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Comportamento mecânico

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1
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus Pato Branco
Engenharia Mecânica
Comportamento Mecânico dos 
Materiais
Prof. Robson Gonçalves Trentin
2
Comportamento mecânico dos materiais
� Um dos primeiros aspectos a serem considerados em
qualquer projeto estrutural é a tensão que leva o material à
falha, ou ao colapso.
� A primeira aproximação é utilizar a tensão de escoamento
(materiais dúcteis) ou tensão de ruptura (materiais frágeis) em
comparação com as tensões que solicitam o material.
� Através do ensaio estático de tração é possível obter
informações que permitam prever tanto a falha estática como
a falha devido a cargas dinâmicas (fadiga).
3
Generalidades do ensaio de tração
� Ensaio simples, normalmente sob tração, que fornece uma
boa repetibilidade de resultados.
� Usado para levantar dados característicos do material para
análise do comportamento mecânico.
� Consiste em aplicar uma força coincidente com o eixo do
corpo de prova. Mede-se simultaneamente a força aplicada e
a deformação.
� A excentricidade do corpo de prova pode provocar flexão.
Comportamento mecânico dos materiais
4
Generalidades do ensaio de tração
� A figura abaixo mostra um corpo de prova cilíndrico sendo
monitorado por um extensômetro axial e outro radial.
Comportamento mecânico dos materiais
5
Generalidades do ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
A figura abaixo mostra a força aplicada, F, e o deslocamento 
relativo ∆l, entre os pontos de referência que estavam inicialmente 
a uma distância l0.
6
Generalidades do ensaio de tração
� É mais comum utilizar o conceito de tensão média de tração
e de deformação específica.
� A tensão é considerado uniformemente distribuída ao longo
da seção do corpo de prova:
Comportamento mecânico dos materiais
0
0 A
F
=σ Onde: é a tensão nominal e A0 é a área 
original da seção do corpo de prova.
0
σ
7
Generalidades do ensaio de tração
� A deformação de engenharia é definida pela relação entre o
alongamento, ∆l, e o comprimento original l0, ou pela
integração do alongamento infinitesimal, dl, referido a l0.
Comportamento mecânico dos materiais
∫= εε d
0
l
dld =εonde:
0
l
l∆
=ε
Portanto
8
Generalidades do ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
É possível construir o diagrama tensão deformação com base nas 
expressões de e .ε
0
σ
9
Generalidades do ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
São observadas algumas características quando o ensaio for 
parado e o corpo de prova for descarregado:
• Se a tensão aplicada for inferior a : a descarga ocorre 
exatamente sobre a linha de carregamento, ficando o material 
exatamente nas mesmas condições de antes do ensaio.
• Se a tensão aplicada for até : a descarga ocorre exatamente 
sobre a linha de carregamento. É a máxima tensão na qual o 
material não apresenta deformação residual.
• Se a tensão aplicada for acima de : ao sofrer descarga o 
material não segue a linha de carregamento.
pσ
e
σ
e
σ
e
σ
10
Generalidades do ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
11
Generalidades do ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
� Enquanto o material estiver na região linear da curva tensão
deformação pode-se empregar a lei de Hooke.
� Quando σe é atingido e ultrapassado iniciam os mecanismos
de movimento de discordâncias, surgindo deformações
plásticas.
εσ E=
Onde: E é o módulo de elasticidade e ε é a 
deformação que o material sofre, neste caso 
totalmente elástica.
12
Generalidades do ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
� Macroscopicamente, a deformação plástica é definida como
sendo a deformação que somada à parcela elástica fornece a
deformação total.
ep εεε −=
Onde εe é a deformação que o material sofreria sob ação de 
σ se fosse perfeitamente elástico.
A deformação plástica é o desvio da linha elástica.
0l
l∆
=ε
Ee
σ
ε =
13
Generalidades do ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
14
Generalidades do ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
A deformação plástica é dependente do tempo, observado de dois
modos:
• Se a velocidade de
deformação é aumentada,
ocorre um deslocamento
vertical na curva
tensão-deformação,
correspondendo a um
encruamento.
