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1 12- CORROSÃO E DEGRADAÇÃO DOS MATERIAIS Eletroquímica Tipos de corrosão Tipos de Proteção Considerações Eletroquímicas ELETROQUÍMICA Mudanças químicas induzidas pela eletricidade Produção de eletricidade por reações químicas Baseada na ELETRÓLISE - processo não espontâneo em célula eletrolítica Obtenção de Metais em sua forma elementar. Por ex.: sódio metálico Eletrodeposição sobre superfícies para proteção a corrosão e produção de jóias Processo espontâneo que ocorre em uma célula galvânica Utilização na confecção de pilhas, baterias e células a combustível Processo envolvido na corrosão de metais 2 Reações REDOX REAÇÕES ELETROQUÍMICAS são reações que envolvem a transferência de elétrons e são portanto conhecidas como REAÇÕES REDOX 3 Células Eletroquímicas Placa de Zn imersa em solução de íons Cu2+ Formação de íons Zn2+ e deposição de Cu(s) sobre a placa de zinco Sem aproveitamento da eletricidade gerada Para aproveitar a eletricidade gerada por uma reação redox é preciso usar uma célula eletroquímica que: Mantenha separadas fisicamente as semi-reações de oxidação e de redução Utilização de uma PONTE SALINA que tem a função de fechar o circuito elétrico e manter a neutralidade das soluções Utilização de condutores chamados de ELETRODOS que estão imersos em uma solução de eletrólitos Local onde ocorre a reação de oxidação é chamado de ÂNODO Local onde ocorre a reação de redução é chamado de CÁTODO 4 Células Eletroquímicas CÉLULA GALVÂNICA CÉLULAS ELETROQUÍMICAS Galvânicas As reações nos eletrodos ocorrem espontaneamente e produzem um fluxo de elétrons do ÂNODO (-) para o CÁTODO (+) Eletrolíticas Necessitam de uma fonte externa de eletricidade para operar. Os elétrons fluem do Anodo (+) para o Catodo (-) elétrons bateria CÉLULA ELETROLÍTICA 5 Células Galvânicas Em uma célula eletroquímica galvânica: Mantenha separadas fisicamente as semi-reações de oxidação e de redução Utilização de uma PONTE SALINA que tem a função de fechar o circuito elétrico e manter a neutralidade das soluções Utilização de condutores chamados de ELETRODOS que estão imersos em uma solução de eletrólitos Eletrodo onde ocorre a reação de oxidação é chamado de ÂNODO Eletrodo onde ocorre a reação de redução é chamado de CÁTODO 6 Movimento das cargas na ponte salina 7 Notação de Células Galvânicas Células galvânicas podem ser descritas por uma notação de linha de acordo com as seguintes convenções: Uma única linha vertical () indica uma mudança no estado ou fase; Dentro de uma semi-célula, os reagentes são listados antes dos produtos; Concentrações de soluções aquosas são escritas dentro de parênteses após o símbolo para o íon ou molécula; Uma linha vertical dupla () indica a junção entre as semi-células; A notação de linha para o ânodo (oxidação) é escrita antes da notação de linha para o cátodo (redução). Zn Zn+2(1,0M) Cu+2(1,0 M) Cu ponte salina Eletrodo do cátodo Eletrodo do ânodo 8 Potenciais de Eletrodo 9 Fe Fe2+ + 2e- (sofre oxidação) Cu2+ + 2e- Cu0 (sofre redução) Os íons Cu2+ se depositam como cobre metálico (Cu0) na superfície do eletrodo de Cu, enquanto o Fe ira se dissolver (sofrer corrosão) indo para solução como Fe2+. O potencial elétrico ou voltagem ocorrerá entre as duas semipilhas e é determinado por um voltímetro. O potencial para essa célula é 0,78 V a 25 ◦C 10 Potenciais de Eletrodo Anodo Catodo Zn Zn2+ + 2e- (oxidação ou corrosão Fe2+ + 2e- Fe (redução) A reação eletroquímica é: Zn + Fe2+ Zn2+ + Fe E◦ = 0,323 V Semipilha-padrão Potencial de um Eletrodo Potencial de um eletrodo é o trabalho elétrico gerado por um fluxo de elétrons em um fio Medido em Volts sendo V = J/C Depende do poder oxidante ou redutor das semi- reações que ocorrem no eletrodo O potencial do eletrodo depende da concentração ou pressões parciais das espécies envolvidas e da temperatura em que a reação redox é realizada 11 Potenciais Padrão de Eletrodo Como uma reação de oxidação é sempre acompanhada de uma reação de redução é impossível medir o potencial de somente uma semi-reação ou da reação que ocorre em um eletrodo Para determinar o potencial de uma semi-reação se utiliza um eletrodo