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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA BACHARELADO EM ENGENHARIA ELETRÔNICA FÁBIO FUDOLI, LEONARDO FURINI, MATEUS CAMPOS PRÁTICA 8: Lei de Hess RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA DA DISCIPLINA DE QUÍMICA Prof.ª DANIELA BARANCELLI CAMPO MOURÃO 2016 Suma´rio 1 Introduc¸a˜o 3 2 Objetivos 3 3 Parte Experimental 3 3.1 Reac¸a˜o A: Ca´lculo de ΔH𝑎 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3.2 Reac¸a˜o B: Ca´lculo de ΔH𝑏 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3.3 Reac¸a˜o C: Ca´lculo de ΔH𝑐 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 4 Resultados e Discusso˜es 4 4.1 Experimento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 4.2 Experimento B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 4.3 Experimento C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 4.4 Lei de Hess . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5 Concluso˜es 7 REFERE^NCIAS 8 1 Introduc¸a˜o A entalpia e´ uma func¸a˜o de estado, logo o valor de ΔH e´ independente do caminho entre os estados inicial e final. Pode-se calcular a variac¸a˜o da entalpia de um processo f´ısico como a soma das variac¸o˜es de entalpia de uma se´rie de duas etapas. Esta mesma regra se aplica a reac¸o˜es qu´ımicas e, nesse contexto, ela e´ conhecida como lei de Hess. (ATKINS; JONES, 2012, p.265) A lei de Hess, segundo Atkins e Jones (2012, p.265) pode ser escrita como: a entalpia total da reac¸a˜o e´ a soma das entalpias de reac¸a˜o das etapas em que a reac¸a˜o pode ser dividida. A lei de Hess aplica-se mesmo se a reac¸o˜es intermedia´rias, ou reac¸a˜o total, na˜o podem ser realizadas na pra´tica. Conhecidas as equac¸o˜es balanceadas de cada etapa e sabendo que a soma dessas equac¸o˜es e´ igual a reac¸a˜o de interesse, a entalpia de reac¸a˜o pode ser calculada a partir de qualquer seque^ncia conveniente. A variac¸a˜o de entalpia pode ser medida pela calorimetria para muitos, mas na˜o to- dos os processos qu´ımicos. (KOTZ; TREICHEL; TOWNSEND, 2012, p.230, traduc¸a˜o nossa). Segundo Valderrama, Romero e Suzuki (2016), para que essa medida seja pre- cisa, e´ necessa´rio que a reac¸a˜o qu´ımica satisfac¸a a`s seguintes condic¸o˜es: ∙ Seja ra´pida, desse modo, o calor ira´ fluir sem perdas entre o sistema em que ocorre a reac¸a˜o e o meio que o rodeia, onde e´ medida a variac¸a˜o de temperatura; ∙ Seja completa. Assim podem-se dispersar as correc¸o˜es que teriam de ser feitas caso alguma parte dos reagentes na˜o participasse do processo; ∙ Na˜o apresente reac¸o˜es secunda´rias. O que ira´ garantir que todo o calor envol- vido na reac¸a˜o vem da transformac¸a˜o dos reagentes nos produtos finais, e na˜o de reac¸o˜es paralelas. Algumas reac¸o˜es preenchem todos esses requisitos e por isso podem ser usadas para comprovar a Lei de Hess, entre elas esta˜o a dissociac¸a˜o de uma base forte na a´gua, com a consequ¨ente hidratac¸a˜o dos ı´ons formados, e a reac¸a˜o de uma base forte com um a´cido forte. (VALDERRAMA; ROMERO; SUZUKI, 2016). 