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Impactos antrópicos Esgotos Rejeitos de dragagens Produtos farmacêuticos Estruturas antigas Lixo radioativo Dióxido de carbono Pesca Métodos de descarte em áreas profundas Métodos para descarte de esgoto em áreas profundas Esgotos doméstico e industrial Convenção de Londres (1972) acabou com o despejo industrial no mar 1979: 17 milhões ton; 1987: 6 milhões ton Esgoto 1980: 17 milhões ton despejados no mar 1986-‐92: 8-‐9 milhões ton despejados em 2500 m de profundidade ao largo de New Jersey -‐ área de ~350 km afetada a jusante. Despejo terminou em 1992. Sítio de despejo no Atlântico Noroeste Despejo de munições Mais de 1 milhão ton de munições, convencionais e químicas, foram despejadas no Atlântico após Segunda Guerra Gás mostarda é insolúvel e contaminou as capturas de redes de arrasto, queimando os pescadores: desde 1976, 400 arrastos dinamarqueses foram destruídos 1973-‐1977: ingleses desativaram mais de 10.000 munições provenientes de arrastos ou atiradas às praias Convenção de Londres (1972) baniu a prática, porém a Inglaterra apenas parou em 1992 Despejo de material radioativo A partir de 1946, os EUA descartaram 47 mil barris de 210 litros ao largo das Ilhas Farallon (San Francisco) (15.000 curies). O Césio-‐137 de Goiânia tinha ~1.370 curies (1987) Europa descartou 220.000 barris no Atlântico NW Até 1993 os inventários indicavam 1.24 milhões de curies despejados em 73 locais, principalmente no Atlântico Norte e Pacífico Norte A União Soviética admitiu ter descartado 17 reatores nucleares no Ártico: 2.4 milhões de curies (Chernobil = ~ 9 bilhões de curies) 1993: moratória no despejo de rejeito radioativo no mar Descarte de material radioativo no mundo Locais de descarte de dejetos radioativos no Atlântico NE Sequestro de carbono no mar profundo Injeção de CO2 no oceanos: propostas desde 1977 Em profundidades > 300 m o CO2 se torna líquido, mas entre 300 e 3000 m ele flutua!!! Abaixo de 3000 m, o CO2 formaria um lago líquido que congelaria, dissolvendo-‐se gradualmente (o oceano profundo é sub-‐saturad devido a maior solubilidade com a profundidade e reduzida temperatura) O sequestro de CO2 suficiente para estabilizar o CO2 atmosférico a 2x os níveis pré-‐ industriais (550 ppm) causaria um decréscimo de 0,1 pH em todo o oceano até 2100 (Seibel & Walsh, 2001) Pequenos decréscimos no pH (0,2-‐0,5 unidades de pH) afetariam significativamente o metabolismo de peixes e crustáceos; os impactos nos organismos de mar profundo são pouco conhecidos, mas aparentemente eles possuem apenas 1 % da capacidade de tamponamento intracelular dos organismos de águas rasas Será que o lago de CO2 seria uma armadilha para os organismos? O futuro do sequestro de CO2 ainda é incerto. Sequestro de carbono no mar profundo Fertilização por Ferro em regiões HNLC é potencialmente de baixo custo Teoricamente, 30.000-‐100.000 t C/t Fe são fotossintetizadas A remoção de CO2 atmosférico durante os períodos glaciais (280-‐>200 ppm) podem ter sido resultado do aumento da aridez e ventos soprando poeira sobre o oceano (Martin & Fitzgerald, 1988) Contudo, efeitos dependem do florescimento de grandes diatomáceas que floculam e assentam rapidamente em áreas profundas: sedimentação em áreas rasas resultariam em retorno do carbono para a superfície Experimentos com enriquecimento por Fe indicam sedimentação rasa (p. ex. 1600 t C/t Fe sedimentaram para somente 100 m). Modelos indicam que mesmo fertilizações maciças por Fe terão impactos apenas modestos no CO2 atmosférico Um sedimentação suficientemente aumentada para ter efeitos reais no CO2 