15
Generalidades do ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
• Quando a carga é mantida constante por um período de tempo, é
observado um aumento da deformação com o tempo, conhecido
como o fenômeno de fluência.
• Este fenômeno ocorre com velocidades decrescente, mas não
cessa, mesmo para períodos longos.
16
Dependendo do material e do tratamento termo-mecânico, a
curva tensão deformação pode assumir formas distintas:
� A curva abaixo é típica para aços com baixo teor de carbono
no estado recozido,
apresentado um patamar de
escoamento, onde o material
sofre uma acentuada
deformação plástica, sob tensão
constante.
Generalidades do ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
17
� A curva abaixo é referente a um material dúctil, mas sem
limite de escoamento bem definido.
A definição de tensão de escoamento
é baseada em um critério empírico
como a tensão em que a deformação
plástica atinge um valor arbitrário
entre 0,2% a 0,5%.
Generalidades do ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
18
� A curva abaixo é referente a um material frágil com
comportamento não linear iniciando em níveis de tensão bem
baixos. Ex.: ferro fundido.
Generalidades do ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
19
� A curva abaixo é referente a um material frágil com
comportamento linear elástico até próximo do ponto de
ruptura. Ex.: materiais cerâmicos e ligas fundidas de elevada
dureza.
Generalidades do ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
20
� O ponto de força máxima e portanto σR, corresponde ao
início da instabilidade plástica do material, não tendo ligação
com o processo de fratura que ainda não iniciou.
� O processo de fratura fica definido quando ε for tal que inicia-
se o processo de coalescimento de vazios em geral definido
pela fórmula:
Generalidades do ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais






−=
eq
m
f σ
σβε
2
3
exp.*
sendo: σm a tensão hidrostática e σeq a 
tensão equivalente segundo a teoria de 
máxima energia de distorção
21
Resultados obtidos no ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
Critérios para medir a ductilidade
� Indica quando o material pode ser deformado plasticamente
sem que ocorra fratura. Necessário em operações de
laminação, extrusão e estampagem.
� Indica a capacidade do metal de fluir plasticamente antes da
ruptura. Permite deformações plásticas localizadas, sem
fraturas, nos pontos de concentração de tensão.
� Indica o nível de impurezas do material. Maior volume de
impurezas reduz significativamente a ductilidade.
� É a habilidade do material mudar de forma sem romper.
22
Resultados obtidos no ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
Critérios para medir a ductilidade
� As medidas convencionais de ductilidade são a deformação
de fratura, εf e a estricção, ϕ, ou redução de área.





 −
=
0
0
l
ll f
fε 




 −
=
0
0
A
AA f
fϕ
23
Resultados obtidos no ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
Módulo de elasticidade
� O módulo de elasticidade, ou módulo de Young, é a medida
da rigidez do material. Para módulos grandes, menores são
as deformações elásticas.
� É necessário para o calculo de deflexões e deformações para
qualquer componente estrutural.� É resultado das forças de atração entre os átomos, desta
forma é uma propriedade intrínseca do material.
24
Resultados obtidos no ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
Módulo de elasticidade.
� É alterado levemente com adição de elementos de liga,
tratamentos térmicos ou trabalho a frio. Porem sofre uma
significativa redução de valor com o aumento da temperatura.
25
Resultados obtidos no ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
Resiliência.
� É a capacidade do material absorver energia quando
deformado elasticamente e retornar as dimensões originais,
quando descarregado.
� É usualmente dado pelo módulo de resiliência, energia de
deformação por unidade de volume, para as tensões
variarem de zero até σE.
26
Resultados obtidos no ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
Resiliência.
� Pela definição de módulo de resiliência tem-se:
� Usando a lei de Hooke:
� Os materiais com alto módulo de resiliência possuem alta
tensão de escoamento e baixo módulo de elasticidade.
Propriedade importante para elementos como molas e peças
de mecanismos de precisão
EEU εσ ..5,00 =
EU E /.5,0
2
0 σ=
27
Resultados obtidos no ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
Tenacidade
� É a capacidade de absorver energia, permitindo que ocorra
deformação plástica sem que o material rompa. É definida
como a área sob a curva tensão-deformação.