de referência conhecido como ELETRODO PADRÃO DE HIDROGÊNIO (EPH) Negro de Pt Por convenção internacional, ao EPH é atribuído um potencial de exatamente 0,00 Volt a todas as temperaturas Semi-Reação do EPH E (potencial padrão do eletrodo) H2 2H + + 2e- 0,00 V (EPH atua como ânodo) 2H+ + 2e- H2 0,00 V (EPH atua como cátodo) Por convenção também os valores medidos contra o EPH são apresentados como semi- reações de redução Fio de Pt 12 Potenciais Padrão de Eletrodo O potencial padrão de uma semi- reação ou de um eletrodo é representado por E O E corresponde ao potencial da semi-célula medido contra o EPH nas condições padrão: espécies em solução a 1,0 M; gás H2 a um pressão parcial de 1,0 atm e temperatura de 25C. Para determinar o E para a semi-reação de oxidação do Zn a Zn2+ precisamos calcular o potencial da célula galvânica: Ecélula = Ecátodo - Eânodo Para a célula representada ao lado: Ecélula = 0,0 – 0,763V Ecélula = - 0,763 V 13 Potenciais Padrão de Eletrodo Agente oxidante mais forte Representando de forma tabelada e crescente os potenciais padrão de reação podemos determinar o poder oxidante ou redutor de uma semi-reação Conhecer o potencial padrão de redução das semi-reações permite construir células galvânicas que tenham maior capacidade de realizar trabalho elétrico 14 15 Potenciais Padrão de Eletrodo Mais ativo Mais inerte Série Galvânica em água do mar 16 Mais fácil sofrer oxidação Inertes Ligas e metais entre os colchetes indica baixa possibilidade de corrosão entre eles. Usos dos Potenciais Padrão de Eletrodos A aplicação mais importante dos potenciais de eletrodo é a predição da espontaneidade das reações redox. Se o potencial da célula galvânica for positivo (Ecélula > 0) a reação na forma que está escrita é espontânea EXEMPLO. Nas condições padrão, os íons Cr3+ oxidarão cobre metálico a íons Cu2+ ou os íons Cu2+ oxidarão cromo metálico a íons Cr3+? Escreva a reação da célula e calcule o Ecélula indicando se a reação é espontânea. Precisamos buscar em uma tabela de potenciais padrão de redução, as semi-reações apropriadas e indicar em qual delas ocorrerá oxidação ou redução. Como a semi-reação do cobre tem potencial padrão mais positivo esta é escrita primeiro na forma de redução: Cu2+ + 2e- Cu E = + 0,337 V (agente oxidante – sofre redução) Agora escrevemos a semi-reação do cromo na forma de oxidação Cr Cr3+ + 3e- E =+ 0,740 V (agente redutor – sofre oxidação) Fazemos o balanceamento de elétrons transferidos e somamos as duas semi-reações e seus potenciais: 3( Cu2+ + 2e- Cu) E = + 0,337 V 2(Cr Cr3+ + 3e-) E = + 0,740 V 2Cr + 3Cu2+ 2Cr3+ + 3Cu Ecélula = +1,08V Como Ecélula é > 0 então os íons Cu 2+ oxidam espontaneamente Cr a íons Cr3+ e são reduzidos a Cu metálico 17 Efeito da Concentração no Potencial de Células Galvânicas Para calcular o potencial de uma célula galvânica em condições não padrão se faz uso da Equação de Nerst Onde: E = potencial sobre condições não padrão E = potencial padrão de redução R = constante dos gases, 8,3145 J/K.mol T = temperatura em K n = número de moles de elétrons transferidos na reação ou semi-reação F = Faraday, 96.485 J/V.mol e- = 96.485 J/V.mol e- Q = quociente da reação = [produtos]/[Reagentes] 18 Equação de Nerst – Células Galvânicas Dados: E°red Fe 3+/Fe2+ = + 0,771 V 19 Equação de Nerst – Células Galvânicas Catodo Anodo E = Catodo - Anodo 20 Exemplo 17.1 – Callister Determinação das características da pilha eletroquímica Metade de uma pilha eletroquímica consiste em um eletrodo de níquel puro em uma solução contendo íons Ni2+, a outra metade é um eletrodo de cádmio imerso em uma solução de Cd2+. a) Se a pilha é uma pilha-padrão (condições padrão, 1M, 1 atm e 25 ◦C ), escreva a reação global espontânea e calcule a voltagem gerada. b) Calcule o potencial da pilha a 25 ◦C se as concentrações de Cd2+ e Ni2+ forem de 0,5 M e 10-3M, respectivamente (Fora da condição padrão). A direção da reação espontânea ainda é a mesma que a da pilha-padrão? 