminas delgadas que 
aparentam serem as mais representativas da unidade, sendo a TTS-45B da fácies Fácies 
Biotita-anfibólio monzogranito equigranular médio a grosso e a ADR-23A da fácies 
Fácies Biotita monzogranito porfiritico. 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
46 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
TTS-45B 
Assembleia mineral 
Rocha de textura fanerítica, isotrópica, cristalinidade holocristalina, com textura 
granular, equigranular média a grossa (~3mm), leucocrática (IC~9%). Minerais 
essenciais são caracterizados por Quartzo (~27,5%), Plagioclásio (~25,5%) Feldspato 
Alcalino (~37,5%). Como minerais varietais Biotita (~9%), os minerais secundários é a 
sericita (~0,5%). 
Aspectos texturais dos diferentes minerais: 
 Quartzo 
Representado por dois tipos de quartzo 
Quartzo1 - São cristais com granulação média (até 3mm), subdiomorficas, com 
contatos retos com o ortoclasio e plagioclásio, tríplice e suturados entre si, e irregulares 
com os minerais adjacentes. O tipo de extinção é a reta, observa-se inclusões de 
muscovita. 
Quartzo2 - São agregados xenomórficos de granulação muito fina (0,1mm) com 
contatos poligonais entre si e reto com os minerais adjacentes. 
 Plagioclásio 
E representado por cristais hipidiomórficos com granulação média até 3mm. 
Geralmente o contato com os quartzos é reto e irregulares com os demais, encontram-se 
com alteração sericítica. Maclamento do tipo albita, sua composição é de An 28. 
 Biotita 
Exibe cristais idiomórficos e subdiomórficos com granulação fina (0,5- 1,5 mm), 
apresentam contato reto com os cristais de quartzo e plagioclásio e irregulares com os 
ortoclasio, geralmente ocorre sericita associada. Possui inclusões de quartzo2. 
 Ortoclásio 
Com dimensões de até 2mm, formas subdiomorficas a xenomórficas, possui 
contatos irregulares, inclusão de quartzo e plagioclásio. 
 Microclina 
Apresentam-se com dimensões que variam até ~1mm, possui formas geralmente 
subidiomórfica. Seus contatos são irregulares com quartzo2 e plagioclásio e retos com 
biotita. Os cristais apresentam maclamento do tipo xadrez, e pequenas inclusões de 
quartzo1. 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
47 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
 Muscovita 
São minerais secundários, com formas xenomórficas, tamanhos de até 0,2mm, e 
ocorrem geralmente associada a plagioclásio. 
A média composicional da lamina TTS-45B foi plotada em diagrama Q-A-P 
(Streckeisen 1976) exibidos na Figura 32. 
 
Figura 32 : Diagramas modais Q-A-P (Streckeisen, 1976) para as rochas da Unidade II. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO ESTÁGIODE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
48 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Figura 33: Fotomicrografias exibindo as principais feições petrográficas. (A) (5x) 
sob nicóis cruzados e (B) luz natural mostrando os cristais com contatos retos entre 
si, plagioclásio (Plg) com faces tabular e por vezes saussuritizado – cristais de 
quartzo com predomínio de extinção reta; (C) (5x) sob nicóis cruzados e (D) luz 
natural – cristais de quartzo (Qtz), Plagioclásio (plg) e Biotita (Bt) com faces 
idiomórfica a hipidiomorfica; (E) (5x) sob nicóis cruzados e (F) luz natural cristais 
de plagioclásio (Plg) afetados por processos de sericitização. 
 