2 Objetivos Comprovar experimentalmente a Lei de Hess. 3 Parte Experimental Neste cap´ıtulo sera˜o descritos as etapas executadas e os materiais utilizados com base no roteiro de atividade pra´tica de Valderrama, Romero e Suzuki (2016). 3 3.1 Reac¸a˜o A: Ca´lculo de ΔH𝑎 Primeiramente, determinou-se a massa de um be´quer limpo e seco, em seguida, com o aux´ılio de uma proveta, mediu-se 200ml de a´gua destilada e a mesma foi despejada no be´quer. Colocou-se um termo^metro dentro da a´gua e a temperatura foi anotada. Em seguida, pesou-se 2g de NaOH(𝑠) (hidro´xido de so´dio) e despejou-se dentro da a´gua contida no be´quer. A soluc¸a˜o foi agitada com o termo^metro e uma nova leitura de temperatura foi realizada e anotada. Efetuou-se enta˜o os ca´lculos para obtenc¸a˜o de ΔH𝑎. 3.2 Reac¸a˜o B: Ca´lculo de ΔH𝑏 Repetindo a primeira parte do experimento, substituindo a a´gua destilada por 200ml de HCl(𝑎𝑞) (a´cido clor´ıdrico) em soluc¸a˜o de 0,25 mol.L −1. Fazendo as medic¸o˜es de temperatura antes e depois de adicionar o hidro´xido de so´dio. Repetiu-se enta˜o os ca´lculos, agora obtendo ΔH𝑏. 3.3 Reac¸a˜o C: Ca´lculo de ΔH𝑐 Iniciando o experimento com o material limpo e seco. Obtendo novamente a massa do be´quer utilizado, adicionou-se 100mL de soluc¸a˜o de HCl em concentrac¸a˜o de 0,5 mol.L−1. Anotou-se a temperatura. Com o aux´ılio de uma proveta, mediu-se 100mL de soluc¸a˜o de NaOH(𝑎𝑞) e adicionou- se a soluc¸a˜o anterior. Com o aux´ılio do termo^metro, agitou-se a soluc¸a˜o e mediu-se a temperatura. 4 Resultados e Discusso˜es Neste cap´ıtulo sera˜o apresentados as discusso˜es sobre os resultados obtidos, bem como uma comparac¸a˜o destes resultados com os encontrados na literatura. 4.1 Experimento A Primeiramente, foi obtida a massa do be´quer de 207,885g. Adicionou-se 200mL de a´gua destilada e a temperatura medida foi de 25,5∘C. Adicionou-se 2,051g de NaOH(𝑠) e ao agitar a soluc¸a˜o a temperatura 𝑡2 obtida foi de 28 ∘C. Com isso, o valor de ΔH𝑎 pode ser visto em 1. Δ𝑇1 = 𝑡2 − 𝑡1 = 28∘ − 25, 5∘ = 2, 5∘ (1) O calculo de calor absorvido pelo be´quer pode ser visto em 2. 𝑐𝑏 = 𝑚𝑏 · 0, 2 ·Δ𝑇 = 207, 9 · 0, 2 · 2, 5 = 103, 9[𝑔 · ∘𝐶] (2) 4 A equac¸a˜o que calcula o calor absorvido pela soluc¸a˜o e´: 𝑐𝑠 = 𝑚𝑎 ·Δ𝑇 = 200 · 2.5 = 500[𝑔 · ∘𝐶] (3) O numero de mols de NaOH: 𝑛 = 𝑚 𝑀 = 2, 051𝑔 40𝑔 ·𝑚𝑜𝑙−1 = 51, 278 · 10 −3[𝑚𝑜𝑙𝑠] (4) O calor total absorvido e´ a soma do calor absorvido pelo be´quer mais o absorvido pela soluc¸a˜o, enta˜o: 𝑐𝑡 = 𝑐𝑏 + 𝑐𝑠 = 103, 9 + 500 = 603, 9[𝑔 · ∘𝐶] (5) Enta˜o, obte´m-se o valor de caloria por mol eq. 6 que resulta da equac¸a˜o qu´ımica 7. Δ𝐻𝑎 = 𝑐𝑡 𝑛 = 603, 9 51, 278 · 10−3 = 11, 777[𝑘𝐽 ] (6) 𝑁𝑎𝑂𝐻(𝑠) 𝐻2𝑂−−→ 𝑁𝑎+(𝑎𝑞) +𝐻𝑂−(𝑎𝑞) (7) 4.2 Experimento B Repetindo o procedimento, com a massa do novo be´quer conhecida, foi poss´ıvel obter: Δ𝑇2 = 𝑡2 − 𝑡1 = 31, 5∘ − 26∘ = 5, 5∘ (8) O calculo de calor absorvido pelo be´quer pode ser visto em 9. 