21 Equação de Nerst – Células Galvânicas Resolução Exemplo 17.1 – Callister a) O eletrodo de cádmio será oxidado e o eletrodo de níquel reduzido, uma vez que o cádmio está mais abaixo na série de potenciais de eletrodo; dessa forma, as reações espontâneas serão: Cd Cd2+ + 2e- E◦ = -0,403 V Ni2+ + 2e- Ni E◦ = -0,250 V Cd + Ni2+ Cd2+ + Ni Δ E◦ = -0,250-(-0,403) = + 0,153 V Reação espontânea 22 23 Resolução Exemplo 17.1 – Callister b) Neste caso, fora das condições padrão, aplica-se a Equação de Nernst. Como o sinal de ΔV é negativo a reação é não espontânea na direção indicada. Portanto, a direção espontânea é o inverso: Cd + Ni2+ Cd2+ + Ni (cádmio é oxidado e níquel é reduzido) 2,303 Células de Concentração Células de Concentração são células galvânicas constituídas de duas semi-reações idênticas mas com concentrações iônicas diferentes 24 Células de Concentração 25 Aplicações de Células Galvânicas Células Galvânicas Baterias (células secundárias) que permitem o funciomento da parte elétrica de automóveis Obtenção de pilhas (células primárias) que permitem o funcionamento de equipamentos portáteis Permitem compreender a corrosão dos metais Células a Combustível Técnicas Eletroanalíticas - Potenciometria 26 Células Eletrolíticas Uma célula eletrolítica é uma célula eletroquímica que exige uma fonte externa de eletricidade para que ocorra a reação redox (não espontânea) Geralmente os dois eletrodos estão no mesmo compartimento com somente um tipo de eletrólito e as concentrações e pressões das espécies envolvidas normalmente são diferentes das condições padrão Em células eletrolíticas ocorre ELETRÓLISE que força a reação redox na direção não espontânea pela eletricidade Os eletrodos podem ser inertes ou ativos (eletrodeposição) 27 Produtos da Eletrólise LEI DE FARADAY “ O número de mols de produto formado por uma corrente elétrica é estequiometricamente equivalente ao número de mols de elétrons fornecidos” q = n x F Coulombs = n mols x Coulombs/mol F = constante de Faraday = 9,65 x 104 C/mol = a carga elétrica de um mol de elétrons 28 Produtos da Eletrólise Exemplo. Determinar a quantidade de produto obtida por eletrólise O alumínio é produzido por eletrólise de seu óxido dissolvido em criolita fundida (Na3AlF6). Encontre a massa de alumínio que pode ser produzida em 1 dia (24 h) em uma célula eletrolítica operando continuamente a 1,00 x 105 A. A criolita não reage. Onde a constante de Faraday (F) = 9,65 x 104 C/mol e i (corrente, Ampére) = q(carga em Coulomb)/t(tempo em s) SOLUÇÃO: O alumínio é produzido pela redução do Al+3 presente no Al2O3 fundido de acordo com a semi-reação: Al+3(fund) + 3e- Al (l). Por essa equação, vê-se que 3 mols de e- 1 mol de Al. Como a massa molar do alumínio é 26,98 g/mol e existem 3.600 s em 1 hora, a sequência de conversões necessárias é: Massa de alumínio (g) = (mols de e-) x 1mol de Al x 26,98 g/mol 3 mols e- = (1,00 x 105 A) x (24,0 x 3.600s) x 1 mol de Al x 26,98 g/mol 9,65 x 104 C/mol 3 mols e- = 8,05 x 105 g de Al A massa produzida corresponde a 805 kg. O fato da produção de 1 mol de Al requerer 3 mols de e- explica o altíssimo consumo de eletricidade característico das plantas de produção de alumínio. 29 Eletrodeposição de Metais A eletrodeposição de metais também conhecida como GALVANOPLASTIA consiste na deposição de uma fina camada de metal em outro para protegê-lo da corrosão ou melhorar o seu aspecto usando eletrodos ativos No ANODO: Para a solução de NiSO4 somente o solvente H2O pode ser oxidado Os átomos de Ni no anodo sofrem oxidação também a Ni2+: 2H2O(l) O2(g) + 4H +(aq) + 4e- E= 1,23V Ni(s) Ni2+ + 2e- E = -0,28V No CÁTODO: Como o potencial padrão de redução de Ni2+ (E = -0,28V) é menos negativo do que o potencial de redução da água (E = -0,83V) teremos somente a redução de níquel no cátodo A corrosão sempre ocorre no anodo e a eletrodeposição no catodo. 