� A capacidade de absorver tensões maiores que a de
escoamento é desejada em elementos como: engrenagens,
correntes, acoplamentos, etc.
� Esta associada com a resistência ao impacto, ou seja,
capacidade do material absorver energia antes de fraturar
28
fRtU εσ .=
Resultados obtidos no ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
Tenacidade
� Para materiais dúcteis a área sob a curva pode ser
aproximada pelas equações:
� Para materiais frágeis a curva pode ser considerada como
sendo parabólica e a área sob a curva:
fLtU εσ .=
Onde σL é a chamada tensão limite, definida 
como a média aritmética entre a tensão limite 
de escoamento e a tensão limite de resistência.
fRtU εσ .=
Tenacidade
� Para materiais dúcteis a área sob a curva pode ser
aproximada pelas equações:
� Para materiais frágeis a curva pode ser considerada como
sendo parabólica e a área sob a curva:
fRtU εσ .667,0=
29
Resultados obtidos no ensaio de tração
Comportamento mecânico dos materiais
30
Comportamento mecânico dos materiais
Exemplos
� Uma peça de cobre com comprimento original 305 mm é
tracionada com tensão de 276 MPa. Se a deformação for
totalmente elástica, qual é o alongamento resultante?
31
Comportamento mecânico dos materiais
Exemplos
� Uma peça de cobre com comprimento original 305 mm é
tracionada com tensão de 276 MPa. Se a deformação for
totalmente elástica, qual é o alongamento resultante?
E
l
l
eE 




∆
==
0
σ
E
ll 0σ=∆
mml 77,0
10110
305.276
3 =×
=∆
32
Comportamento mecânico dos materiais
Exemplos
� Um teste de tração é aplicado ao longo do eixo axial de um
cilindro de bronze com diâmetro de 10 mm. Determine a
magnitude da carga para reduzir 2,5 X 10-3 mm o diâmetro
com uma deformação totalmente elástica.
33
Comportamento mecânico dos materiais
Exemplos
Um teste de tração é aplicado ao longo do eixo
axial de um cilindro de bronze com diâmetro de 10
mm. Determine a magnitude da carga para reduzir
2,5 X 10-3 mm o diâmetro com uma deformação
totalmente elástica.
4
3
0
105,2
10
105,2
−
−
×−=
×−
=
∆
=
d
d
ex
4
4
1035,7
34,0
105,2
−
−
×=
×−
−=−=
v
e xz
ε
MPaEez 3,7110971035,7
34
=×××== −σ
NdAF 5600
2
1010103,71
2
.
23
6
2
0
0 =




 ×
×=





==
−
pipiσσ
34
Comportamento mecânico dos materiais
Exemplos
� Para o ensaio de tração, de um corpo de prova de bronze, conforme
a figura abaixo determine: (a) O módulo de elasticidade. (b) A tensão
de escoamento para a deformação de 0,002. (c) A máxima carga
que o cilindro pode suportar tendo um diâmetro original de 12,8 mm.
(d) A mudança de comprimento da peça, com comprimento original
250 mm, provocada pela tensão de 345 MPa.
35
(a) O módulo de elasticidade
Dentro da 
região linear12
12
eee
E
−
−
=
∆
∆
=
σσσ
GPaE 8,93
00016,0
0150
=
−
−
=
Comportamento mecânico dos materiais
36
Comportamento mecânico dos materiais
(b) A tensão de escoamento 
para a deformação de 0,002.
Construindo uma linha
paralela passando pela
deformação de 0,002, esta
intercepta a curva tensão-
deformação na tensão de 250
MPa
37
Comportamento mecânico dos materiais
(c) A máxima carga que o cilindro 
pode suportar tendo um diâmetro 
original de 12,8 mm.
Tensão máxima: 450 MPa
piσσ
2
0
0 2 




==
dAF
NF 900.57=
pi
23
6
2
108,1210450 




 ×
×=
−
F
38
Comportamento mecânico dos materiais
(d) A mudança de comprimento 
da peça, com comprimento 
original 250 mm, provocada pela 
tensão de 345 MPa.