𝑐𝑏 = 𝑚𝑏 · 0, 2 ·Δ𝑇 = 101, 8 · 0, 2 · 5, 5 = 112[𝑔 · ∘𝐶] (9) A equac¸a˜o que calcula o calor absorvido pela soluc¸a˜o e´: 𝑐𝑠 = 𝑚𝑎 ·Δ𝑇 = 200 · 5.5 = 1100[𝑔 · ∘𝐶] (10) O numero de mols de NaOH: 𝑛 = 𝑚 𝑀 = 2, 01𝑔 40𝑔 ·𝑚𝑜𝑙−1 = 50, 25 · 10 −3[𝑚𝑜𝑙𝑠] (11) O calor total absorvido e´ a soma dos calor absorvido pelo be´quer mais o absorvido pela soluc¸a˜o, enta˜o: 𝑐𝑡 = 𝑐𝑏 + 𝑐𝑠 = 112 + 1100 = 1212[𝑔 · ∘𝐶] (12) Enta˜o, obte´m-se o valor de caloria por mol eq. 13 que resulta da equac¸a˜o qu´ımica 14. 5 Δ𝐻𝑏 = 𝑐𝑡 𝑛 = 1212 50, 25 · 10−3 = 24, 119[𝑘𝐽 ] (13) 𝑁𝑎𝑂𝐻(𝑠) +𝐻3𝑂 + (𝑎𝑞) + 𝐶𝑙 − (𝑎𝑞) → 𝑁𝑎+(𝑎𝑞) + 𝐶𝑙−(𝑎𝑞) + 2𝐻2𝑂 (14) 4.3 Experimento C Realizando este procedimento semelhante aos anteriores, foi poss´ıvel obter os se- guintes valores: Δ𝑇3 = 𝑡2 − 𝑡1 = 27∘ − 25, 2∘ = 1, 8∘ (15) O ca´lculo de calor absorvido pelo be´quer pode ser visto em 16. 𝑐𝑏 = 𝑚𝑏 · 0, 2 ·Δ𝑇 = 113, 23 · 0, 2 · 1, 8 = 40, 76[𝑔 · ∘𝐶] (16) A equac¸a˜o que calcula o calor absorvido pela soluc¸a˜o e´: 𝑐𝑠 = 𝑚𝑎 ·Δ𝑇 = 200 · 1, 8 = 360[𝑔 · ∘𝐶] (17) O nu´mero de mols de soluc¸a˜o de NaOH(𝑎𝑞) em concentrac¸a˜o de 0,5mol·L−1: 0, 5[𝑚𝑜𝑙]→ 1000[𝑚𝐿] 𝑥→ 100[𝑚𝐿] 𝑥 = 0, 05[𝑚𝑜𝑙] (18) O calor total absorvido e´ a soma do calor absorvido pelo be´quer mais o absorvido pela soluc¸a˜o, enta˜o: 𝑐𝑡 = 𝑐𝑏 + 𝑐𝑠 = 40, 76 + 360 = 400, 76[𝑔 · ∘𝐶] (19) Enta˜o, obte´m-se o valor de caloria por mol eq. 20 que resulta da equac¸a˜o qu´ımica 21. Δ𝐻𝑏 = 𝑐𝑡 𝑛 = 400, 7650 · 10−3 = 8, 015[𝑘𝐽 ] (20) 𝑁𝑎+(𝑎𝑞) +𝐻𝑂 − (𝑎𝑞) +𝐻3𝑂 + (𝑎𝑞) → 𝑁𝑎+(𝑎𝑞) + 𝐶𝑙−(𝑎𝑞) + 2𝐻2𝑂 (21) 4.4 Lei de Hess Para comprovar a lei de Hess, utiliza-se a seguinte equac¸a˜o: Δ𝐻𝑎 = Δ𝐻𝑏 −Δ𝐻𝑐 (22) 6 Portanto: Δ𝐻𝑎 = 24119− 8015 = 16104[𝐽 ] (23) Quando compara-se (6) com (23) verifica-se uma diferenc¸a de 4327 J. Ou seja, a soma das reac¸o˜es intermedia´rias resultou em uma entalpia maior que a reac¸a˜o total. 5 Concluso˜es Nesta atividade pra´tica foi poss´ıvel verificar a Lei de Hess ainda que houve uma diferenc¸a significativa de entalpia, isto se deve ao fato dos instrumentos utilizados. Neste experimento foi utilizado um termo^metro que estava com seu envo´lucro quebrado e emendado com fita adesiva, o que provavelmente comprometeu significativamente as leituras da temperatura, para^metro este important´ıssimo para o ca´lculo. Por fim, na etapa final da atividade, foi poss´ıvel observar que a soma da entalpias das reac¸o˜es intermedia´rias se igualariam a da reac¸a˜o total, salvo os problemas encontrados. 7 Refere^ncias ATKINS, P. W.; JONES, L. Princ´ıpios de Qu´ımica-: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. 5. ed. Porto Alegre, RS: Bookman Editora, 2012. KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. M.; TOWNSEND, J. Chemistry and chemical reactivity. 8. ed. Belmont, CA: Cengage Learning, 2012. VALDERRAMA, P.; ROMERO, R.; SUZUKI, R. Apostila de Qu´ımica Experimental. Campo Mourao, PR, 2016. 8 Sumário Introdução Objetivos Parte Experimental Reação A: Cálculo de Ha Reação B: Cálculo de Hb Reação C: Cálculo de Hc Resultados e Discussões Experimento A Experimento B Experimento C Lei de Hess Conclusões REFERÊNCIAS
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