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Interpretação dos Sonhos Resenha

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ANNAÍS CORDEIRO FRUTUOSO
DANIELA BOTTEGA
ESTEFANI CECATTO TABALDI
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS – SIGMUND FREUD
Trabalho a ser entregue a Professora Monica Adriane Barbosa, na disciplina de Introdução à Psicanálise, pelas acadêmicas do 3º período do curso de Psicologia , para obtenção de nota parcial bimestral.
GUARAPUAVA
2016
INTRODUÇÃO
	O presente trabalho tem o intuito de apresentar, de forma breve, o estudo sobre sonhos a partir da leitura dos capítulos II, III e IV de “A Interpretação dos Sonhos – Primeira Parte” de Sigmund Freud. 
Nesses capítulos Freud trata os sonhos como sintoma e sua interpretação como atribuição de sentido e validade no processo de análise. Traz definições e atribuições aos sonhos nos processos patológicos utilizando sonhos modelos para interpretação e significação dos casos.
CAPÍTULO II – O MÉTODO DE INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS: ANÁLISE DE UM SONHO MODELO
	Freud apresenta que os sonhos podem sim ser interpretados e tratados como sintoma de uma patologia. Este ato vem para atribuir um sentido às atividades presentes na cadeia psíquica do individuo, substituindo por algo válido ligado a realidade. 
Embora os sonhos possam apresentar ideias absurdas e ininteligíveis, todos possuem um significado implícito, destinando a ocupar o lugar de outro processo de pensamento. Para alcançar esse sentido é preciso um processo reverso ao realizar a substituição. 
 A princípio a interpretação dos sonhos surge de dois métodos populares como ferramenta de tradução e significação. O primeiro é a interpretação simbólica, que trata os sonhos como “premonição”, possuindo relação com o futuro, sendo de importância profética. E o segundo é a decifração, que trata os sonhos como criptografia, ou seja, um signo pode ser traduzido por outro de acordo com um código fixo de significação. Este segundo método também considera o caráter e situação do sonhador, além do sonho em si, pois diz que conforme o contexto será o sentido representado, e para isso há a fragmentação o sonho e interpretação por partes, sendo esse método dependente da confiabilidade do código.
O interesse de Freud pela interpretação dos sonhos teve como objetivo entender as estruturas psicopatológicas presentes nos mesmos, sendo assim voltava-se para uma ferramenta terapêutica. Partiu do conhecimento popular buscando trazer esse método também para o campo cientifico. Freud acreditava que as representações patológicas dos sonhos podiam ser rastreadas até a vida mental do paciente, encontrando assim sua origem possibilitando desarticular ela do paciente que ficará livre dela.
Para desenvolver a análise os pacientes deveriam comunicar todas as ideias ou pensamentos que lhe ocorressem em relação a um assunto, assim Freud percebeu que o sonho pode ser inserido numa cadeia psíquica podendo ser rastreada de forma retrospectiva na memória a partir de uma ideia patológica. A partir dessa relação inicia-se o processo do sono caracterizando-se como sintoma, para isso era necessário que o sonho fosse interpretado como um todo, onde o paciente deve abandonar suas próprias percepções psíquicas evitando filtrar o sonho, relatando-o completamente, sem filtros que possam ocorrer em seus pensamentos. 
O paciente não deve suprimir uma ideia por lhe parecer sem importância, irrelevante, ou absurda e sem sentido, deve ser imparcial para se alcançar o deslindamento desejado. Freud caracteriza a auto-análise em um espírito de reflexão – o homem envolvido de tensão e senso crítico, havendo a rejeição de algumas ideias – e observação – situação de repouso, busca relatar de forma acrítica, possibilitando a apresentação de materiais mais completos e inéditos. 