atmosférico teria um impacto enorme na ecologia do oceano e na depleção do oxigênio em regiões profundas (Sarmiento & Orr, 1991; Chisholm et al., 2001) Sequestro de carbono no mar profundo Tomada natural de carbono Das 5,4 Gt de CO2 liberados na atmosfera, ~33% está sendo absorvida pelos oceanos e 80% na escala de séculos A acidificação dos oceanos afetará primeiramente a superfície dos oceanos (possivelmente uma queda de 0,4 unidades até 2100 e de 0,7 unidades até 2300 considerando os cenários atuais A subida do horizonte de saturação da aragonita de cerca de 30-‐100 metros no Pacífico Norte desde 1800, onde o horizonte é encontrado a apenas 120-‐580 m de profundidade, poderia chegar a superfície na região subártica do Pacífico até 2200 A pequena presença de corais escleractínios de águas profundas no Pacífico Norte pode ser uma consequência do baixo pH e O2 Poluição no mar profundo: TBT Usado nas tintas de cascos de navios e redes de aquicultura desde 1970 “a substância mais tóxica que foi deliberadamente introduzida em águas naturais” (E Goldberg, SIO) Afeta a reprodução de moluscos em concentrações de poucos nanogramas/L (ppt) e estágios larvais de muitos organismos a 10-‐100 ppt Causa imposex em moluscos Banido dos cascos <25 m desde os anos 1980. Acreditava-‐se queo problema era apenas em águas rasas, mas os sedimentos profundos da Baía de Suruga (Japão, 980 m) e Bacia Ballenas (British Columbia, 377 m) foram contaminados Pintura dos cascos descascam e chegam ao mar profundo abaixo das principais rotas de navios, e.g. Mediterrâneo Poluição no mar profundo: DDT e PCB Usado em terra, achava-‐se que o mar profundo estivesse triplamente protegido: 1) distância do runoff; 2) baixa solubilidade; e 3) troca limitada entre a superfície e águas profundas, longo tempo de residência e enorme volume do oceano profundo Contudo, eles são semi-‐voláteis: 80% dos PCBs, 98% dos DDTs são depositados no oceano através da atmosfera; 25% do DDT aplicado em terra chega ao oceano em 1 ano São solúveis em lipídios, portanto se concentram na cadeia alimentar marinha e rapidamente transportados para o mar profundo: concentrações de PCB em fezes de Meganyctiphanes norvegica (krill do Hemisfério Norte) -‐ 1,5 milhão x ambiente, 3,5-‐21 x mais elevado que as presas Tempo de residência em águas superficiais: ~1 ano no oceano aberto a semanas na costa Uso do PCB foi curto na Europa e na América do Norte até os anos 1970 Concentrações atualmente são tão altas em peixes demersais de profundidade e mesopelágicos quanto em peixes de plataforma continental. Níveis são fisiologicamente significantes Poluição no mar profundo: metais pesados Hg é o único metal cujas concentrações aumentam com a idade e o nível trófico; e também com a profundidade Hg tem muitas características em comum com os organoclorados: aplicados em terra, semi-‐voláteis, baixa solubilidade em água, mas alta em lipídios Sofre transformações complexas de inorgânico a forma de metilmercúrio, altamente tóxico Emissões antropogênicas 2,5-‐4 x emissões naturais; concentracões atuais 2-‐3 x na atmosfera e oceanos Peixes de profundidade de topo de cadeia (Orange roughy, macrurídeos, merluza) possuem concentrações próximas ao máximo permitido pelas legislações norte-‐ americana e européias: 0,5 ppm. Modelos indicam que os níveis provavelmente triplicaram na era moderna O consumo de peixe é a fonte primária de mercúrio nos humanos, levando o JAMA (Journal of the American Medical Association) a aconselhar que mulheres grávidas limitem o consumo de peixe Recursos mineirais no mar profundo Baseado em Rona, 2003 Métodos para a mineração