Deformação provocada 
pela tensão de 345 MPa: 
0,06.
0.lel =∆
mml 15250.06,0 ==∆
39
Exercícios
Comportamento mecânico dos materiais
� Uma amostra de alumínio com seção transversal retangular de 10 x
12,7 mm é puxado com uma carga de 35.500 N, produzindo apenas
deformação elástica. Calcule a deformação resultante.
� Uma amostra cilíndrica de uma liga de titânio com módulo de
elasticidade de 107 GPa e um diâmetro inicial de 3,8
mm terá apenas deformação elástica quando uma carga de tração
de 2000 N é aplicada. Calcular o máximo comprimento da peça
antes da deformação se o alongamento máximo permitido é de 0,42
mm.
� Uma barra de aço de 100 mm de comprimento e com uma seção
transversal quadrada 20 mm. Uma extremidade é puxada com uma
carga de 89.000 N, e apresenta um alongamento
de 0,10 mm. Assumindo que a deformação é totalmente elástica,
calcule o módulo de elasticidade do aço.
40
Exercícios
Comportamento mecânico dos materiais
� Considere um fio cilíndrico de titânio com 3,0 milímetros de diâmetro
e 2,5 x 104 mm de comprimento. Calcular o seu alongamento
quando uma carga de 500 N é aplicada. Assumir que a deformação
é totalmente elástica.
� Para uma liga de bronze, a deformação plástica começa em 275
MPa, e o módulo de elasticidade é de 115 GPa.
(a) Qual é a carga máxima que pode ser aplicado a uma amostra
com uma área transversal de 325mm2, sem deformação plástica?
(b) Se o comprimento do modelo original é de 115 mm qual é o
máximo comprimento para que pode ser esticado, sem causar
deformação plástica?
� Uma barra cilíndrica de cobre (E = 110 GPa), tendo um limite de
elasticidade de 240 MPa, deve ser submetido a uma carga de
6660N. Se o comprimento da haste é de 380 mm, qual deve ser o
diâmetro para permitir um alongamento de 0,50 mm?
41
Exercícios
Comportamento mecânico dos materiais
� Considere uma amostra cilíndrica de uma liga de aço (Figura
abaixo) 10 mm de diâmetro e 75 mm de comprimento que
tracionada. Determine seu alongamento quando uma carga de
23.500 N é aplicada.
42
Exercícios
Comportamento mecânico dos materiais
� Uma amostra cilíndrica de alumínio com um diâmetro de 19 mm e
comprimento de 200 mm é deformada elasticamente com uma força
de tração de 48.800 N. Determine:
(a) A quantidade pela qual esta amostra será alongada na direção
da aplicação da carga.
(b) A variação do diâmetro da amostra. Será que o diâmetro
aumenta ou diminui?
43
Exercícios
Comportamento mecânico dos materiais
� Calcule o módulo de resiliência para os materiais com o 
comportamento tensão-deformação mostradas na figura abaixo
44
Diagrama tensão-deformação real
Comportamento mecânicodos materiais
O diagrama de tensão-deformação convencional apresenta
resultados não adequados quando:
� O material está submetido a grandes deformações. Ex.:
processos de conformação.
� Do estudo do comportamento do material próximo aos
instantes de ruptura.
A tensão nominal erra pelo uso da área original, que não é a
área no instante que a força está atuando.
A deformação nominal apresenta problemas quando o material
está muito deformado e não considera o efeito da estricção.
45
Diagrama tensão-deformação real
Comportamento mecânico dos materiais
Exemplo:
� Uma barra é deformada ao dobro do seu comprimento
original.
e = 1, já que ∆l = l0
� Após ser tracionada é comprimida à metade do novo
comprimento.
e = - 0,5 já que ∆l = -0,5 l0
46
Diagrama tensão-deformação real
Comportamento mecânico dos materiais
A deformação real é definida de forma que o acréscimo de
deformação real dε seja a relação entre o acréscimo de
comprimento dl, pelo comprimento instantâneo, l.
εε ∫=
l
l
d
0
0lnln ll −=ε






=
0
ln
l
l
ε
l
dld =ε
47
Diagrama tensão-deformação real
Comportamento mecânico dos materiais
Exemplo:
� Uma barra é deformada ao dobro do seu comprimento
original.
