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LIBERDADE DE IMPRENSA E DEMOCRACIA

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LIBERDADE DE IMPRENSA E DEMOCRACIA: A influência da imprensa na história política na sociedade brasileira. Um ataque à democracia
RESUMO
Artigo científico sobre liberdade de imprensa e democracia. A liberdade de imprensa é um dos pilares do estado democrático de direito, pois propicia que todos tenham acesso à informação, o que intimida a arbitrariedade estatal. Historicamente percebe-se que há certa interferência do poder público na divulgação de informações e ideias ao povo, prática que pode prejudicar na própria capacidade de formação do pensamento da sociedade. O direito à liberdade de imprensa nem sempre deve prevalecer sobre outros direitos fundamentais, já que todos eles são iguais aos olhos da Carta Magna. As restrições à liberdade de imprensa não podem ignorar seu relevante papel na fiscalização dos negócios públicos, contribuindo para a formação da consciência coletiva da necessidade de se assegurar a máxima transparência na gestão da coisa pública, sempre associada à livre divulgação de informações.
PALAVRAS-CHAVE: Liberdade. Democracia. Imprensa.
1 INTRODUÇÃO
 Liberdade significa o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém. A liberdade de expressão é a garantia e a capacidade dada a um indivíduo, que lhe permite expressar as suas opiniões e crenças sem ser censurado.
 A liberdade de expressão é direito de suprema importância para que a sociedade possa conhecer e se defender de possíveis arbitrariedades cometidas pelo poder público. É condição primordial para que o Estado seja caracterizado como sendo democrático. 
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Uma das projeções da liberdade mais caras à humanidade vem a ser a livre manifestação de pensamento. Tal direito, reconhecido como fundamental pelo artigo 5º, incisos IV e IX, da Constituição Federal de 1988, possibilita ao homem pensar e livremente veicular suas ideias através da ação. Ao fazê-lo, criando o novo, transforma o mundo que o cerca, impulsionando-o a novas descobertas.
A Carta Magna, em seu artigo 220, caput, também estabelece, ao tratar da Comunicação Social, que “a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição”. Reconheceu o constituinte, assim, a impossibilidade de, ao firmar as bases de um Estado Democrático, deixar de assegurar o valor da liberdade, ao mesmo fortemente relacionado.
Os debates sobre o tema se mantêm intensos, contudo, e novas questões acerca do mesmo emergem das rápidas e significativas transformações experimentadas pela sociedade. Assim, a par da censura motivada por razões políticas, ainda praticada em diversos países, com intensidades distintas, têm-se ainda restrições à livre manifestação de pensamento motivada por questões ideológicas, morais, religiosas, etc., muitas vezes sob o aspecto de proteção e tutela a outros direitos.
 A liberdade de imprensa estabelece um ambiente no qual, sem censura ou medo, várias opiniões e ideologias podem ser manifestadas e contrapostas, ensejando um processo de formação do pensamento. Um povo só consegue lutar pelos seus direitos se os conhece. Por isso, nos dizeres de Rui Barbosa, “a palavra aborrece tanto os Estados arbitrários, porque a palavra é o instrumento irresistível da conquista da liberdade. Deixai-a livre, onde quer que seja, e o despotismo está morto”.
 Registre-se que a liberdade de imprensa e a Democracia encontram-se em posição de reciprocidade. Onde houver liberdade de imprensa, haverá espaço favorável para o exercício e a consolidação do regime democrático. Ao reverso, onde estiver estabelecido um regime democrático, ali a imprensa encontrará campo propício para sua atuação. Nutrem-se, portanto, uma da outra, fortalecendo-se ambas em um processo contínuo, cujos benefícios serão colhidos pelo povo.
