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Aula 3 O governo Dutra Aula 4 Segundo Vargas

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Economia Brasileira Contemporânea I
Aula 3 – O governo Dutra: balanço de pagamentos, política cambial, monetária e fiscal.
Aula 4 – O segundo governo Vargas: crise do Estado e o capital estrangeiro.
José Paulo Guedes
jose.guedes@ufabc.edu.br
2013
Dutra e o 2º Vargas
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O GOVERNO DUTRA (1946-1950)
1945 Getúlio cai (inflação e democracia) e a abertura do regime coloca as forças reacionárias (UDN), mais progressistas (PTB, PSD) e radicais (PCB) em choque;
Após governo provisório, Dutra (e constituinte) foi eleito pelo PSD (+ PTB) contra os Udenistas (contra trabalhismo) e o PCB teve uma votação surpreendente (9%);
Debate Simonsen e Gudin (industrialização vs. Liberalismo):
Simonsen (1944) – industrialização liderada pelo estado planejador, tarifas protecionistas, com apoio na agricultura, financiada pelos EUA;
Gudin (1945) – modernização agrícola, industrialização mais equilibrada, abertura econômica e não intervenção do Estado na economia para evitar desequilíbrio nos preços e inflação.
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O GOVERNO DUTRA (1946-1950)
Num contexto pós guerra fria, o Brasil comprou a tese de que, com o fim da guerra, os fluxos internacionais de capital e o livre comércio voltariam nas condições pré-guerra.
O processo de reorganização no entanto culminou com a reunião de Bretton Woods que entre outras coisas:
Criou o FMI, Bird, Gatt;
Tornou o dólar moeda mundial;
Fixou as taxas de câmbio com certa paridade ao dólar.
Mas a situação precária das economias centrais mais a condição de superávit dos EUA (escassez de dólares) não favoreceram o livre comércio.
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O GOVERNO DUTRA (1946-1950)
O governo provisório de José Linhares, estabelecido logo após a derrubada do Estado Novo, ficou no poder até a eleição de Dutra.
Num clima marcadamente liberal, começa a adotar medidas contracionistas e liberalizantes visando reduzir o gasto público e a emissão da moeda;
A principal medida foi a Portaria nº 258 (dez de 1945) que revogava a Instrução Interministerial nº 7, dando início ao desmonte dos controles de câmbio e das políticas industrializantes;
Dutra manteve no início estas políticas, tanto do ponto de vista macroeconômico quanto institucional.
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O GOVERNO DUTRA (1946-1950)
O governo Dutra deu uma guinada liberal importante, do ponto de vista das instituições, ele desmontou os organismos de controle da economia:
Extinguiu a Comissão de Mobilização Econômica (justificando que a guerra já havia terminado);
Extinguiu o conselho federal de comércio exterior, conselho técnico de economia e finanças, o plano de obras e equipamentos (e o imposto sobre operações cambiais que lhe dava sustentação);
Desmontou os órgãos que permitiriam o Estado planejar, porém não privatizou as empesas estatais.
Na verdade o governo não era contrário à industrialização e sim procurava dar mais equilíbrio entre os setores (agr e indust), com o núcleo de sua política centrada no combate à inflação.
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O GOVERNO DUTRA (1946-1950)
Para o governo, a inflação seria causa dos elevados déficits públicos e da emissão monetária.
As altas dos preços seriam debeladas, em seu plano, pelo corte no gasto público, no crédito, nos salários e nas emissões de moeda.
A abertura comercial seria fundamental pra ampliar oferta de bens, controlar o preço e tornar a indústria mais competitiva;
A redução da demanda por meio do controle do gasto público e da valorização cambial (menor emissão monetária) também contribuiriam pro plano de combate à inflação.
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O GOVERNO DUTRA (1946-1950)
Como vimos, Dutra herdou uma situação interna e externa favoráveis;
No início, contando com a ajuda dos EUA (recompensa do esforço de guerra) o Governo Dutra fez a “lição de casa” pensando em contar com a ajuda do Plano Marshall:
Iniciou o governo com uma política monetária e fiscal ortodoxa/contracionista e com a abertura comercial.
E sobrevalorizou o câmbio (manteve a taxa de dez/1939) para atender a demanda por matérias primas e bens de capital e forçar a queda dos preços industriais para controlar a inflação e com a expectativa de volta do Investimento Estrangeiro Direto.
Resultado: reservas cambiais da área conversível caem apesar do país acumular saldos comerciais positivos porém em áreas não conversíveis. Muitos fornecedores suspendem suas remessas e várias indústrias pararam por falta de matéria-prima importadas. (Mais um exemplo concreto de Estrangulamento Externo).