ε = 0,693, já que l = 2.l0
� Após ser tracionada é comprimida à metade do novo
comprimento.
ε = - 0,693, já que l = 0,5.l0
48
Diagrama tensão-deformação real
Comportamento mecânico dos materiais
� Pode-se obter uma relação entre a deformação real (ε) e
deformação de engenharia (e).
e = ∆l / l0
ε = ln (l / l0) ε = ln (l0 + ∆ l / l0) ε = ln (1 + e)
� O volume do sólido fica constante durante o processo de
deformação plástica.
l0 A0 = l A l / l0 = A0 / A ε = ln (A0 / A)
49
Diagrama tensão-deformação real
Comportamento mecânico dos materiais
� A tensão real é a carga dividida pela área da seção
transversal, em um dado instante.
� Considerando o comportamento elástico do material esta
distinção não é importante, porque os níveis de deformação
baixos.
� Em certos problemas de plasticidade é necessário fazer a
distinção entre tensão real (σ) e tensão de engenharia (σ0).
σ = F / A σ0 = F / A0 σ = σ0 (1+e)
50
Diagrama tensão-deformação real
Comportamento mecânico dos materiais
� A tensão nominal baseada na área original, diminui após o
ponto de máxima carga.
� Na realidade o metal segue encruando até a fratura, deste
modo as tensões necessárias para deformar o material
também precisam ser aumentadas.
� Utilizando as tensões verdadeiras, baseadas na área
instantânea do corpo de prova, a curva tensão-deformação
obtida cresce continuamente até a fratura.
51
Diagrama tensão-deformação real
Comportamento mecânico dos materiais
No regime elástico as duas curvas praticamente coincidem, já
que as deformações são muito pequenas. No regime plástico a
curva real começa a se distanciar. Com o início da estricção o
afastamento é ainda mais
significativo.
52
Diagrama tensão-deformação real
Comportamento mecânico dos materiais
Tensão real de fratura
� A tensão real de fratura é σf , definida como a carga de fratura
dividida pela área da seção transversal, no instante da fratura.
� Essa tensão deve ser corrigida, pois na seção da fratura o
estado de tensões é triaxial, devido a estricção,
desenvolvendo tensões tangenciais e radiais, adicionalmente
à tensão axial.
� A tensão que efetivamente o material suporta, em um estado
uniaxial, de tensões, é um pouco menor, dependendo da
geometria do local da estricção.
53
Diagrama tensão-deformação real
Comportamento mecânico dos materiais
Deformação real de fratura
� A deformação real de fratura εf, é dada por:
εf = ln (A0 / Af)
� Onde Af é a área da seção transversal que rompeu, outra
maneira é de calcular é através da estricção:
εf = ln [1 / ( 1 - ϕ)]
54
Diagrama tensão-deformação real
Comportamento mecânico dos materiais
Deformação real uniforme
� É a deformação no ponto de carga máxima, ou seja, é a
máxima deformação em que ocorreu uma deformação
uniformemente distribuída sobre todo o comprimento de
referencia.
� Esta deformação é da ordem do expoente de encruamento do
material, n.
εf = ln (A0 / AR) onde AR é a área da seção transversal no
instante de carga máxima.
55
Deformação plástica e o efeito Poisson
Comportamento mecânico dos materiais
� Se o material sofre uma deformação na direção do eixo x,
provocada por uma carga nesta direção, esta deformação εx
induz deformações em direções perpendiculares, y e z, dando
origem as deformações εy e εz.
� Para o caso uniaxial: εy = εz = - ν εx
onde ν é o coeficiente de Poisson.
56
Deformação plástica e o efeito Poisson
Comportamento mecânico dos materiais
� No caso de um estado de tensão não uniaxial deve-se utilizar
a lei de Hooke generalizada:
( )
E
zyx
x
σσυσ
ε
+−
=
( )
E
zxy
y
σσυσ
ε
+−
=
( )
E
yxz
z
σσυσ
ε
+−
=
57
Deformação plástica e o efeito Poisson
Comportamento mecânico dos materiais
� Para as tensões cisalhantes tem-se uma similaridade com a
lei de Hooke.
