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Aula 6 Juscelino e o Plano de Metas

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Aula 6 – Plano de Metas
Economia Brasileira Contemporânea
Aula 6 – Juscelino e o Plano de Metas
José Paulo Guedes
DCCEX
2010
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JUSCELINO (1956- 1961)
Contexto histórico: 
Gudin (min. da fazenda de Café Filho) adota política ortodoxa de estabilização (combate a inflação “de demanda” e equilíbrio externo) buscando capitais estrangeiros com FMI:
Corta gasto público e crédito (política criticada por todos os setores – ind, com, agric e bancos - que o derruba);
Instrução 113 da SUMOC
Autorizava M de máquinas e equipamentos sem cobertura cambial, essas Ms seriam contabilizadas no capital da empresa a preços do mercado livre de câmbio – seriam superestimadas!
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JUSCELINO (1956- 1961)
Contexto histórico: 
Além disso, outras leis do período anterior iriam permitir uma articulação mais profunda entre a economia brasileira e o capital estrangeiro:
Lei nº 1807 (jan/1953) – transações com capital estrangeiro passariam a se realizar no mercado livre sem cotrole do governo (limite para as remessas de juros 8% do montante financiado e 10% do capital investido para remessas de lucro);
Lei nº 2145 (dez/1953) – disciplinava a saída e entrada de capital estrangeiro estabelecendo o montante sobre o qual se calculariam as remessas de lucros e a taxa de câmbio da operação.
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JUSCELINO (1956- 1961)
 Como a situação externa não era favorável:
Queda dos preços internacionais do café e da quatidade de outras importações desde o Estado novo (queda do volume de divisas de US$ 1 bi em 1953 para US$ 400mi em 1959);
Essas 3 medidas preparam o terreno para a ampla penetração do capital estrangeiro a partir de meados da década de 1950 (IED + Dívida Externa – não esquecer que o PM foi financiado de forma inflacionária também). 
Esse fato não é novo, a poupança externa, que seria uma maneira mais factível de enfrentar os impasses do financiamento do desenvolvimento, já fora defendida tanto por Gudin quanto por Simonsen.
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JUSCELINO (1956- 1961)
 Resultados:
Entre 1955 e 1961 entrou no país via Instrução 113 US$ 379,4mi para indústrias de base e outros US$ 131,7 mi para indústrias leves;
Cerca de 60% dos US$ 1,7 bi que entrou no país entre 1955 e 1960 via empréstimos e financiamentos foram adiquiridos sem cobertura cambial;
Entre 1955 e 1960 a dívida externa líquido cresceu de US1 bi para US$ 3,4 bi;
O IED que fora entre 1951 e 1955 de US$ 340 mi passou para US$ 700mi entre 1956 e 1960.
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JUSCELINO (1956- 1961)
 Resultados:
Essa entrada considerável de capital estrangeiro foi uma estratégia de ampla associação com capital externo - em consonância com a ampla expansão das multinacionais em direção à periferia investindo no setor de duráveis;
O acirramento da concorrência mundial entre os capitais oligoplistas dos EUA, Europa e Japonês levaram á uma corrida por mercados, recursos naturais, mão de obra barata e inúmeras facilidades fiscais. 
Isso levou à uma nova divisão internacional do trabalho – o antes era matériaa-prima vcs manufaturas agora se tornou manufaturas de consumo vs bens de produção.
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JUSCELINO (1956- 1961)
 Resultados:
Aumentou as disparidades de desenvolvimento da periferia;
Diminuiu a autonomia da periferia em relação à produção de tecnologia sendo a difusão do progresso técnico controlada pelas multis em escala mundial;
Elevou porém a integração das economias naiconais em escala mundial novamente, mas de forma subordinada;
Como a estratégia anterior do Estado novo não garantiu o salto de qualidade do desenvolvimento, essa nova estratégia ganhou força na sociedade até porque livraria a burguesia, por exemplo, de financiar o desenvolvimento com uma maior carga tributária.
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JUSCELINO (1956- 1961)
 Resultados:
No entanto, apesar dessa classe não se opor à entrada do capital estrangeiro, ela reivindicava um tratamento equitativo:
Poder importar via instrução 133 da SUMOC (não conseguiu);
Impor elevação das tarifas para similares, mudanças na política cambial e redução do Estado na economia;
Havia também uma demanda reprimida por bens duráveis, derivada da concentração de renda no período, fruto da contenção do salário e do aumento da produtividade do trabalho;
Elevou-se a dívida externa de curto prazo, o que nos torna depedentes desse tipo de capital quase até os dias atuais.
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JUSCELINO (1956- 1961)
Contexto das idéias do plano em si: 
primeiro plano quinquenal da URSS (1929-40), produção industrial sai de 5% para 18% do total mundial.
Termos plano e planejamento ganham terreno mesmo nas economias capitalistas que não eram centralmente planejadas, planejamento estatal vira paradigma.
Segundo (1951-53) Vargas que começou como CMBEU (projetos financiados pelo EXIMBANK e BIRD), em 1954 constitui-se o Grupo Misto BNDE-CEPAL (levanta os pontos de estrangulamento).
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JUSCELINO (1956- 1961)
Plano de Metas pode ser considerado o auge do período da ISI brasileira.
Segundo Carlos Lessa foi a “mais sólida decisão consciente em prol da industrialização na história econômica do país”.