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O GOVERNO DUTRA (1946-1950)
Como vimos, Dutra herdou uma situação interna e externa favoráveis;
No início, contando com a ajuda dos EUA (recompensa do esforço de guerra) o Governo Dutra fez a “lição de casa” pensando em contar com a ajuda do Plano Marshall:
Iniciou o governo com uma política monetária e fiscal ortodoxa/contracionista e com a abertura comercial (US$ 730 mi em reservas, somente US$ 100 mi conversíveis).
E sobrevalorizou o câmbio (manteve a taxa de dez/1939) para atender a demanda por matérias primas e bens de capital e forçar a queda dos preços industriais para controlar a inflação e com a expectativa de volta do Investimento Estrangeiro Direto.
Resultado: reservas cambiais da área conversível caem apesar do país acumular saldos comerciais positivos porém em áreas não conversíveis. Muitos fornecedores suspendem suas remessas e várias indústrias pararam por falta de matéria-prima importadas. (Mais um exemplo concreto de Estrangulamento Externo).
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O GOVERNO DUTRA (1946-1950)
Em pouco tempo a política liberal de Dutra se mostrou insustentável (M de supérfluos e dependência de M dos EUA), já em 1947 o país enfrentava grave crise cambial, surge, portanto, a necessidade de se impor controles seletivos da importação. 
Em julho de 1947 (reservas de US$ 30 milhões) institui o regime de controle de câmbio:
Bancos eram obrigados a vender 30% de suas compras de câmbio livre ao BB à taxa oficial de compra valorizada;
Após atender em primeiro os compromissos do governo o BB forneceria câmbio de acordo com uma escala de prioridades que favorecia a importação de produtos essenciais (neste caso com consciência da substituição de importações – combustível, trigo, m.p., máquinas, equipamentos etc.).
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O GOVERNO DUTRA (1946-1950)
A política cambial trouxe bons resultados, observou-se uma queda das importações das áreas conversíveis e déficit nas inconversíveis entre 1949 e 1950.
Em 1949 o sistema de licenças prévias associado com a explosão dos preços do café (apesar da queda de outras exportações), possibilitou uma maior coordenação do Processo de Substituição de Importações (EE-SI-EE-SI-...).
Segundo Tavares (1964), entre 49 e 52 “manteve-se a taxa de câmbio sobrevalorizada e progressivamente impunham-se medidas discriminatórias à importação de bens de consumo não essenciais e aos similares nacionais, isso resultou num estímulo considerável à produção nacional sobretudo os duráveis que passaram a contar com uma proteção dupla: reserva de mercado e custo de operação. Esta foi a fase de implantação de aparelhos eletrônicos e artefatos de consumo durável”;
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O GOVERNO DUTRA (1946-1950)
Houve uma importação sem precedentes de um grande volume de bens de capital através também de uma alta transferência de recursos da exportação do café para a indústria (BB compra câmbio barato – taxa valorizada - e vende a taxas subsidiadas), que foi parcialmente compensada pela alta do preço do café no período;
A Substituição de Importações foi possível também graças à política do BB de expandir o crédito entre 47 e 50 e das M seletivas (que protegeu a indústria nacional).
Dutra deu segmento também à manutenção dos investimentos do Governo iniciados no Estado novo (concluiu a CSN em 1949);
Outra iniciativa foi o fracassado Plano Salte (saúde, alimentação, transporte, energia), tentando retomar o planejamento econômico de antes, mas foi apenas a manutenção desses gastos com novo nome (ex do PAC).
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O GOVERNO DUTRA (1946-1950)
Visão geral: pode se dizer que promoveu a Substituição de Importações
do começo ao fim, valorizando (promovendo as M) e desvalorizando o câmbio (promovendo as X e protegendo o mercado interno).
Dados!!
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O SEGUNDO GETÚLIO (1951 a 1954)
Contexto político interno:
Queda dos salários reais, ou seja, crescimento sem distribuição;
Perseguição ao PCB e consequente crescimento do PTB;
Vargas (Senador e deputado por 7 estados) volta com discurso trabalhista e industrialista (crítico ferrenho à política liberal de Dutra) crítico do capital internacional;
Eleito em 1950 pela coligação PTB/PSP (48,7% dos votos) de Ademar de Barros (forte em São Paulo), contra 29,7% pra UDN e 21,5% do PSD. Apesar de tentativa de invalidação do pleito, toma posse em 31 de jn de 1951.
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O SEGUNDO GETÚLIO (1951 a 1954)
Contexto político interno:
Oposição UDNista era um caso à parte, a UDN esteve por trás do golpe em Vargas em 1945 e 1954. 