30 Aplicações de Células Eletrolíticas Células Eletrolíticas Refino de Metais (Na, Mg, Cu, Al, Au, Ag) Obtenção de produtos gasosos Cl2, F2, H2, O2 e sólidos (NaOH) de interesse comercial Eletrodeposição de metais em jóias, adereços e moedas Eletrodeposição de metais para proteção a corrosão Técnicas Eletroanalíticas (Coulometria, Amperometria, Voltametria 31 CORROSÃO 32 É a deterioração e a perda de material devido a ação química ou eletroquímica do meio ambiente, aliado ou não a esforços mecânicos (VAN VLACK, 1970). É o ataque destrutivo e não intencional de um metal por ataque eletroquímico e normalmente começa na superfície (CALLISTER, 2012). Considere o metal zinco imerso em uma solução ácida contendo íons H+. Em algumas regiões na superfície do metal, o zinco sofrerá oxidação ou corrosão de acordo com a reação: Zn Zn2+ + 2e- (oxidação) 2H+ + 2e- H2(gás) (redução) Zn + 2H+ Zn2+ + H2 33 Corrosão Corrosão Corrosão do Ferro Para a corrosão do ferro é preciso que este esteja em contato com oxigênio e água. Outros fatores como pH da solução, presença de sais, pontos de desgaste do ferro e o contato com metais mais difícieis de oxidar interferem na velocidade de sua corrosão; Como o potencial de redução de Fe2+(aq) é menos positivo que aquele para a redução do O2, Fe(s) pode ser oxidado pelo O2(g): ÂNODO: Fe(s) Fe2+(aq) + 2e- E = -0,44V CÁTODO: O2(g) + 4H +(aq) + 4e- 2H2O(l) E= 1,23V O Fe2+ formado no ânodo é eventualmenteoxidado a Fe3+ formando o óxido hidratado de ferro (III) conhecido como ferrugem: 4Fe2+(aq) + O2(g) + 4H2O(l) + xH2O(l) 2Fe2O3. xH2O(s) + 8H +(aq) ou 2Fe + O2 + 2H2O 2Fe 2+ + 4OH- 2Fe(OH)2 2Fe(OH)2 + O2 + 2H2O 2Fe(OH)3 (ferrugem) 34 CORROSÃO METÁLICA 35 A deterioração leva: Ao desgaste À variações químicas na composição À modificações estruturais Em geral a corrosão é um processo espontâneo O Engenheiro deve: Saber como evitar condições de corrosão severa Proteger adequadamente os materiais contra a corrosão FORMAS DE CORROSÃO A forma auxilia na determinação do mecanismo de corrosão Uniforme a corrosão ocorre em toda a extensão da superfície Por placas forma-se placas com escavações Alveolar produz sulcos de escavações semelhantes à alveolos (tem fundo arredondado e são rasos) Puntiforme ocorre a formação de pontos profundos (pites) Intergranular ocorre entre grãos Intragranular a corrosão ocorre nos grãos Filiforme a corrosão ocorre na forma de finos filamentos Por esfoliação a corrosão ocorre em diferentes camadas 36 CORROSÃO UNIFORME 37 CORROSÃO GALVÂNICA 38 CORROSÃO POR FRESTAS 39 PRINCIPAIS MEIOS CORROSIVOS 40 Atmosfera (poeira, poluição, umidade, gases: CO, CO2, SO2, H2S, NO2,...) – podem formar ácidos ao entrarem em contato com a umidade (água). Água (bactérias dispersas: corrosão microbiológica; chuva ácida, etc.) Solo (acidez, porosidade, alcalinidade) Produtos químicos Um determinado meio pode ser extremamente agressivo, sob o ponto de vista da corrosão, para um determinado material e inofensivo para outro. A Instrument Society of America (ISA) elaborou em 1985 os Standards que definem a corrosão do ambiente, em função dos angstroms de corrosão, que se acumulam em uma placa de cobre, durante o prazo de 30 dias e a relação com o efeito produzido sobre a eletrônica. Assim mesmo, correlacionou cada classe ambiental com a concentração presente de cada gás corrosivo, entre os mais comuns da indústria. Atualmente a normativa europeia RoHS (Restriction of Hazardous Substances), segundo a diretriz 2002/95/CE, restringe o uso de substancias consideradas perigosas como é o caso do chumbo, o que levou muitos fabricantes de componentes eletrônicos a substituir o chumbo por prata, mais sensível ao ataque da corrosão ambiental. 41 Passividade Alguns metais e ligas normalmente ativos perdem sua reatividade química e se tornam inertes sob condições ambientais específicas. Por exemplo: cromo, ferro, níquel, titânio e muitos dessas ligas. O comportamento Passivo é devido a um filme de óxido muito fino e aderente sobre a superfície do metal que serve de uma barreira de proteção à corrosão. 42 PASSIVIDADE Os aços inoxidáveis são suscetíveis a corrosão em alguns ambientes e, portanto, não são sempre inoxidáveis. O aços inoxidáveis e o alumínio são altamente resistentes à corrosão em diversos ambientes. 