γ = τ / G
� Sendo γ a deformação cisalhante, que pode atuar nos planos
xy, xz ou yz, τ a tensão cisalhante e G
o módulo de elasticidade transversal do material.
( )v
EG
+
=
12
58
Deformação plástica e o efeito Poisson
Comportamento mecânico dos materiais
� Se o limite elástico for ultrapassado, as deformações passam
a ter uma parcela elástica e uma plástica, onde o coeficiente
de Poisson no regime elástico é diferente do regime plástico.
� A deformação plástica processa-se a volume constante,
levando a um coeficiente de Poisson = 0,5.
� Para um estado uniaxial de tensões, a parcela de deformação
transversal εy provocada por εx é dada por:
( )xpxey v εεε 5,0+−=
59
Modelos de curva Tensão-Deformação
Comportamento mecânico dos materiais
� É necessário, para a realização de uma análise de tensões,
adotar um modelo para a curva tensão-deformação que deve
ser adequada ao tipo de análise a ser realizada.
60
Modelos de curva Tensão-Deformação
Comportamento mecânico dos materiais
� Para o material idealizado como elástico ideal, o modelo deve
ser utilizado dentro dos limites do comportamento elástico.
� Para uma análise plástica os modelos mais simples são o
elasto-plástico ideal e o rígido-plástico (aplicável quando tem-
se elevados níveis de deformação plástica).
� A idealização do material como tendo um encruamento linear
é uma aproximação melhor que as anteriores.
61
Modelos de curva Tensão-Deformação
Comportamento mecânico dos materiais
� Em muitos materiais metálicos o comportamento fica melhor
caracterizado pelo chamado encruamento potencial.
nkεσ =
Onde: 
n – expoente de encruamento
K – coeficiente de resistência
σ - tensão real
ε - deformação real
62
Modelos de curva Tensão-Deformação
Comportamento mecânico dos materiais
� Os valores de n varia desde n = 0, caracterizando o sólido
perfeitamente plástico, σ = k, onde k é interpretado como a tensão
limite de escoamento, até n = 1, caracterizando o sólido
perfeitamente elástico, σ = kε, onde k é interpretado como o módulo
de elasticidade.
� Os valores de n estão no intervalo (0 ; 1) e k (σe ; E).
63
Modelos de curva Tensão-Deformação
Comportamento mecânico dos materiais
� Em um gráfico em escalas logarítmicas da curva tensão-
deformação real, a inclinação da reta, a partir do escoamento,
é n, e k é a tensão real para o ponto onde ε = 1,0.
64
Modelos de curva Tensão-Deformação
Comportamento mecânico dos materiais
� Em alguns casos o modelo anterior não é coerente com os
resultados experimentais, surgindo outros modelos:
( )npk εεσ += 0
ε0 - deformação que o material sofreu antes 
do ensaio (trefilação, laminação)
εp – é a parcelaplástica da deformação
n
pE kεσσ +=
65
Ensaio de impacto
Comportamento mecânico dos materiais
� Existem materiais intrinsecamente frágeis, ex. ferro fundido,
pois em aplicações práticas sempre rompem de modo frágil.
� Outros materiais podem apresentar ruptura dúctil ou frágil,
apresentando comportamento variável quanto à forma de
fratura. Ex. um aço baixo carbono, é dúctil sob carregamento
uniaxial, porém apresenta comportamento frágil na presença
de entalhes, baixas temperaturas, sob impacto ou sob um
estado triaxial de tensão.
� Desta forma os ensaios de impacto indicam de forma
orientativa o grau de ductilidade.
� Fratura dúctil apresenta grande absorção de energia de
impacto (tenacidade elevada). Fratura frágil absorve pouca
energia (tenacidade baixa).
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Ensaio de impacto
Comportamento mecânico dos materiais
� No caso de fratura em serviço a falha geralmente inicia-se a
partir de um defeito pré-existente, o que nos corpos de prova
de tração não ocorre.
� A tenacidade à fratura medida pela energia consumida no
aumento da área rompida é menor que a tenacidade
volumétrica medida no ensaio de tração.