Apesar da indústria já ser o setor dinâmico, e das classes urbanas terem mais força política, o projeto liberal calcado na abertura econômica e na agricultura ainda era sustentado de forma radical 
As oligarquias passaram a aricular-se e atuar em âmbito nacional via PSD e UDN e a se tornar cada vez mais radical e recrudescer, porque?
Parte da explicação se deve ao horror da burguesia ao populismo.
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O SEGUNDO GETÚLIO (1951 a 1954)
Contexto político interno:
O populismo, segundo Fonseca, 1987) teria um duplo caráter:
De um lado era uma forma de ideologia e controle de conflitos que assegurava a dominação da burguesia;
De outro, se baseava no atendimento de certa reivindicação das massas e da inserção das massas no sistema político muito acima do tolerado pelos meios empresariais;
Embora vargas contesse com apoio em setores da burguesia industrial, agrária e comercial e de setores da classe média, ele neutralizou a esquerda e conseguiu forte apoio entre os trabalhadoros, os quais nunca deixaram de se mobilizarem no período.
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O SEGUNDO GETÚLIO (1951 a 1954)
O Projeto de Governo:
No plano doméstico os principais problemas eram a volta do processo inflacionário e o desequilíbrio financeiro do setor público;
Já no setor externo, as perspectivas eram mais favoráveis decorrentes da alta do café e da mudança de atitude dos EUA em relação à América Latina (desenvolvimento vs. comunismo).
A expressão dessa mudança de postura se deu com a instituição da CMBEU que propunha elaborar projetos para a superação de gargalos da infra-estrtura (energia, portos e trans) a serem financiados pelo Eximbank e o Banco Mundial.
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O SEGUNDO GETÚLIO (1951 a 1954)
O Projeto de Governo:
Do ponto de vista macroeconômico, o projeto teria duas fases:
Na primiera o governo bsucaria a estabilização econômica, equilibrando as finanças públicas (comprimimndo as despesas, aumentando a arrecadação) e permitindo dessa forma a adoção de uma política monetária restritiva (contraindo crédito e emissão);
A segunda fase seria a dos empreendimentos e realizações (entre elas a criação de duas empresas estatais importantes, o BNDE e a Petrobras e depois mais autonomamente a Eletrobrás).
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O SEGUNDO GETÚLIO (1951 a 1954)
O governo:
As despesas do setor público foram efetivamente reduzidas em 1951 e se manteve em 1952, com a União obtendo dois superávits orçamentários seguidos.
NO biênio a político monetária também foi ortodoxa, apesar do aumento do crédito. Ainda assim a inflação se mante alta (12,3% e 12,7%) e o PIB cesceu medianamente (4,9% be 7,3%).
Já as perspectivas em relação às transações correntes eram mais animadoras, por conta da alta do café e do novo quadro de realções com os EUA.
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O SEGUNDO GETÚLIO (1951 a 1954)
O governo:
A política de comércio exterior manteve a taxa de câmbio fixa e valorizada e o regime de concessão de licenças para importar, ainda que bem frouxo nos 7 primieros meses. 
Essa liberalização das licenças parcial tinha dois objetivos prinicipais:
Estocar produtos essenciaos por conta da guerra da Coréia e
Combater a inflação com mais M
Como resultado, as importações explodiram mas com um viés industralizante, sendo 55% do aumento das M na categoria bens de capital e 28% em outros bens de produção (ver tabela Pires).
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O SEGUNDO GETÚLIO (1951 a 1954)
O governo:
Essa orientação liberalizante foi sendo modificada progressivamente. Ao contrário do esperado a receita com X caiu 20% em 1952, o que fez o governo apertar as licenças (mas as antigas tinham prazos entre 6 e 12 meses);
O resultado foi um déficit abrupto da balança comercial, o esgotamento das reservas de moedas conversíveis e o acumulo de atrasados comerciais, ou seja, um novo estrangulamnento externo.
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O SEGUNDO GETÚLIO (1951 a 1954)
O governo:
No início de 1953 o país se encotrava com a inflação alta e com falta de divisas e para “ajudar” o presidente Eisenhower é eleito em 1952 nos EUA (combate ao comunismo e fim da cooperação tecnológica/creditícia para a periferia);
O país consegue US$ 300 milhões do Eximbank, mas vê a CMBEU ser extinta em contrapartida;
Getúlio, para enfrentar as amplas pressões faz uma reforma ministerial, coloca Jango no Ministério do trabalho, Ind e Comércio e Osvaldo Aranha (Udenista) para a Fazenda – expressão nua e crua do “populismo”.