43 PASSIVIDADE 44 Um metal pode apresentar comportamento tanto ativo quanto passivo, dependendo do ambiente de corrosão. OXIDAÇÃO SECA 45 A oxidação ao ar seco não se constitui corrosão eletroquímica porque não há eletrólito (solução aquosa para permitir o movimento dos íons). Reação genérica da oxidação seca: METAL + OXIGÊNIO ÓXIDO DO METAL Geralmente, o óxido do metal forma uma camada passivadora que constitui uma barreira para que a oxidação continue (barreira para a entrada de O2). Essa camada passivadora é fina e aderente. A oxidação só se processa por difusão do oxigênio EXEMPLO DE METAIS QUE FORMAM CAMADA PASSIVADORA DE ÓXIDO, COM PROTEÇÃO EFICIENTE 46 Al Fe a altas temp. Pb Cr Aço inox Ti METAIS QUE FORMAM CAMADA PASSIVADORA DE ÓXIDO COM PROTEÇÃO INEFICIENTE 47 • Mg Fe Exemplos: CORROSÃO ELETROQUÍMICA 48 As reações que ocorrem na corrosão eletroquímica envolvem transferência de elétrons. Portanto, são reações anódicas e catódicas (REAÇÕES DE OXIDAÇÃO E REDUÇÃO) A corrosão eletroquímica envolve a presença de uma solução que permite o movimento dos íons. CORROSÃO ELETROQUÍMICA 49 O processo de corrosão eletroquímica é devido ao fluxo de elétrons, que se desloca de uma área da superfície metálica para a outra. Esse movimento de elétrons é devido a diferença de potencial, de natureza eletroquímica, que se estabelece entre as regiões. EXEMPLO DE CORROSÃO ELETROQUÍMICA 50 OXIDAÇÃO REDUÇÃO POTÊNCIAL PADRÃO DOS METAIS EM RELAÇÃO AO PADRÃO DE HIDROGÊNIO 51 Tipos de células galvânicas que produzem corrosão Células de composição Células de tensão Células de concentração Pilha de corrosão formada pelo mesmo material e mesmo eletrólito, porém com teores de gases dissolvidos diferentes 52 Pilhas de composição 53 A diferença de potencial que leva à corrosão eletroquímica é devido ao contato de dois metais ou ligas metálicas de natureza química diferente em presença de um eletrólito. O metal mais reativo sofrerá a corrosão. Exemplos: Uma peça de cobre e outra de Ferro em contato com a água salgada. O Ferro tem maior tendência de se oxidar (potencial de redução mais negativo) que o Cu, então o Fe sofrerá corrosão intensa. Parafusos de aço corroem quando em contato com latão (Cu- Zn) em ambiente marinho. 54 Como o estanho tem um potencial de redução (◦E) ligeiramente mais negativo que do hidrogênio, a velocidade de corrosão é limitada. Corrosão em Pilhas de Composição Exemplos: Dois materiais de composição diferente 55 Cavidades, porosidades ou trincas também funcionam como regiões anódicas Corrosão em Pilhas de Composição EFEITOS DA MICROESTRUTURA EFEITOS DA MICROESTRUTURA - INTERGRANULAR A presença de diferentes fases no material, leva a diferentes potenciais e com isso, na presença de meios líquidos, pode ocorrer corrosão preferencial de uma dessas fases. 56 Corrosão em Pilhas de Composição 57 CORROSÃO INTERGRANULAR A ferrita e a cementita tem potenciais próximos e a velocidade de corrosão é menor que a de um par galvânico aço-latão. Diferenças composicionais levam a diferentes potenciais químicos e com isso, na presença de meios líquidos, pode ocorrer corrosão localizada. 58 Exemplo: Corrosão intergranular no Aço inoxidável CORROSÃO INTERGRANULAR Degradação da solda em um aço inoxidável devido a corrrosão intergranular. 59 Solda CORROSÃO INTERGRANULAR 60 Corrosão ao longo de contorno de grão. Os contornos de grão servem como anodo devido os átomos presentes possuírem maior energia. Ocorre em alguns tipos de aços inoxidáveis e outras ligas – quando aquecidos entre 500 e 800 °C ocorre a formação de partículas de carbeto de cromo (Cr23C6) nos contornos. Assim, nas zonas adjacentes aos contornos do grão ficam pobres em Cr e suscetível a corrosão. CORROSÃO INTERGRANULAR PROTEÇÃO DA CORROSÃO INTERGRANULAR: - Submeter o aço a um tratamento térmico em temperatura elevada para dissolver todas as partículas de Cr23C6; - Reduzir o teor de carbonoabaixo de 0,03%p C, de modo que a formação de carbeto seja mínima. - Ligar o aço com outro metal, tal como nióbio ou titânio, quais apresentam maior tendência a formar carbeto, de modo que o Cr permanece na solução sólida. 61 CORROSÃO INTERGRANULAR Corrosão em Pilhas de Composição Os tratamentos térmicos podem afetar a velocidade de corrosão através de uma alteração na microestrutura do metal. Exemplos Após têmpera apenas se tem martensita. Com o aumento da temperatura produz-se muitas células galvânicas de ferrita e cementita, de forma que a velocidade de corrosão aumenta. Em temperaturas muito altas, um aglomeração de carbetos diminui o número de células galvânicas, diminuindo a velocidade de corrosão. 