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Biodiversidade no mar profundo Monday, September 28, 2009 Modelos de biodiversidade Rarefaction Connell Huston Monday, September 28, 2009 Diversidade de espécies Monday, September 28, 2009 Biodiversidade em táxons separados no Atlântico NW Grassle and Maciolek, American Naturalist 139, 313-341 Monday, September 28, 2009 Biodiversidade e possíveis variações temporais no Atlântico NW Grassle and Maciolek, American Naturalist 139, 313-341 Monday, September 28, 2009 Biodiversidade no Atlântico NW e as implicações globais Grassle and Maciolek, American Naturalist 139, 313-341 Monday, September 28, 2009 Diversidade específica x profundidade Monday, September 28, 2009 Acúmulo de espécies com a profundidade Gage and Tyler 1991 Deep Sea Biology NW Atlantic Rockall Trough Monday, September 28, 2009 Diversidade específica Curva de espécies/área Curva de espécies/gênero Monday, September 28, 2009 Biodiversidade no mar profundo x latitude Rex et al. 1993 Nature 365, 636-639 Monday, September 28, 2009 Frequência ou Intensidade da Perturbação Di ve rsi da de es pe cífi ca Baixa diversidade devido à presença de competidores dominantes Baixa diversidade: Perturbações causam mortalidade Hipótese da Perturbação Intermediária (Connell) Alta diversidade: Perturbações previnem a exclusão competitiva Monday, September 28, 2009 Variação de biomassa no mar Monday, September 28, 2009 Biomassa bêntica no oceano profundo Monday, September 28, 2009 Biomassa bêntica no oceano profundo From Gage and Tyler 1991 after Belyaev et al. 1973 Monday, September 28, 2009 Gage and Tyler 1991, Deep Sea Biology Distribuição de biomassa nas diferentes classes de tamanho Abundance (93%) Biomass (89%) Abundance (98%) Biomass (66%) 500-1000 m 4 samples 4000-4100m 4 samples Monday, September 28, 2009 Porcupine Seabight Megabenthos Western Pacific Meio- and Macrobenthos NW Atlantic Benthopelagic Fish Gage and Tyler 1991 Deep Sea Biology Biomassa x profundidade Monday, September 28, 2009 Biomassa e Densidade X Profundidade MACROFAUNA Flach & Heip (1996). MEPS 141: 55-66 Monday, September 28, 2009 18 Monday, September 28, 2009 19 Rex et al. (2006). MEPS 317: 1-8 Monday, September 28, 2009 20 Rex et al. (2006). MEPS 317: 1-8 Monday, September 28, 2009 21 Rex et al. (2006). MEPS 317: 1-8 Monday, September 28, 2009 22 Monday, September 28, 2009 23 Rex et al. (2005). American Naturalist 165 Monday, September 28, 2009 24 Rex et al. (2005). American Naturalist 165 Monday, September 28, 2009 25 Rex et al. (2005). American Naturalist 165 Monday, September 28, 2009 Distribuição Vertical no Mar Profundo 1. Esquemas de classificação batimétrica & definições de zonação 2. Fatores que podem controlar distribuições verticais 3. Métodos para a documentação da zonação 4. Zonas e outros padrões: os dados 5. Invasão do mar profundo por espécies de águas rasas (estudo de caso de fatores que limitam a distribuição vertical & especulações sobre a origem da fauna de mar profundo) Monday, September 28, 2009 1a. Esquemas de Classificação Batimétrica litoral, supralitoral, sublitoral, entremarés, plataforma batial, talude, Archibenthal, zona de transição abissal hadal, fossa, ultra-abissal, Super-Ozeanische Tiefe Pr of un did ad e Monday, September 28, 2009 Definindo as bordas Esquemas Universais de Profundidade Perés: batial: 200-3000m abissal: 3000-6500m hadal: 6500-11000m Vinogradova: abissal: 3000-6000m ultra-abissal: 6500-11000m Zenkevitch: transição: 200-600m abissal superior: 600-2000m abissal inferior: 2000-6000m Super-Ozeanische Tiefe: 6000-10862m Monday, September 28, 2009 Definindo as bordas Esquemas Universais de Profundidade (cont.) Hedgpeth: batial: 200-4000m abissal: 4000-6000m hadal: <6000m Haedrich et al.: archibenthal: 300-1300m abissal: 1300-5000m Rowe et al.: archibenthal: 260-1700m abissal: >1700m Menzies et al: Temperature Dependent Monday, September 28, 2009 1b. Definindo Zonação Padrão de reposição de espécies ao longo de um gradiente de profundidade (Rex, 1977) Mudança não