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O SEGUNDO GETÚLIO (1951 a 1954)
O governo:
A política de Osvaldo Aranha foi uma nova rodada ortodoxa de ajuste cambial e financiamento do déficit público sem emissão monetária e expansão do crédito;
O governo criara o sistema de taxas múltiplas de câmio (lei nº 1807) com o objetivo de estimular as exportações e desestimular as M não essenciais – o resultado porém foi a queda das X e a não entrada de recursos do exterior;
Assim em out/1953 o govern cria a Intrução nº7 da SUMOC para atacar o probema cambial e o fiscal – as principais mudanças foram:
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O SEGUNDO GETÚLIO (1951 a 1954)
Para as exportações:
O restabelecimento do monopólio cambial do BB;
A extinção do controle qtvo de importações e dos leilões de câmbio;
X com bonificações sobre a taxa oficial que era de Cr$ 18,36 (+ Cr$ 5 para o café e + Cr$ 10 demais);
Para as importações:
Taxa oficial sem sobretaxa para importações especiais como trigo, ou papel de imprensa;
Taxa oficial acrescida de sobretaxas fixas para governos e petróleo;
Taxa oficial + sobretaxas variáveis em leilões para as demais M
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O SEGUNDO GETÚLIO (1951 a 1954)
Para as importações:
Nos leilões por sua vez as M eram classificadas em 5 categorias, e a oferta de câmbio era alocada pelas autoridades monetárias de acordo com elas, sendo que para as categorias I, II e III se alocava 80% das cambiais;
Para cada categoria foram fixados valores mínimos, que cresciam conforme a não essencialidade do bem M;
Essas taxas múltiplas permitiram desvalorizar o câmbio, substituir o controle de importações como equilibrio para a BC e manter uma política de importação seletiva.
Além disso o ágio dos leilões permitiram ao Estado se finaciar reduzindo a necessidade de financiamento inflacionário.
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O SEGUNDO GETÚLIO (1951 a 1954)
O governo:
Mesmo com uma política ortodoxa no plano, em 1953 o governo não reduziiu os gastos públicos: aumentou os gastos com obras públicas (infraestrutura, BVNDE, Petrobras, Eletrobras) e com o abono do funcionalismo;
 Eletrobras um caso à parte financiada pelo Fundo Fedederal da Eletrificação formado por T sobre energia elétrica;
 	Apesar do cresscimento industrial a aagricultura teve um resultado pífio por conta da seca no NE e o PIB cresceu pouco;
 Além disso a imflação deu um salto, indo de 12% para 20,5% naquele ano ou por conta do déficit público ou por conta da elevação dos custos, representada pelo preço maior dos M;
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O SEGUNDO GETÚLIO (1951 a 1954)
O governo:
Em 1953 as perspectivas eram mais favoráveis, o brasil teve um superávit comercial de US$ 400 mi, resultado da queda das M;
As grandes dificuldades no entando eram:
a queda do preço do café por conta do boicote do produto pelos norte-americanos e;
e o aumento do salário mínimo – Osvaldo
Aranha propondo 33% e Jango e GV propondo 100%;
A inflação por conta disso se tornou um problema ao longo do período.
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O SEGUNDO GETÚLIO (1951 a 1954)
Desfecho trágico:
Aumento dos salários e mobilização dos trabalhadores desagrada setores das classes médias, exército, oligarquias e burguesia;
UDN tenta golpe;
Morte de acompanhante de carlos Lacerda;
Generais exigem renúncia e ;
Suicídio de Getúlio.
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O Interregno Café Filho (1954-55)
Café Filho:
Vice de Getúlio assume o poder graças á frente anti-golpista e a recomposição da aliança PTB + PSD;
Coloca Eugênio Gudin na pasta da Fazenda para enfrentar a grave crise cambial (moral para obter pelo menos US$ 300 mi, mas obtém US$ 80 mi – tve que levantar mais US$200 mil de bancos privados oferecendo garantias em ouro);
Fluxo de capitais começa a voltar pra periferia e Gudin desejava remover obstáculos ao capital estrangeiro.
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O Interregno Café Filho (1954-55)
Café Filho:
Instrução 113 da SUMOC que autorizava Cacex a emitir licenças de importação sem cobertura cambial para equipamentos e bens de produção (se taxa de câmbio livre fosse inferior á categoria III, valeria a pena ao importador)
Gestão Gudin promoveu um dos programas de estabilização mais ortodoxos , gerando ampla crise de liquidez e substancial crise de falências no 1º sem de 1955 – café e pressão eleitoral demite Gudin em abril de 1955
José Maria Witacker tenta instituir um mercado de câmbio livre com proteção tarifária, mas Café Filho derruba o projeto – final de governo.
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INDICADORES ECONÔMICOS
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INDICADORES ECONÔMICOS
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INDICADORES ECONÔMICOS
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