62 PREVENÇÃO CONTRA A CORROSÃO GALVÂNICA 63 Evitar contato metal-metal: colocar entre os mesmos um material não-condutor (isolante) Se necessária a junção de metais diferentes, selecione dois metais que estejam próximos um do outro na série galvânica; Usar Inibidores: adicionar substâncias em concentrações relativamente baixas. Tais como em caldeiras de vapor e radiadores de automóveis. Proteção catódica: conectar um terceiro metal anódico Alteração no ambiente como redução da temperatura de um fluído e diminuição da concentração de alguma espécie na solução (sais, oxigênio, alcalinidade e acidez) FORMAÇÃO DE PARES GALVÂNICOS 64 Quanto mais separados na série galvânica, maior a ação eletroquímica quando estiverem juntos. Corrosão em Pilhas de Tensão 65 A zona de contornos de grãos pode ser considerada tensionada, já que os átomos não estão nas posições de menor energia. Metal trabalhado a frio. A presença de tensões levam a diferentes potenciais e com isso, na presença de meios líquidos, pode ocorrer corrosão localizada. A região tensionada têm um maior número de discordâncias, e o material fica mais reativo. 66 Corrosão em Pilhas de Tensão Exemplo: região de solda, dobra, etc. EXEMPLOS DE CORROSÃO SOB TENSÃO 67 Pilhas de Concentração 68 Dependendo das condições de trabalho, funcionará como: ÂNODO: o material que tiver imerso na solução diluída CÁTODO: o material que tiver imerso na solução mais concentrada 69 Pilhas de concentração: pilha de corrosão formada pelo mesmo material, mas de eletrólitos de concentração diferentes (íons ou gases dissolvidos). Corrosão em Pilhas de Concentração Corrosão em frestas A corrosão ocorre no local de menor concentração de eletrólito (anodo) Exemplos: em frestas e reentrâncias ou sob depósitos de sujeira ou de produtos de corrosão onde a solução fica estagnada e existe uma exaustão de oxigênio dissolvido. 70 Pode ser prevenida pelo uso de junções soldadas, em vez de rebitadas ou aparafusadas. Remoção frequente de depósitos acumulados e projetos de vasos de contenção para evitar estagnação Corrosão em Pilhas de Concentração Corrosão em frestas 71 Duas lâminas rebitadas Corrosão em Pilhas de Concentração Corrosão em frestas M Mn+ + ne- O2 + 2H2O + 4e - 4OH- É uma corrosão localizada, na qual pequenos pites ou buracos se formam. Ela penetra a partir do topo de uma superfície horizontal para o interior do material no sentido verticalmente. Frequentemente não é detectada e ocorre perda do material muito pequena até a fratura. 72 Corrosão por Pites CORROSÃO POR PONTOS OU PITES 73 Pilha de corrosão por aeração diferenciada 74 Pilha de corrosão formada pelo mesmo material e mesmo eletrólito, porém com teores de gases dissolvidos diferentes. Observa-se que quando o oxigênio do ar tem acesso à superfície úmida do metal a corrosão aumenta, sendo MAIS INTENSA NA PARTE COM DEFICIÊNCIA EM OXIGÊNIO. 75 No catodo: H2O + ½ O2 + 2 elétrons 2 (OH -) MAIS AERADO Os elétrons para a redução da água vem das áreas deficientes em oxigênio. No anodo: OCORRE A OXIDAÇÃO DO MATERIAL NAS ÁREAS MENOS AERADAS Pilha de corrosão por aeração diferenciada 76 Sujeiras, trincas, fissuras, etc. atuam como focos para a corrosão (levando à corrosão localizada) porque são regiões menos aeradas. A acumulação de sujeiras, óxidos (ferrugem) dificultam a passagem de oxigênio agravando a corrosão. Pilha de corrosão por aeração diferenciada - EXEMPLO: CORROSÃO DO FERRO POR AERAÇÃO DIFERENCIADA. 77 No ânodo: REGIÃO MENOS AERADA Fe (s) Fe+2 + 2 elétrons E= + 0,440 Volts No cátodo: REGIÃO MAIS AERADA H2O + ½ O2 + 2 elétrons 2 (OH -) E= + 0,401 Volts Logo: Fe+2 + 2 (OH-) Fe(OH)2 O Fe(OH)2 continua se oxidando e formando a ferrugem 2 Fe(OH)2 + ½ O2 + H2O 2 Fe(OH)3 ou Fe2O3.H2O Fe + Ar úmido (O2 + H2O) Influência da temperatura na corrosão 78 Em geral, o aumento da temperatura aumenta a velocidade de corrosão, porque aumenta a difusão. Por outro lado, a temperatura também pode diminuir a velocidade de corrosão através da eliminação de gases, como O2 por exemplo. Exercício. Para os seguintes pares de ligas que são imersos em água do mar, indique a possibilidade de corrosão para os pares