� Em componentes isentos de defeitos, a energia para a ruptura
é elevada, já que deve-se dispender uma grande parte desta
energia para a formação da trinca.
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Ensaio de impacto
Comportamento mecânico dos materiais
Ensaio Charpy
� O ensaio com corpo de prova Charpy com entalhe em V é um
dos mais difundidos.
� Verifica a suscetibilidade dos aços à fragilização na presença
de entalhes.
� O teste não pode ser utilizado diretamente para verificar o
desempenho do material em serviço.
� A aplicação da carga é feita através de um pêndulo, que após
a fratura é medida a energia absorvida na fratura, em Joules.
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Ensaio de impacto
Comportamento mecânico dos materiais
Ensaio Charpy
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Ensaio de impacto
Comportamento mecânico dos materiais
Ensaio Charpy
� Os ensaios são feitos a diversas temperaturas medindo a sua
influência sobre a tenacidade do material.
� Para materiais fragilizáveis existe uma faixa de temperatura
em que ocorre a transição no modo de fratura, caracterizada
pela queda brusca na tenacidade.
� O material passa a romper de modo frágil.
70
Ensaio de impacto
Comportamento mecânico dos materiais
Ensaio Charpy
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Ensaio de impacto
Comportamento mecânico dos materiais
Modificações do Ensaio Charpy
� Corpo de prova pré-fissurado por fadiga antes de ser
submetido ao ensaio de impacto. Faz com que o material
tenha uma trinca aguda no fundo do entalhe. Desta forma a
energia absorvida será exclusivamente necessária para
propagar a trinca.
� Instrumentação da máquina de
ensaio obtendo um diagrama de
carga-tempo.
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Modelo para a transição dúctil-frágil
Comportamento mecânico dos materiais
� Várias experiências mostram a existência de duas tensões
que fornecem as características de fratura do material.
� Tensão de ruptura por clivagem σcl, que produz uma fratura
frágil pela perda de coesão entre os átomos. Não depende da
temperatura.
� Tensão que provoca falha por deformação plástica, σeq,
responsável pelo início do escoamento (movimento das
discordâncias), coincide com σE.
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Modelo para a transição dúctil-frágil
Comportamento mecânico dos materiais
� O ponto de intersecção das duas curvas determina a temperatura
crítica, acima da
qual a falha será por
escoamento. Abaixo
da temperatura crítica
a falha ocorre por
fratura frágil.
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Modelo para a transição dúctil-frágil
Comportamento mecânico dos materiais
Efeito da velocidade de carregamento
� Com o aumento da velocidade do carregamento a resistência
ao escoamento aumenta (σeq, aumenta). A curva de σeq
desloca-se para a direita, assim Tcr aumenta.
Efeito do estado de tensões
� A tensão normal para obter um estado de tensões
tridimensional de tração é maior (σeq, aumenta). A curva de
σeq desloca-se para a direita, assim Tcr aumenta.
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Modelo para a transição dúctil-frágil
Comportamento mecânico dos materiais
Efeito do tamanho de grão
� Com o aumento dos grãos, a resistência à clivagem diminui.
A posição da reta está mais a baixo, assim Tcr aumenta.
� Os contornos de grão funcionam como barreiras para o
crescimento das trincas, dificultando a fratura. Logo aços com
granulação fina possuem maior resistência à clivagem.
Efeito do tamanho do corpo
� Experiências com corpos de provas cilíndricos lisos mostram
que o efeito predominante é redução da resistência de
clivagem, assim Tcr aumenta com o aumento do corpo.
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Modelo para a transição dúctil-frágil
Comportamento mecânico dos materiais
Efeito do gradiente de tensões
� Sob flexão a tensão de escoamento é superior quando
comparado a tração. As fibras externas mais solicitadas são
suportadas pelas fibras internas, assim Tcr aumenta.
Considerações finais
� É desejado materiais com baixa temperatura crítica que pode
ser reduzida pela alteração na composição química e refino
de grão.
� A temperatura de transição aumenta com o aumento nas
tensões nas reentrâncias e nas soldas mal feitas e com o
aumento da estrutura.

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