Sendo assim, os relatos dos sonhos para a interpretação deve-se afastar do rigoroso exame da Razão, buscando impedir a resistência a “pensamentos involuntários”, ou seja, a Razão não deve “emitir” opinião ao relatar um acontecimento psíquico. Ao fragmentar o sonho e realizar associações a cada parte, a decifração irá detalhar as múltiplas faces de um sonho, por isso que quanto mais minucioso for o relato, maior será a validade do sonho como ferramenta terapêutica.
 	Freud inicia a interpretação dos sonhos partindo da autoanálise, não podendo utilizar exemplos de seu pacientes, utiliza o método de decifração em si mesmo. Ele dividiu esta experiência em três partes: 1. Preâmbulo, onde relata o contexto em vigília que o sonho foi produzido, e que por certo teve influência no sonho – 2. O sonho propriamente dito, onde relata em pormenores o sonho que teve na noite de 23 para 24 de junho de 1985 – 3. A análise, onde fragmenta cada aspecto de seu sonho e tenta buscar um motivo em suas lembranças para ter sonhado com isso. 
	Freud encerra sua autoanálise reafirmando que se adotarmos o método de interpretação dos sonhos verificaremos que os sonhos têm um sentido e quando o trabalho de interpretação se conclui, percebemos que o sonho é a realização de um desejo, como será tratado no próximo capítulo. 
III – O SONHO É A REALIZAÇÃO DE UM DESEJO
Freud desenvolve o seu ponto de vista no capitulo III,segundo o qual os sonhos são realizações de um desejo. “Não são, portanto, destituídos de sentido, não são absurdos. Pelo contrário, são fenômenos psíquicos de inteira validade, realizações de desejos”.
No segundo capítulo, do sonho modelo, já havia desenvolvido esta “descoberta”: “quando o trabalho de interpretação se conclui, percebemos que o sonho é a realização de um desejo”.
Freud se questiona sobre a origem da forma enigmática do sonho, pelas alterações dos pensamentos oníricos no sonho manifesto, pela fonte das peculiaridades do sonho, e averigua então se os sonhos, todos eles, podem ser considerados como realização de desejo.
Em outras palavras, o sonho manifesto é o sonho tal qual é relatado da primeira vez. Pode ocorrer que o sonho manifesto não aponte de imediato o desejo que lhe corresponde no chamado sonho latente.
Após mostrar as peculiaridades dos sonhos e a diferença entre o sonho manifesto e o sonho latente, Freud passa sem seguida a demonstrar exemplos, como os da realização do desejo de beber água, o desejo de continuar dormindo, sonhos que predizem a gravidez e o desejo dessas mulheres de ficar grávida ou ficar mais tempo livre da maternidade. Também aparecem no texto sonhos de crianças.
Estes últimos são “pura realização desejos. Não levantam problemas a ser solucionados, mas são de inestimável importância para provar que, em sua natureza essencial, os sonhos representam realizações de desejos”. Freud descreve então alguns sonhos de seus próprios filhos.
Considera que as crianças às vezes apresentam sonhos mais complexos e os adultos em condições adversas sonhos “infantis”. E conclui o capítulo mostrando alguns provérbios alemães, judeus e húngaros que corroboram a sua tese: os sonhos são realizações de desejo.
IV – A DISTORÇÃO NOS SONHOS
No capitulo IV Freud questiona sua própria afirmação, de que os sentidos dos sonhos partiriam de uma realização de desejos e somente isso e que se o afirmasse esta afirmação seria de várias formas refutada, com inúmeros exemplos de autoridades que afirmaram tal fato, ele afirma: “Mas afirmar que não há outros sonhos senão os de realização de desejos constitui apenas mais uma generalização injustificável, embora felizmente fácil de refutar.” Segundo ele alguns sonhos possuem os mais penosos temas e nenhuma realização de desejo aparente, um aspecto interessante citado é o exemplo de duas senhoras, Florence Hallam e Sarah Weed, utilizando a estatística, baseada num estudo de seus próprios sonhos, à preponderância do desprazer no sonho. Verificaram que 57,2% dos sonhos são ‘desagradáveis’ e apenas 28,6% decididamente ‘agradáveis’.