O plano conferia prioridade absoluta à construção dos estágios superiores da pirâmide industrial verticalmente integrada e do capital social básico de apoio à esta estrutura, daria continuidade ao processo de SI que vinha se desenrolando nas duas décadas anteriores. 
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JUSCELINO (1956- 1961)
O Plano de Metas tinha 31 metas, incluindo a meta-síntese (Brasília), prevendo um investimento da ordem de Cr$ 355 bi (43,3% para energia; 29% transp.; 20,4% ind. de base; 3,2% aliment.; 3,4% educação). 
Seus pontos principais eram:
1- investimentos estatais em infraestrutura, com destaque para transportes e energia;
2 – Estímulo ao aumento da produção de bens intermediários, como o aço, o carvão, o zinco, e início da produção de níquel, estanho, alumínio;
3- Incentivos à introdução dos setores de consumo duráveis e de capital.
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JUSCELINO (1956- 1961)
O setor de energia, transporte, siderurgia e refino de petróleo receberiam maior parte dos I do governo. 
O setor secundário, equipamentos e insumos com alta intensidade de capital, seria subsidiado e estimulado também pelo governo mas levado a cabo pelo setor privado.
Mesmo os setor privado na execução foi controlado pelo governo, criaram-se grupos executivos para para a formulação de políticas aplicáveis à industria (GEIA, GEICON, GEIMAR, GEIMAP, GEMF, CCAS, GEIMF).
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JUSCELINO (1956- 1961)
Principais problemas do plano estavam na questão do financiamento.
Os recursos em moeda nacional distribuíram-se entre a União (40%), Estados (10%) e empresas privadas e estatais (35%) e o restante entre o BNDE, BB, etc.
O principal mecanismo, no entanto, foi a inflação, resultante da expansão monetária que financiava o gasto público e o aumento de crédito e que viabilizaria os I privados. 
Na prática o BB expandia os meios de pagamentos ao emprestar para o tesouro fechar seu déficit em caixa já que as alternativas eram pouco viáveis (elevação da tributação, colocação de títulos de dívida ou contenção de gastos).
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JUSCELINO (1956- 1961)
Principais problemas do plano estavam na questão do financiamento.
Assim, o Governo teve que recorrer ao capital estrangeiro porque:
Preço do café desaba (mostrar tabela pág. 33) e 
Havia grande rigidez na pauta de importações.
Isso fez com que o governo recorresse a forte endividamento externo que se deu sob 3 formas básicas (junto com a instrução 70 da SUMOC que fora modificada simplificando o esquema de taxas múltiplas):
Instrução 113 da SUMOC (mais de 50% do IED);
BNDE assumia corresponsabilidade na liquidação de créditos captados no exterior;
Swaps cambiais.
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JUSCELINO (1956- 1961)
Principais problemas do plano estavam na questão do financiamento.
Ampliou-se a participação direta do setor público (Despesas do Governo mais FBKf passa para 47,8% ao final do Plano);
Estímulo aos investimentos privados via expansão de crédito financiados pelo BNDE, de longo prazo com baixas taxas de juros;Criou-se reservas de mercado interno com a Lei de Tarifas Aduaneiras ampliando as taxas para até 150% similares, e aplicou-se com rigor a Lei dos Similares;
O câmbio se manteve desvalorizado.
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JUSCELINO (1956- 1961)
RESULTADO da INSERÇÃO MUNDIAL:
As Empresas Multinacionais eram as únicas que conseguiam intensidade de capital e escalas de produção, bem como tecnologia necessárias para compor os setor mais dinâmicos. (ex. Montadoras) – fora o forte subsídio da Inst. 113 + Leis 1.807 e 2.145.
Ao capital privado nacional caberia papel subordinado de fornecedor de insumos e componentes (ex. Autopeças).
O paradoxo da SI se tornava cada vez mais visível: embora a ISI aprofundou e consolidou o fechamento do país às importações, a enorme presença do capital estrangeiro tornou a nossa economia uma das mais abertas e internacionalizadas do mundo.
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JUSCELINO (1956- 1961)
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JUSCELINO (1956- 1961)
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JUSCELINO (1956- 1961)
Saldo do Plano foi um elevado crescimento do PIB e uma mudança qualitativa do perfil industrial (economia madura) cumprindo algumas etapas finais do edifício industrial da SI;
Porém terminou com um amplo desnível entre o setor primário e o urbano, um alargamento das disparidades regionais e uma ampliação dos desníveis sociais com arrocho salarial e ascenção dos movimentos sociais;
Deixou certa herança problemática por conta do esgotamento da capacidade de financiamento do processo e da aceleração da inflação, o que seria sentido pelo governo seguinte;
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JUSCELINO (1956- 1961)
O problema da inflação:
Gente ao diagnóstico o governo encaminha ao Congresso o Plano de Estabilização Monetária (PEM) em 1958
Tentou obter um crédito junto ao Eximbank condicionada à um aval do FMI que fez diversas exigências como contenção de gastos públicos, moderação nos reajustes salariais, reformas do sistema de taxas de câmbio múltiplas, etc.
Tentou-se uma medida gradualista, mas o BB inclusive estava comprometido com o programa de subsídio creditício – Juscelino abandona o PEM em 1959, mantém a construção de Brasília e o subsidio do café.
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INDICADORES ECONÔMICOS
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