repetitiva na seqüência de espécies distribuídas ao longo de um gradiente de profundidade (Carney et al., 1983) Áreas de mundaças lentas na composição de espécies separadas por áreas de rápidas mudanças (Ekman, Gage, Haedrich and others) Bandas de profundidade ocupadas por grupos de espécies, as quais não são encontradas juntas em bandas adjacentes (Tony Rice) Monday, September 28, 2009 Padrões diferenciais de colonização (aprisionamento de larvas em massas de água, fracasso no assentamento, mortalidade juvenil, advecção diferencial de larvas) Padrões diferenciais de sobrevivência (tolerâncias fisiológicas, interações biológicas, condições adversas do habitat, recursos inadequados) Padrões diferenciais de escolha de habitat (escolhas larvais, migrações pós assentamento) 2. Fatores que podem controlar distribuições verticais Monday, September 28, 2009 Niche Dimension A Ni ch e D im en sio n B Fundamental Niche Realized Niche Monday, September 28, 2009 Monday, September 28, 2009 Monday, September 28, 2009 Métodos subjetivos (criação de zonas através da análise dos dados): • Curvas de acúmulo de espécies (e.g., Gage, 1982) • Plots de número de espécies (e.g., Vinogradova, 1962) • Concordância de observações (Mironov) 3. Métodos para a documentação da zonação Monday, September 28, 2009 Monday, September 28, 2009 Monday, September 28, 2009 Monday, September 28, 2009 Métodos subjetivos (criação de zonas através da análise dos dados): Curvas de acúmulo de espécies (e.g., Gage, 1982) • Plots de número de espécies (e.g., Vinogradova, 1962) • Concordância de observações (Mironov) Métodos objetivos (criação de zonas através de análises estatísticas): • Classificação & Ordenação (e.g., Grassle et al., 1979) • Índice de primeira e última ocorrências (e.g., Haedrich et al., 1975) • Eigenvector reciprocal averaging ordination (Hecker, 1990) 3. Métodos para a documentação da zonação Monday, September 28, 2009 4. Zonas e outros padrões: os dados Quatro Padrões Verticais Conhecidos: (Carney et al., 1983; Pineda, 1993) 1. Composição específica muda com a profundidade. Grupos dominantes acima do nível específico possuem distribuições verticais discretas. 2. Diversidade alcança um máximo entre 3000 and 4000m. 3. A biomassa e abundância da meiofauna e megafauna decrescem exponencialmente com a profundidade. 4. As bandas verticais de distribuição da megafauna são maiores em profundidades intermediárias. Monday, September 28, 2009 Biologia de mar profundo soviética Zenkevich Vinogradov & Vinogradova Monday, September 28, 2009 Monday, September 28, 2009 Monday, September 28, 2009 Monday, September 28, 2009 Monday, September 28, 2009 Monday, September 28, 2009 Monday, September 28, 2009 Zonação ao longo do Transecto Gay Head- Bermuda Ofiuróides Cumáceos Poliquetas Gastrópodes Monday, September 28, 2009 Zonação no Atlântico NW Monday, September 28, 2009 Zonação no Atlântico NW Macrofauna Megafauna Monday, September 28, 2009 Zonação na Costa SE do Brasil130 – 180 m 240 – 350 m 500 – 600 m Monday, September 28, 2009 Gastrópodes Monday,September 28, 2009 Isópodes desmosomatídeos Monday, September 28, 2009 Peixes bênticos Monday, September 28, 2009 Poliquetos Monday, September 28, 2009 Sipúnculas Monday, September 28, 2009 Monday, September 28, 2009 Monday, September 28, 2009 Distribuição Vertical no Mar Profundo 1. Esquemas de classificação batimétrica & definições de zonação 2. Fatores que podem controlar distribuições verticais 3. Métodos para a documentação da zonação 4. Zonas e outros padrões: os dados 5. Invasão do mar profundo por espécies de águas rasas (estudo de caso de fatores que limitam a distribuição vertical & especulações sobre a origem da fauna de mar profundo) Monday, September 28, 2009 “…many of the animal forms were new and unfamiliar, while many showed a much closer relation to the inhabitants of the seas of former geological periods than to the marine faunas of the present day.” Sir Charles Wyville Thompson Voyage of the Challenger The Atlantic, Vol. 1, p. 5 Monday, September 28, 2009 