Dentre os sonhos “desagradáveis” estão os de ‘angústia’, curiosamente quem o mais tem são as crianças, todos os exemplos parecem então caracterizar a afirmação de que eles seriam realizações de desejos um absurdo, Freud então postula “minha teoria não se baseia numaconsideração do conteúdo manifesto dos sonhos, mas se refere aos pensamentos que o trabalho de interpretação mostra estarem por trás dos sonhos.” Para ele devemos estabelecer um contraste entre os conteúdos manifesto e latente dos sonhos, o fato do sonho ser desagradável não significa que o conteúdo dele foi interpretado, uma interpretação pode revelar a latência de uma realização de um desejo, a análise de diversos sonhos nos leva a conclusão que existe uma distorção nos sonhos.
Após a interpretação de um sonho próprio onde estava dois de seus colegas Freud aponta: “há alguns sonhos que são realizações indisfarçadas de desejos. Mas, nos casos em que a realização de desejo é irreconhecível, em que é disfarçada, deve ter havido alguma inclinação para se erguer uma defesa contra o desejo; e, graças a essa defesa, o desejo é incapaz de se expressar, a não ser de forma distorcida.” Após ele tenta encontrar uma distorção de um ato psíquico na vida social, podemos encontrar tal situação quando existem duas pessoas e uma delas tem certo poder que a outra precisa considerar, a segunda pessoa então dissimula seus atos psíquicos, assim como um escritor político precisa lidar com a censura utilizando de dissimulações para expressar suas opiniões, ou como utilizamos a polidez no cotidiano.	
Freud levantou a questão que os sonhos com conteúdo aflitivo podem decompor-se em realizações de desejos, esse conteúdo serviria apenas para disfarçar o desejo, uma distorção, tendo em mente que possuímos duas instâncias psíquicas , os sonhos aflitivos encerram algo que é penoso para a segunda instância (defensiva),  realizando um desejo pela primeira instância (criativa).
Para provar que cada sonho tem um significado Freud apresenta a análise de alguns de seus casos: no tratamento de um paciente psiconeurótico seus sonhos são discutidos nas sessões, uma jovem o questiona perguntando como poderiam ser realizações de desejos os sonhos se no sonho ela queria dar uma ceia, mas não tinha nada além de um salmão, e as lojas estavam fechadas, e ao tentar telefonar notou que o telefone estava com defeito,  e assim ela abandonou seu desejo.
Ao realizar a análise os seguintes dados foram coletados: seu marido a disse que estava muito gordo e ia começar um regime de emagrecimento,  ia levantar cedo fazer exercícios e ater-se a uma dieta sem aceitar convites para cear, e posteriormente ela fazia uma observação sobre não comer caviar que deixou Freud insatisfeito,  prosseguiu a questionando,  ela foi a casa de uma amiga, a qual dava em cima de seu marido, mas era magra e não o atraia, que lhe pediu quando ela  daria outro jantar porque os que ela dava eram tão bons, o sentido do sonho estava em quando ela fez a sugestão do jantar a paciente só conseguiu pensar que isso serviria para engorda-la e atrair o seu marido então,  prefiro então não oferecer mais jantar algum, no seu sonho estava portanto realizando o desejo de não engordar a amiga, que tinha como prato favorito o salmão.