 
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 A liberdade de imprensa é um eficaz instrumento da democracia, com ela se pode conter muitos abusos de autoridades públicas, motivo pelo qual, há muito tempo a defesa desse direito fundamental é considerada prioridade no âmbito da sociedade. À medida que se protege o direito individual de livremente exprimir as ideias, mesmo que estas pareçam absurdas ou radicais, defende-se também a liberdade de qualquer pessoa manifestar a própria opinião, ainda que afrontosa ao pensamento oficial ou majoritário.
2 CONTEXTO HISTÓRICO
 A História da Imprensa no Brasil começa em 1808, ainda quando era colônia, com a chegada da família real portuguesa, pois antes desse período era proibida qualquer atividade de imprensa no território. Desta forma, é possível perceber que a censura existe desde a formação do meio midiático no país, onde a classe dominante controlava toda gestão dos meios de comunicação a favor do governo. A liberdade de imprensa foi assegurada aos brasileiros em 1821 e reconhecida de fato apenas com a Constituição Outorgada de 1824, porém a censura nunca deixou de existir e Dom Pedro I usou o Poder Moderador para censurar jornais e reprimir qualquer ideia contra o Império.
A Revolução de 1930 foi outro período de censura em que todas as publicações eram fiscalizadas por censores e policiais, inclusive um órgão conhecido como Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) foi criado para controlar, centralizar, orientar e coordenar a propaganda oficial do governo com o objetivo de cultuar a figura do ditador. Exemplo dessa censura foi a intervenção feita no jornal “O Estado de São Paulo” que ficou sob controle do governo e usado como instrumento de propaganda.
A imprensa também foi alvo de censura durante a Ditadura militar de 1964, período em que a liberdade de expressão e o direito à democracia foram amplamente extintos e censurados. Com a promulgação do Ato Institucional Cinco todos os veículos de comunicação deveriam ser analisados por agentes do governo antes de sua publicação, o que provocou a censura de muitos materiais. Dessa maneira o país viveu uma realidade violenta, mas de proporções que eram 
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desconhecidas pelo povo que tinha apenas o silêncio como resposta por conta de toda censura promovida no período.
Ao analisar o presente é perceptível que a nação ainda está muito longe de chegar aos níveis de liberdade de imprensa de países mais desenvolvidos. Apesar de estabelecer um regime democrático, a imprensa ainda enfrenta problemas e não se tornou inteiramente livre, pois ainda existem atitudes autoritaristas que representam um risco para a liberdade e a democracia. Basta citar a censura prévia que é um grande problema no Brasil e, por exemplo, quando o Estado de São Paulo foi proibido de publicar assuntos que incomodassem a família Sarney.
Também é possível ressaltar os casos de manipulação midiática que favorecem partidos políticos em troca de favores e interesses próprios. Exemplo disto foram as eleições de 1989 em que a Rede Globo manipulou imagens e argumentos que denegrisse a imagem do então candidato a presidência Luís Inácio Lula da Silva e favorecesse a campanha de Fernando Collor de Melo.
A liberdade de imprensa, com a evolução das diversas constituições, vem sendo mais e mais liberal ao longo dos anos, devido ao fato da “nova sociedade” requerer certo conhecimento sobre o que está ocorrendo em sua volta, sendo esse repassado pela imprensa, seja por televisão, internet, jornais ou revistas.
3 O PAPEL DA IMPRENSA E SUAS RESPONSABILIDADES
 A importância da imprensa para a formação do cidadão é indispensável atualmente, pois na era moderna as mídias públicas têm influência direta na conscientização, e também, caso mal intencionada, na alienação. O poder que a imprensa demonstra, muitas vezes, estende até mesmo o domiciliar e o escolar.
 Devido a essa importância, a imprensa precisa ser livre, porque sem liberdade ela não cumprirá sua missão. Missãoesta que é repassar à população as informações obtidas por intermédio de fatos, devendo esses não serem distorcidos ou manipulados.