Temperaturas de mar Profundo no Cenozóico 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 60 55 52 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 Te m pe ra tu ra (˚ C) Milhões de anos atrás Oligoceno Eoceno Paleoceno Mioceno Plioceno A fauna é ou não antiga? ✴ Aparentemente não. Uma boa parte da fauna colonizou e evoluiu no mar profundo após o último período de esfriamento iniciado no final do Paleoceno, há cerca de 50 milhões de anos atrás ✴Contudo, alguns grupos colonizaram o mar profundo em períodos anteriores e sobreviveram às mudanças ambientais, e.g. os isópodes aselotas IOB‐149 ‐ Ecologia de Mar Profundo ‐ IOUSP Monday, September 28, 2009 Gorgonocephalus eucnemis (400m, Bahamas) 5. Invasão por águas rasas: estudo de caso Origem da Fauna de Mar Profundo (debates desde 1870) Monday, September 28, 2009 Sucesso na Invasão Requer: DISPERSÃO SOBREVIVÊNCIA REPRODUÇÃO Monday, September 28, 2009 Hipóteses sobre a Origem da Fauna de Mar Profundo Ophiacanthus sp. Bahamas 1. Invasão pela Antártica, principalmente durante o Pleistoceno (Menzies et al., 1973). 2. Extensiva radiação in situ (Hessler and Thistle, 1975). 3. Invasão através de uma coluna de água quente do Mar de Tethys durante o Cretáceo e começo do Terciário (Menzies et al., 1973). Monday, September 28, 2009 Bathynomus giganteus (700m, Golfo do México) Acredita-se que a maior radiação de gêneros de peracáridos de mar profundo ocorreu dentro do mar profundo (Hessler & Thistle, 1975). Peracáridos são muito diversos, no entanto não possuem estágios larvais para dispersão. Monday, September 28, 2009 0 50oN50oS <0 0 1 1 1 2 2 2 3 3 3 3 4 4 44 5 5 5 1010 15 2020 25 10 1 2 3 4 5 De pt h ( km ) Isotermas do Atlântico Monday, September 28, 2009 Temperaturas de Fundo no Cenozóico (simplificado de Shackleton & Kennett, 1975) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 60 55 52 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 Te m pe ra tu ra (g ra us ˚C ) Milhões de anos atrás Oligoceno Eoceno Paleoceno Mioceno Plioceno Desaparecimento do Mar de Tethys Monday, September 28, 2009 Mar de Tethys Monday, September 28, 2009 Cidaróides de Mar Profundo: sobreviventes da Fauna do Mar de Tethys? Monday, September 28, 2009 000 100 200 300 400 500 Entremarés Sublitoral Batial Abissal Hadal 0m 200m 4,000m 6,000m 10,000m Número de Espécies Distribuição Batimétrica de Echinóides Profundidade de Compensação do Carbonato de Cálcio Monday, September 28, 2009 Sterechinus neumeyeri Echinus affinis Echinus acutus Paracentrotus lividus Echiniidae: Uma família cosmopolita e especiosa Echinus acutus (raso) Echinus esculentus Monday, September 28, 2009 Mediterrâneo: análogo moderno do Mar de Tethys FINAL DO CRETÁCEO RECENTE 16oC 4oC16oC Monday, September 28, 2009 Station Zoologique, Villefranche-sur- Mer Monday, September 28, 2009 Monday, September 28, 2009 Embriões de Paracentrotus lividus: padrões de clivagem em 24h Desenvolvimento normal a até 500m em todas as temperaturas Clivagem anormal a baixa temperatura & alta pressão Clivagem rápida a alta temperatura & alta pressão, mas... Clivagem normal a alta temperatura a até 1500m de profundidade Todos os embriões abortam a 2500m Monday, September 28, 2009 0 m Paracentrotus lividus: sobrevivência larval após 24h 500m 1500m 2500m + + + + + + + + 0 + + 5o 10o 15o Blástula + + + + + + + + + 0 + + 5o 10o 15o Prisma + + + + + + + + + 0 + 0 5o 10o 15o Pluteus – 4arm Monday, September 28, 2009 Água Profunda do Atlântico Norte Água Quente (9-12oC) da Corrente do Atlântico Norte flui para o Mar da Noruega Esta água é resfriada pela mistura com águas polares e pela perda de calor para a atmosfera. Água fria e densa flui sobre a Cordilheira Greenland-Iceland-Scotland de 600 m prof. Monday, September 28, 2009 Espegrend Biological Station, Bergen, Norway Monday, September 28, 2009 Echinus acutus var. norvegicus Echinus esculentus Monday, September 28, 2009 Embriões de Echinus esculentus: Padrões de clivagem em 24h Clivagem normal em temperaturas de mar profundo Não em temperaturas normais de mar