metais/ligas. (a) alumínio e magnésio (b) zinco e um aço de baixo carbono (c) latão (60Cu-40Zn) e Monel (70Ni-30Cu) (d) de titânio e aço inoxidável 304 (e) ferro fundido e aço inoxidável 316 79 FORMAS DE CORROSÃO Utilizando a série galvânica: a) Para o par de alumínio-magnésio, a corrosão é possível, o magnésio irá corroer. b) Para o par aço de baixo carbono e zinco, a corrosão é possível, o zinco irá corroer. c) Para o par de latão-monel, é pouco provável ocorrer corrosão porque ambas as ligas aparecem dentro do mesmo conjunto de corrosão. d) Para o par aço inoxidável 304-titânio, o aço inoxidável irá corroer porque está abaixo do titânio em ambos os seus estados ativos e passivos. e) Para o par ferro e aço inoxidável 316, o ferro fundido irá corroer uma vez que é inferior ao aço inoxidável em ambos os estados ativo e passivo. 80 Resolução do Exercício. Série Galvânica em água do mar 81 Mais fácil sofrer oxidação Inertes Ligas e metais entre os colchetes indica baixa possibilidade de corrosão entre eles. Série Galvânica em água do mar 82 Mais fácil sofrer oxidação Inertes Ligas e metais entre os colchetes indica baixa possibilidade de corrosão entre eles. Verificação de conceitos 17.4 – Callister a) A partir da série galvânica (Tabela 17.2 Callister), cite três metais ou ligas que podem ser usados para proteger galvanicamente o aço inoxidável 304 em seu estado ativo. b) Algumas vezes, a corrosão galvânica é prevenida fazendo-se um contato elétrico entre ambos os metais no par e um terceiro metal que é anódico em relação a esses dois. Considerando a série galvânica cite um metal que pode ser usado para proteger um par galvânico cobre-alumínio. 83 FORMAS DE CORROSÃO a) Os seguintes metais e ligas podem ser usados para proteger galvanicamente o aço inoxidável 304 no estado ativo: ferro fundido, ferro/aços, ligas de alumínio e alumínio, cádmio, zinco, ligas de magnésio e magnésio. b) O zinco e o magnésio podem ser usadospara proteger um par galvânico cobre-alumínio; estes metais são anódicos para o alumínio na série galvânica. 84 FORMAS DE CORROSÃO RESOLUÇÃO - Verificação de conceitos 17.4 – Callister 85 Sumário de Células Galvânicas PRINCIPAIS MEIOS DE PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO 86 Pinturas, vernizes ou cerâmicas (esmaltes vítreos) Recobrimento do metal com outro mais resistente a corrosão - Proteção não-galvânica • Recobrimento do metal com outro menos resistente a corrosão - Galvanização • Deposição eletrolítica de metal ou Proteção catódica Uso de inibidores (Ex. em caldeiras, radiadores) Evitar contato metal-metal: colocar entre os mesmos um material não-condutor (isolante) PINTURAS OU VERNIZES 87 Exemplo: Tinta primer em aço Desvantagens: Causam problemas em alta temperatura ou em condição de abrasão severa Necessita-se de recobrimento periódico da superfície devida a oxidação da tinta. RECOBRIMENTO DO METAL COM OUTRO METAL MAIS RESISTENTE À CORROSÃO 88 Os metais de recobrimento podem ser depositados por imersão a quente em banhos metálicos líquidos Exemplos: Cromagem (cromo), Niquelagem (níquel), Alclads (liga de alumínio), folhas de flandres (revestimento com estanho), revestimento de arames com cobre, etc. Dependendo do revestimento e do material revestido, pode haver formação de uma pilha de corrosão quando houver rompimento do revestimento em algum ponto, acelerando assim o processo de corrosão. Os banhos cerâmicos (esmaltes vítreos) formam uma camada a base de óxidos e são aplicados na forma de um pó, posteriormente fundidos a fim de originar uma camada vítrea. 