 O que ocorre muito nos meios de comunicação são os interesses comerciais, o que prejudica a credibilidade dos veículos, principalmente quando estes abordam 
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em seu conteúdo apenas a cobertura de ações que tragam benefícios para o veículo e não à sociedade. Sendo assim, o veículo de comunicação acaba descumprindo o seu papel dentro da sociedade, no qual o veículo de comunicação não deve emitir uma opinião, mas sim a interpretar os fatos e repassá-los à sociedade.
 Mesmo assim, alguns veículos de comunicação muitas vezes defendem interesses privados, com o objetivo de se promover e lucrar sobre determinada ocasião, e por falta de Leis específicas para reger esses casos, e também pela impunidade, essas empresas saem ilesas. Cabe aos líderes de cada veículo, se utilizar da ética e do profissionalismo para manter o correto e seguir as normas desse meio.
A função social da imprensa pode ser definida assim:
“A liberdade de imprensa deve garantir a difusão de diferentes pontos de vista e incentivar o debate e aumentar o acesso a informações, além de promover a troca de ideias favorecendo a construção da participação opinativa da sociedade nas decisões e no desenvolvimento do país. ” (COMPARATO, 2009, p.09).
3.1 Limites da liberdade de imprensa
 Muitas pessoas na atualidade são a favor da liberdade total da imprensa, sem restrições. Mal sabem elas que essa liberdade pode causar as famosas “invasões de privacidade”, que podem expor o cidadão ao embaraço, sem que esse ao menos possa se defender.
 O Código Civil brasileiro prescreve em alguns de seus artigos, que todo cidadão tem direito a preservar sua imagem, sua honra, sua voz, sua integridade e etc. Isso obriga a imprensa a ter muita cautela para publicar seus conteúdos.
“Como seria o mundo se a imprensa tivesse total liberdade para informar o que bem entendesse? ”, essa pergunta deve ser questionada pelos cidadãos, pois, apesar de ter seus pontos positivos (investigação de corrupção; etc.), também tem
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seus pontos negativos (invasão de privacidade; noticias para específica difamação de terceiros; etc.)
4- CONCLUSÃO
 No desenvolvimento das sociedades modernas, a liberdade de imprensa tornou- se um direito que acompanhou e evoluiu juntamente com o modo de vida dos indivíduos do mundo atual, os quais passaram a ter uma imprescindível necessidade de informações. Ao que concerne a tal direito, referindo-se principalmente à sua ação no território de um país, a liberdade de imprensa é um fator indispensável para uma sociedade considerada desenvolvida. Esta liberdade ocorre dentro dos parâmetros da justiça, aos limites onde o indivíduo possa buscar suas realizações referentes ao seu intelecto, e não se torne uma pessoa com princípios ou ideias que possam vir a caracterizá-lo como alguém alienado. As nações que, atualmente, privam seus cidadãos de estarem conscientes de informações e conhecimentos que os rodeiam, principalmente aqueles em que o poder é ditatorial, estão reprimindo não apenas um direito referente ao cidadão, mas também o seu crescimento e desenvolvimento como nação moderna. Sociedade desenvolvida é aqueles onde seus indivíduos vivem cumprindo com os seus deveres e desfrutando de seus direitos, dentro dos limites da Democracia. Estes são apenas alguns fatores que modificam a vida em sociedade e são indispensáveis para uma sociedade moderna do Século XXI.
REFERÊNCIAS
http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/128784/lei-da-liberdade-de-imprensa-lei-2083-53
http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_10/rbcs10_02.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imprensa_no_Brasil
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/historia-censura-imprensa-brasileira-678950.shtml
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http://jus.com.br/artigos/30985/a-liberdade-de-imprensa-e-o-conflito-entre-o-direito-individual-e-o-interesse-coletivo
Livros: LIBERDADE DE IMPRENSA, Karl Marx. Coleção L&PM Pocket. Edição maio de 1999.
Liberdade de Expressão X Liberdade de Imprensa, Vinício A. de Lima. Editora PUBLISHER BRASIL. Edição 2010.
Liberdade de Imprensa, Joao Batista de Andrade. Editora Imprensa Oficial. Edição 1.

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