Outra explicação é que a paciente estava ocupada com a renúncia de um desejo, tentava efetivar a renúncia a caviar, sua amiga expressou o desejo de engordar,  ao qual ela não queria que acontecesse, mas ela sonhou que um de seus próprios desejos não se realizava porque o sonho ganhou nova interpretação,  ela se " identificara" com a amiga, identificação histérica permite aos pacientes expressarem seus sintomas não só pelas suas próprias experiências, “consiste na feitura inconsciente de uma inferência”, dando um exemplo de um médico que trata de uma pessoa que sofre de espasmo numa ala hospitalar, quando outros histéricos passarem a imitar o ato o médico dirá que se trata de um contagio psíquico, mas o médico deixa de lado as observações que esses pacientes sabem mais do paciente que tem espasmos que ele, que eles sabem que ele teve uma determinada crise ao receber uma carta de um antigo romance por exemplo, a solidariedade dos outros pacientes é despertada e eles fazem essa inferência sem penetrar na consciência: “Se uma causa como esta pode produzir um ataque assim, posso ter o mesmo tipo de ataque, já que tenho as mesmas razões para isso.” Se essa inferência fosse capaz de penetrar na consciência, é possível que desse margem a um medo de ter a mesma espécie de ataque, mas como ela não o fez resulta na concretização real do sintoma.
A identificação é empregada com mais frequência na histeria para expressar um elemento sexual comum. Um exemplo dado é que uma mulher histérica se identifica mais rapidamente (não exclusivamente) em seus sintomas com as pessoas com quem tenha tido relações sexuais, ou com as pessoas que tenham tido relações sexuais com as mesmas pessoas que ela. As expressões de nossa língua nos mostram isso quando afirmamos que pessoas apaixonadas são “apenas um”, Freud então afirma: O processo poderia expressar-se verbalmente da seguinte maneira: minha paciente colocou-se no lugar da amiga, no sonho, porque esta estava ocupando o lugar de minha paciente junto ao marido e porque ela (minha paciente) queria tomar o lugar da amiga no alto conceito em que o marido a tinha. 
Os sonhos muito frequentes, que pareciam contradizer a teoria de Freud, por terem como tema a frustração de um desejo ou a ocorrência de algo claramente indesejado, podem ser reunidos sob o título de “sonhos com o oposto do desejo”. Se esses sonhos forem considerados como um todo, parece-me possível buscar sua origem em dois princípios: “Tais sonhos aparecem regularmente no curso de meus tratamentos, quando um paciente se encontra num estado de resistência a mim; e posso contar como quase certo provocar um deles depois de explicar a um paciente, pela primeira vez, minha teoria de que os sonhos são realizações de desejos”. A segunda explicação é que há um componente masoquista na constituição sexual de muitas pessoas, que decorre da inversão de um componente agressivo e sádico em seu oposto. Aqueles que encontram prazer não na inflição de dor física a eles, mas na humilhação e na tortura mental, podem ser descritos como “masoquistas mentais”.
Freud conclui que os sonhos de angústia são como uma subespécie particular dos sonhos de conteúdo aflitivo eles não nos apresentam um novo aspecto do problema dos sonhos, pois a angústia que sentimos num sonho é apenas aparentemente explicada pelo conteúdo do sonho, ela se origina em outra fonte.
Por fim Freud afirma que sobre a neurose de angústia: “(Freud, 1895b), argumentei há algum tempo que a angústia neurótica se origina da vida sexual e corresponde à libido que se desviou de sua finalidade e não encontrou aplicação”. Essa fórmula tem resistido ao tempo, e ele por fim postula que haverá outra oportunidade de fundamentar essa assertiva na análise dos sonhos de alguns pacientes neuróticos.
CONCLUSÃO
	O presente trabalho trata-se de uma resenha a respeito dos capítulos 2,3 e 4 do livro: “A interpretação dos sonhos (Primeira parte) VOLUME IV” de DIE TRAUMDEUTUNG von Dr. SIGMUND FREUD, onde Freud apresenta sua teoria a respeito da interpretação dos sonhos como desejos realizados explicando sua teoria por meio de diversos exemplos de seus pacientes e tentando esclarecer possíveis futuras refutações.
REFERÊNCIA:
DIE TRAUMDEUTUNG von Dr. SIGMUND FREUD. A interpretação dos sonhos (Primeira parte) VOLUME IV (1990).

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