profundo Sensibilidade à pressão exacerbada em baixas temperaturas Clivagem rápida em alta temperatura a até 1500m, mas... Todos os embriões abortam a 2000m Monday, September 28, 2009 0 m 1500m 2500m + + + + + + + + + + + + 5o 7o 10o Blástula 1000m + + + + + + 0 0 0 0 0 0 4o 7o 11o Pluteus 4-arm + + + + + + 0 + + 0 0 + 4o 7o 11o Gástrula Echinus esculentus: sobrevivência larval após 24h Monday, September 28, 2009 Embriões de Echinus acutus: padrões de clivagem em 24h Clivagem normal em temperaturas de mar profundo Sensibilidade à pressão exacerbada em baixas temperaturas Em temperaturas normais de mar profundo, nenhuma clivagem abaixo de 1000m Nenhuma clivagem a 1500m ou 2000m Monday, September 28, 2009 Echinus acutus: sobrevivência larval após 24h 0 m 1500m 2500m + + + + + + + + + + + + 5o 7o 11o Blástula 1000m + + + + + + - - - 0 - - 4o 7o 11o Pluteus 4-arm - + + - + + - + + 0 + + 4o 7o 11o Gástrula 0 m 2000m 2500m 1000m Monday, September 28, 2009 0 500 1000 1500 2000 2500 Pr of un did ad e ( m) Distribuições de Echinus no Atlântico Norte Monday, September 28, 2009 Echinus affinis: Echinus acutus: Desenvolvimento normal a 1000 e 2000m Desenvolvimento normal em todas as profundidades até 2000m! Nenhum desenvolvimento em profundidades acima de 1000m Monday, September 28, 2009 Água Profunda da Antártica (-0.4oC)Água muito fria Western Shelf Water (-1.9oC) mistura-se com a água muito salina Warm Deep Water e Surface Winter Water... … resultando na Modified Deep Winter Water a qual flui ao longo da borda da plataforma, misturando-se com mais Western Shelf Water. Ela afunda como a Weddell Sea Bottom Water e mitura-se com a água profunda e salina Circumpolar Water para formar AABW Monday, September28, 2009 Bonner Laboratory, Rothera Station, Antarctic Peninsula Monday, September 28, 2009 Embriões de Sterechinus neumeyeri: padrões de clivagem em 48h Sensibilidade a pressão exacerbada em baixas temperaturas Nenhuma clivagem abaixo dos 1000m em temperaturas normais de mar profundo Clivagem normal a 1500m, mas somente em temperaturas excepcionalmente altas Clivagem normal em temperaturas de superfície somente até 1000m Monday, September 28, 2009 0 m 500m 1500m 2000m + + + + + + + + + + + + - - + 0 - +-1.2o 0.9o 2.5o Blástula 1000m 2500m + + + + + + - + + - - - - - - 0 0 0 -1.2o 0.9o 2.5o Pluteus 4-arm + + + + + + + + + + + + - + + 0 - - -1.2o 0.9o 2.5o Prisma Sterechinus neumayeri: sobrevivência larval em 24h Monday, September 28, 2009 500 1000 1500 2000 2500 0 Par ace ntr otu s li vid us (15 o ) Ech inu s e scu len tus (4 o ) Ech inu s a cut us (4o ) Ste rec hin us neu me yer i (1 o ) Ech inu s a cut us (4o ) Ech inu s a ffin is ( 4o ) Pr of un did ad e ( m) Tolerâncias embriônicas Tolerâncias larvais Espécies litorais Espécies batiais Monday, September 28, 2009 Conclusões gerais sobre os invasores do mar profundo: 1. A dispersão larval não é um sério fator limitante para a invasão de profundidades batiais. O problema principal deve estar em alguma fase posterior do ciclo de vida. 2. Pressão e temperatura são variáveis interativas. Efeitos adversos da pressão são exacerbados por baixas temperaturas em todas as espécies examinadas. 3. Equinodermes de águas rasas poderiam ter invadido o mar profundo em uma única geração. 4. Larvas afundando em águas profundas não são, necessariamente, perdidas. Hansenothuria bendti Bahamas, 800m Monday, September 28, 2009 Especulações sobre a Origem da Fauna de Mar Profundo 1. Invasão larval do mar profundo através da coluna de água quente do Mar de Tethys foi possível. Isto provavelmente explica a alta diversidade de cidaróides de mar profundo. 2. Invasão larval foi também possível através do Oceano Sul, onde temperaturas mais quentes em águas profundas ajudaram a balancear os efeitos adversos da pressão. Espécies batiais de Sterechinus provavelmente entraram por esta rota. 3. O gênero Echinus está atualmente invadindo o mar profundo de um centro de radiação no Atlântico Norte. Monday, September 28, 2009
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