de nódulos de manganês Mineração de nódulos de manganês Nódulos de manganês Formação: O grande mistério dos nódulos de manganês (W Broecker) Concentrações extremamente baixas de Fe e Mn na água do mar Precipitam em torno de um núcleo, provavelmente mediado por microorganismos Foco inicial da mineração de mar profundo Mero (1965; 1977): 11 bilhões ton Mn, 115 milhões ton Ni, 520 milhões ton Cu O acesso tornou-‐se o foco central das negociações para a Lei do Mar com as nações desenvolvidas contra o G77, que ganharam no final: “herança comum da humanidade”. A convenção do LOS se reuniu em 1973, mas o tratado só foi colocado em prática em 1994. Agência da ONU e ISA (International Seabed Authority) possuem a jurisdição sobre os recursos minerais em águas internacionais Tecnologia de mineração ainda na provada Economicamente incerta Para ser viável. ~ km2/d seriam necessários para obter 10.000 ton Impactos ambientais??? Depósitos de sulfetos polimetálicos Depósitos em fontes hidrotermais Ricos em Fe, Mn, Cu, Zn, Ag, Au A companhia Canadense/Australiana Nautilus possue atualmente sítios de exploração ao largo de Papua Nova Guiné, Nova Zelândia e Fiji, e está explorando ativamente estes locais Sítios em exploração são fontes inativas e a mineração será localizada, portanto minimizando os impactos Recursos energéticos de mar profundo Plataformas de petróleo já em operação abaixo dos 2.000 m no Brasil e em outros locais do mundo. Pré-‐sal a 3.000 metros de profundidade Hidratos de metano: 2 x mais carbono do que em qualquer outro depósito de combustível fóssil conhecido Geralmente encontrado em profundidades > 250 m Altamente instável: metano comprimido a 160:1 e liberado com o aumento da temperatura e diminuição da pressão O metano é um gás estufa 25 x mais potente que o CO2; remoção do hidrato pode causar instabilidade do fundo Liberações naturais de hidratos de metano causaram o máximo térmico do Paleoceno-‐Eoceno, levando a um aumento de 5-‐7˚C nas temperaturas de fundo e extinção de ~33% da fauna bêntica O futuro…? Pesca de mar profundo Expansão rápida da pesca pós-‐segunda guerra (17 para 61 milhões ton, 1948 a 1970) Pesca de profundidade do Pacífico é focada em montes submarinos: o Pacífico possui muito mais montes e, como é margeado por fossas, possui menos talude O hábitat dos montes submarinos é extremamente limitado, portanto a pesca é muito vunerável podendo causar uma depleção em séria de espécies e estoques de espécies. Além disso, algumas espécies (orange roughy, oreos) são muito logevas Orange roughy -‐ Hoplostethusatlanticus Black oreo -‐ Allocyttus niger Pesca de mar profundo: Atlântico Norte A pesca no Atlântico Norte profundo se concentra mais extensivamente em regiões de talude ao redor do anel no norte do mar de Barents ao Canada. Costumava ser estável, mas entrou em declínio e encontra-‐se atualmente em sobre-‐pesca e exaurida Coryphaenoides rupestris Halibut (linguado gigante) da Groenlândia (Reinhardtius hippolossoides): pesca artesanal por Inuits no oeste da Groenlândia e Noruega. Expandiu, e exaurida nos anos 1990 por falta de regulação Sebastes: pescado desde os anos 1920. Sobre-‐pescado. Impactos da pesca nos hábitats bênticos Uso de redes de arrasto destrói hábitats de fundo completamente Bycatch de corais chegou a 44% da pesca de orangy roughy 30-‐50% dos recifes de Lophelia ao largo da Noruega foram destruídos após serem descobertos/estudados Desde 1999 a Noruega protege 6 sítios de recifes de profundidade, incluindo o maior deles Proa do RMS Titanic Cortesia de Billy Laing, WHOI
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