ADR 23A 
Rocha de textura fanerítica, isotrópica, cristalinidade holocristalina, 
inequigranular (~3mm), leucocrática (IC~8%). Minerais essenciais são caracterizados por 
Quartzo (~23,5%), Plagioclásio (~28,5%) Feldspato Alcalino (~39,5%). Como mineral 
varietal a Biotita (~5%) e Anfibólio (4%) e minerais acessórios Zircão (~0,2%) e Opacos 
(~0,3%). Textura de intercrescimento mimerquitico ocorre em abundancia na lâmina e 
em pontos ocorre textura pertita, e ocorre cristais de plagioclásio com grandes dimensões. 
 Quartzo 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
49 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
É observado três tipos de quartzo 
Quartzo1 - De dimensões de 0,5 a 6mm, com formas subdiomórficas, possuem 
extinção reta, contatos irregulares entre si e com os minerais adjacentes. Apresenta 
algumas inclusões de zircão e opacos. Possui fraturas que são por vezes preenchidas por 
biotita. 
Quartzo2 - Possuem dimensões ligeiramente menores que os demais minerais 
constituintes (variando de 0,1 a 0,3 mm) globulares arredondados, possuem extinção reta. 
Seus contatos são retos e irregulares entre si, e irregulares com os outros minerais. 
Apresentasse inclusos em plagioclásio, biotita e opacos. 
Quartzo3 - Possui forma de vênulas alongadas entre os cristais de feldspato e 
plagioclásio constituindo uma textura do tipo intercrescimento mimerquítico. 
 Plagioclásio 
O Plagioclásio apresenta dimensões de 0,5 a 10mm, com forma subdiomórfica, 
apresentando maclamento do tipo albita, com algumas polisinteticas, com contatos retos 
e irregulares entre si e irregulares com os minerais adjacentes. Há inclusões de opacos e 
quartzo2. 
 Ortoclásio 
Apresenta-se com dimensões de até 1mm, com formas subdiomórfica, com 
contatos irregulares e pouco retos com os minerais de quatzo e irregulares com os 
minerais adjacentes. Apresenta inclusões de quartzo2. Possui cristal com tamanhos de até 
10mm 
 Microclina 
Dimensões de até 2mm, por vezes possuem forma quadrática, o predomínio e de 
faces cristalinas subdiomórficas. Seus contatos são retos com quartzo, muito irregulares 
com biotita e demais minerais. São comuns inclusões de quartzo2. 
 Anfibólio 
Exibem dimensões 2mm, com formas subdiomórficas, observa-se predomínio de 
contatos retos entre si e com os minerais adjacentes. São vistos inclusões de opacos, 
quartzo 2 e apatitas. Entre seus planos de fraqueza é visto a biotita. 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
50 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
 Biotita 
Com dimensões de 0,5 a 2 mm, com formas subdiomorficas a xenomórficas, com 
contatos retos entre si e irregulares com os minerais adjacentes, possui inclusões de 
opacos e quartzo2. Apresentam inclusões de opacos. 
 Zircão 
Apresenta-se com dimensões até 0,2mm, com formas subdiomórfica a 
idiomórfica, com contatos irregulares com os cristais de quartzo e não observado com os 
outros minerais. Sua ocorrência e frequente inclusos em quartzo2. 
 Apatita 
São cristais de até 0,2mm, idiomórficos, ocorrendo na forma de inclusões em 
biotita, plagioclásio e quartzo1. 
 Opacos 
Apresenta-se com dimensões até 0,4mm, com formas xenomórficas predomina porem a 
idiomórfica também, com contatos irregulares com os minerais adjacentes e há ocorrência 
desses inclusos em cristais de plagioclásio. 
A média composicional da lamina ADR-23A foi plotada em diagrama Q-A-P 
(Streckeisen 1976) exibidos na Figura 34. 
Figura 34: Diagramas modais Q-A-P (Streckeisen, 1976) para as rochas da 
Unidade II. 
 
 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
51 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
Figura 35: Fotomicrografias exibindo as principais feições petrográficas. (A) (5x) sob nicóis 
cruzados e (B) luz natural mostrando cristais de anfibólio (Anf) xenomórficos e Quartzo3 (Qtz); 
(C) (5x) sob nicóis cruzados e (D) luz natural – cristais de Ortoclasio (Or) com cristais de 
quartzo3 (Qtz); (E) (5x) sob nicóis cruzados e (F) luz natural cristais de biotita (Bt) com faces 
hipidiomorficas em contatos retos com quartzo2. 
 
 
2.1.3: UNIDADE METASEDIMENTOS 
 A unidade perfaz cerca de 30% da área e está disposta nas porções Oeste e 
noroeste da área indo em direção ao centro (Figura 36 e 37). São metassedimentos 
(Figura 36A e B) que possuem características primarias de seu acamamento 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
52 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
deposicional, e foram agrupados em duas fácies de acordo com sua proporção de 
componentes clásticos (quartzo e feldspato) e metapelitos que apresentam em porções 
acamamento primário com granulação fina (tamanho argila e silte). O grau de 
metamorfismo de ambas as litologias é de Xisto verde baixo, e como já dito o protólito é 
sedimentar ainda preservando características primarias, as fácies encontradas foram 
Metarenito quertzoso, Metarenito arcósiano e Metapelitos. 
2.1.3.1: Metarenito arcosiano 
 Essas litologias (Figura 36C) apresentam coloração rosa, de granulação 
equigranular grossa variando em média 3 mm, indicando moderada seleção, estrutura 
maciça, formada por grãos angulares a subangulares. Sua textura é caracterizada como 
granoblástica. A rocha é composta mineralogicamente por quartzo (68%) e feldspatos 
(32%). 
 3.1.3.2: Metarenito quartzoso 
As amostras vistas dessa fácies (Figura 36D) possuem coloração predominante 
branca por vezes com porções avermelhadas, granulação média, equigranular, com 
cristais xenomórficos de quartzo, textura granoblástica e a mineralogia observada 
predomina o quartzo (97%) e algumas porções cristais avermelhados de óxido de ferro 
(3%). A rocha possui acamamento primário preservado (acamamento sedimentar). 
Figura 36: Aspecto geral dos metarenitos da unidade metassedimentares, (A) e (B) 
foram encontrados na forma de blocos rolados, (C) metarenito arcósiano e (D) 
metarenito quartzoso. 
 
RELATÓRIO ESTÁGIO DE CAMPO II - MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DE RIO MARIA 
 
 
53 
Leandro Ferreira, Mariane Silva, Olailson Xavier, Sant Clay Medeiros 
3.2.3.3: Metapelitos 
 Os Metapelitos foram litologias encontradas na área (Figura 37) próximos a 
regiões de menores cotas na forma de blocos rolados (Figura 37A e B) são rochas de 
granulação fina metamorfizadas na fácies Xisto Verde baixa, apresentando em porções 
acamamento primário. Esses litotipos encontravam-se com coloração esbranquiçada 
(Figura 37C) e também preta acinzentada, com granulação fina (tamanho argila e silte), 
as rochas de coloração esbranquiçada possuem composição de argilominerais e as de 
coloração preta acinzentada seus minerais encontrados são muscovita microcristalina, 
quartzo, epidoto e possivelmente

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