89 RECOBRIMENTO DO METAL COM OUTRO MATERIAL MAIS RESISTENTE A CORROSÃO 90 Folhas de flandres: são folhas finas de aço revestidas com estanho que são usadas na fabricação de latas para indústria alimentícia. O estanho atua como anodo somente até haver rompimento da camada protetora em algum ponto. Após, atua como catodo, fazendo então que o aço atue como anodo, e sofrendo a corrosão. RECOBRIMENTO DO METAL COM OUTRO MATERIAL MAIS RESISTENTE A CORROSÃO Ação dos revestimentos de proteção a corrosão Formação de películas protetoras de óxidos, hidróxidos e outros compostos, pela reação com oxidantes do meio corrosivo (Al, Ni, Cr) Os metais usados nos revestimentos apresentam resistência ao ataque ácido em meios não-aerados 91 PROTEÇÃO GALVÂNICA Recobrimento com um metal menos resistente à corrosão, ou seja, mais eletropositivo ou anódico Exemplo: Recobrimento do aço com zinco. O zinco é mais eletropositivo que o ferro, então enquanto houver zinco o aço está protegido. Zn é o anodo e o aço é catodo. E oxidação do zinco= + 0,763 V E oxidação do ferro= + 0,440 V 92 Obs: O Eredução (tabela de potenciais de redução) apresenta sinal contrário ao Eoxidação. PROTEÇÃO GALVÂNICA Aço galvanizado – camada de zinco sobre sua superfície. 93 PROTEÇÃO CATÓDICA 94 Utiliza-se o processo de formação de pares metálicos (UM É DE SACRIFÍCIO). O metal a ser protegido é unido eletricamente com o metal protetor, o qual deve ser mais eletropositivo (MAIOR POTÊNCIAL DE OXIDAÇÃO NO MEIO ou MENOR POTENCIAL DE REDUÇÃO) que o primeiro, ou seja, deve apresentar um maior tendência de sofrer corrosão. Ex: bastante usados Mg e Zn Tubulação subterrânea Aterro Fio de cobre Anodo de sacrifício Proteção Catódica por Anodo de Sacrifício 95 ÂNODO DE SACRIFÍCIO Por eletrólise: uma fonte externa de elétrons direcionados para o metal a ser protegido, tornando-o um catodo, assim a reação é forçada a prosseguir na direção inversa da reação galvânica. 96 PROTEÇÃO CATÓDICA Aterro Cascalho Tanque subterrâneo Redificado r PROTEÇÃO CATÓDICA 97 É muito comum usar ânodos de sacrifícios em tubulações de ferro ou aço em subsolo e em navios e tanques. ANODOS DE SACRIFÍCIO MAIS COMUNS PARA FERRO E AÇO 98 Zinco (Zn) Alumínio (Al) Magnésio (Mg) São mais anódicos ou mais reativos que o Fe e o Aço 99 COMPARAÇÃO ENTRE CAMADAS INERTES DE PROTEÇÃO Verificação dos conceitos 17.7 - Callister As latas para conservas são feitas a partir de um aço cujo interior está revestido com uma fina camada de estanho. O estanho protege o aço contra a corrosão causada pelos produtos alimentícios, da mesma forma que o zinco protege o aço contra a corrosão atmosférica. Explique sucintamente como é possível essa proteção catódica nas latas de conservas, uma vez que o estanho é menos ativo que o aço na série galvânica (tabela 17.2). 100 MATERIAIS CERÂMICOS 101 São relativamente inertes à temperatura ambiente Alguns só são atacados à altas temperaturas por metais líquidos O processo de corrosão por dissolução é mais comum nas cerâmicas do que a corrosão eletroquímica. Exemplos: Vidros usados para armazenar líquidos MATERIAIS POLIMÉRICOS 102 Quando expostos à certos líquidos os polímeros podem ser atacados ou dissolvidos A exposição dos polímeros à radiação e ao calor pode promover a quebra de ligações e com isso a deterioração de suas propriedades físicas. Para os polímeros usa-se o termo degradação e não corrosão pois é um processo físico-químico. Processos de degradação nos polímeros 103 Inchamento e dissolução Ruptura de ligação resultante da incidência da radiação ou por aplicação de calor Processos de degradação nos polímeros por Inchamento 104 Quando o líquido ou o soluto se difunde para o interior sendo absorvido pelo mesmo. O inchamento ocorre porque: As pequenas moléculas de soluto ocupam posições entre as moléculas do polímero, o que leva a uma redução das forças de ligação intermoleculares tornando o material mais mole e mais dúctil No inchamento ocorre dissolução apenas parcial MATERIAIS POLIMÉRICOS Dissolução 105 MATERIAIS POLIMÉRICOS (ELASTÔMEROS) 106 Atividade em Grupo Estudos de casos Encontrar um problema prático de corrosão na engenharia eletrônica, investigar a causa (s) e tipo (s) de corrosão, e, finalmente, propor possíveis soluções para o problema, indicando qual das soluções é melhor e porquê. 107 Referências bibliográficas ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química - Questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3ª ed., Porto Alegre: Bookman, 2006. CALLISTER, W. D.; RETHWISCH, D. G. Ciência e Engenharia de Materiais – Uma introdução. 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. GEMELLI, E. Corrosão de materiais metálicos e sua caracterização. Rio de Janeiro: LTC, 2014. 108
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